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WISC-III - Power Point Dra Rute Pires (4)

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WISC-III

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler

Escala de Inteligência de Wechsler

para Crianças - III

para Crianças - III

Direcção Regional de Educação

Direcção Regional de Educação

 –

 –

 Funchal

 Funchal

24, 25 e 26 de Maio de 2012

24, 25 e 26 de Maio de 2012

Rute Pires

Rute Pires

Faculdade de Psicologia

(2)
(3)

WISC-III

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Origens

Origens

1949

1949 –

 – WISC (D. Wechsler)

 WISC (D. Wechsler)

1971

1971

 –

 –

 Adaptação Portuguesa (J. Ferreira Marques )

 Adaptação Portuguesa (J. Ferreira Marques )

1974

1974 –

 – WISC-R (D. Wechsler)

 WISC-R (D. Wechsler)

1991

1991 –

 – WISC-III

WISC-III (A.

(A. Prifitera)

Prifitera)

2003

2003

 –

 –

 Adaptação Portuguesa (M. Simões / CEGOC)

 Adaptação Portuguesa (M. Simões / CEGOC)

 Amostra de

 Amostra de 1354 sujeitos,

1354 sujeitos, idades entre

idades entre 6

6 e

e 16

16 anos,

anos, represe

representativa da

ntativa da

população portuguesa nas variáveis: idade, sexo, nível escolar, área de

população portuguesa nas variáveis: idade, sexo, nível escolar, área de

residência, localização geográfica

residência, localização geográfica

(4)

WISC-III

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Conceito de Inteligência de Wechsler

Conceito de Inteligência de Wechsler 

   “Capacidade  “Capacidade global do indivíduo para actuar com finalidade, pensar racionalmente e proceder global do indivíduo para actuar com finalidade, pensar racionalmente e proceder

com eficiência em relação ao

com eficiência em relação ao ambiente.ambiente.”” (W (Wechsler, 194echsler, 1944)4)

  A inteligência é  A inteligência é mais do mais do que uma soma que uma soma de aptidões. O de aptidões. O comportamento inteligente comportamento inteligente depende dadepende da

configuração

configuração  de aptidões qualitativamente diferenciadas e apenas parcialmente  de aptidões qualitativamente diferenciadas e apenas parcialmente independentes.

independentes.

  A  A inteligência inteligência é é uma uma manifestação manifestação da da personalidade. personalidade. O O comportamento comportamento inteligente inteligente éé

determinado por

determinado por factores não intelectivosfactores não intelectivos: traços de personalidade, motivação, factores: traços de personalidade, motivação, factores emocionais (e.g.,

emocionais (e.g., ansiedadeansiedade))……

  A  A inteligênciainteligência desenvolve-se ao longo de toda a vidadesenvolve-se ao longo de toda a vida: as aptidões emergem e atingem a: as aptidões emergem e atingem a

maturidade em idades diferentes e o desenvolvimento da inteligência prossegue para além da maturidade em idades diferentes e o desenvolvimento da inteligência prossegue para além da adolescência.

adolescência.

(5)

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Conceito de Medida da Inteligência de Wechsler

Escalas individuais, constituídas por diversos subtestes que fazem apelo a

diferentes facetas da inteligência, e.g., percepção, memória, raciocínio abstracto…

Escalas divididas em duas partes: Verbal e Realização

Índice de medida: QI Padronizado

Vários níveis de resultados: Resultados Globais (QIs); Resultados Factoriais (IFs);

Resultados Normalizados Padronizados (Subtestes)

 Aferição e estudo metrológico em grandes amostras

(6)

Necessidade da WISC-III

 Actualização dos dados normativos

 Aumento progressivo dos resultados médios no desempenho dos sujeitos,

principalmente nas medidas de realização

Caso português mais grave: WISC-R não adaptada para Portugal

 Alterações dos materiais e dos procedimentos de administração com o objectivo de

facilitar a adaptação do sujeito à situação de teste

Introdução da cor, alteração da ordem de aplicação dos subtestes, introdução de

novos itens mais fáceis e mais difíceis, substituição de itens desactualizados)

Idades de aplicação

 Aplicação individual

Crianças dos 6 anos e 0 meses aos 16 anos, 11 meses e 30 dias

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

(7)

Tempo de administração

1h/1h30m: 10 subtestes obrigatórios

+ 10/15 m: 3 subtestes opcionais

 Aplicação preferencial numa única sessão

É possível dividir a aplicação em duas sessões, desde que o intervalo não seja

superior a uma semana

Condições de administração

Recomenda-se a aplicação frente-a-frente

É possível optar por uma organização do espaço diferente, mas há que assegurar:

Facilidade de acesso aos materiais de teste;

Materiais de teste fora do alcance visual do sujeito até que sejam necessários;

Cadeira e mesa adequadas à realização das tarefas;

Posicionamento que permita a observação das respostas e comportamento do

sujeito

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

(8)

Parte Verbal Parte Realização

2. Informação 1. Completamento de Gravuras

4. Semelhanças 3. Código

6. Aritmética 5. Disposição de Gravuras

8. Vocabulário 7. Cubos

10. Compreensão 9. Composição de Objectos

12. Memória de Dígitos (opcional) 11. Pesquisa de Símbolos (opcional) 13. Labirintos (opcional)

Os

Resultados Brutos

são convertidos em

Resultados Padronizados

, cuja

distribuição tem

média 10

e

desvio-padrão 3

(Manual WISC-III, 2003, tabela 36, pp. 259-280)

Os

somatórios dos RP

dos 5 subtestes obrigatórios da parte verbal, dos 5

subtestes obrigatórios da parte de realização e dos 10 subtestes obrigatórios são

convertidos, respectivamente, em

QI Verbal

,

QI Realização

e

QI Escala

Completa

, cuja distribuição tem

média 100

e

desvio-padrão 15

(Manual WISC-III, 2003,

WISC-III

(9)

Os subtestes

Memória de Dígitos

,

Labirintos

e

Pesquisa de Símbolos

são

opcionais.

Se o examinador optar pela sua aplicação para obter uma amostra mais ampla

das aptidões do sujeito, não os deve incluir no cálculo dos QI.

Caso algum dos subtestes obrigatórios seja invalidado ou não possa ser aplicado, os

subtestes Memória de Dígitos e Labirintos substituem, respectivamente, um dos

subtestes verbais e um dos subtestes de realização e neste caso, são utilizados no

cálculo dos QI.

O subteste Pesquisa de Símbolos é necessário para o cálculo do Índice Factorial

Velocidade de Processamento. Este subteste, apenas, poderá substituir o subteste

Código.

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

(10)

ÍNDICES FACTORIAIS

Compreensão Verbal

Conhecimento verbal e

raciocínio verbal

Organização Perceptiva

Raciocínio não verbal,

percepção visual,

estruturação espacial,

coordenação visuo-motora e

atenção

Veloc. de Processamento

Velocidade mental e motora

na resolução de problemas

de natureza visual

Informação

Completamento Gravuras

Código

Semelhanças

Disposição Gravuras

Pesquisa de Símbolos

Vocabulário

Cubos

Compreensão

Composição Objectos

WISC-III

(11)

Cálculo da idade-teste

Útil quando se quer comparar os resultados obtidos na WISC-III com as normas por

idade de outras provas.

 A tabela 44

(Manual WISC-III, 2003, p. 289)

  apresenta, para cada subteste, os resultados

brutos equivalentes a diversas idades-teste.

 A idade-teste média obtém-se somando as idades-teste correspondentes aos

diferentes subtestes e dividindo pelo número total de subtestes.

 A idade-teste mediana obtém-se ordenando as idades-teste por ordem crescente e

procurando o valor central.

Os subtestes Pesquisa de Símbolos, Memória de Dígitos e Labirintos não devem ser

utilizados no cálculo das idades-teste média e mediana.

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

(12)

Classificação Qualitativa dos Resultados Médios

13 – Limite superior da Média

12 – Zona Superior da Média

11 – Média

10 – Média

9 – Média

8 – Zona Inferior da Média

7 – Limite Inferior da Média

WISC-III

(13)

Percentil

QI

Percentil

QI

99

135

50

100

97

128

40

96

95

125

30

92

90

119

25

90

80

113

20

87

75

110

10

81

70

108

5

75

60

104

3

72

1

65

In Manual da Escala de Inteligência de Wechsler par a Crianças (WISC), adaptação portuguesa de J.H. Ferreira Marques (1970)

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Relação QI-Percentil

(14)

WISC-III

WAIS-III

QI

Classificação

Classificação

130 ou mais

Muito superior

Muito superior

120 - 129

Superior

Superior

110 - 119

Médio Superior

Médio Superior

90 - 109

Médio

Médio

80 - 89

Médio Inferior

Médio Inferior

70 - 79

Inferior

Inferior

69 ou menos

Muito Inferior

Muito Inferior

WISC-III

(15)

Diferenças entre QI Verbal e de Realização

Uma diferença de

13 pontos

entre QIV e QIR é estatisticamente significativa para o

nível de significância 0.05

Mas uma diferença pode ser significativa do ponto de vista estatístico e ser muito

frequente na população…

 A maioria das referências bibliográficas considera que uma diferença significativa

que ocorra numa

frequência igual ou inferior a 15%

da amostra de aferição é

 já suficientemente rara para permitir uma interpretação clínica

Quanto mais rara for uma determinada diferença na população, maior a

segurança na interpretação patológica do desvio

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

(16)

Interpretação das diferenças entre QI Verbal e QI Realização

1. Meio sociocultural (QIV>QIR)

2. Dificuldades de aprendizagem (QIV<QIR)

3. Variáveis emocionais (QIV>QIR)

4. Perturbações neurológicas (QIV<QIR ou QIV>QIR )

5. Delinquência (QIV<QIR)

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

(17)

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

16

Subteste

Saturação em g WISC-III*

Informação

.78

Boa

Semelhanças

.77

Boa

 Aritmética

.76

Boa

Vocabulário

.80

Boa

Compreensão

.68

Moderada

M. Dígitos

.47

Pobre

Comp. Gravuras

.60

Moderada

Código

.41

Pobre

Disp. Gravuras

.53

Moderada

Cubos

.71

Boa

Comp. Objectos

.61

Moderada

Pesquisa Símbolos

.56

Moderada

* Kaufman, A.S., & Lichtenberger, E.O. (2000). Essentials of WISC-III and WPPSI-R Assessment. New York: John Wiley & Sons.

(18)

17

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Informação

 Avalia a aquisição de conhecimentos gerais: a aprendizagem e a qualidade da

recuperação da memória a longo prazo

É uma excelente medida de inteligência cristalizada

Não faz apelo a conhecimentos especializados, mas está muito dependente do

ambiente e das oportunidades de aprendizagem das crianças

 A curiosidade, a abertura à experiência e o interesse pelo meio envolvente

contribuem para a aquisição de uma boa base de conhecimentos gerais

Resultados Baixos

Meio sociocultural desfavorecido, insuficiente domínio da língua e pouca experiência

da cultura ocidental

Perturbações na leitura (e.g., Dislexia, perfil ACID)

Depressão

(19)

18

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Semelhanças

  Avalia a formação de conceitos verbais

 “Em que é que são semelhantes uma banana e uma maçã”? Para desempenhar a tarefa – qual a

categoria mais geral e mais abstracta a que pertencem dois conceitos  – a criança tem de identificar as características essenciais e negligenciar as que são acessórias.

  A capacidade de categorização é um mecanismo adaptativo fundamental que permite organizar o

mundo físico e social, identificando a regularidade que existe na diversidade.

 Esta prova permite obter informações clínicas interessante, já que as respostas podem

corresponder a níveis distintos de desenvolvimento cognitivo: a. nível concreto (a banana e a maçã têm casca); b. nível funcional (a banana e a maçã servem para comer); c. nível abstracto (a banana e a maçã são frutos).

Resultados Baixos

 Domínio insuficiente da língua

(20)

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Aritmética

  Avalia a compreensão verbal, a memória de trabalho, a atenção e concentração e o raciocínio numérico

(conceptualização e cálculo mental)

 Os conhecimentos matemáticos exigidos são do nível do 1º Ciclo do Ensino Básico: adição, subtracção,

multiplicação e divisão, fracções e percentagens

 Desempenho muito influenciado por variáveis não-intelectuais, e.g., ansiedade

  A capacidade de atenção/concentração e a capacidade para lidar com sequências de informação

intervêm na realização da prova:

 Perfil Bannatyne (1974): Aptidão Espacial (Cubos, Composição de Objectos e Completamento de

Gravuras) > Aptidão de Conceptualização Verbal (Compreensão, Semelhanças e Vocabulário) > Aptidão Sequencial (Memória de Dígitos, Aritmética e Código)

 Outros processos que intervêm na realização da prova: 1. Capacidade de leitura/compreensão do

enunciado do problema; 2. Capacidade para transformar o enunciado verbal num enunciado matemático (pressupõe conhecimentos matemáticos)

Resultados Baixos

 Domínio insuficiente da língua

(21)

Vocabulário

 Avalia a extensão de vocabulário e o grau de elaboração de conceitos e de

pensamento abstracto

Wechsler (1944) considerava Vocabulário uma excelente medida de inteligência

geral, reveladora das capacidades de aprendizagem e da qualidade dos processos

de pensamento

Medida de inteligência cristalizada, depende do meio sociocultural da criança e da

riqueza das interacções verbais com o ambiente

Resultados Baixos

Domínio insuficiente da língua

Falta de oportunidades de aprendizagem

Problemas auditivos ou de expressão oral

Psicoses

20

WISC-III

(22)

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Compreensão

 Avalia conhecimentos e atitudes sobre convenções sociais e morais

Wechsler (1944) considerava Compreensão como um teste de

“senso

comum”,  fonte de informações clínicas sobre a

personalidade, mais do que sobre a inteligência

É uma medida de inteligência cristalizada, cujo desempenho

pressupõe educação familiar e escolar

Compreensão e Disposição de Gravuras informam sobre a

qualidade do funcionamento social das crianças?

(23)

22

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Memória de Dígitos

 Permite apreciar a qualidade do controlo da atenção e da memória de trabalho, embora não seja

uma boa medida de inteligência

 Tomando como referência o modelo da memória de trabalho de Baddeley (1986), as duas tarefas

que compõem o subteste fazem apelo a mecanismos diferentes:

  A recuperação de dígitos em sentido directo exige a repetição mental de uma sequência de

números e implica o sistema fonológico/articulatório

  A recuperação de dígitos em sentido inverso junta a este processo uma segunda tarefa que

envolve a inversão da posição dos dígitos na sequência. Implica tanto o sistema fonológico/articulatório quanto o administrador central. Esta tarefa é muito mais exigente que a primeira. Em média, as pessoas conseguem recordar mais dois dígitos em sentido directo do que em sentido inverso

Resultados Baixos

 Problemas auditivos e problemas ao nível da expressão oral  Problemas de atenção

(24)

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Completamento de Gravuras

 Avalia o reconhecimento visual e a identificação de formas

familiares

É uma tarefa de discriminação visual que exige diferenciação entre

o essencial e o acessório

É uma medida de memória a longo prazo de informação visual

Resultados Baixos

Problemas visuais

(25)

24

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Código

  Avalia a capacidade de aprendizagem de uma tarefa nova num curto espaço de tempo

 É a única tarefa de aprendizagem da WAIS-III. A rapidez de execução da tarefa depende da

facilidade e da qualidade da aprendizagem realizada e esta é influenciada pela memória visual imediata. A realização da tarefa depende, igualmente, da atenção e concentração e de adequadas capacidades de coordenação visuo-motora

Resultados Baixos

 Problemas visuais

 Problemas de atenção (podem diminuir consideravelmente a velocidade de execução e afectar a

memória de trabalho e consequentemente a aprendizagem das associações entre símbolos e dígitos)

 Código não deve ser utilizado com pessoas iletradas   A ansiedade prejudica o desempenho

 O perfeccionismo prejudica o desempenho

 É uma prova muito sensível às perturbações neurológicas

(26)

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Disposição de Gravuras

  Avalia a inteligência geral na resolução de situações sociais. Implica compreensão do todo a

partir da análise das partes, capacidades de planeamento e compreensão de sequências temporais e de relações de causa-efeito.

  A realização com sucesso exige a compreensão de cada imagem, a distinção entre o essencial e

o acessório e a integração do fundamental numa sequência coerente

  A flexibilidade mental favorece a realização bem sucedida da tarefa   A leitura de BD facilita a realização da tarefa

  Algumas crianças verbalizam a história enquanto a constroem. A saturação no factor verbal

confirma que a prova é uma medida de processos verbais sequenciais

Resultados Baixos

 Problemas visuais  Dificuldades motoras

(27)

26

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Cubos

  Avalia a inteligência não verbal . Depende de capacidades de análise visuo-espacial, de raciocínio sobre

relações espaciais, de coordenação visuo-motora e de trabalho sob pressão do tempo

 Possibilita a observação de processos cognitivos: que estratégias de resolução de problemas são

utilizadas?

  A estratégia analítica consiste numa análise da figura que leva à sua decomposição em unidades

elementares e posterior síntese do todo

  A estratégia global é uma estratégia de ensaio e erro

  A estratégia sintética consiste na decomposição da figura em agrupamentos de cubos  – estruturas

parciais – que são posteriormente sintetizadas na figura tridimensional final

 Do ponto de vista do desenvolvimento, a estratégia global diminui da infância para a idade adulta e as

estratégias analíticas e sintéticas aumentam. A partir dos 50 anos verifica-se um progressivo retorno à estratégia global

Resultados Baixos

 Problemas visuais

(28)

27

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Composição de Objectos

 Avalia a capacidade para compreender o todo a partir da análise das

partes, a coordenação visuo-motora e as capacidades de planeamento

Proporciona informação clínica: estratégias de abordagem da tarefa  –

analítica ou global –; características de perseveração; gestão da frustração;

capacidade crítica; capacidade para trabalhar sob pressão

 A realização de puzzles e a flexibilidade mental facilitam a realização da

tarefa

Resultados Baixos

Problemas visuais

Dificuldades motoras

(29)

28

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Pesquisa de Símbolos

 Avalia a capacidade para processar rapidamente estímulos de natureza visual.

Depende da atenção, concentração, da velocidade motora e do controlo visuo-motor

É muito sensível às perturbações neurológicas

Memória de Dígitos e Pesquisa de Símbolos são as provas mais afectadas em casos

de perturbação da atenção, associada ou não à hiperactividade.

Resultados Baixos

Problemas visuais

 Ansiedade / pressão do tempo

Problemas de atenção

(30)

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Labirintos

 Avalia a rapidez e a precisão do controlo visuo-motor

De um ponto de vista clínico informa sobre o controlo e o planeamento do

comportamento e sobre a adaptação social

Proporciona poucas informações úteis sobre processos cognitivos e é uma

(31)

30

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Dislexia / Perturbações da Aprendizagem / Perturbações da Atenção

 Perfil Bannatyne: Aptidão Espacial (Cubos, Composição de Objectos e Completamento de

Gravuras) > Aptidão de Conceptualização Verbal (Compreensão, Semelhanças e Vocabulário) > Aptidão Sequencial (Memória de Dígitos, Aritmética e Código)

 Os disléxicos obtêm melhores resultados nos subtestes da categoria Espacial, resultados

intermédios nos subtestes da categoria Conceptual e piores resultados nos subtestes da categoria Sequencial

 Perfil ACID: Aritmética, Código, Informação e Memória de Dígitos

 Perfil SCAD: Pesquisa de Símbolos, Código, Aritmética e Memória de Dígitos

 OP > SCAD: ocorre com maior frequência em crianças com Dislexia, Perturbações da

 Aprendizagem e da Atenção do que em crianças “normais” (dado que ICV é uma medida de inteligência cristalizada, a diferença entre CV e SCAD não diferencia crianças com perturbação de crianças”normais”)

 Informação a ser utilizada com prudência, obrigatoriamente integrada com outros dados

(32)

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Deficiência Mental

 O diagnóstico de DM pressupõe a simultaneidade de um funcionamento intelectual

significativamente inferior à média (QI < 70) e de défices em duas ou mais áreas de competência adaptativa (i.e., comunicação, cuidados próprios, vida social …), que se manifestam durante o desenvolvimento  DM Ligeira (QI 55 – 69)  DM Moderada (QI 40 – 54)  DM Severa (QI 25 – 39)  DM Profunda (QI < 25) Etiologia  QI < 50 – etiologia orgânica

 QI > 50 – sem perturbações neurológicas ou físicas evidentes; meio sociocultural desfavorecido

Padrão característico

 QIV < QIR

 Subtestes mais difíceis: Vocabulário, Informação, Semelhanças e Aritmética

(33)

32

WISC-III

Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III

Perturbação de Hiperactividade com Défice da Atenção

Presença

de,

pelo

menos,

6

sintomas

de

desatenção

ou

de

hiperactividade/impulsividade

ou

  dos dois, para se realizar o diagnóstico de PHDA

tipo predominantemente desatento, tipo predominantemente hiperactivo-impulsivo ou

tipo combinado, respectivamente

Os sintomas surgem antes dos 7 anos, são desadaptativos em relação ao nível de

desenvolvimento, provocam dificuldades em, pelo menos, dois contextos,

perturbando o funcionamento social, laboral ou académico

Resultados baixos em IVP e nos subtestes Memória de Dígitos e Aritmética

(34)

Estudo de Caso

Nome: Carolina

Idade: 13 anos e 6 meses

Escolaridade: 7º ano do 3º Ciclo do Ensino Básico

Família: irmã gémea, irmão com 17 anos, mãe professora do ensino especial e pai técnico de informática

Pedido/Objectivo do exame

 Clarificação da natureza das dificuldades de aprendizagem, de mobilização da atenção e

concentração.

 O pedido de avaliação é efectuado pela mãe, por recomendação da psicóloga da escola e é motivado

pela possibilidade da Carolina vir a reprovar, pela segunda vez, no 7º ano de escolaridade.

 O seu percurso escolar é descrito como “regular, mas com dificuldades”. Na opinião da mãe, a má

preparação ao nível do 1º Ciclo é responsável pelas actuais dificuldades, que se agravaram no ano anterior pelo facto da irmã gémea ter partido uma perna e ter ficado impedida de frequentar a escola durante o 2º período. O acidente e a operação subsequente foram vividos por toda a família com grande sofrimento.

  A mãe considera a Carolina “muito  nervosa e insegura. Quando está a estudar e vê que não

consegue parece que bloqueia.”  A este respeito a Carolina diz: “eu  estudo, a minha mãe sabe. Quando ela me faz perguntas eu sei responder, mas nos testes não me consigo lembrar das coisas e

(35)

Estudo de Caso

Gravidez e Infância

 Gravidez desejada, não planeada. Por serem filhos únicos desejavam ter mais do que um filho, mas

meses antes da gravidez, a mãe tinha sido submetida a uma intervenção cirúrgica, na qual lhe foi retirado um dos ovários e os médicos não consideravam provável que conseguisse voltar a engravidar. Apesar do desejo, “saber  que estava grávida de gémeos foi um choque. ”

 Gravidez de alto risco com vómitos, mal-estar permanente e ameaças de aborto a partir das 24

semanas. Esteve duas vezes internada, no último internamento permaneceu no hospital até ao parto.

 Parto de cesariana, às 38 semanas. Uma infecção respiratória obrigou a Carolina a estar na

incubadora durante cinco dias.

  A infecção respiratória não teve consequências, embora a mãe considere que a Carolina sempre foi

mais frágil do que a irmã. “É mais franzina, sempre comeu menos, embora nunca tenha rejeitado a alimentação. Tem uma grande tendência para as alergias, principalmente as que se relacionam com a pele.”

 Dormiu sempre bem e atingiu os marcos do desenvolvimento psicomotor na idade esperada.

(36)

Estudo de Caso

Acontecimentos relevantes

No ano passado, o avô paterno e o avô materno da Carolina faleceram.

O avô paterno faleceu por doença crónica prolongada e o avô materno faleceu em

casa e inesperadamente, no dia em que a família festejava o seu aniversário.

Opondo-se ao marido, não quis que os filhos assistissem às cerimónias fúnebres.

Simultaneamente, sente-se magoada pelo facto dos filhos não falarem do avô

“Nunca  me perguntaram se eu estava bem, nunca falam dele... Foram

completamente insensíveis (chora)”.

 A mãe da Carolina está muito deprimida. Embora tenha tido o apoio do marido, sente

que o marido acha que a vida é assim e que ela tem de superar.

(37)

WISC-III

Estudo de Caso

WISC-III

RP RP

Informação 4 Completamento de Gravuras 5

Semelhanças 9 Código 9

 Aritmética 5 Disposição de Gravuras 6

Vocabulário 5 Cubos 6

Compreensão 7 Composição de Objectos 7

(Memória de Dígitos) (7) (Pesquisa de Símbolos) (12)

QI V 70 QIR 75 QIEC 68 ICV 74 IOP 73 IVP 103 36

(38)

Matrizes Progressivas de Raven

Matrizes Progressivas de Raven – – SPM SPM 

 Resultado > Percentil 25Resultado > Percentil 25

 Tempo de Resposta –Tempo de Resposta – 30 30’’

Figura Complexa de Rey

Figura Complexa de Rey 

 Cópia: Entre o Centil 60 e o Cópia: Entre o Centil 60 e o Centil 70Centil 70

 Tipo ITipo I

 TempoTempo – – 6 6’’ < < Centil Centil 1010

 Memória: Entre o Centil 70 e o Memória: Entre o Centil 70 e o Centil 75Centil 75

 Tipo ITipo I

Teste de

Teste de Bender-SantuBender-Santuccicci 

 Resultado situado entre a mediana dos 12 anos (59) e a dos 14 anos (63)Resultado situado entre a mediana dos 12 anos (59) e a dos 14 anos (63)

Estudo de Caso

(39)

Análise e interpretação da WISC-III

Análise e interpretação da WISC-III 

 1. Análise do QI da Escala Completa1. Análise do QI da Escala Completa

 QIEC = 68QIEC = 68 Eficiência intelectual global situada no limite superior do nívelEficiência intelectual global situada no limite superior do nível Muito InferiorMuito Inferior

(69 ou menos) (69 ou menos)

 Intervalo Intervalo de Confiade Confiança nça (95%): 63-8(95%): 63-800

 2. Análise do QIV e QIR2. Análise do QIV e QIR

 QIV = 70QIV = 70 Inteligência verbal situada no limite inferior Inteligência verbal situada no limite inferior do níveldo nível Inferior Inferior (70-79)(70-79) 

 Intervalo de Confiança (95%): 65-79Intervalo de Confiança (95%): 65-79

 QIR = 75QIR = 75 Inteligência visuo-espacial situada no nívelInteligência visuo-espacial situada no nível InferiorInferior 

 Intervalo de Confiança (95%): 69-87Intervalo de Confiança (95%): 69-87

 Tabelas 45 e 46 do manual da WISC-III (pp. 291-292):Tabelas 45 e 46 do manual da WISC-III (pp. 291-292): 

 Comparação QIV/QIR = 70Comparação QIV/QIR = 70 – – 75 = 5 75 = 5

  A diferença entre QIV e QIR não é estatisticamente significativa (<12.9 pontos) A diferença entre QIV e QIR não é estatisticamente significativa (<12.9 pontos)

 O QIEC é um bom representante da eficiência intelectual O QIEC é um bom representante da eficiência intelectual da Carolinada Carolina

Estudo de Caso

Estudo de Caso

38 38

(40)

Análise e interpretação da WISC-III

Análise e interpretação da WISC-III 

 3. Análise dos Índices Factoriais3. Análise dos Índices Factoriais

 CV = 74CV = 74 NívelNível Inferior Inferior  de conhecimentos verbais e raciocínio verbal de conhecimentos verbais e raciocínio verbal 

 OP = 73OP = 73 NívelNível Inferior Inferior  de raciocínio não verbal, organização perceptiva e atenção de raciocínio não verbal, organização perceptiva e atenção 

 VP = 103VP = 103 Velocidade mental e motora na resolução de problemas de natureza visualVelocidade mental e motora na resolução de problemas de natureza visual

situada no nível

situada no nível MédioMédio

 Tabelas 45 e 46 do manual da WISC-III (pp. 291-292):Tabelas 45 e 46 do manual da WISC-III (pp. 291-292): 

 Comparação CV/OP = 74Comparação CV/OP = 74 – – 73 = 1 73 = 1

 Diferença sem significado estatístico Diferença sem significado estatístico (<13.8)(<13.8)

 Comparação CV/VP = 74Comparação CV/VP = 74 – – 103 = 29 103 = 29

 Diferença comDiferença com significado estatísticosignificado estatístico (>16.4) e(>16.4) e clínicoclínico (diferenças iguais ou superiores (diferenças iguais ou superiores

a 29 ocorrem em apenas 13.5% da amostra de aferição) a 29 ocorrem em apenas 13.5% da amostra de aferição)

 Comparação OP/VP = 73Comparação OP/VP = 73 – – 103 = 30 103 = 30

 Diferença comDiferença com significado estatísticosignificado estatístico (>17.4) e(>17.4) e clínicoclínico (diferenças iguais ou superiores (diferenças iguais ou superiores

a 30 ocorrem em apenas 7.9% da amostra de aferição) a 30 ocorrem em apenas 7.9% da amostra de aferição)

Estudo de Caso

Estudo de Caso

39 39

(41)

Análise e interpretação da WISC-III

Interpretação dos Índices Factoriais

Quando há sobreposição entre ICV/IOP e QIV/QIR, a interpretação dos IF faz

pouco sentido…

Faria sentido interpretar ICV e IOP se QIV e QIR estivessem baixos por causa de

uma nota anormalmente baixa em Aritmética ou Código, respectivamente. Nestes

casos, o ICV reflectiria melhor a Inteligência Cristalizada e o IOP a Visualização

Geral.

IVP tem poucos estudos que o validem…  Apresentará alguma relação com a

atenção, tendo-se verificado que baixava nos casos de perturbação de atenção

(Grégoire, 2001).

 As dificuldades ao nível da mobilização da atenção são uma das queixas da

Carolina, que, contudo, apresenta o seu melhor desempenho neste indicador.

Estudo de Caso

(42)

Análise e interpretação da WISC-III

4. Análise Intra-individual

 A média individual do João nos 12 subtestes que constituem a WISC-III é de 18,

muito superior à média dos rapazes da sua idade. Porém, o seu desempenho

num dado subteste é de 12. Este resultado, embora se situe na zona superior da

média do grupo etário do João poderá sinalizar uma vulnerabilidade do seu

funcionamento cognitivo…

 A média individual da Maria nos 12 subtestes que constituem a WISC-III é de 8,

traduzindo, globalmente, uma eficiência intelectual na zona inferior da média.

Porém, o seu desempenho num dado subteste é de 14 e este resultado superior à

média do seu grupo etário poderá sinalizar uma potencialidade do seu

funcionamento cognitivo…

Estudo de Caso

(43)

Análise e interpretação da WISC-III

4. Análise Intra-individual

Homogeneidade = média dos 12 subtestes = 6.8

Pesquisa de Símbolos é uma

Potencialidade  (6.8  –  12 = 5.2 > 5.18;

Uma diferença de 5 ou mais pontos entre Pesquisa de Símbolos e a

média dos 12 subtestes ocorre em menos de 5% da amostra de

aferição)

Diferença entre o resultado de cada subteste e a média de resultados

em conjuntos de subtestes (Manual WISC-III, tabela 47, pp. 293-296)

Estudo de Caso

(44)

Análise e interpretação da WISC-III

4. Análise Intra-individual

Diferenças de

4 ou mais pontos

são estatisticamente significativas ao nível de

significância de .05

 Semelhanças difere significativamente de Informação, Aritmética e Vocabulário; Pesquisa de

Símbolos difere significativamente de todos os subtestes, excepto de Código e Semelhanças; Código difere significativamente de Completamento de Gravuras, Aritmética, Vocabulário e Informação

 Escala Completa: 12 – 4 = 8 60.1%  Parte Verbal: 9 – 4 = 5 64.7%

 Parte Realização: 12 – 5 = 7 44.5%

Significância das diferenças entre pares de subtestes (Manual WISC-III,

tabelas 48-49, pp. 297-298)

Frequência da dispersão dos resultados entre subtestes (Manual

WISC-III, tabelas 50, pp. 299)

(45)

Análise e interpretação da WISC-III

 5. Análise Inter-individual

 6. Análise Qualitativa

 Código: Traçado negligente com enganos corrigidos

 Composição de Objectos e Cubos: Precipitada; estratégia de ensaio-erro; incapacidade

para lidar com a frustração; padrão de desistência (e.g., dá a tarefa por terminada antes do tempo, sem realizar qualquer junção correcta)

 Disposição de Gravuras, Semelhanças, Vocabulário: Padrão de respostas heterogéneo:

sucesso em itens mais difíceis, insucesso em itens fáceis

 Vocabulário: Item 10. Baleia, R: “um animal”; Item 15. Isolar, R: “Ficar sozinha”

 Memória de Dígitos: 8 ou mais dígitos repetidos em sentido directo ocorre em 9.2% da

amostra de aferição; 3 ou mais dígitos repetidos em sentido inverso ocorre em 96.7%; diferenças de 5 ou superiores ocorrem apenas em 2.5%.

 Aritmética: Dificuldades no raciocínio (divisão) e no cálculo mental (não sabe a tabuada)

 Informação: Item 12. Lusíadas?, R: “Eça de Queiroz”; Item 17. Pôr-do-Sol?, R: “Este”; Item 18.

Comparação do desempenho da criança com os resultados médios das crianças

da sua idade: x = 10, dp = 3

(46)

Comparação MPS/ WISC-III

P25 = QI 90

 limite inferior do nível Médio.

Diferença de 22 pontos entre WISC-III (QIEC = 68) e MPS (QI= 90)

Esta superioridade poderá ser explicada através da interferência de factores

específicos verbais ou da interferência de variáveis emocionais no

funcionamento cognitivo.

Embora o QIV não seja elevado, os resultados médios obtidos em

Semelhanças e Compreensão e a heterogeneidade do padrão de respostas às

MPS (sugestiva de falhas pontuais de atenção) permitem levantar a hipótese

da interferência de uma perturbação emocional no funcionamento cognitivo.

(47)

MPS

A

B

C

D

E

1

1

1

1

1

1

1

0

1

1

1

1

0

1

1

1

1

0

1

0

1

1

1

1

0

1

1

0

1

0

0

0

1

1

0

1

0

1

0

0

1

0

1

1

0

1

1

1

1

0

1

1

0

0

0

0

1

0

0

0

Estudo de Caso

Discrepâncias

RO

10

9

6

9

3

RE

11

9

7

8

2

46

(48)

Figura Complexa de Rey

Cópia

O tipo de cópia e a precisão da reprodução confirmam a

inexistência de dificuldades ao nível da organização perceptiva e da

estruturação espacial.

 A sua reprodução revela, no entanto, falhas pontuais de atenção

(ver elemento 8).

Memória

O resultado obtido na reprodução de memória indica inexistência de

limitações mnésicas.

(49)

Figura Complexa de Rey

 –

 Cópia

Estudo de Caso

(50)

Estudo de Caso

(51)

Teste de Bender-Santucci

O resultado total situado entre a mediana dos 12 anos e a dos 14 anos revela

capacidades grafo-perceptivas adequadas à idade.

Resultados parciais:

 Aos 12 anos os modelos de mais difícil realização são o IV, II e o I

 Aos 14 anos os modelos de mais difícil realização são o IV e o I

Modelo I Modelo II Modelo III Modelo IV Modelo V

12 anos 11 11,5 12 15 13

14 anos 11 13 11 16 14

 A Carolina obtém o seu pior resultado no modelo III, o mais fácil de realizar em todas

as idades, estando o seu desempenho ao nível dos 8 anos.

Desempenhos adequados são obtidos nos modelos I, II e V.

Estudo de Caso

(52)

Estudo de Caso

(53)

Estudo de Caso

Personalidade

 TSCS-2 – Escala do Autoconceito de Tennessee  Teste de Rorschach

 Teste de Apercepção Temática (TAT)  Teste de Desenho da Família de Corman

 Perturbação afectiva de natureza depressiva, associada a níveis baixos de autoestima e de

confiança em si, particularmente no que se refere à percepção das suas capacidades intelectuais.

  A Carolina tem lidado com estes afectos negativos através do recurso a uma estratégia

defensiva de evitamento dos conteúdos emocionais.

 Esta estratégia de simplificação da realidade interna e externa tem consequências quer ao

nível dos relacionamentos interpessoais, que não são fonte de gratificação, quer ao nível do funcionamento cognitivo, originando modos pouco sofisticados e vagos de apreensão da realidade, com as consequentes imprecisões ao nível dos processos de tomada de decisão.

 O insucesso escolar é apenas a faceta visível de um processo de maturação psíquica que

(54)
(55)

Matrizes Progressivas Coloridas , Matrizes Progressivas Standard,

Matrizes Progressivas Avançadas

 Autor: John C. Raven

Para as MPC existem normas portuguesas para crianças dos 6 aos

11 anos (Simões, 2000)

Testes de raciocínio lógico - abstracto

Muito saturados em factor g

Saturados, também, no factor organização perceptiva

Testes sensíveis à deterioração mental

Testes de Factor g / WISC-III

(56)

T. Factor g / E. Wechsler

Os resultados tendem a ser concordantes

No caso dos resultados serem discordantes é possível levantar as seguintes hipóteses:

T. Factor g > E. Wechsler

Intervenção de factores não intelectuais (motivação, atenção, concentração,

características de personalidade)

Intervenção de factores específicos verbais na eficiência demonstrada na E. W echsler

Factor g < E. Wechsler 

Deterioração mental

Dificuldades na organização perceptiva

Dificuldades na mobilização da atenção

Motivação

Dificuldades na resistência à distracção

(57)

PROVA DE ORGANIZAÇÃO

GRAFO-PERCEPTIVA (1967)

 Adaptação do Teste de Bender

 Autores: Hilda Santucci e Marie-Germaine Pêcheux

Útil na avaliação de crianças em idade escolar:

Identifica dificuldades na organização visuo-motora; estas são muitas vezes

responsáveis por dificuldades na aprendizagem e/ou problemas de

comportamento.

Normas francesas para crianças dos 6 aos 14 anos

Dos 4 aos 6 anos

 Baby Bender

Normas portuguesas para crianças dos 6 aos 11 anos da autoria de A.

Castro Fonseca (1994)

(58)
(59)

Estímulo 2

(60)
(61)

Estímulo 4

(62)
(63)

PROVA DE ORGANIZAÇÃO

GRAFO-PERCEPTIVA (1967)

Material

 5 modelos

 Folha A4 (disposição horizontal)

 Lápis (não permitir a utilização de régua ou borracha)  Folha de cotação e grelhas de correcção

Tempo de realização

 6 minutos

Critérios de realização

  A nota 3 é reservada para as realizações raramente conseguidas aos 6 anos.

  A nota 1 é atribuída às reproduções que são conseguidas pela maior parte das crianças de 6

anos.

  A nota 2 é atribuída aos casos intermédios.

 O ritmo do desenvolvimento grafo-perceptivo é mais intenso entre os 6 e os 10 anos (com uma

evolução acentuada dos 6 para os 7 anos).

 Entre os 10 e os 14 anos verifica-se um abrandamento progressivo do ritmo do desenvolvimento

(64)

PROVA DE ORGANIZAÇÃO

GRAFO-PERCEPTIVA

Considerações sobre a interpretação

Comparação do resultado global obtido com o nível intelectual global

Eficiência grafo-perceptiva muito inferior ao nível de eficiência intelectual

perturbação da função visuo-motora

Nos casos em que há suspeita de deficiência mental, uma eficiência grafo-perceptiva

superior ao nível de eficiência intelectual permite pôr em causa o diagnóstico de

debilidade (Estudos revelam que na maioria dos casos de deficiência mental o

resultado do Bender é inferior ao nível intelectual obtido).

Análise dos resultados parciais, do grau de dificuldade de cada modelo e

(65)

Figura Complexa de Rey

(1959)

 Autor: André Rey

Figura geométrica complexa sem significado aparente. A sua

realização gráfica é fácil, mas a sua estrutura é suficientemente

complexa para exigir uma actividade perceptiva analítica e

organizadora.

Figura A – aplica-se a partir dos 8 anos [Normas portuguesas para

crianças dos 6 aos 11 anos, autoria de M. Simões et al. (1997)]

Figura B  –  aplica-se dos 4 aos 7 anos (Pode aplicar-se a adultos

com forte suspeita de DM)

Permite avaliar Organização perceptiva e Memória visuo-espacial

(indirectamente fornece dados sobre a eficiência intelectual).

(66)
(67)

FCR Fig. B

(68)

Figura Complexa de Rey

Análise da Cópia

Informa sobre a organização perceptiva e o desenvolvimento intelectual.

 A análise da Cópia tem em consideração 3 aspectos: Precisão da Cópia,

Tipo de Cópia e Tempo de Realização.

Precisão da Cópia

Para cada elemento

Correcto

Bem colocado = 2 pontos Mal colocado = 1ponto

Deformado ou incompleto mas reconhecível

Irreconhecível ou ausente = 0

Bem colocado = 1 pontos

(69)

Figura Complexa de Rey

 Tipo de Cópia (Osterrieth, 1945)

 Tipo I – Construção sobre a armadura

 O sujeito começa o desenho pelo grande rectângulo central, que funciona como a

estrutura do desenho, em relação ao qual agrupa os outros elementos da figura.

 É o tipo de cópia dominante nos adultos. Está, no entanto, presente desde os 4

anos, aumentando lentamente até atingir uma frequência máxima na idade adulta.

 Tipo II – Detalhes englobados na armadura

 O sujeito começa o desenho por um detalhe ligado ao grande rectângulo (e.g., cruz

superior esquerda) ou traça o grande rectângulo englobando em simultâneo um detalhe. A restante reprodução é feita em função do rectângulo enquanto “armadura”.

 É um tipo acessório de cópia. Aparece aos 6 anos, desenvolve-se regularmente

até aos 12 anos onde atinge a frequência mais elevada para em seguida diminuir até à idade adulta.

 Os tipos I e II são semelhantes por polarizarem o desenho em torno do rectângulo central. O tipo

(70)

Figura Complexa de Rey

Tipo de Cópia (Osterrieth, 1945)

Tipo III

 – Contorno geral

 O sujeito começa o desenho pela reprodução do contorno integral da figura sem

diferenciar explicitamente o rectângulo central. Obtém um “continente” no qual são colocados os detalhes interiores.

 Tipo de cópia acessório que diminui depois dos 6 anos (embora aos 10 anos

assuma uma expressão razoável) e que é negligenciável na idade adulta.

Tipo IV

 – Justaposição de detalhes

 O sujeito justapõe os detalhes uns aos outros, procedendo por proximidade. Não há

elemento director da reprodução.

 Tipo de cópia dominante dos 5 aos 10 anos. Na idade adulta assume uma

(71)

Figura Complexa de Rey

 Tipo de Cópia (Osterrieth, 1945)

 Tipo V – Detalhes sobre fundo confuso

 O sujeito reproduz uma figura pouco ou nada estruturada na qual não se reconhece o

modelo mas onde certos detalhes do modelo são claramente reconhecidos.

 Tipo de cópia dominante aos 4 anos. Diminui rapidamente, desaparecendo aos 8

anos.

 Tipo VI – Redução a um esquema familiar

 O sujeito assemelha a figura a um esquema que lhe é familiar (casa, barco, homem,

etc.)

 Tipo de cópia bastante raro mas presente aos 4/5 anos e desaparecendo aos 6

anos.

 Tipo VII – Garatujas

 O sujeito produz uma garatuja onde não se reconhece nenhum elemento do modelo

nem a sua forma global.

(72)

Figura Complexa de Rey

CONSIDERAÇÕES SOBRE A CÓPIA

A) Processos de cópia inferiores

a) Tipo de cópia inferior (em relação à idade) / Cópia pouco precisa:

  Atraso do desenvolvimento intelectual => responsável por uma organização perceptiva e uma

coordenação visuo-motora deficientes.

 Dificuldades específicas na organização perceptiva, estruturação espacial e coordenação

visuo--motora, quando o nível intelectual é normal.

 Dificuldades de coordenação visuo-motora por falta de treino (N.C e treino escolar)

b) Tipo de cópia inferior (em relação à idade) / Cópia precisa e rica:

 Tempo de cópia longo => sujeitos empenhados, mas com dificuldades na análise rápida e

racional das estruturas visuo-espaciais.

 Tempo de cópia curto, traçado fácil e firme => sujeitos dotados para o desenho que copiam a

(73)

Figura Complexa de Rey

CONSIDERAÇÕES SOBRE A CÓPIA

B) Processos de cópia superiores

a) Tipo de cópia superior (em relação à idade) / Cópia precisa e rica:

Sujeitos empenhados, capazes de analisar e estruturar racionalmente

os dados visuo-espaciais (o tempo de cópia é normal ou longo).

b) Tipo de cópia superior (em relação à idade) / Cópia pouco precisa:

Tendência para realizar a cópia num tempo reduzido (à pressa), com

esquecimentos e imprecisões gráficas, embora a capacidade de

elaboração perceptiva seja evoluída (sujeitos dotados para o desenho).

(74)

Figura Complexa de Rey

Análise da reprodução de memória

 A reprodução de memória realiza-se após a cópia, sem conhecimento prévio do

sujeito (intervalo de tempo não superior a 3 m).

 Avalia-se segundo os parâmetros: Precisão da reprodução de memória e Tipo de

reprodução de memória

Resultados Baixos

Se a cópia foi normal = indicam dificuldades na memória visuo-espacial.

Se a cópia foi deficiente = traduzem as dificuldades de análise perceptiva e de

estruturação espacial já reveladas na cópia.

Nota: quando a reprodução de memória é muito pobre, mesmo que a cópia tenha sido

deficiente pode-se pensar em dificuldades de memória.

(75)

Figura Complexa de Rey

Considerações clínicas

Mudança da posição do modelo (90º)

Frequente nas crianças; com significado

nos adolescentes e adultos

Dificuldades intelectuais.

 A partir dos 12 anos, os Tipos de Cópia V, VI e VII sugerem dificuldades intelectuais.

Reprodução com sobrecarga de elementos (adições), tendência para riscar espaços

brancos e tendência para repassar traços

Psicopatia.

 ________________________________

 A reprodução de memória é geralmente consonante com o Tipo de Cópia mas

podem ocorrer regressões sobretudo nas crianças mais novas (< 7 anos).

(76)

Bibliografia

 Cooper, S. (1995). The clinical use and interpretation of the Wechsler Intelligence Scale for

children (3rd  ed.). Springfield: Charles Thomas Publisher.

 Grégoire, J. (2000). L’évaluation  clinique de l’intelligence de l’enfant . Théorie et pratique du

WISC-III . Sprimont: Mardaga.

 Maganto, C., Amador, J. A., & González, R. (Coord.) (2001). Evaluación psicológica en la infancia

y la adolescencia: Casos práticos. Madrid: TEA Ediciones.

 Prifitera, A., & Saklofske, D. (Eds.) (1998). WISC-III: Clinical use and interpretation.

Scientist- practitioner perspectives. New York: Academic Press.

 Raven, J.C., Court,J.H., & Raven, J. (1996). Standard Progressive Matrices. Oxford: Oxford

Psychologists Press.

 Rey, A. (1959). Manuel, Test de Copie d’une Figure Complexe. Paris: Les Editions du Centre de

Psychologie Appliquée.

 Santucci, H., & Pêcheux, M.G. (1967). Épreuve d’organisation grapho-perceptive pour enfants de

6 à 14 ans. Neuchatel: Éditions Delachaux & Niestlé.

 Wechsler, D. (2003). WISC-III, Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças  –  III. Manual.

Referências

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