Guia para ajudar a minimizar a dor, o traumatismo e o stress
O pé diabético, segundo o Consenso Internacional sobre Pé Diabético, é uma
infecção, úlceração ou destruição dos tecidos profundos, relacionados com
alterações neurológicas e distintos graus de enfermidade vascular periférica nas
extremidades inferiores, que afecta os pacientes com Diabetes Mellitus.
As estatísticas são preocupantes; estima-se que em 1985, 30 milhões de pessoas
em todo o mundo sofriam de diabetes. Hoje em dia, já são mais de 370 milhões e
este número cresce rapidamente (Baker 2012)
1. Em 2003 a percentagem da
população que sofria de diabetes era de 4,5%, hoje em dia estima-se que esta
percentagem crescerá até 31% em 2025 (Narayan 2006)
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Que o paciente entenda
como e porquê se
desenvolvem os
problemas nos pés
é fundamental para
prevenir e tratar as
úlceras de pé diabético.
Causas
úlceras de pé diabético
Níveis altos de glucose no sangue durante muito tempo podem causar danos em diferentes zonas do corpo, incluíndo os pés e as pernas. Uma pessoa com diabetes sofre um alto risco de desenvolver problemas nos pés, tais como úlceras e lesões do tecido, devido à combinação dos danos dos nervos (neuropatia) e à enfermidade arterial obstructiva periférica (má circulação).
Um menor nível de sangue significa uma restrição de óxigênio e isto faz com que haja um aumento do risco de lesões, uma cicatrização mais lenta e um maior risco de infecção.
Factores de risco
úlceras de pé diabético
O desenvolvimento de úlceras está relacionado com os seguintes factores de risco: • Fumar • Consumo de álcool • Alimentação inapropiada • Obesidade • Vida sedentária
• Mobilidade limitada para observar os pés • Ter mais de 60 anos
Avaliação
úlceras de pé diabético
Na hora de avaliar uma úlcera de pé diabético é necessário ter em conta:
Estado vascular
Avaliação através de um Doppler portátil para registar a pressão do Índice Tobillo-Brazo (ITB) e avaliar a insuficiência venosa. A circulação venosa pode ser classificada por:
• Profunda • Superficial
Ambos os sistemas comunicam-se através de vasos perfurantes. Todas as veias têm válvulas de sentido único para prevenir o retorno do fluxo. Se as válvulas não fecharem correctamente, o sangue venoso retoma, o que dilata as veias superficiais e eleva a tensão no sistema venoso superficial (hipertensão venosa). Esta pressão alta venosa afecta a dinâmica capilar nos tecidos, produzindo uma dilatação dos vasos capilares. Isto restringe a transferência de
nutrientes e permite a fuga de moléculas maiores aos tecidos. Também afecta a acumulação de resíduos que acabam presos nos tecidos. A hipertensão venosa produz sinais visíveis como manchas castanhas causadas por depósitos de hemosiderina, edema e eczema varicoso.
Presença de infecção
As infecções mais frequentes do pé diabético ocorrem nas partes mais macias e podem levar à osteomielitis, à amputação ou à morte.
Os sinais de infecção no pé podem manifestar-se através de: descoloração (normalmente avermelhamento, calor, inchaço, aumento da secreção na zona afectada do pé, febre ou arrepios).
Afectação óssea
Profundidade
Características do leito
Nível de exsudado
Localização
Exposição de tecidos sensíveis
Presença de tecido não viável
Tratamento
úlceras de pé diabético
As bases do tratamento das úlceras de pé diabético são basicamente o desbridamento e a descarga.
Sempre que o paciente permita, o melhor desbridamento possível é o desbridamento cirúrgico, salvo que existam contra-indicações como:
• Estado vascular pobre
• Exposição de estruturas anatómicas sensíveis se não estão disponíveis os métodos de cobertura • Exposição óssea pós-desbridamento
Como alternativa ao desbridamento cirúrgico podem ser utilizados métodos de desbridamento conservador dos quais o uso de hidrogel representou o melhor resultado, tendo como base a evidência científica previamente publicada.
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Recomendações
terapias pós-desbridamento
Cobertura de tecidos sensíveis
A prioridade nesta fase de tratamento é a cobertura, no menor tempo possível, dos tecidos sensíveis expostos como: osso, tendões, músculo e cápsula articular.
Aplica-se a Terapia de Pressão Negativa e uma lâmina de contacto (Mepitel®) com o objetivo de gerar tecido de
granulação sobre tecidos sensíveis.
Descontaminação ou redução da carga bacteriana em áreas anatómicas
expostas
Os apósitos antimicrobianos com prata (Mepilex® Ag e Mepilex® Border Ag) utilizam-se para controlar a carga
bacteriana e para evitar a formação de biofilm. A utilização dos mesmos baseia-se nas normas definidas pelas recomendações dos guias de consenso internacionais.
Controlo de processos hemorrágico e/ou exsudativos no pós-operatório
Utilizam-se apósitos de alta capacidade de gestão de exsudado como os alginatos (Melgisorb® Plus). Pode considerar
utilizar um apósito secundário com espuma para complementar a gestão de exsudado (Mepilex® e Mepilex® Lite).
Quando ao objectivo de gestão de exsudado e/ou hemorragia, se adiciona a redução da carga bacteriana, recomenda-se a utilização de alginatos antimicrobianos (Melgisorb® Ag).
Desbridamento de tecidos não viáveis em pacientes com contra-indicação
relativa de desbridamento cirúrgico
Hidrogeles em combinação com films de silicona (Mepitel e Mepitel One) e/ou apósitos de espuma (Mepilex®,
Mepilex® Lite e Mepilex® Border). A combinação destes apósitos deve ser feita com base na necessidade de aportar
humidade ao desbridamento autolítico.
Quando seja necessário reduzir a carga bacteriana será valorizada a oportunidade de se utilizar em conjunto com apósitos antimicrobianos de prata (Mepilex® Ag e Mepilex® Border Ag).
Promoção de tecido de granulação de qualidade para preparação de enxertos
dérmicos
Malhas de estimulação dérmica (EZ Derm®).
Protecção do tecido de granulação neoformado em úlceras descontaminadas
e em fase de epitelização
Apósitos de espuma com silicone de espessura variável para a gestão de exsudado e conservação das condições óptimas de humidade e temperatura (família Mepilex®).
Protecção de áreas epitelizadas
previamente à indicação de um
tratamento de descarga definitivo
Apósitos de espuma com silicone (família Mepilex®).
Cremes ou loções hidratantes com carácter regenerativo para a pele. (Epaderm®).
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Conselhos para o paciente
Seguindo uma série de passos os pacientes podem ajudar a evitar os problemas nos pés. É fundamental controlar os níveis de açúcar no sangue. Também é muito importante seguir estritamente as seguintes recomendações:
Manter uma circulação
sanguínea apropriada
nos pés
Cortar as unhas
regularmente
Utilizar sempre meias
e sapatos apropriados
Manter a pele
hidratada, suave e
flexível
Lavar e hidratar os pés
todos los días
Observar os pés todos
os dias
Limar os calos e
calosidades suavemente
Proteger os pés do frio
e do calor
¡!
¡!
Mepilex®, Mepilex® Lite ou Mepilex® Ag Mepilex® Border Lite ou Mepilex® Border Ag Mepilex® Border Heel
Abordagem
úlceras de pé diabético
1. MELHORAR AS CONDIÇÕES DA PELE
HIDRATAR SELECÇÃO DE APÓSITO PREVENÇÃO E/O INFECÇÃO
2. GERIR O EXSUDADO
NÍVEL MODERADO DE EXSUDADOFixação* (ej. Tubifast e Mefi x)
NÍVEL ELEVADO DE EXSUDADO
NÍVEL BAIXO DE
EXSUDADO
Fixação* (ej. Tubifast e Mefi x)
Fixação* (ej. Tubifast e Mefi x) Fixação* (ej. Tubifast e Mefi x) *
“Desde o primeiro dia, Safetac
signifi ca menos dor para os pacientes.
É fácil – não se pega à ferida, não
causando danos nem dor. E se não
causas danos à ferida nem dor ao
paciente... claro que a cicatrização
terá melhores resultados”
Rose-Marie Fredrikson, Enfermeira Directora de Desenvolvimento Mölnlycke Health Care AB Suécia
Os apósitos com adesivo tradicional produzem dor e desprendimento das células da pele
Os apósitos com Tecnologia Safetac não produzem traumatismo nem na ferida nem na pele perilesional
Safetac previne o sofrimento desnecessário
Muitos pacientes ainda sofrem durante o cuidado das feridas. Dói-lhes física e psicológicamente. Para a Mölnlycke Health Care isto é um grande problema. Um dos objectivos pelos quais se criou a Tecnologia Safetac foi para libertar os pacientes do sofrimento desnecessário durante o período de cicatrização da ferida.
Porquê usar produtos com Tecnologia
Safetac para úlceras de pé diabético?
Minimiza a dor3
• A Tecnologia Safetac não se pega à superfície húmida, assegurando que o apósito não adira à ferida durante a retirada.
• A Tecnologia Safetac cobre a maior parte da superfície da pele, repartindo a força de retirada para prevenir o desprendimento celular da pele e as fl ictenas.
Minimiza o traumatismo4-6
• A Tecnologia Safetac sela as margens da ferida, evitando a fuga de exsudado e a maceração. • Sela suavemente as margens da ferida, facilmente e
de forma instântanea, pelo que se pode recolocar sem traumatismo, caso seja necessário.
• Favorece o ambiente húmido óptimo à cicatrização.
Minimiza o stress7-8
• Safetac reduz a dor que deriva do stress.
• Foi demonstrado que a Tecnologia Safetac reduz os níveis de stress em pacientes com feridas crónicas.
Referências:
1. Baker, N (2012) Implications of dressing related trauma and pain in patients with diabetes. Diabetic Foot Journal (2012) 15 (suppl):S1-S8.
2. Narayan K.M, Zhang P, Kanya A.M (2006) Diabetes the pandemic and potential solutions. Disease controlling priorities in developing countries (2nd Edition) New York: Oxford University Press.
3. White R. A multinational survey of the assessment of pain when removing dressings. Wounds UK, 2008.
4. White R. et al. Evidence for atraumatic soft silicone wound dressing use. Wounds UK, 2005.
5. Dykes P.J. et al. Effect of adhesive dressings on the stratum corneum of the skin. Journal of Wound Care, 2001.
6. Wiberg A.B. et al. Preventing maceration with a soft silicone dressing: in-vitro evaluations. Poster presented at the 3rd Congress of the WUWHS, Toronto, Canada, 2008.
7. O’Donovan D.A. et al. The role of Mepitel silicone net dressings in the management of fi ngertip injuries in children. Journal of Hand Surgery, 1999.
8. Upton D. et al. The Impact of Atraumatic Vs Conventional Dressings on Pain and Stress in Patients with Chronic Wounds. Submitted and approved for publication, Journal of Wound Care, 2012.
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www.molnlycke.pt/pediabetico
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Soluções Mölnlycke Health Care para as Úlceras de Pé Diabético
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micro-aderência selectiva
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Espuma de poliuretano absorbente Apósito extrafi no autoadherente e impermeable
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