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O Espelho Dos Martires

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Academic year: 2021

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O ESPELHO DOS MÁRTIRES

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poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém” (Judas v. 20-21, 24-25 – leia também Isaías 40:30-31; Filipenses 4:13).  Agora, meus amados irmãos, continuem no Senhor e na sua Pala- vra para assim crescerem e terem uma herança entre os santificados.

Lembrem de nós em suas orações até terminarmos esta vida (leia Filipenses 1:23), para que Deus seja gracioso para conosco nesta vida e também na eternidade. Nós também lembraremos de vocês. Oh! como seria bom se naquele dia nós pudéssemos nos encontrar face a face sem a falta de uma só alma (leia 1 Coríntios 13:12)!

Enquanto isso, nós regozijamos na salvação do Senhor, pois nos parece como se o céu estivesse aqui na terra, ou como se estivéssemos ascendendo da terra para o céu (leia 2 Coríntios 12:1-12), ou ainda como se nós que estamos entre os homens estivéssemos mantendo comunhão com Deus e seus santos anjos. Sentimos que ele está nos oferecendo as suas alegrias e glórias eternas. Sim, parece que estamos recebendo uma pequena amostra daquilo que o olho mortal não tem  visto, o ouvido humano ainda não ouviu e o coração nunca

experi-mentou ainda nesta vida.

Os nossos pensamentos não estão confinados a esta terra. Nós,

porém, ainda estamos presos num corpo de barro, que para a nossa alma é um grande peso. Oh!, como seria bom se pudéssemos ficar

livres dele e a nossa alma ficar livre deste peso, para assim voltarmos

a Deus em nosso corpo imortal. Seríamos como a pomba que estava presa num lugar estranho e depois solta, podendo assim voltar a seu ninho e lugar de habitação. Mas precisamos esperar até o momento em que Deus nos chamar.

Sejamos, pois, pacientes, meus amados no Senhor, até aquele dia no qual, se permanecermos fiéis até o fim, receberemos o galardão

que tanto esperamos. Naquele instante as nossas lágrimas serão enxutas pela mão de Deus. Não veremos mais como se através de um vidro escuro, mas sim face a face. Então não veremos o céu apenas em nossos pensamentos ou no nosso espírito, mas teremos o prazer de sermos habitantes daquela cidade. Que coisa mais pre-ciosa! Não adianta continuar com este assunto. Somos incapazes de compreendê-lo. Nossa língua falha é incapaz de expressar aquilo que experimentaremos.

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O

Século

I

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 J

 ESUS

 C

RISTO

O primeiro século da era cristã não passou sem o derramamento de muito sangue dos santos. Jesus Cristo, o líder de todos os cristãos, não foi poupado, sendo por isso que é justo que seus membros andem no mesmo caminho.

É um fato que João Batista morreu antes de Cristo, mas foi depois da morte de Cristo que o fogo da perseguição ficou extremamente

vio-lento, consumindo quase todos os seus amados apóstolos e amigos… Estamos cedendo a Jesus Cristo, o Filho de Deus, o primeiro lugar entre os mártires da Nova Aliança – não em termos cronológicos, pois  João Batista morreu primeiro, mas em termos de merecimento, pois ele é o Cabeça de todos os santos mártires. É através dele que todos recebem a salvação.

 Aproximadamente três mil, novecentos e setenta anos depois da criação do mundo, no quadragésimo segundo ano do reinado de Au-gusto, o segundo imperador romano, tempo em que no mundo todo havia paz, Jesus Cristo nasceu de uma virgem, Maria, no povoadinho de Belém. Ele é o unigênito Filho eterno de Deus, o Verbo através do qual tudo foi criado. Leia Mateus 16:16; João 1:14; Romanos 9:5.

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 A sua entrada no mundo, bem como a sua vida e morte, foram carregadas de miséria, problemas e aflições. Podemos muito bem

afirmar que nasceu e foi criado na sombra da cruz! Ele andou na

sombra da cruz e finalmente morreu na cruz.

Quanto a seu nascimento, ele foi concebido pelo Espírito Santo. Nasceu em grande pobreza, pois não nasceu em sua cidade materna, Nazaré, mas numa viagem a Belém. Foi por isso que não se encontrou um lugar preparado para recebê-lo. Não havia lugar na hospedaria, sendo preciso nascer num estábulo. Maria o envolveu em panos e deitou-o numa manjedoura.

Sua infância não foi fácil. Com menos de dois anos de idade, Hero-des resolveu matá-lo de qualquer jeito. Foi preciso que seu padrastro,  José, e sua mãe, Maria, fugissem para o Egito, onde permaneceram até a morte de Herodes. Durante este tempo foram mortos, em seu lugar, em Belém e suas redondezas, todas as crianças com menos de dois anos, sempre com a esperança de que uma delas fosse Jesus. Houve grande lamentação naquela região. Jeremias há muitos anos profetizara este acontecimento: “Ouviu-se um clamor em Ramá, lamentação e choro amargo: Raquel chora a seus filhos, e não se deixa consolar

por eles, porque já não existem” (Jeremias 31:15. Leia Mateus 2:18, o cumprimento desta profecia).

Quanto à sua vida entre os homens, ele foi encarado como um entusiasta vagante, pelo fato de não possuir casa própria. Ele mesmo reclama disso: “As raposas têm covis, e as aves do céu ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça” (Lucas 9:58). Enquan-to isso, o povo o acusava de ser amigo dos publicanos e pecadores, de ser “comilão e bebedor de vinho”, e que ele tinha demônio.

O fim da sua vida era dos mais lamentáveis. Foi neste dia que,

figurativamente, todas as fontes do grande abismo romperam, levando-o consigo, e os dilúvios do sofrimento se derramaram sobre ele, tragando-o.

Primeiramente ele foi traído por seu discípulo, Judas, sendo  vendido para os sacerdotes e os fariseus, por trinta peças de prata.

Leia Mateus 26:14-16. Ele foi entregue às autoridades, rispidamente interrogado, e mandado no nome do Deus vivo, que declarasse se era o Cristo, o Filho de Deus. Foi só confessar que isto era verdade e eles começaram a clamar: “Ele é réu de morte!”

Então cuspiram em seu rosto e bateram nele. Outros cobriam seu rosto e mandavam: “Profetiza-nos, ó Cristo, quem foi que te bateu?”

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(Mateus 26:68). Isto continuou até de madrugada, quando Jesus foi entregue a Pôncio Pilatos, o juiz, para receber a sentença de morte. Leia Mateus 27:1-2.

Pilatos perguntou: “Que acusação trazeis contra este homem?” (João 18:29). Eles responderam: “Se este não fosse malfeitor, não o entregaríamos a ti” (v. 30). Pilatos respondeu: “Levai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei” (v. 31), pois compreendia que Jesus fora preso por questão de inveja. Eles disseram: “Encontramos este homem pervertendo a nossa nação, proibindo dar tributo a César, dizendo ser o Cristo, o Rei” (Lucas 23:2). Disseram também: “Nós temos uma lei, e segundo essa lei ele deve morrer, porque se fez filho de Deus”

(João 19:7).

Pilatos levou Jesus para o pretório novamente e fez-lhe mais perguntas. Não achando crime algum nele, procurou um meio de soltá-lo. Numa tentativa de comover os judeus, mandou (contra a própria consciência) açoitar Jesus. Permitiu que colocassem nele uma coroa de espinhos, que zombassem dele e o maltratassem. Disse à multidão: “Eis o homem!” Mas de nada adiantou. Clamavam cada  vez mais: “Crucifica-o! Crucifica-o! Se soltares a este, não és amigo

de César”.

Finalmente, quando Pilatos viu que os judeus não iriam mudar de ideia, e ainda com o medo de que o acusassem perante César, em torno das oito horas (segundo os nossos cálculos) ele voltou ao pretório, onde entregou Jesus à morte.

Novamente os soldados começaram a zombar de Jesus. Coloca-ram nele a cruz, para que a levasse ao monte Calvário. Chegados ao monte, tiraram suas vestes e o cravaram na cruz, erguendo-o entre as cruzes de dois malfeitores que também foram crucificados. Segundo

os nossos cálculos, isto aconteceu por volta das nove horas da manhã. Deram-lhe para beber, vinagre misturado com fel e repartiram suas  vestes. Enquanto isso, zombavam dele constantemente, até de repente tudo ficar escuro. Estas trevas continuaram durante mais ou menos três

horas. Aí o Senhor clamou bem alto: “Elí, Elí, lemá sabactâni?” Isto é: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46).

Com isto Jesus inclinou a cabeça e morreu, depois de seis horas de sofrimento intenso na cruz, das nove horas da manhã até às três horas da tarde.

 A terra começou a tremer. Grandes rochas se despedaçaram. As sepulturas se abriram. O véu do templo rasgou-se e muitos milagres

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foram vistos, provando que aquele que acabara de morrer não era um homem comum, mas sim, o Filho do Deus vivo.

Este foi o fim, não de um mártir, mas do Cabeça de todos os

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 J

OÃO

 B

ATISTA

Este João, apelidado de Batista, porque fora ordenado por Deus para batizar os penitentes, era filho do sacerdote Zacarias e da sua

esposa, Isabel. O anjo de Deus revelou aos pais, antes do filho nascer,

qual seria o seu nome. Leia Lucas 1:5, 13.

Quando ele estava com mais ou menos 30 anos de idade (em torno de seis meses antes do Senhor Jesus Cristo começar a pregar), no décimo quinto ano do reinado de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador e Anás e Caifás os sumos sacerdotes, ele foi chamado e enviado por Deus para pregar o batismo de arrependi-mento pela remissão de pecados e para preparar o caminho para o Messias, como se fosse um anjo ou mensageiro perante a face de Cristo, para “converter os corações dos pais aos filhos”. Leia Lucas

3:1-2; Marcos 1:2-3; Lucas 1:17.

 Tratando-se da dignidade deste homem, o anjo do Senhor disse que muitos regozijariam no seu nascimento, que ele seria poderoso perante o Senhor, preparando um povo (não apenas cumprindo as palavras dos profetas, mas também a profecia de Zacarias, quando falou inspirado pelo Espírito do Altíssimo), e anunciando o plano da salvação ao povo do Senhor, para receber a remissão de seus pecados. Leia Lucas 1:14-15, 77.

 João foi enviado por Deus para testemunhar sobre Jesus Cristo, que ele é a verdadeira luz. Ele andou pelas margens do rio Jordão, em Salim e em outros lugares, ensinando e batizando. Leia João 3:23. Neste meio-tempo, enquanto batizava os penitentes, o próprio Cristo apareceu (para confirmar esta obra sagrada) e pediu para ser

batizado por ele. Mas quando João, humilde e bem intencionado, se negou, Cristo lhe disse que isto era necessário: “Deixa por agora, pois assim nos convém cumprir toda a justiça”. Então João batizou o Senhor. Leia Mateus 3:13-16.

Ele teve uma grande consideração por Jesus, chamando-o de o Cordeiro de Deus, o Noivo da sua Igreja, o verdadeiro Messias, cujas sandálias não era digno de levar. Leia João 1:29; 3:29; Mateus 3:11.

Ele próprio, embora humilde, tinha uma grande influência. Muitos

chegaram a pensar que ele fosse o Messias. Foi por isso que os fariseus mandaram mensageiros a ele, para saber da sua profissão, missão,

autoridade, etc. Ele respondia a estas perguntas com toda franqueza e humildade, dizendo: “Eu não sou o Cristo” (João 1:19-20).

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Quando a peregrinação dele estava perto de encerrar, houve um acontecimento que resultou em sua morte. O tetrarca Herodes co-meteu um pecado seriíssimo. Largou sua mulher, que era a filha de

 Aretas, rei da Arábia, e tomou como mulher a esposa de seu irmão Filipe. João Batista, um bom ministro do evangelho, não deixou isto passar em branco. Chamou a atenção de Herodes: “Não te é lícito possuí-la” (Mateus 14:4).

No entanto, é um fato que homens impiedosos não gostam de admoestação. Este foi o caso com Herodes, que passou a odiar João, procurando oportunidade para matá-lo. Mas sendo que muitos esti-mavam muito este homem piedoso e vinham a Herodes para suplicar em seu favor, ele não teve coragem de matá-lo. Mesmo assim, não lhe dava a sua liberdade, mantendo-o preso num castelo.

 Ainda assim, João não abandonou seu ministério. De dentro da prisão ele mandou alguns de seus discípulos a Cristo, para que verifi

-cassem, através de suas Doutrinas e dos milagres que realizava, se de fato ele era o Messias. Leia Mateus 11:2; Lucas 7:18.

Depois, em muitas ocasiões, Cristo testificou da grandeza de João

Batista, dizendo que ele era o verdadeiro Elias espiritual, uma luz bri-lhante: “entre os nascidos de mulher” o maior profeta. Leia Mateus 11:14; João 5:35; Lucas 7:28.

O tempo foi passando e chegou a hora de deixar esta vida. Quanto às circunstâncias da sua morte, o santo evangelista Mateus, no capítulo 14, versículos 3-12, dá os detalhes:

“Herodes havia mandado prender a João. E o fizera acorrentar e lançar

no cárcere por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe, pois João lhe dissera: Não te é lícito possuí-la. Queria matá-lo, mas temia o povo, porque o tinham como profeta. Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante de todos e agradou tanto a Herodes,

que este prometeu, com juramentos, dar-lhe tudo o que pedisse. Então ela, instruída por sua mãe, disse: Dá-me aqui num prato a cabeça de João Batista. O rei se entristeceu, mas, por causa do juramento e dos que estavam à mesa com ele, ordenou que lha dessem. E mandou degolar a João no cárcere. A cabeça foi trazida num prato e dada à jovem, e ela a levou à sua mãe. Então chegaram os seus discípulos, levaram o corpo e o sepultaram. Depois foram anunciá-lo a Jesus.”

 Josefo, o historiador judeu, também escreve sobre a morte de  João Batista, no capítulo 7, do décimo oitavo livro da história dos

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“Comenta-se entre os judeus, que o exército de Herodes foi des-truído pelos justos juízos de Deus em consequência de João, chamado de Batista. Pois Herodes, o Tetrarca, deu ordem que matassem este homem piedoso que andava exortando os judeus a terem vidas vir-tuosas e justas. Batizava-os, deixando claro que este batismo só teria  valor se eles abandonassem, não apenas um ou dois pecados, mas que

haveriam de purificar o coração todo.

“Sendo que grandes multidões vieram vê-lo e o povo queria aceitar sua doutrina, Herodes temeu que João induzisse o povo à sedição, pois parecia que estavam dispostos a seguirem todas as suas orientações. Portanto optou por decretar a sua morte. Foi por isso que mandou encarcerá-lo num castelo, onde posteriormente foi morto.”

Segundo os nossos cálculos, isto aconteceu 32 anos depois do nascimento de Cristo, no décimo sétimo ano de Tibério, o imperador romano. Foi assim que esta grande luz da igreja de Deus foi extinguido quando mais brilhava, entristecendo o coração de muitos piedosos.

Dizem que seu corpo estava em Sebasta, na Palestina, até o tempo de Juliano, quando seus ossos foram queimados pelos inimigos da  verdade e as cinzas jogadas ao vento.

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No grego, a palavra Estêvão significa coroa . Ele era um dos

pri-meiros sete diáconos da igreja em Jerusalém, um homem cheio de fé e da sabedoria de Deus. Leia Atos 6:5.

Ele conhecia bem as Escrituras do Antigo Testamento; era um orador eloquente. “Levantaram-se alguns que eram da chamada sina-goga dos libertos, dos cireneus e dos alexandrinos, dos que eram da Cilícia e da Ásia, e discutiam com Estêvão. Mas não podiam resistir à sabedoria e ao espírito com que ele falava. Então subornaram uns homens para que dissessem: Nós o ouvimos proferir blasfêmias contra Moisés e contra Deus. E excitaram o povo, os anciãos e os escribas e, investindo contra ele, o arrebataram e o levaram ao Sinédrio. Apre-sentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir blasfêmias contra este santo lugar e a lei. Pois o ouvimos dizer que esse Jesus de Nazaré há de destruir este lugar, e mudar os costumes que Moisés nos deu. Então todos os que estavam assentados

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no Sinédrio, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto

de um anjo” (At 6:9-15).

“Perguntou o sumo sacerdote: É isto verdade?” (At 7:1). Com isso este homem piedoso começou a explicar muitas coisas. Ele falou, como se fosse com uma língua celestial, dando provas irrefutáveis e muitas escrituras do Antigo Testamento que mostram que Jesus é o  verdadeiro Messias e que o evangelho é verdade. Leia Atos 7:1-53.

Mas à medida em que desenvolvia seu discurso, mostrando como seus acusadores eram culpados de terem derramado sangue inocente,

ficaram mais enraivecidos ainda, rangendo os dentes, pois suas palavras

cortavam fundo em seus corações. Leia o verso 54.

“Mas ele, cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a

glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus, e disse: Olhai! Eu vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à direita de Deus. Mas eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos, e se levantaram unânimes contra ele. E, expulsando-o da cidade, o apedrejaram. As testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejaram a Estêvão, que em oração dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, adormeceu” (vv. 55-60).

 Tal foi o fim deste homem justo, Estêvão, que valorizou mais o

amor que tinha por Jesus Cristo do que a sua própria vida. Dizem que isto aconteceu 34 anos depois do nascimento de Cristo, no 19º ano do reinado de Tibério. Estêvão estava com 38 anos quando foi martirizado.

Depois de morto, alguns homens piedosos cuidaram do corpo, levando-o à sepultura em grandes prantos. Há um ditado: “As pedras para ele eram como rios de doçura”.

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 Tiago era filho de Zebedeu e Salomé. Ele ganhava a vida como

pescador, mas quando Cristo o chamou para ser seu discípulo, aban-donou sua profissão e seguiu a Jesus. Leia Mt 4:21 e Mc 1:19.

Ele foi instruído durante muito tempo, junto com os outros após-tolos, sobre as responsabilidades dos discípulos de Cristo, antes de ser enviado ao campo. Leia Mt 10:2; Mc 6:7; Lc 6:13.

Ele tinha o dom de fazer milagres. Foi por isso que ele era um dos três que tinham o apelido de Boanerges , que significa “filhos do

trovão”. Em todas as ocasiões de mais importância, ele esteve com  Jesus, sendo escolhido, inclusive, para ver a glória do Senhor no

san-to monte, e posteriormente, ser testemunha de seus sofrimensan-tos no jardim de Getsêmani. Leia Mc 3:17-18; Mt 17:1; 26:36.

Cristo predissera que Tiago beberia do mesmo cálice que ele be-beu, que seria batizado com o mesmo batismo, e que estaria sujeito ao mesmo sofrimento e à mesma morte de Jesus. Leia Mt 20:23-24.

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Depois da morte de Cristo, ele se uniu aos outros apóstolos para testemunhar junto com eles, dos sofrimentos, da morte e da ressur-reição do Senhor, e para ser instruído por ele durante quarenta dias após sua ressurreição.

Depois que Cristo ascendeu ao céu, ele também permaneceu em Jerusalém, junto com os outros apóstolos, onde posteriormente receberam o Espírito Santo. Ele pregou o evangelho em Judeia e na Samaria. Leia At 1:13-14.

 Acredita-se que dali ele seguiu para a Espanha, onde teve pouco êxito, voltando para a Judeia, onde, segundo alguns, foi perseguido por Hermogenes, um mágico.

Este apóstolo viveu até o quarto ano do imperador Cláudio, o tempo quando Ágabo predisse uma grande fome no mundo todo.

Foi durante esta época que Cláudio ordenou ao rei Agripa que perseguisse a igreja de Cristo. Com isso, Herodes colocou suas mãos sangrentas no apóstolo. Na festa da páscoa, lançou-o na prisão. Pouco depois ele recebeu a sentença de morte, sendo morto pela espada em Jerusalém. Isto ocorreu 45 anos depois do nascimento de Cristo. Leia At 12:2.

Clemente relata que o carrasco, vendo a inocência de Tiago, se con- verteu e morreu junto com ele. Em outro lugar lemos que o carrasco

ficou tão comovido que se declarou cristão. Ambos seguiram para o

lugar onde haviam de dar suas vidas. Quando o carrasco pediu que  Tiago o perdoasse, ele pensou um pouco e disse: “Paz seja contigo”,

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Filipe, natural de Betsaida, na Galileia, tinha uma esposa e filhas

honradas. Leia João 1:44; 12:21.

Cristo o achou e chamou-o para ser seu discípulo. Ele aceitou de tão bom grado, que quando achou Natanael, o levou a Cristo também, dizendo-lhe que encontrara aquele de quem Moisés e os profetas haviam escrito, a saber, Jesus de Nazaré, o verdadeiro Messias. Leia  João 1:45.

Daquele tempo em diante, Filipe constantemente seguiu a Cristo, ouvindo suas admoestações e vendo os milagres que fizera no seu

mi-nistério da Palavra de Deus. Foi assim que Cristo o ordenou apóstolo, enviando-o para pregar o evangelho, primeiramente às ovelhas dispersas da casa de Israel, o que ele fez. Leia Mateus 10:3; Lucas 6:13-15.

O Senhor o estimava como um de seus amigos mais íntimos, pois no acontecimento milagroso quando os cinco mil foram alimentados,  Jesus o provou com uma pergunta: “Onde compraremos pão para

toda esta gente comer?” (João 6:5).

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