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(1)

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

a

Segurança e Saúde no Trabalho

Equipamento de Proteção Individual

(EPI)

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceitos

3. Fornecimento do EPI ao empregado - Obrigação da empresa

4. Recomendação quanto ao uso do EPI - Atribuições da Cipa e do SESMT

5. Responsabilidades do empregador 6. Responsabilidades dos empregados

7. Responsabilidades dos fabricantes e/ou importadores de EPI

8. CA - Prazo de validade 9. EPI - Informações necessárias 10. Competência do MTE 11. Tipos de EPI 12. Cadastro de empresas e para a emissão ou renovação do CA de EPI 13. Suspensão e cancelamento da comercialização 14. Requisitos obrigatórios

aplicáveis aos EPI 15. EPI - CA - Prazo de

validade - Prorrogação

1. Introdução

A Constituição Federal (CF), promul- gada em 1988, inclui entre os direitos sociais dos traba-lhadores, urbanos e rurais, a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança.

Considerando ser a redução dos riscos inerentes ao trabalho um direito do trabalhador, tem-se como contra-partida a obrigação precípua de o empregador adotar estruturas operacionais capazes de neutralizar ou até eliminar a ação dos agentes nocivos à saúde, bem como dos riscos existentes no ambiente de trabalho.

Entre as medidas impostas por lei com o fim de prevenir os danos à saúde e à integridade física do

tra-balhador encontram-se os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), os quais devem ser fornecidos pelo empregador, sem qualquer ônus para os empregados.

2. ConCEItoS

Considera-se EPI todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segu-rança e a saúde no trabalho.

Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual (ECPI) todo

aquele composto por vários dispositivos que o fabricante

tenha associado contra um ou mais riscos que possam

ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

EPC é todo dispositivo ou produto cuja finalidade consiste em proteger a integridade física ou a saúde da coletividade dos trabalhadores. Normalmente, são aplicados no ambiente de trabalho e, por vezes, dispensam até mesmo o uso do EPI pelos traba-lhadores. São exemplos de EPC os extintores de incêndios, as máquinas para filtragem e renovação de ar etc.

O EPI, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação (CA), expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Nota

A Portaria SIT/DSST no 126/2009 (DOU de 03.12.2009), com início de

vigência 60 dias após a data de sua publicação, alterada pela Portaria SIT no

209/2011, estabelece procedimentos para o cadastro de empresas e para a emissão ou renovação do CA de EPI.

Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e

Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), os quais devem ser fornecidos pelo empregador, sem qualquer ônus para os empregados, têm por fim neutralizar ou até eliminar a ação dos agentes nocivos à saúde, bem como os riscos existentes no ambiente de trabalho, prevenindo os danos

à saúde e à integridade física do trabalhador

(2)

3. FornECImEnto do EPI Ao EmPrEgAdo - oBrIgAção dA EmPrESA

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, conforme relação do item 11 adiante, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças pro-fissionais e do trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva (EPC) estiverem sendo implantadas; e

c) para atender a situações de emergência.

Nota

As solicitações para que os produtos que não estejam relaciona-dos no item 11 adiante sejam considerarelaciona-dos como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ali elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão na-cional competente em matéria de segurança e saúde no traba-lho. Depois de ouvida a Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), serão as conclusões submetidas àquele órgão do MTE para aprovação.

4. rEComEndAção quAnto Ao uSo do EPI - AtrIBuIçõES dA CIPA E do SESmt

Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.

Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnica-mente habilitado, ouvida a Cipa ou, na falta desta, o designado e os trabalhadores usuários.

5. rESPonSABILIdAdES do EmPrEgAdor

No que se refere ao EPI, o empregador é obrigado a: a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso por parte dos trabalhadores; c) fornecer ao trabalhador somente o EPI

aprova-do pelo órgão nacional competente em maté-ria de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso ade-quado, guarda e conservação do equipamento; e) substituir imediatamente o equipamento,

quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manu-tenção periódica;

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade ob-servada; e

h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou siste-ma eletrônico.

6. rESPonSABILIdAdES doS EmPrEgAdoS

Em relação ao EPI, os empregados são obrigados a: a) usá-lo, apenas para a finalidade a que se

des-tina;

b) responsabilizar-se por sua guarda e conserva-ção;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e

d) cumprir as determinações do empregador so-bre seu uso adequado.

7. rESPonSABILIdAdES doS FABrICAntES E/ou ImPortAdorES dE EPI

O fabricante nacional do EPI, bem como o impor-tador deste, deverá:

a) cadastrar-se no órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; b) solicitar a emissão do CA;

c) solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão na-cional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;

d) requerer novo CA quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado; e) responsabilizar-se pela manutenção da

quali-dade do EPI que deu origem ao CA;

f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI portador de CA;

g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;

h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;

i) fazer constar do EPI o número do lote de fabri-cação; e

j) providenciar a avaliação da conformida-de do EPI no âmbito do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro), quando for o caso;

(3)

Notas

(1) A Portaria SIT/DSST no 108/2004 estabeleceu prazo de 180

dias, contados a partir de 10.12.2004, para que os fabricantes e os importadores de vestimenta condutiva de segurança para proteção de todo o corpo contra choques elétricos atendam ao disposto nas letras “a” a “j” deste item. As vestimentas adquiridas pelas empresas usuárias até o término do referido prazo poderão ser utilizadas sem a indicação do CA.

(2) A Portaria SIT/DSST no 127/2009 aprovou o regulamento

téc-nico que estabelece os requisitos mínimos de identidade e qua-lidade para luvas de borracha natural, borracha sintética, mistura de borrachas natural e sintética, e de policloreto de vinila, para proteção contra agentes biológicos, não sujeitas ao regime da vi-gilância sanitária.

k) fornecer as informações referentes aos proces-sos de limpeza e higienização de seus EPI, in-dicando, quando for o caso, o número de higie-nizações acima do qual é necessário proceder à revisão ou à substituição do equipamento, a fim de garantir que os mesmos mantenham as características de proteção original.

8. CA - PrAzo dE vALIdAdE

Para efeito de comercialização, o CA concedido aos EPI terá validade:

a) de 5 anos para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua confor-midade avaliada no âmbito do Sinmetro; b) do prazo vinculado à avaliação da

conformi-dade no âmbito do Sinmetro, quando for o caso.

O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, quando necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos diversos dos anteriormente mencionados.

Veja item 15 adiante.

9. EPI - InFormAçõES nECESSárIAS

Todo EPI deverá apresentar em caracteres inde-léveis e bem visíveis o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.

Na impossibilidade de cumprimento dessa determinação, o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar forma alternativa de gravação, a ser pro-posta pelo fabricante ou importador, devendo esta constar do CA.

10. ComPEtênCIA do mtE

Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho:

a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI; b) receber e examinar a documentação para

emitir ou renovar o CA de EPI;

c) estabelecer, quando necessário, os regula-mentos técnicos para ensaios de EPI;

d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabri-cante ou importador;

e) fiscalizar a qualidade do EPI;

f) suspender o cadastramento da empresa fabri-cante ou importadora; e

g) cancelar o CA.

Sempre que julgar necessário, o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no tra-balho poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome do fabricante e o número de referência, além de outros requisitos.

Cabe ao órgão regional do MTE:

a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e à qualidade do EPI;

b) recolher amostras de EPI; e,

c) aplicar, na sua esfera de competência, as pe-nalidades cabíveis pelo descumprimento da NR 6.

11. tIPoS dE EPI

O tipo de EPI a ser utilizado dependerá das peculiaridades da atividade e do risco existente, devendo constar da lista do Anexo I da NR 6 adiante reproduzida.

“ANEXO I

LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL A) EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA

A.1) Capacete

a) capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;

b) capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;

c) capacete de segurança para proteção do crânio e face contra agentes térmicos;

(4)

a) capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;

b) capuz para proteção do crânio face e pescoço contra respingos de produtos químicos;

c) capuz para proteção do crânio e pescoço contra agen-tes abrasivos e escorianagen-tes.

B) EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE B.1) Óculos

a) óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;

b) óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;

c) óculos para proteção dos olhos contra radiação ultra-violeta;

d) óculos para proteção dos olhos contra radiação infra-vermelha;

B.2) Protetor facial

a) protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes;

b) protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha;

c) protetor facial para proteção dos olhos contra luminosi-dade intensa;

d) protetor facial para proteção da face contra riscos de origem térmica;

e) protetor facial para proteção da face contra radiação ultravioleta.

B.3) Máscara de solda

a) máscara de solda para proteção dos olhos e face con-tra impactos de partículas volantes, radiação ulcon-travioleta, radiação infravermelha e luminosidade intensa.

C) EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA C.1) Protetor auditivo

a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sis-tema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR 15, Anexos 1 e 2;

b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR 15, Anexos 1 e 2;

c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sis-tema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR 15, Anexos 1 e 2;

D) EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA D.1) Respirador purificador de ar não motorizado:

a) peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas;

b) peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos;

c) peça semifacial filtrante (PFF3) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclí-deos;

d) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material particulado tipo P1 para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas; e ou P2 para proteção contra poeiras, névoas e fumos; e ou P3 para proteção contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos; e) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros químicos e ou combinados para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material parti-culado.

D.2) Respirador purificador de ar motorizado:

a) sem vedação facial tipo touca de proteção respiratória, capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores;

b) com vedação facial tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores. D.3) Respirador de adução de ar tipo linha de ar compri-mido:

a) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em atmosfe-ras com concentração de oxigênio maior que 12,5%; b) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em opera-ções de jateamento e em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

c) com vedação facial de fluxo contínuo tipo peça semi-facial ou semi-facial inteira para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

d) de demanda com pressão positiva tipo peça semifa-cial ou fasemifa-cial inteira para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

e) de demanda com pressão positiva tipo peça facial inteira combinado com cilindro auxiliar para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxi-gênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).

D.4) Respirador de adução de ar tipo máscara autônoma: a) de circuito aberto de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS);

(5)

b) de circuito fechado de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).

D.5) Respirador de fuga

a) respirador de fuga tipo bocal para proteção das vias res-piratórias contra gases e vapores e ou material particulado em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).

E) EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO E.1) Vestimentas

a) Vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem térmica;

b) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica;

c) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem química;

d) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem radioativa;

e) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem meteorológica;

f) vestimentas para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com uso de água.E.2) Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que tra-balhem portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica;

F) EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES F.1) Luva

a) luva para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;

b) luva para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;

c) luva para proteção das mãos contra choques elétricos; d) luva para proteção das mãos contra agentes térmicos; e) luva para proteção das mãos contra agentes biológicos; f) luva para proteção das mãos contra agentes químicos; g) luva para proteção das mãos contra vibrações; h) luva para proteção das mãos contra umidade prove-niente de operações com uso de água;

i) luvas para proteção das mãos contra radiações ionizantes.

Nota

A Portaria SIT/DSST no 127/2009 aprovou o regulamento técnico que

estabelece os requisitos mínimos de identidade e qualidade para luvas de borracha natural, borracha sintética, mistura de borrachas natural e sintética, e de policloreto de vinila, para proteção contra agentes bioló-gicos, não sujeitas ao regime da vigilância sanitária.

F.2) Creme protetor

a) creme protetor de segurança para proteção dos mem-bros superiores contra agentes químicos;

F.3) Manga

a) manga para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;

b) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes;

c) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes;

d) manga para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações com uso de água; e) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos;

F.4) Braçadeira

a) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes cortantes;

b) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes escoriantes.

F.5) Dedeira

a) dedeira para proteção dos dedos contra agentes abra-sivos e escoriantes;

G) EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES G.1) Calçado

a) calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;

b) calçado para proteção dos pés contra agentes prove-nientes de energia elétrica;

c) calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos;d) calçado para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes;

e) calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes;

f) calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água;

g) calçado para proteção dos pés e pernas contra respin-gos de produtos químicos;

G.2) Meia

a) meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas; G.3) Perneira

a) perneira para proteção da perna contra agentes abrasi-vos e escoriantes;

b) perneira para proteção da perna contra agentes térmi-cos;

(6)

c) perneira para proteção da perna contra respingos de produtos químicos;

d) perneira para proteção da perna contra agentes cortan-tes e perfurancortan-tes;

e) perneira para proteção da perna contra umidade prove-niente de operações com uso de água;

G.4) Calça

a) calça para proteção das pernas contra agentes abrasi-vos e escoriantes;

b) calça para proteção das pernas contra respingos de produtos químicos;

c) calça para proteção das pernas contra agentes térmicos; d) calça para proteção das pernas contra umidade prove-niente de operações com uso de água;

H) EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO H.1) Macacão

a) macacão para proteção do tronco e membros superio-res e inferiosuperio-res contra agentes térmicos;

b) macacão para proteção do tronco e membros superio-res e inferiosuperio-res contra superio-respingos de produtos químicos; c) macacão para proteção do tronco e membros superio-res e inferiosuperio-res contra umidade proveniente de operações com uso de água;

H.2) Vestimenta de corpo inteiro

a) vestimenta para proteção de todo o corpo contra respin-gos de produtos químicos;

b) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umi-dade proveniente de operações com água;

c) vestimenta condutiva de segurança para proteção de todo o corpo contra choques elétricos;

I) EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFE-RENÇA DE NÍVEL

I.1) Dispositivo trava-queda

a) dispositivo trava-queda para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou hori-zontal, quando utilizado com cinturão de segurança para proteção contra quedas;

I.2) Cinturão

a) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;

b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos em altura. O presente Anexo poderá ser alterado por portaria espe-cífica a ser expedida pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após obser-vado o disposto no subitem 6.4.1.”

12. CAdAStro dE EmPrESAS E PArA A EmISSão ou rEnovAção do CA dE EPI

A Portaria SIT/DSST no 126/2009, alterada pela

Portaria SIT no 209/2011, estabelece os

procedimen-tos para o cadastro de empresas e para a emissão ou renovação de CA de EPI.

O fabricante ou importador, para requerer o CA, deve estar cadastrado no Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST) do MTE.

Para se cadastrar no DSST/MTE, o fabricante ou importador deve apresentar:

a) requerimento;

b) cópia autenticada do contrato social, no qual conste expressamente, entre os objetivos sociais da empresa, a fabricação e/ou a importação de EPI;

c) cópia do requerimento de cadastro de em-presa emitido pelo sistema de Certificado de Aprovação de Equipamento de Proteção Individual (Caepi).

O acesso ao Caepi deve ser requerido pelo fabri-cante ou importador conforme o subitem 12.1.

As alterações no cadastro da empresa devem ser comunicadas ao DSST/MTE, acompanhadas do CA do equipamento a ser alterado.

Para emissão ou renovação do CA, o fabricante ou importador cadastrado deve apresentar:

a) requerimento de emissão ou renovação de CA; b) memorial descritivo do EPI, do qual deve

cons-tar, obrigatoriamente:

b.1) enquadramento na relação constante do item 11;

b.2) descrição das características e especifi-cações técnicas do equipamento;

b.3) descrição dos materiais empregados e das especificações técnicas de fabricação; b.4) descrição do uso a que se destina o

equipamento e suas correspondentes restrições;

b.5) descrição do local onde será feita a grava-ção das informações previstas no item 9; b.6) descrição de outras marcações obrigatórias; b.7) descrição das possíveis variações do

equipamento, tais como referência, ta-manho, numeração, entre outras;

(7)

b.8) outras informações relevantes acerca do EPI;

c) fotografias do equipamento e do local de mar-cação do CA, capazes de demonstrar, nos ân-gulos necessários, os detalhes do EPI;

d) cópia do manual de instruções; e) cópias autenticadas:

e.1) do relatório de ensaio, emitido por labo-ratório credenciado pelo DSST ou de do-cumento que comprove que o produto teve sua conformidade avaliada no âm-bito do Sinmetro;

e.2) da tradução juramentada das especifica-ções técnicas e certificaespecifica-ções realizadas no exterior, quando não houver laborató-rio credenciado capaz de elaborar o en-saio no Brasil;

e.3) do certificado de origem e declaração do fabricante estrangeiro, com tradução juramentada para língua portuguesa, au-torizando o importador a comercializar o produto no Brasil, quando se tratar de EPI importado;

f) cópia da folha de rosto requerendo a emis-são ou renovação de CA emitida pelo sistema Caepi.

Para emissão ou renovação de CA de EPI conju-gado cujos dispositivos são fabricados por empresas distintas, o requerente deverá apresentar cópias autenticadas com firma reconhecida em cartório:

a) de declaração do fabricante detentor do CA do dispositivo que será conjugado com o equi-pamento do requerente, autorizando a utiliza-ção do seu dispositivo para a fabricautiliza-ção do equipamento conjugado;

b) do contrato social do fabricante detentor do CA do dispositivo que será utilizado para fa-bricação do equipamento conjugado;

c) do relatório de ensaio emitido por laboratório credenciado pelo DSST comprovando a eficá-cia das conexões e junções.

O prazo de validade do CA será contado a partir da data de emissão do relatório de ensaio ou da cer-tificação, realizados no Brasil ou no exterior, conforme o caso, quando ultrapassado mais de 1 ano de sua emissão.

Os relatórios de ensaio ou certificações com mais de 4 anos não serão válidos para emissão, alteração ou renovação de CA.

A solicitação de alteração do CA anteriormente concedido será admitida quando o desempenho, o tipo de proteção oferecida e o enquadramento do EPI na lista constante do item 11 deste texto não forem modificados.

Para o requerimento de alteração do CA, deve ser apresentada a seguinte documentação:

a) requerimento de alteração de CA; b) CA original objeto de alteração;

c) documentação que comprove as modifica-ções requeridas;

d) cópia da folha de rosto solicitando a alteração do CA emitida pelo sistema Caepi.

Nota

O prazo de validade do CA do qual foi requerida alteração será o mesmo do anteriormente concedido.

Será indeferido o requerimento:

a) cuja documentação esteja incompleta ou em desacordo com o estabelecido na legislação vigente;

b) formulado em desacordo com os resultados dos testes laboratoriais ou com as especifica-ções técnicas de fabricação e funcionamento; c) do qual constem expressões e informações

técnicas genéricas, vagas ou dúbias no me-morial descritivo do EPI ou ainda divergentes do resultado dos testes laboratoriais ou das especificações técnicas de fabricação e fun-cionamento.

É facultado ao interessado recorrer da decisão de indeferimento do pedido no prazo de 10 dias, a contar do recebimento da notificação.

Nota

O requerimento será arquivado após o esgotamento do prazo concedido.

O interessado pode requerer, a qualquer tempo, pedido de emissão ou de renovação de CA que já tenha sido objeto de apreciação, mediante abertura de novo processo administrativo.

Os requerimentos de cadastro de usuário para uti-lização do sistema Caepi, de cadastro de fabricante ou importador de EPI, de emissão ou renovação de CA, devem ser encaminhados pessoalmente ou por correspondência ao Protocolo-Geral do MTE, locali-zado na Esplanada dos Ministérios, Bloco “F”, Sala T 40, Brasília/DF, CEP 70059-900.

(8)

12.1 Procedimentos transitórios para renovação de CA de EPI contra agentes térmicos (calor) e chamas

A Portaria SIT no 209/2011 estabeleceu

procedi-mentos transitórios para fins de renovação de CA dos EPI destinados à proteção contra agentes térmicos (calor) e chamas, provenientes do arco elétrico e/ou fogo repentino, determinando que, para tanto, o fabri-cante ou importador cadastrado deve apresentar:

a) solicitação de renovação do CA protocolada no MTE até 31.08.2011;

b) memorial descritivo do EPI, contendo as in-formações indicadas no inciso II do art. 4o da

Portaria SIT/DSST no 126/2009;

c) fotografias coloridas do EPI e do local de marca-ção do CA, capazes de demonstrar, nos ângulos necessários, os detalhes do equipamento; d) cópia autenticada e tradução juramentada de

documento emitido por laboratório de ensaio do exterior, que atenda as exigências indicadas no item 1.3 do Anexo I da Portaria SIT/DSST no

121/2009, indicando o tipo de EPI, com seu res-pectivo CA, a norma técnica de ensaio aplicável e a data prevista para conclusão do ensaio.

13. SuSPEnSão E CAnCELAmEnto dA ComErCIALIzAção

Ensaios e avaliações técnicas dos EPI podem resultar em suspensão ou cancelamento do lote ou do CA. Cabe ao DSST, diante de indício de irregula-ridade, iniciar processo administrativo, adotando as providências necessárias, de acordo com a natureza da certificação do produto.

13.1 EPI certificado com base em laudo

Na hipótese de EPI certificado com base em laudo emitido por laboratório credenciado, o DSST deve solicitar à unidade regional do MTE o recolhi-mento de amostra do produto, para realização de ensaios (prova ou experiência com o fim de verificar o desempenho do produto).

13.2 Amostra

A amostra do EPI deve:

a) pertencer ao mesmo lote de fabricação; b) conter o número mínimo de unidades

estabe-lecidas nas normas técnicas de ensaio; c) ser apreendida no local de trabalho,

revende-dor, distribuirevende-dor, fabricante ou importador; d) ser encaminhada, posteriormente, ao DSST.

13.2.1 Fiscalização - Apreensão

Não sendo possível a apreensão do número mínimo de unidades necessárias, esgotadas as possibilidades previstas no subitem 13.2, a fisca-lização deve efetuar a apreensão das unidades disponíveis.

O DSST encaminhará a amostra apreendida para realização de ensaios a um laboratório credenciado junto ao MTE ou ao Sinmetro.

13.3 EPI certificado por meio de termo de responsabilidade

Em outra situação, caso o EPI seja certificado por meio de termo de responsabilidade e especificação técnica de fabricação, o DSST deve solicitar à uni-dade regional do MTE o recolhimento de amostra do equipamento, para avaliação técnica.

A avaliação técnica deve considerar a compatibi-lidade entre as características do produto e as infor-mações constantes tanto no CA quanto na documen-tação apresentada pelo fabricante ou importador.

13.4 Comercialização - Suspensão

Comprovado que o EPI não atende aos requisitos mínimos necessários, o DSST deve publicar ato sus-pendendo a comercialização do lote analisado.

O EPI terá seu CA suspenso caso não possua a marcação indelével do lote.

Publicado o ato de suspensão, o DSST deve notifi-car o fabricante ou o importador, fornecendo cópia do laudo de ensaio ou do relatório de avaliação técnica.

13.5 defesa

O fabricante ou importador pode apresentar defesa escrita ao DSST, no prazo de 10 dias, contados do recebimento da notificação.

No caso de deferimento total da defesa, o DSST deve revogar o ato de suspensão da comercialização.

O indeferimento parcial ou total da defesa acar-reta a aplicação de uma das seguintes medidas:

a) cancelamento do lote do EPI; b) cancelamento do CA.

(9)

13.6 CA - Cancelamento

Para o cancelamento do CA, deve ser verificada uma das seguintes situações:

a) descumprimento das exigências legais previs-tas para a certificação;

b) desatendimento das características do produ-to existentes à época da certificação e que fo-ram determinantes para a concessão do CA; c) inexistência do produto na relação de EPI do

Anexo I da NR 6, constante do item 11.

É facultado ao interessado recorrer à Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) da decisão de cancela-mento da comercialização do CA ou do lote, no prazo de 10 dias, com efeito suspensivo até a decisão final.

Após a publicação da decisão final, caso seja aplicada uma das medidas previstas no subitem 13.5, o fabricante ou importador deve providenciar o reco-lhimento dos equipamentos do comércio atacadista e varejista no prazo de 90 dias.

Os CA de todos os produtos correspondentes a itens suprimidos do Anexo I da NR 6 serão automati-camente cancelados pelo DSST.

13.7 Comercialização - Continuidade

Para a continuidade da comercialização do pro-duto, para outros fins que não sejam EPI, o fabricante ou importador deve providenciar a imediata retirada do número do CA do produto, de sua embalagem e de toda a sua documentação.

14. rEquISItoS oBrIgAtórIoS APLICávEIS AoS EPI

14.1 requisitos gerais

O fabricante deve garantir e comprovar que o EPI foi concebido e fabricado em conformidade com as exigências da legislação vigente.

O importador também deve garantir e compro-var que o equipamento foi concebido e fabricado conforme as exigências da legislação vigente, apresentando, sempre que determinado pelo DSST, a tradução juramentada dos documentos pertinentes.

Os fabricantes e importadores dos seguintes EPI, constantes do Anexo I da NR 6, devem comprovar ao DSST sua adequação aos requisitos de desempenho estabelecidos em regulamentos por meio de

documen-tação técnica, incluindo relatórios de ensaios ou decla-rações de conformidade realizados no exterior:

a) capacete para combate a incêndio;

b) respirador purificador de ar motorizado, res-pirador de adução de ar do tipo linha de ar comprimido de demanda com pressão positi-va, do tipo peça facial inteira, combinado com cilindro auxiliar, respirador de adução de ar do tipo máscara autônoma de circuito fechado, respirador de fuga;

c) máscara de solda de escurecimento automático; e d) equipamentos de proteção contra agentes tér-micos (calor) e chamas provenientes de arco elétrico e/ou fogo repentino.

Os certificados emitidos por organismos estran-geiros serão reconhecidos pelo MTE desde que o organismo certificador do país emissor do certificado seja acreditado por um organismo signatário de acordo multilateral de reconhecimento (Multilateral

Recognition Arrangement - MLA), estabelecido por

uma das seguintes cooperações:

a) International Accreditation Forum, Inc. (IAF); b) Interamerican Accreditation Cooperation (IAAC). Os resultados de ensaios em laboratórios estrangeiros serão aceitos quando o laboratório for acreditado por um organismo signatário de acordo multilateral de reconhecimento mútuo, estabelecido por uma das seguintes cooperações:

a) IAAC;

b) European co-operation for Accreditation (EA); c) International Laboratory Accreditation

Coopera-tion (ILAC).

Serão também aceitos os resultados de ensaios realizados pelos laboratórios do National Institute

for Occupational Safety and Health (NIOSH), para

respirador purificador de ar motorizado, respirador de adução de ar do tipo linha de ar comprimido de demanda com pressão positiva, do tipo peça facial inteira, combinado com cilindro auxiliar, respirador de adução de ar do tipo máscara autônoma de circuito fechado, respirador de fuga.

Nota

Serão aceitos, em caráter excepcional e temporário, até 30.06.2012, os resultados de ensaios realizados de acordo com as normas ASTM F 1506-08, ASTM F 1930-08 e ASTM D 6413-08 pelos laboratórios:

a) Protective Clothing & Equipment Research Facility Department of

Human Ecology, da University of Alberta, Edmonton, Canadá;

b) Textile Protection and Confort Center, da College of Textiles North

(10)

A documentação prevista deve ser encaminhada ao DSST com tradução juramentada em português (Brasil), na versão original, com identificação e con-tato do emissor.

Os ensaios laboratoriais dos EPI devem ser rea-lizados prioritariamente em laboratórios nacionais credenciados pelo DSST.

Além das situações previstas na Portaria SIT/DSST no 121/2009, serão aceitos relatórios de ensaio ou

declaração de conformidade realizada no exterior, em caráter excepcional, somente nos casos em que não haja laboratório nacional credenciado pelo DSST apto para a realização dos ensaios.

Eis os princípios obrigatórios na concepção e fabricação de EPI:

a) os equipamentos devem ser concebidos e fa-bricados de forma a propiciar dentro das con-dições normais das atividades o nível mais alto possível de proteção;

b) a concepção dos EPI deve levar em conside-ração o conforto e a facilidade de uso por dife-rentes grupos de trabalhadores, em difedife-rentes tipos de atividades e de condições ambien-tais;

c) os equipamentos devem ser concebidos de maneira a propiciar o menor nível de descon-forto possível;

d) o EPI deve ser concebido de forma a não acar-retar riscos adicionais ao usuário e a não redu-zir ou eliminar sentidos importantes para reco-nhecer e avaliar os riscos das atividades; e) todas as partes do EPI em contato com o

usuário devem ser desprovidas de asperezas, saliências ou outras características capazes de provocar irritação ou ferimentos;

f) os equipamentos devem adaptar-se à varia-bilidade de morfologias do usuário quanto a dimensões e regulagens, ser de fácil coloca-ção e permitir uma completa liberdade de mo-vimentos, sem comprometimento de gestos, posturas ou destreza;

g) os EPI devem ser tão leves quanto possível, sem prejuízo de sua eficiência, e resistentes às condições ambientais previsíveis;

h) os equipamentos que se destinam a proteger simultaneamente contra vários riscos devem ser concebidos e fabricados de modo a sa-tisfazerem as exigências específicas de cada

um desses riscos e de possíveis sinergias en-tre eles;

i) os materiais utilizados na fabricação não de-vem apresentar efeitos nocivos à saúde.

14.2 requisitos específicos

Os EPI com dispositivos de regulagem devem oferecer mecanismos de fixação que impeçam sua alteração involuntária depois de ajustados pelo trabalhador, observadas as condições previsíveis de utilização.

Os EPI destinados à proteção da face, olhos e vias respiratórias devem restringir o mínimo possível o campo visual e a visão do usuário e ser dotados, se necessário, de dispositivos para evitar o embaça-mento.

Os EPI destinados à utilização em áreas classifi-cadas pela legislação, devem ser concebidos e fabri-cados de tal modo que não possam originar arcos ou faíscas de origem elétrica, eletrostática ou resultantes do atrito, passíveis de inflamar uma mistura explosiva.

Todos os dispositivos de ligação, extensão ou complemento conexos a um EPI devem ser con-cebidos e fabricados de forma a garantir o nível de proteção do equipamento.

Os EPI conjugados - tais como calçados e vesti-mentas, ou luvas e vestimentas - para proteção contra agentes meteorológicos, água e químicos devem ter suas conexões e junções avaliadas de acordo com os requisitos estabelecidos no Anexo B da norma ISO 16602:2007.

Somente é permitida a emissão de CA para os EPI conjugados indicados no parágrafo anterior quando seus dispositivos forem destinados à proteção contra o mesmo risco.

Os EPI destinados a proteger contra os efeitos do calor e chamas devem possuir capacidade de iso-lamento térmico e resistência mecânica compatíveis com as condições previsíveis de utilização.

Os materiais constitutivos e outros componentes destinados à proteção contra o calor proveniente de radiação e convecção devem apresentar resistência apropriada e grau de incombustibilidade suficiente-mente elevado para evitar qualquer risco de autoinfla-mação nas condições previsíveis de utilização.

(11)

Os materiais e outros componentes de EPI passí-veis de receber grandes projeções de produtos quen-tes devem, além disso, amortecer suficientemente os choques mecânicos.

O relatório de ensaio, emitido em nome do fabri-cante de vestimentas para proteção contra agentes térmicos provenientes do fogo repentino, deve conter a composição do tecido, o nome do fabricante e a gramatura, acrescido do Arc Thermal Performance

Value (ATPV) do tecido quando a vestimenta proteger

contra agentes térmicos provenientes do arco elétrico. Para vestimentas multicamadas, os relatórios devem especificar tal condição.

O relatório de ensaio dos equipamentos conjuga-dos, como capuz, capacete e protetor facial, ou capa-cete e protetor facial, para proteção contra agentes térmicos provenientes de arco elétrico deve conter as informações do CA do capacete e da lente, nome do fabricante do equipamento conjugado e, no caso do equipamento conjugado com capuz, o nome do fabricante do tecido, o seu ATPV e a sua composição.

O equipamento conjugado formado por capuz, capacete e protetor facial para proteção contra riscos de origem térmica, impactos de objetos sobre o crâ-nio, impactos de partículas volantes e luminosidade intensa provenientes de arco elétrico devem ser ensaiados pelas normas ASTM F 2178-08, ANSI Z 87.1 e NBR 8221:2003 ou alteração posterior.

A determinação do ATPV, para avaliação da conformidade dos equipamentos de proteção contra os efeitos térmicos do arco elétrico em relação às normas ASTM F 2178-08, ASTM F 2621-06 e ASTM F 1506-08, deve ser comprovada pelos relatórios de ensaio do tecido de acordo com a norma ASTM F 1959/F 1959M-06a a¹.

A conformidade das vestimentas de proteção con-tra os efeitos térmicos do arco elétrico em relação à norma IEC 61482-2:2009 deve ser comprovada pelos relatórios de ensaios do equipamento realizados de acordo com as normas IEC 61482-1-1:2009 e/ou IEC 61282-1-2:2007.

A determinação do ATPV nestes casos deve ser comprovada pelos relatórios de ensaios do tecido de acordo com a norma IEC 61482-1-1, método A.

A conformidade das vestimentas de proteção con-tra os efeitos térmicos do fogo repentino em relação

à norma NFPA 2112-07 deve ser comprovada pelos relatórios de ensaios do equipamento de acordo com as normas ASTM F 1930-08 e ASTM D 6413-08.

A conformidade das vestimentas de proteção con-tra os efeitos térmicos do fogo repentino em relação à norma ISO 11612: 2008 deve ser comprovada pelos relatórios de ensaios do equipamento de acordo com as normas ISO 13506:2008 e ISO 15025:2000.

Os EPI que incluírem aparelho de proteção res-piratória devem assegurar cabalmente, em todas as condições previsíveis, mesmo as mais desfavoráveis, a função de proteção que lhes é atribuída.

Os EPI destinados a proteger contra os efeitos do frio devem possuir isolamento térmico e resistência mecânica apropriados às condições previsíveis de utilização para as quais foram fabricados.

Os materiais e outros componentes flexíveis dos EPI destinados a intervenções dentro de ambientes frios devem conservar grau de flexibilidade apro-priado, permitindo completa liberdade de movimen-tos, sem comprometimento de gesmovimen-tos, posturas ou destreza.

Os EPI de proteção contra o frio devem resistir à penetração de quaisquer líquidos, incluindo água, e não devem provocar lesões resultantes de contatos entre a sua superfície externa e o usuário.

Os fabricantes de vestimentas de proteção contra o frio devem comprovar ao DSST, por meio de laudos técnicos e ensaios efetuados por laboratório capacitado no Brasil, os requisitos de designação de tamanhos e de resistência à penetração de água e ao rasgamento.

As luvas de proteção contra vibração devem pos-suir na região dos dedos as mesmas características de atenuação que a da região da palma das mãos.

Os EPI destinados a proteger as mãos contra vibrações devem ter capacidade de atenuar frequên-cias compreendidas entre 16 Hz e 1600 Hz, conforme definições da norma ISO 10819:1996.

Os EPI destinados a proteger contra efeitos da corrente elétrica devem possuir um grau de isolamento adequado aos valores de tensão aos quais o usuário é passível de ficar exposto nas condições previsíveis mais desfavoráveis.

(12)

Os fabricantes e importadores de EPI destinados à proteção da face e dos olhos contra respingos de produtos químicos devem comprovar ao DSST, por meio de laudos técnicos e ensaios efetuados por laboratório capacitado, os requisitos de resistência mecânica apropriados às condições previsíveis de utilização para as quais foram fabricados.

14.3 marcação

A data de fabricação dos EPI deve ser marcada de forma indelével, legível, sempre que possível, em cada exemplar ou componente do EPI.

Nota

Fica prorrogado até 07.06.2011 o atendimento ao disposto neste pará-grafo, quando a data de fabricação dos EPI deverá ser marcada de forma indelével, legível, sempre que possível, em cada exemplar ou componente do equipamento, na forma mês/ano, no mínimo.

Coincidindo a data de fabricação com o número do lote, o EPI poderá possuir uma única marcação com data/lote, na forma mês/ano, no mínimo.

Se tecnicamente não for possível a marcação em cada EPI, o fabricante ou importador deve disponibi-lizar essa informação no manual de instruções e na embalagem.

Caso o EPI contenha uma ou mais marcas de referência ou de sinalização a serem respeitadas, essas devem ser perfeitamente legíveis, completas, precisas e compreensíveis e assim permanecer ao longo do tempo de vida previsível do equipamento.

Quando o processo de higienização preconizado pelo fabricante ou importador resultar em alteração das características do EPI, deve ser colocado, sem-pre que possível, em cada exemplar do produto, a indicação do número de higienizações acima do qual é necessário proceder à revisão ou à substituição do equipamento.

Se tecnicamente não for possível colocar a marcação em cada EPI, o fabricante ou importador deve disponibilizar essa informação no manual de instruções e na embalagem.

Os EPI destinados à proteção contra produtos químicos ou respingos de produtos químicos devem dispor de marcação contendo dados referentes à composição do material, aos produtos químicos aos quais pode ser exposto, como também ao nível de proteção oferecido, sempre que possível em cada exemplar.

Se tecnicamente não for possível colocar a marcação em cada EPI, o fabricante ou importador deve disponibilizar essa informação no manual de instruções e na embalagem.

O fabricante ou importador dos EPI para proteção auditiva deve disponibilizar no manual de instruções ou na embalagem as seguintes informações:

a) limitações do EPI quanto a alterações da ate-nuação teórica devido a fatores como as ca-racterísticas da atividade e do usuário, a forma de uso e colocação, o tempo de uso, o uso concomitante com outros EPI, as condições ambientais e a deterioração por envelheci-mento do material, entre outros;

b) efeitos secundários de danos à saúde provo-cados ou causados pelo uso do equipamento, como alergias, inflamações e outros;

c) especificação das condições das atividades ou de locais de trabalho nos quais a redução da audição pode aumentar o risco de aciden-tes de trabalho;

d) tamanhos disponíveis;

e) instruções de uso, conservação e limpeza; f) outras condições e limitações específicas; g) prazos máximos para substituição.

Os EPI destinados a trabalhos ou manobras em instalações elétricas sob tensão ou suscetíveis a ten-são devem possuir marcação, sempre que possível, gravada no produto que indique a classe de proteção e/ou a tensão máxima, o número de série e a data de fabricação.

Se tecnicamente não for possível colocar a marcação em cada EPI, o fabricante ou importador deve disponibilizar essa informação no manual de instruções e na embalagem.

Os EPI destinados a proteger contra os efeitos de radiações ionizantes devem possuir marcação que indique a natureza e a espessura dos materiais constitutivos apropriados às condições previsíveis de utilização.

Os EPI destinados à proteção das mãos devem possuir na embalagem as seguintes informações:

a) tamanhos disponíveis;

b) medidas da circunferência e comprimento da mão correspondentes às instruções de utiliza-ção;

(13)

c) instruções de uso, conservação e limpeza; d) efeitos secundários de danos à saúde,

provo-cados ou causados pelo uso das luvas, como alergias, dermatoses, entre outros;

e) efeitos secundários de ampliação do risco de acidentes decorrentes do uso de luvas, espe-cialmente na operação de máquinas, equipa-mentos ou atividades com contato com partes móveis;

f) efeitos secundários de perda ou redução da sensibilidade táctil e da capacidade de preen-são;

g) indicação, caso a proteção esteja limitada a apenas uma parte da mão;

h) especificação, caso o uso seja recomendado para apenas uma das mãos ou ainda se haja indicação para o uso de luvas diferentes em cada mão;

i) referência a acessórios e partes suplentes, se houver.

As marcações especificadas não substituem outras determinadas na legislação vigente.

Nota

A Portaria SIT/DSST no 127/2009 aprovou o regulamento técnico que

estabelece os requisitos mínimos de identidade e qualidade para luvas de borracha natural, borracha sintética, mistura de borrachas natural e sintética, e de policloreto de vinila, para proteção contra agentes biológicos, não sujei-tas ao regime da vigilância sanitária.

14.4 manual de instruções

As instruções técnicas que acompanham os EPI devem estar em português (Brasil) e conter:

a) descrição completa do EPI;

b) indicação da proteção que o equipamento oferece;

c) instruções sobre o uso, armazenamento, higie-nização e manutenção corretos;

d) restrições e limitações do equipamento; e) vida útil ou periodicidade de substituição de

todo ou das partes do EPI que sofram deterio-ração com o uso;

f) acessórios existentes e suas características; g) forma apropriada para guarda e transporte; h) declaração do fabricante ou importador de

que o equipamento não contém substâncias conhecidas ou suspeitas de provocar danos ao usuário;

i) informações sobre os resultados obtidos em ensaios de conformidade efetuados para

de-terminar os níveis ou classes de proteção do EPI, quando for o caso;

j) especificação das classes de proteção ade-quadas a diferentes níveis de risco e os limites de utilização correspondentes;

k) os tempos máximos de uso em função da con-centração/intensidade do agente de risco, sempre que tal informação seja necessária para garantir a proteção especificada para o equipamento;

l) incompatibilidade com outros EPI passíveis de uso simultâneo;

m) possibilidade de alteração das característi-cas, da eficácia ou do nível de proteção do EPI quando exposto a determinadas condições ambientais (frio, calor, produtos químicos, etc.) ou em função de higienização.

14.5 Instruções específicas para determinados tipos de EPI

O manual de instruções dos EPI destinados a prevenir quedas de altura deve conter especificações quanto ao modo adequado de ajuste dos dispositivos de preensão do corpo e de fixação segura do equi-pamento.

O manual de instruções dos EPI destinados à proteção em trabalhos ou manobras em instalações elétricas sob tensão ou suscetíveis a tensão deve con-ter informações relativas à natureza e à periodicidade dos ensaios dielétricos a que devem ser submetidos durante o seu tempo de vida.

Os EPI destinados a intervenções de curta dura-ção devem conter no manual de instruções indicadura-ção do tempo máximo admissível de exposição.

15. EPI - CA - PrAzo dE vALIdAdE - ProrrogAção

Os CA dos EPI terão sua validade prorrogada, conforme disposto a seguir:

a) nos casos de EPI destinados à proteção con-tra agentes térmicos (calor) e chamas, ex-ceto arco elétrico, fogo repentino e combate a incêndio, com validade até 30.04.2011 e cujas amostras aguardam a realização de ensaios pelo laboratório credenciado pelo DSST, a validade será prorrogada para a data prevista para conclusão dos ensaios, acrescida de 60 dias;

(14)

b) nos casos de EPI destinados à proteção contra riscos químicos (industrial e agrotó-xico), com validade até 07.06.2011 e cujas amostras foram recebidas para análise até 20.05.2011 pelos laboratórios credenciados pelo DSST, a validade será prorrogada para a data prevista para conclusão dos ensaios, acrescida de 60 dias;

c) nos casos de EPI destinados à proteção con-tra agentes térmicos (calor) e chamas, utiliza-dos no combate a incêndio, com validade até 07.06.2011, a validade será prorrogada para 07.06.2012;

d) nos casos de EPI destinados à proteção con-tra agentes térmicos (calor) e chamas prove-nientes do arco elétrico e/ou fogo repentino, com validade até 07.06.2011, a validade será prorrogada para 31.12.2011.

Os laboratórios credenciados devem encaminhar lista com o número do CA e com a previsão para conclusão dos ensaios para o DSST.

Os CA enquadrados nas situações elencadas terão sua validade prorrogada no sistema Caepi e serão disponibilizados para consulta no endereço eletrônico http://www.mte.gov.br, não sendo emitido novo documento.

(NR 6, aprovada pela Portaria MTb no 3.214/1978,

obser-vadas as alterações posteriores; Portaria SIT/DSST no 11/2007;

Portaria SIT/DSST no 107/2009; Portaria MTE no 32/2009; Portaria

SIT/DSST no 121/2009, com as alterações/adequações

introduzi-das pela Portaria SIT/DSST no 145/2010, pela Portaria SIT/DSST no

184/2010, pela Portaria SIT/DSST no 189/2010 e pela Portaria SIT

no 205/2011; Portaria SIT/DSST no 125/2009; Portaria SIT/DSST no

126/2009, com as alterações da Portaria SIT no 205/2011; Portaria

SIT/DSST no 194/2010; Portaria SIT/DSST no 198/2011; Portaria SIT

no 209/2011; Portaria SIT no 246/2011)

N

a

IOB Setorial

MIneRaçãO

Atividade de mineração - Locais de

trabalho - Sistema de iluminação

1. Introdução

Os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compa-tível o planejamento e o desenvolvimento da atividade mineradora com a busca permanente da segurança e saúde dos trabalhadores, são determinados pela Norma Regulamentadora (NR) 22, aprovada pela Portaria MTb no 3.214/1978, com redação dada pela

Portaria MTE no 2.037/1999 e alterada pelas Portarias

SIT/DSST no 27/2002 e SIT nos 63/2003 e 202/2011.

Neste texto abordamos somente as questões alu-sivas ao sistema de iluminação a ser implementado nos locais de trabalho.

2. ILumInAção

Os locais de trabalho, circulação e transporte de pessoas devem dispor de sistemas de iluminação

natural ou artificial, adequados às atividades desen-volvidas.

Em subsolo, é obrigatória a existência de sistema de iluminação estacionária, mantendo-se os seguin-tes níveis mínimos de iluminação média nos locais relacionados:

a) 50 lux no fundo do poço; b) 50 lux na casa de máquinas; c) 20 lux nos caminhos principais;

d) 20 lux nos pontos de carregamento, descarrega-mento e trânsito sobre transportadores contínuos; e) 60 lux na estação de britagem;

f) 270 lux no escritório e nas oficinas de reparos.

2.1 Iluminação de emergência

As instalações de superfície que dependam de ilumina-ção artificial, cuja falha possa colocar em risco acentuado a segurança das pessoas, devem ser providas de iluminação de emergência que atenda aos seguintes requisitos:

a) ligação automática no caso de falha do siste-ma principal;

(15)

b) independência do sistema principal;

c) provimento de iluminação suficiente que per-mita a saída das pessoas da instalação; d) testagem e manutenção das condições de

funcionamento.

Caso não seja possível a instalação de iluminação de emergência, os trabalhadores devem dispor de equipamentos individuais de iluminação.

2.2 Iluminação suplementar

Devem dispor de iluminação suplementar à ilumi-nação individual as seguintes atividades no subsolo:

a) verificação de riscos de quedas de material; b) verificação de falhas e descontinuidades

geo-lógicas;

c) abatimentos de chocos e blocos instáveis; d) manutenção elétrica e mecânica nas frentes

de trabalho.

2.3 depósitos de explosivos

Quando necessária iluminação dos depósitos de explosivos e acessórios, essa somente poderá ser externa.

Em trabalhos no interior de depósitos de explosi-vos e acessórios, só será permitido o uso de lanternas de segurança.

2.4 trabalho noturno

Durante o trabalho noturno ou em condições de pouca visibilidade em minas a céu aberto, as frentes

de basculamento ou descarregamento em operação devem possuir iluminação suficiente. Quando as condições atmosféricas impedirem a visibilidade, mesmo com iluminação artificial, os trabalhos e o tráfego de veículos e equipamentos móveis deverão ser suspensos.

2.5 Lanternas

É obrigatório o uso de lanternas individuais nas seguintes condições:

a) para o acesso e trabalho em mina subterrâ-nea;

b) para deslocamento noturno na área de opera-ção de lavra, basculamento e carregamento, nas minas a céu aberto.

Em minas com ocorrência de gases explosivos, só será permitido o uso de lanternas de segurança.

Lanternas de reserva devem estar disponíveis em pontos próximos aos locais de trabalho e em condi-ções de uso.

2.6 Proteção da visão

No caso de trabalho com minerais com alto índice de refletância, deverão ser tomadas medidas espe-ciais de proteção da visão.

(NR 22, aprovada pela Portaria MTb no 3.214/1978, com

redação dada pela Portaria MTE no 2.037/1999, subitens 22.27

a 22.27.8)

N

a

IOB Perguntas e Respostas

EPI - Fornecimento - Obrigatoriedade

1) Em quais hipóteses é obrigatório o fornecimen-to de Equipamenfornecimen-to de Proteção Individual (EPI) aos empregados?

A empresa é obrigada a fornecer aos empre-gados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em

perfeito estado de conservação e de funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças pro-fissionais e do trabalho;

(16)

b) enquanto as medidas de proteção coletiva es-tiverem sendo implantadas; e

c) para atender a situações de emergência.

(NR 6, aprovada pela Portaria MTb no 3.214/1978, com

re-dação dada pela Portaria SIT/DSST no 25/2001, item 6.3)

EPI - Recibo de entrega

2) O empregador deve, ao entregar o Equipamen-to de Proteção Individual (EPI) para o empregado, co-lher a assinatura deste em recibo de entrega?

Conforme determina o subitem 6.6.1, letra “h”, da Norma Regulamentadora (NR) 6, aprovada pela Portaria MTb no 3.214/1978, na redação da Portaria

SIT no 107/2009, é de responsabilidade do

emprega-dor, entre outras, registrar o fornecimento do EPI ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

Não há previsão expressa na NR 6 quanto à obrigatoriedade de colher a assinatura do traba-lhador no registro de entrega do EPI. Contudo, por cautela, entendemos que, quando da utilização de livros ou fichas, o empregador poderá exigir a aposição do visto do empregado no mencionado documento.

EPI - Utilização - Obrigatoriedade

3) O empregado é obrigado a utilizar o Equipa-mento de Proteção Individual (EPI) quando fornecido pelo empregador?

De acordo com a Norma Regulamentadora (NR) 6, cabe ao empregado, quanto ao EPI:

a) usá-lo, apenas para a finalidade a que se des-tina;

b) responsabilizar-se por sua guarda e conserva-ção;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;

d) cumprir as determinações do empregador so-bre seu uso adequado.

Assim, o empregado que não utiliza o EPI fornecido pelo empregador está praticando

con-duta contrária às regras fixadas no contrato de trabalho e pode sofrer sanções cabíveis, tais como advertência e suspensão. Dependendo da gravidade da situação, pode até haver a caracte-rização de justa causa por ato de indisciplina ou insubordinação.

(Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, art. 482, “h”; NR 6, aprovada pela Portaria MTb no 3.214/1978, subitem 6.7.1)

EPI - Risco existente em determinada atividade - Definição

4) Como se define qual é o Equipamento de Pro-teção Individual (EPI) adequado ao risco existente em determinada atividade?

Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Aciden-tes (Cipa) e os trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.

Nas empresas desobrigadas de constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnica-mente habilitado, ouvida a Cipa ou, na falta desta, o designado e os trabalhadores usuários.

(NR 6, aprovada pela Portaria MTb no 3.214/1978, item 6.5

e subitem 6.5.1, com redação dada pela Portaria SIT/DSST no

25/2001 e pela Portaria SIT/DSST no 194/2010)

EPI - Empresa prestadora de serviço - Fornecimento

5) No caso de prestação de serviço, a quem cabe o fornecimento de Equipamento de Proteção Individual (EPI)?

O empregador está legalmente obrigado a fornecer aos seus empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco existente no exercício ou no ambiente de trabalho, em perfeito estado de conser-vação e funcionamento, sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes e/ou de doenças profissionais e do trabalho e enquanto as medidas de proteção coletiva

(17)

estiverem sendo implantadas ou, ainda, para atender a situações de emergência.

Assim, caberá à empresa prestadora de serviço (empregadora) o fornecimento dos EPI para seus empregados.

Ressaltamos que, além do cumprimento das obrigações previstas nas normas regulamentadoras,

os empregadores estão sujeitos também a outras disposições, com relação à matéria, previstas em legislações federal, estadual e/ou municipal, bem como em documento coletivo de trabalho.

(Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, arts. 154 e 166; NR 6, aprovada pela Portaria MTb no 3.214/1978, itens 6.3 e 6.4,

com redação dada Portaria SIT/DSST no 25/2001)

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