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PARLAMENTO EUROPEU. Documento de sessão. Posição do Conselho em primeira leitura

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PARLAMENTO EUROPEU

2009

         

2014

Documento de sessão

C7-0208/2010

2007/0152(COD)

PT

09/09/2010

Posição do Conselho em primeira leitura

Posição do Conselho em primeira leitura tendo em vista a adopção do REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO que torna extensivo o Regulamento (CE) n.º 883/2004 e o Regulamento (CE) n.º 987/2009 aos nacionais de países terceiros que ainda não estejam abrangidos por esses regulamentos por razões exclusivas de nacionalidade

Docs 11160/4/2010

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CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA Bruxelas, 26 de Julho de 2010 (OR. en) Dossier interinstitucional: 2007/0152 (COD) 11160/4/10 REV 4 SOC 422 MIGR 61 CODEC 581 PARLNAT 56 ACTOS LEGISLATIVOS E OUTROS INSTRUMENTOS

Assunto: Posição do Conselho em primeira leitura tendo em vista a adopção do REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO que torna extensivo o Regulamento (CE) n.º 883/2004 e o

Regulamento (CE) n.º 987/2009 aos nacionais de países terceiros que ainda não estejam abrangidos por esses regulamentos por razões exclusivas de nacionalidade

(4)

REGULAMENTO (UE) N.º.../2010

DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

de

que torna extensivo o Regulamento (CE) n.º 883/2004 e do Regulamento (CE) n.º 987/2009 aos nacionais de países terceiros

que ainda não estejam abrangidos por esses regulamentos por razões exclusivas de nacionalidade

O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nomeadamente a alínea b) do n.º 2 do artigo 79.º,

Tendo em conta a proposta da Comissão Europeia,

Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu1, Deliberando nos termos do processo legislativo ordinário2,

1 JO C 15 de 17.6.2008, p. 50.

2 Posição do Parlamento Europeu de 9 de Julho de 2008 (JO C 294 E de 3.12.2009, p. 259) e

(5)

Considerando o seguinte:

(1) O Parlamento Europeu1, o Conselho e o Comité Económico e Social Europeu2 têm vindo a defender uma melhor integração dos nacionais de países terceiros que residam legalmente no território dos Estados-Membros, conferindo-lhes uma série de direitos uniformes tão próximos quanto possível dos direitos de que gozam os cidadãos da União.

(2) O Conselho (Justiça e Assuntos Internos) de 1 de Dezembro de 2005 salientou que a União deverá assegurar um tratamento equitativo aos nacionais de países terceiros que residam legalmente no território dos Estados-Membros e que uma política de integração mais determinada deverá ter por objectivo garantir-lhes direitos e obrigações comparáveis aos dos cidadãos da União.

(3) O Regulamento (CE) n.º 859/2003 do Conselho, de 14 de Maio de 20033, tornou

extensivos os Regulamentos (CEE) n.º 1408/71 e (CEE) n.º 574/72 relativos à coordenação dos regimes de segurança social dos Estados-Membros aos nacionais de países terceiros ainda não abrangidos por esses regulamentos por razões exclusivas de nacionalidade. (4) O presente regulamento respeita os direitos fundamentais e observa os princípios

consagrados, em particular, na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, nomeadamente no n.º 2 do artigo 34.º.

1 Resolução do Parlamento Europeu de 27 de Outubro de 1999 sobre o Conselho Europeu de

Tampere (JO C 154 de 5.6.2000, p. 63).

2 Parecer do CESE de 25 de Setembro de 1991 sobre o estatuto dos trabalhadores migrantes

oriundos de países terceiros (JO C 339 de 31.11.1991, p. 82).

(6)

(5) O Regulamento (CE) n.º 883/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril de 2004, relativo à coordenação dos sistemas de segurança social1, substituiu o

Regulamento (CEE) n.º 1408/71. O Regulamento (CE) n.º 987/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Setembro de 2009, que estabelece as modalidades de aplicação do Regulamento (CE) n.º 883/2004 2, substituiu o Regulamento (CEE)

n.º 574/72. Os Regulamentos (CEE) n.º 1408/71 e (CEE) n.º 574/72 devem ser revogados com efeitos a partir da data de entrada em aplicação do Regulamento (CE) n.º 883/2004 e do Regulamento (CE) n.º 987/2009.

(6) O Regulamento (CE) n.º 883/2004 e o Regulamento (CE) n.º 987/2009 actualizam e simplificam substancialmente as regras de coordenação tanto para as pessoas seguradas como para as instituições de segurança social. Para estas últimas, a actualização das regras de coordenação visa acelerar e facilitar o tratamento dos dados relativos aos direitos a prestações das pessoas seguradas e reduzir os custos administrativos correspondentes. (7) A promoção de um elevado nível de protecção social e o aumento do nível e da qualidade

de vida nos Estados-Membros constituem objectivos da União.

(8) Para evitar que empregadores e organismos nacionais de segurança social se vejam confrontados com a gestão de situações jurídicas e administrativas complexas que apenas dizem respeito a um grupo limitado de pessoas, importa, tirando pleno proveito da

modernização e da simplificação introduzidas no domínio da segurança social, aplicar um único diploma legal de coordenação, ou seja, o Regulamento (CE) n.º 883/2004 em conjugação com o Regulamento n.º 987/2009.

1 JO L 166 de 30.4.2004, p. 1. 2 JO L 284 de 30.10.2009, p. 1.

(7)

(9) O Regulamento (CE) n.º 859/2003 deverá, portanto, ser revogado por um diploma legal que tenha como principal objectivo substituir o Regulamento (CEE) n.º 1408/71 e o Regulamento (CEE) n.º 574/72 pelo Regulamento (CE) n.º 883/2004 e pelo

Regulamento (CE) n.º 987/2009.

(10) A aplicação dos Regulamentos (CE) n.ºs 883/2004 e (CE) n.º 987/2009 aos nacionais de países terceiros que ainda não estão abrangidos por esses regulamentos por razões

exclusivas de nacionalidade não confere aos interessados nenhum direito à entrada, estada ou residência, nem o acesso ao mercado de trabalho num Estado-Membro. Como tal, a aplicação do Regulamento (CE) n.º 883/2004 e do Regulamento (CE) n.º 987/2009 em nada prejudica o direito que assiste aos Estados-Membros de recusar, retirar ou indeferir a renovação de uma autorização de entrada, estada, residência ou trabalho no

Estado--Membro em causa, em conformidade com o direito da União.

(11) Por força do presente regulamento, os Regulamentos (CE) n.º 883/2004 e (CE)

n.º 987/2009 só deverão ser aplicáveis se o interessado já tiver residência legal no território de um Estado-Membro. A residência legal deverá constituir, pois, condição prévia para a aplicação do presente regulamento.

(12) Os Regulamentos (CE) n.º 883/2004 e (CE) n.º 987/2009 não se deverão aplicar às

situações em que todos os elementos se circunscrevam a um único Estado-Membro. Trata--se, designadamente, das situações de nacionais de países terceiros que apenas envolvam um país terceiro e um Estado-Membro.

(8)

(13) A condição de residir legalmente no território de um Estado-Membro não deverá afectar os direitos decorrentes da aplicação do disposto no Regulamento (CE) n.º 883/04 no que respeita às pensões de invalidez, velhice ou sobrevivência, por conta de um ou mais Estados-Membros, de um nacional de país terceiro que tenha preenchido anteriormente as condições do presente regulamento, ou dos sobreviventes desse nacional que residam num país terceiro, na medida em que os seus direitos advenham desse trabalhador.

(14) A manutenção do direito às prestações de desemprego, prevista no artigo 64.º do Regulamento (CE) n.º 883/2004, está condicionada à inscrição do interessado, como candidato a emprego, nos serviços de emprego de cada um dos Estados-Membros para onde se desloque. Assim sendo, tais disposições só poderão ser aplicadas a nacionais de países terceiros desde que os mesmos tenham o direito de se inscrever, eventualmente ao abrigo do seu título de residência ou do seu estatuto de residente de longa duração, como candidatos a emprego nos serviços de emprego do Estado-Membro para onde se

desloquem e de nele exercerem legalmente uma profissão.

(15) O presente regulamento não deverá prejudicar os direitos e obrigações decorrentes de acordos internacionais celebrados com países terceiros em que a União seja parte e que confiram benefícios em matéria de segurança social.

(9)

(16) Atendendo a que os objectivos do presente regulamento não podem ser suficientemente realizados pelos Estados-Membros, pelo facto de se tratar de situações transfronteiriças, e podem, pois, dada a dimensão da acção, ser melhor alcançados a nível da União, a União pode tomar medidas em conformidade com o princípio da subsidiariedade consagrado no artigo 5.º do Tratado da União Europeia. Em conformidade com o princípio da

proporcionalidade, consagrado no mesmo artigo, o presente regulamento não excede o necessário para alcançar aqueles objectivos.

(17) Nos termos do artigo 3.º do Protocolo (n.º 21) relativo à posição do Reino Unido e da Irlanda em relação ao Espaço de Liberdade, Segurança e Justiça, anexo ao Tratado da União Europeia e ao Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, a Irlanda

notificou, por carta de 24 de Outubro de 2007, a sua intenção de participar na adopção e na aplicação do presente regulamento.

(10)

(18) Nos termos dos artigos 1.º e 2.º do Protocolo (n.º 21) relativo à posição do Reino Unido e da Irlanda em relação ao Espaço de Liberdade, Segurança e Justiça, anexo ao Tratado da União Europeia e ao Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, e sem prejuízo do disposto no artigo 4.º do referido Protocolo, o Reino Unido não participa na adopção do presente regulamento e não fica por ele vinculado nem sujeito à sua aplicação.

(19) Nos termos dos artigos 1.º e 2.º do Protocolo (n.º 22) relativo à posição da Dinamarca, anexo ao Tratado da União Europeia e ao Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, a Dinamarca não participa na adopção do presente regulamento e não fica por ele vinculada nem sujeita à sua aplicação,

(11)

Artigo 1.º

O Regulamento (CE) n.º 883/2004 e o Regulamento (CE) n.º 987/2009 são aplicáveis aos nacionais de países terceiros ainda não abrangidos por esses regulamentos por razões exclusivas de

nacionalidade, bem como aos seus familiares e sobreviventes, desde que tenham residência legal num Estado-Membro e se encontrem numa situação cujos elementos não envolvam apenas um Estado-Membro.

Artigo 2.º

O Regulamento (CE) n.º 859/2003 é revogado entre os Estados-Membros vinculados pelo presente regulamento.

Artigo 3.º

O presente regulamento entra em vigor no terceiro dia seguinte ao da sua publicação no Jornal

Oficial da União Europeia.

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros, em conformidade com os Tratados.

Feito em Bruxelas, em

Pelo Parlamento Europeu

O Presidente Pelo Conselho O Presidente

(12)
(13)

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA Bruxelas, 26 de Julho de 2010 (OR. en) Dossier interinstitucional: 2007/0152 (COD) 11160/4/10 REV 4 ADD 1 SOC 422 MIGR 61 CODEC 581 PARLNAT 56 NOTA JUSTIFICATIVA DO CONSELHO

Assunto: Posição do Conselho em primeira leitura adoptada pelo Conselho em

26 de Julho de 2010 com vista à adopção de um Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que torna extensivas as disposições do

Regulamento (CE) n.º 883/2004 e do Regulamento (CE) n.º 987/2009 aos nacionais de países terceiros ainda não abrangidos por estas disposições por razões exclusivas de nacionalidade

– Nota justificativa do Conselho

(14)

I. INTRODUÇÃO

Em 25 de Julho de 2007, a Comissão apresentou a proposta em epígrafe, que visa substituir o Regulamento (CE) n.º 859/2003 e tornar extensivas as disposições do Regulamento (CE) n.º 883/2004 e do seu regulamento de execução (Regulamento (CE) n.º 987/2009 do Conselho) aos nacionais de países terceiros ainda não abrangidos por essas disposições por razões exclusivas de nacionalidade.

A proposta baseia-se no artigo 63.º, n.º 4, do Tratado (unanimidade e processo de consulta). Na sequência da entrada em vigor do Tratado de Lisboa, a base jurídica é agora o artigo 79.º, n.º 2, alínea b), do TFUE (maioria qualificada e processo legislativo ordinário).

O Parlamento Europeu emitiu parecer em 9 de Julho de 2008 no âmbito do processo de consulta. Na sequência da entrada em vigor do Tratado de Lisboa, o Parlamento Europeu, em 5 de Maio de 2010, adoptou uma Resolução1 na qual confirmou a sua posição no âmbito do processo legislativo ordinário.

O Comité Económico e Social Europeu emitiu parecer em 16 de Janeiro de 2008.

A Comissão não apresentou qualquer proposta alterada formal na sequência do parecer do Parlamento Europeu em primeira leitura.

Nos termos do artigo 294.º, n.º 5, (TFUE), o Conselho adoptou a sua posição em primeira leitura por maioria qualificada em 26 de Julho de 2010.

Nos termos dos artigos 1.º e 2.º do Protocolo relativo à posição do Reino Unido e da Irlanda, anexo ao Tratado da União Europeia e ao Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, a Irlanda notificou, por carta de 24 de Outubro de 2007, a sua intenção de participar na

adopção e na aplicação do presente regulamento.

1 Resolução do Parlamento Europeu, de 5 de Maio de 2010, relativa às consequências da

entrada em vigor do Tratado de Lisboa para os processos decisórios interinstitucionais em curso.

(15)

Nos termos dos artigos 1.º e 2.º do Protocolo relativo à posição do Reino Unido e da Irlanda, anexo ao Tratado da União Europeia e ao Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia e sem prejuízo do disposto no artigo 4.º do referido Protocolo, o Reino Unido não participa na adopção do presente regulamento, e não fica a ele vinculado, nem sujeito à sua aplicação. Nos termos dos artigos 1.º e 2.º do Protocolo relativo à posição da Dinamarca, anexo ao Tratado da União Europeia e ao Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, a

Dinamarca não participa na adopção do presente regulamento e não fica a ele vinculada, nem sujeita à sua aplicação.

II. OBJECTIVO

O Regulamento (CE) n.º 859/2003 tornou extensiva a aplicação das disposições do

Regulamento (CEE) n.º 1408/71 e do respectivo Regulamento de execução (CEE) n.º 574/72 aos nacionais de países terceiros. Estes últimos regulamentos foram simplificados e

actualizados pelos Regulamentos (CE) n.ºs 883/2004 e 987/2009 respectivamente, que são aplicáveis a partir de 1 de Maio de 2010.

A presente proposta de regulamento tem os mesmos objectivos que o Regulamento (CE) n.º 859/2003, nomeadamente alargar o âmbito de aplicação das disposições comunitárias em vigor em matéria de coordenação dos regimes de segurança social aos cidadãos de países terceiros que ainda não estejam abrangidos por estas disposições por razões exclusivas de nacionalidade.

A presente proposta destina-se a garantir que aos nacionais de países terceiros sejam aplicadas as mesmas regras de coordenação dos regimes de segurança social que se aplicam aos

cidadãos europeus desde a entrada em vigor dos Regulamentos (CE) n.ºs 883/2004 e 987/2009. Trata-se de evitar uma duplicação extremamente confusa: que os indivíduos e as administrações nacionais utilizem dois conjuntos diferentes de regras e direitos em matéria de coordenação dos regimes de segurança social entre os Estados-Membros.

(16)

III. ANÁLISE DA POSIÇÃO DO CONSELHO EM PRIMEIRA LEITURA

O Parlamento Europeu adoptou 2 alterações à proposta da Comissão com vista a introduzir dois novos considerandos (3-A e 6-A) no preâmbulo para realçar a importância da igualdade de tratamento.

Durante o debate no plenário, a Comissão indicou que podia aceitar essas alterações.

O Conselho podia igualmente aceitar as duas alterações (considerandos n.ºs 4 e 7 da posição do Conselho em primeira leitura).

O Conselho considerou ainda necessário clarificar o considerando n.º 8 da proposta (considerando n.º 10 da posição em primeira leitura) para especificar que a aplicação dos Regulamentos (CE) n.ºs 883/2004 e 987/2009 aos nacionais de países terceiros ainda não abrangidos por essas disposições por razões exclusivas de nacionalidade não prejudica o direito que assiste aos Estados-Membros de recusar, retirar ou indeferir a renovação de uma autorização de entrada, de estadia, de residência ou de trabalho no Estado-Membro em causa em conformidade com o direito comunitário.

Além disso, o considerando n.º 13 da posição do Conselho em primeira leitura especifica que a condição de residir legalmente no território de um Estado-Membro, estipulada no artigo 1.º, não afecta os direitos decorrentes da aplicação do disposto no Regulamento (CE) n.º 883/2004 no que respeita às pensões de invalidez, velhice ou sobrevivência, por conta de um ou mais Estados-Membros, de um nacional de país terceiro que tenha preenchido anteriormente as condições do presente regulamento, ou dos sobreviventes desse nacional de um país terceiro. Por último, os considerandos n.ºs 17, 18 e 19 da posição do Conselho em primeira leitura remetem para a posição da Irlanda, do Reino Unido e da Dinamarca no que diz respeito à adopção e aplicação do presente Regulamento.

(17)

IV. CONCLUSÃO

O Conselho considera que a sua posição em primeira leitura sobre a proposta de regulamento do Conselho que torna extensivas as disposições do Regulamento (CE) n.º 883/2004 e do Regulamento (CE) n.º 987/2009 aos nacionais de países terceiros ainda não abrangidos por estas disposições por razões exclusivas de nacionalidade prevê uma abordagem equilibrada destinada a garantir a igualdade de tratamento e a não-discriminação dos nacionais de países terceiros que residam legalmente no território da União Europeia.

O Conselho aguarda com expectativa um debate construtivo com o Parlamento Europeu tendo em vista chegar rapidamente a um acordo definitivo sobre este importante regulamento.

(18)
(19)

COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 2.9.2010 COM(2010) 448 final 2007/0152 (COD) COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU

nos termos do artigo 294.º, n.º 6, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia respeitante à

Posição do Conselho com vista à adopção de um Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que torna extensivas as disposições do Regulamento (CE) n.º 883/2004 e do Regulamento (CE) n.º 987/2009 aos nacionais de países terceiros ainda não abrangidos

(20)

2007/0152 (COD)

COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU

nos termos do artigo 294.º, n.º 6, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia respeitante à

Posição do Conselho com vista à adopção de um Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que torna extensivas as disposições do Regulamento (CE) n.º 883/2004 e do Regulamento (CE) n.º 987/2009 aos nacionais de países terceiros ainda não abrangidos

por estas disposições por razões exclusivas de nacionalidade

1. HISTORIALDOPROCESSO

Data da transmissão da proposta ao Parlamento Europeu e ao Conselho [Documento COM(2007) 439 final – 2007/0152(COD)]:

23 de Julho de 2007

Data do parecer do Comité Económico e Social Europeu: 16 de Janeiro de 2008 Data do parecer do Parlamento Europeu no âmbito do procedimento

de consulta:

9 de Julho de 2008

Entrada em vigor Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia

1 de Dezembro de 2009

Data da primeira leitura do Parlamento Europeu no âmbito do processo legislativo ordinário:

5 de Maio de 2010

Data de adopção do acordo político por maioria qualificada: 7 de Junho de 2010 Data de adopção da posição do Conselho, em primeira leitura 26 de Julho de 2010

2. OBJECTODAPROPOSTADACOMISSÃO

O objectivo da proposta é tornar extensivas as disposições do Regulamento (CE) n.º 883/2004 e do seu Regulamento de execução (CE) n.º 987/2009 relativas à coordenação dos regimes de segurança social aos nacionais de países terceiros que residam legalmente num Estado-Membro e que ainda não estejam abrangidos por estas disposições por razões exclusivas de nacionalidade.

A proposta completa o processo de modernização que conduziu aos Regulamentos (CE) n.ºs 883/2004 e 987/2009, uma vez que torna extensivos os novos direitos, procedimentos e disposições para transmissão electrónica de dados, neles previstos, aos nacionais de países terceiros que se deslocam dentro do território da UE, mas que não estão abrangidos pelos regulamentos vigentes.

(21)

3. COMENTÁRIOSÀPOSIÇÃODOCONSELHO 3.1 Parecer geral sobre a posição comum do Conselho

A posição do Conselho integra as duas alterações propostas pelo Parlamento Europeu e, além disso, o Conselho propõe uma série de alterações à proposta inicial da Comissão. A Comissão subscreve plenamente todas as alterações.

3.2 Alterações do Parlamento Europeu completamente, parcialmente ou substancialmente incluídas na posição do Conselho

Em 9 de Julho de 2008, o Parlamento Europeu adoptou duas alterações, através de uma resolução legislativa, no âmbito do procedimento de consulta. Essas duas alterações foram confirmadas numa primeira leitura no âmbito do processo legislativo ordinário, em 5 de Maio de 2010. Ambas as alterações foram integralmente aceites na posição do Conselho.

A alteração 1 aditou um novo considerando que faz referência ao artigo 34.º, n.º 2, da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. A Comissão concorda com o facto de ser importante, no contexto da presente proposta, recordar o direito conferido pela Carta a todas as pessoas que residem e se deslocam legalmente na UE aos benefícios da segurança social, nos termos da legislação nacional e da UE.

A alteração 2 aditou um novo considerando relativo à promoção de um nível elevado de protecção social e a uma melhoria do nível e da qualidade de vida na UE. A Comissão concorda com a pertinência de sublinhar estas directrizes fundamentais, que constituem o pano de fundo da proposta.

3.3 Principais diferenças entre a proposta da Comissão e a posição do Conselho

– Supressão das disposições transitórias: O Conselho suprimiu o artigo 2.º e o considerando 12 correlacionado da proposta inicial, que continham disposições transitórias relativas à entrada em vigor do regulamento proposto. O Conselho concorda com o facto de não serem necessárias disposições transitórias específicas para a entrada em vigor da presente proposta, visto que as disposições transitórias adequadas já estão incluídas no Regulamento (CE) n.º 883/2004. A Comissão apoia esta abordagem simplificada, em especial pelo facto de esta garantir que são concedidos os mesmos direitos aos nacionais de países terceiros e aos nacionais da UE no contexto da transição para os regulamentos actualizados, por exemplo, em matéria de pedidos de revisão dos direitos a uma pensão ao abrigo do artigo 87.º, n.º 3.

– Aditamento de considerandos relativos à Irlanda e ao Reino Unido: A base jurídica da proposta é o artigo 79.º, n.º 2, b), do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia. Nos termos dos artigos 1.º e 3.º do Protocolo (n.º 21) relativo à posição do Reino Unido e da Irlanda em relação ao espaço de liberdade, segurança e justiça, o Reino Unido e a Irlanda não ficam vinculados à presente proposta, excepto se notificarem a sua intenção de participar na sua adopção. O Conselho aditou o considerando 17 para indicar que a Irlanda participa na adopção da presente proposta, em conformidade com uma notificação de 24 de Outubro de 2007, e o considerando 18 para indicar que o Reino Unido não participa na adopção da presente proposta. A Comissão está de acordo com a necessidade de incluir ambos os considerandos.

(22)

– Revogação do antigo regulamento: No novo artigo 2.º da proposta, o Conselho clarificou os parâmetros para a revogação do Regulamento (CE) n.º 859/2003. Visto que o Reino Unido não participará na adopção da presente proposta, mas continuará a aplicar o Regulamento (CE) n.º 859/2003, não é possível revogar inteiramente este último. A Comissão subscreve a alteração proposta, pois permite obter clareza jurídica sobre este ponto concreto.

– Determinação da residência legal: Os Regulamentos (CE) n.ºs 883/2004 e 987/2009 são aplicáveis aos nacionais de países terceiros que residam legalmente no território de um Estado-Membro. Todavia, a determinação da residência legal está completamente excluída do âmbito de aplicação dos regulamentos de coordenação, cabendo exclusivamente aos Estados-Membros o direito de determinar, em consonância com o direito da União, se um indivíduo será autorizado a entrar, permanecer, residir ou trabalhar no seu território. A frase aditada ao considerando 10 pelo Conselho sublinha esta repartição de poderes entre a União e os seus Estados-Membros. A Comissão concorda com esse aditamento.

– Clarificação da aplicação do critério de «residência legal» no caso de pensões de invalidez, velhice ou sobrevivência: O considerando 13 foi aditado pelo Conselho para clarificar que a condição de residência legal no território de um Estado-Membro não é aplicável na data em que um pessoa abrangida anteriormente pelo presente regulamento, ou uma outra pessoa cujos direitos dela advenham, requer o direito a uma pensão com base nos direitos concedidos pelo regulamento. É necessário que a pessoa em causa seja legalmente residente quando esses direitos são adquiridos. A Comissão acolhe favoravelmente este considerando adicional, que pretende evitar interpretações equívocas, proteger os direitos adquiridos e assegurar uma aplicação uniforme do regulamento proposto por parte dos Estados-Membros.

4. CONCLUSÃO

A Comissão considera que a posição do Conselho melhora e apura alguns aspectos da proposta da Comissão. Clarifica questões jurídicas fundamentais de carácter prático, como as disposições de revogação e transitórias. Além disso, contribui para uma compreensão mais clara e, consequentemente, para uma maior protecção dos direitos adquiridos pelos cidadãos nacionais de países terceiros (e das pessoas cujos direitos delas advenham) quando estes deixam de residir na UE. A inclusão, na íntegra, das alterações do Parlamento Europeu proporciona um melhor enquadramento para a proposta.

A Comissão congratula-se com o acordo do Conselho sobre a presente posição, o que constitui um passo fundamental para se alcançar o objectivo definido no artigo 34.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, nomeadamente que todas as pessoas que residam ou se desloquem legalmente dentro do território da UE tenham direito a prestações de segurança social. Representa igualmente um progresso vital para se completar o pacote legislativo modernizado de normas em matéria de segurança social na UE. Garante que os nacionais de países terceiros possam beneficiar dos mesmos direitos melhorados, conferidos por normas actualizadas, e simplifica os procedimentos para as instituições nacionais de segurança social, que poderão aplicar os mesmos procedimentos independentemente de os direitos caberem a um cidadão nacional da UE ou de um país terceiro.

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