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[Recensão a] Riccardo Avallone - La letteratura latina cristiana nasce con Cristo

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Academic year: 2021

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[Recensão a] Riccardo Avallone - La letteratura latina cristiana nasce con Cristo

Autor(es):

Pulquério, Manuel de Oliveira

Publicado por:

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Instituto de Estudos

Clássicos

URL

persistente:

URI:http://hdl.handle.net/10316.2/27013

Accessed :

18-Apr-2021 02:47:22

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FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA INSTITUTO DE ESTUDOS CLÁSSICOS

H Y M A N I T A S

VOLS. VI E VII DA NOVA SÉRIE (VOLS. IX E X DA SÉRIE CONTÍNUA)

C O I M B R A

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XIII

Riccardo Avallone,

La letteratura latina cristiana nasce con Cristo.

Estratto dalla Rivista «Antiquitas», 9-11 (1954-1956). Salerno,

1956. 64 pp.

Representa este opúsculo urna tentativa audaciosa para solucionar um pro- blema complicado: o problema das origens da literatura latina cristã.

A discussão conduz o A. a uma autêntica revolução dos pontos de vista tra- dicionais de considerar a literatura latina, quanto a limites e características funda- mentais.

E tudo isto se realiza ao longo de, apenas, 37 páginas de texto, seguidas de 24 páginas densissimas de notas com que o A. apoia as suas teses e alarga conside- ràvelmente o âmbito do seu trabalho.

Independentemente da concordância ou discordância que possam suscitar as ideias do A., uma homenagem lhe é, pelo menos, devida, e essa, gostosamente, lhe prestamos: será difícil defender um ponto de vista com mais calor, maior esforço de inteligência e mais variada informação.

Pretende o A. demonstrar que o início da literatura latina cristã não pode ser datado da obra de Minúcio Félix ou Tertuliano, como até agora tem sido feito por todos os investigadores da literatura latina. Através duma argumentação exube- rante, que vai buscar os seus materiais mais importantes à história literária, política e social de Roma e à história do Cristianismo, constrói o A. a conclusão de que a literatura latina cristã «nasce com Cristo».

É a primeira parte do trabalho dedicada ao estudo dos elementos cristãos nas obras de autores latinos do I século da era cristã. Concentra o A. a sua atenção em dois escritores principais: Estácio e Séneca.

A análise da figura de Estácio elimina desde logo este autor da investigação: Estácio é, indiscutivelmente, uma voz do paganismo.

Diferente conclusão tira o A. relativamente a Séneca, que é estudado ao longo de algumas páginas nos problemas mais agudos da sua vida, relacionados com o cristianismo. Afirma o A. que Séneca é, se não um cristão, ao menos um «para- -cristão», inquietado pelo novo fermento espiritual que vinha transformar o mundo. E tal afirmação procura demonstrá-la com larga cópia de argumentos, que a seguir referiremos.

Vem em primeiro lugar a debatida questão das relações de conhecimento entre Séneca e S. Paulo. Arredada, por apócrifa, a conhecida correspondência, formula o A. diferentes hipóteses sobre o provável encontro em Roma de Séneca e S. Paulo. Na realidade, não consegue sair do campo das hipóteses. As provas pedidas por Amatucci, a pp. 58-59 da sua Letteratura di Roma imperiale, não aparecem, apesar

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XIV

do esforço despendido na demonstração. O mesmo se pode dizer a respeito do conhecimento entre Séneca e S. Pedro. São, sem dúvida, plausíveis as conjecturas do A., mas não basta conjecturar.

O argumento de que Séneca conheceu, muito provavelmente, S. Pedro e S. Paulo num dos últimos anos da sua vida levanta múltiplas dificuldades. Impõe-se o conhe- cimento da cronologia da obra de Séneca, que permita distinguir o que na sua obra se deve apenas à formação filosófica daquilo que pode ter derivado para o escritor do contacto revelador com as duas grandes figuras do cristianismo nascente.

Também seria oportuna a discussão do pensamento de Séneca no intuito de apurar aquilo que é cristão por não poder ser já explicado à luz do pensamento filosófico, de carácter ecléctico, que caracteriza este autor.

O conhecimento directo dos textos sagrados do cristianismo também não passa de hipótese. Desejaríamos que o A. nos falasse de vestígios dessa leitura, de qualquer reminiscência provante, encontrada nas obras de Séneca.

A contradição existente entre a vida e a obra de Séneca contribui, finalmente, para enredar ainda mais o problema. Sendo o cristianismo, como observa o A. a p. 16, um ideal de coerência perfeita entre o pensamento e a acção, não pode Séneca ser considerado um autor cristão, e tal facto leva o A. a classificá-lo de «para- -cristão».

Falta também definir o que se deve entender por «escritor cristão». Desta deficiência resulta, afinal, que o trabalho, assenta, de algum modo, no indefinido.

Passa, depois, o A. a considerar a existência de textos cristãos, anteriores a Minúcio Félix e Tertuliano, como inscrições sepulcrais, traduções da Bíblia, cantos sacros e orações, Acta Martyrum e Passiones, etc.

Os testemunhos aduzidos pelo A. tornam inteiramente verosímil a existência destes textos, mas o que não fica demonstrado é que a intenção de tais escritos fosse literária e não exclusivamente prática.

Acresce ainda o problema de determinar a língua em que teria sido composta a maior parte destes textos.

Tenta, a seguir, o A. a demonstração duma tese interessantíssima e algo revo- lucionária: à literatura latina pertence toda a literatura cristã em língua grega, e não só a literatura cristã mas ainda toda a literatura pagã em língua grega, posterior à primeira metade do séc.

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a. C..

Esboça-se, assim, um conceito de literatura latina mais amplo do que o tradi- cional, e tão arrojada iniciativa entusiasma o Autor e o leitor. Mas a exposição é, por vezes, demasiado sucinta e lamentamos não ver discutidas as relações entre língua e literatura.

E não será exagerada a afirmação de «bilingüismo» de todos os escritores lati- nos anteriores ou posteriores a Cristo? Diz o Autor:

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XV

«...onde ben si può dire che tutti gli scrittori romani, quelli anteriori corne quelli posteriori a Cristo, ebbero almeno due cuori, due intelletti, due culture, cioè almeno due lingue, il latino e il greco, di cui si servirono come e quando vollero, usando l’una o l’altra, l’una e Paîtra, sentendosi, nell’orbita délia composita, ma inscindibile civiltà greco-latina, nati almeno bilingui.» (p. 32)

E sucede-se a indicação pormenorizada dos escritores latinos que compuseram obras em grego, sem, no entanto, ser abordada uma questão que reputamos funda- mental: a da importância histórico-literária das tentativas apontadas. A verdade é que a parte significativa da obra dos principais autores citados é escrita em latim e a composição em grego aparece como diversão culta sem qualquer valor par- ticular. E não é sintomático o que Suetónio diz de Augusto e o A. cita em nota, a p. 57, que «Augusto, pur eccellendo largamente nelle lettere greche, non giunse tuttavia a parlare speditamente il greco, né osó scrivere qualche cosa in tale lingua, ma, nel caso, scriveva in latino e faceva tradurre lo scritto in greco»?

Tampouco nos parece aceitável a atribuição à literatura latina de obras em Grego, como os Evangelhos e o Antigo Testamento (p. 34). O simples critério político, derivado da historia do Império Romano, parece-nos francamente insu- ficiente para justificar tal atribuição.

E as exigências da tese levam o A. ainda mais longe, a defender o «trilinguismo» de Roma, porque Cristo falou em aramaico e, na opinião do A., a literatura latina cristã nasce com Cristo.

Apraz-nos concluir esta recensão de trabalho tão original e sugestivo, salien- tando a vastidão dos horizontes culturais abarcados em tão estreitos limites pela visão compreensiva do Autor.

Manuelde Oliveira Pulquério

Guido Mancini Giancarlo,

San Isidoro de Sevilla.

Aspectos literarios.

Publicaciones del Instituto Caro y Cuervo. Series Minor: IV.

Bogotá, 1955.

131 pp.

Numas palavras introdutórias, assinala Fernando Antonio Martínez as carac- terísticas principais do trabalho que vamos recensear. Desde logo ficamos a saber que este livro resulta «da aplicação do método filológico moderno a um problema histórico-cultural, o problema de Santo Isidoro dentro da mentalidade e espírito da primeira Idade Média, de todo o séc. vn, e suas naturais consequências e implicações dentro da vida espiritual espanhola da época e dos séculos seguintes», (p. 11)

Referências

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