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Academic year: 2021

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Arte e Cultura Yorùbá

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Cultura Yorùbá

Cultura Yorùbá

www.institutoyoruba.com

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Arte e Cultura Yorùbá

ARTE E CULTURA YORÙBÁ

Instituto de Arte e Cultura Yorùbá

Esta edição refere-se a uma pequena apresentação da

Cultura Yorùbá.

Escrito por: Olusegun Michael Akinruli

Edição

Laurimar de Jesus Pires

Ayobami Samuel Akinruli

Copyright © 2009 - Instituto Yoruba – Belo Horizonte.

Minas gerais.

Todos os direitos reservados.

contato@institutoyoruba.com

www.institutoyoruba.com

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AÁfrica é o segundo continente mais populoso da Terra (atrás da Ásia) e o terceiro continente mais extenso (atrás da Ásia e das Américas).

Tem cerca de 30 milhões de km², cobrindo 20,3 % da área total da terra

firme do planeta e mais de 900 milhões de habitantes em 54 países, representando cerca de um sétimo da população do mundo. .

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A Nigéria situa-se no Golfo da Guiné. As suas maiores cidades localizam-se nas terras baixas do sul. A parte central do país é composta por colinas e planaltos. O norte consiste de terras baixas áridas. Os países limítrofes são o Benim, o Níger, o Chade e Camarões. Em tamanho é um pouco maior que o estado de Mato Grosso. A floresta e os bosques ocorrem principalmente no terço sul do país, que é afetado por chuvas sazonais oriundas do oceano Atlântico entre Junho e Setembro. À

medida que se segue para norte, o país vai-se tornando mais seco e a vegetação mais semelhante à da savana. O terço norte do país inclui-se na região semi-árida do Sahel, que marca o limite sul do deserto do Saara.

A Nigéria é dividida em três pelos rios Níger e Benue, que chegam ao país vindos de nordeste e noroeste e se vão juntar mais ou menos no centro, perto da nova capital, Abuja. Daí, o rio Níger acrescentado com água do Benue flui para sul até desaguar no mar num grande delta.

a-se no Golfo da Guiné. As suas maiores cidades

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Escultura ilustrando a tortura de Mãe rebelde e seu filho no período de Escravidão. Badagry, Nigéria. Século XVIII.

O povo Yoruba vive na costa oeste da África e na Nigéria. Eles se encontram também na Republica de Benin, Togo, Costa do Marfim, Gana entre outros. Como a maioria dos escravos que foram para Américas vieram da áfrica ocidental, os Yorubas podem ser encontrados também nos países como Brasil, Cuba, Estados Unidos, Trinidad e Tobago, Haiti, República Dominicana, Bahamas, Porto Rico, Jamaica, Reino Unido, El Salvador, entre outros. Os Yorubas são um dos maiores grupos étnicos na África. Hoje, totalizam mais de 40 milhões no mundo todo. Devido a sua força, a cultura yorubá hoje se espalhou pelo mundo sendo praticada por mais de 100 milhões de pessoas. Os Yorubas já viviam em sociedades urbanizadas bem avançadas por mais de 1.500 anos.

Eles criaram uma economia forte e sólida através da agricultura, comércio e produção de arte. A sua tradição artística é única e inclui esculturas e artesanatos em madeira, fundição de metais, tecelagem, artesanato com miçangas.

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Africanos da costa oeste, como os Yorubas já viviam em sociedades urbanas e sofisticadas e já fabricavam peças artísticas extraordinárias desde século V a.C. Naquela época, os Yorubas  já começaram a usar ferro para criar ferramentas

metálicas e armas como facão, machados e

enxadas. As ferramentas facilitavam a plantação e cultivo da terra. As suas plantações incluem mandioca, inhame, azeite de dendê, noz de cola (obi), cacau entre outros. Com isso, os Yorubas  já começam a fazer comércio e trocas com as

outras regiões vizinhas.

Potes em Barro: Badagry, Nigéria. 2009.

Devido ao crescimento na agricultura, a comunidade Yoruba começa a crescer em tamanho e, cidades maiores começam a ser construídas. No ano 600 d.C, os Yorubas passam a ser governados pelos (Oba) reis. Existiram aproximadamente 20 reinos Yorubas com um rei (Oba) em cada um. A cidade de Ile-Ife era conhecida como o centro de cultura e da vida religiosa. A

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cidade de Oyo era o mais forte reino também com o maior número de soldados do exército e sistema político mais consolidado. O reino de Oyo era próximo ao Rio Niger. O solo rico de Oyo fez com que os nativos se empregassem com atividades de

agricultura. Oyo estava no comando de 6.600 cidades e vilarejos no fim do século XVIII.

Conflitos internos com grupos vizinhos junto com o inicio da escravidão eventualmente levaram estes grandes reinos ao declínio.

Todas as culturas têm uma explicação ou outra para a existência do universo. Está é uma versão do povo Yoruba. Oduduwa é o progenitor lendário do yoruba. Orisanla (Obatala) era a divindade que foi escolhida por Olodumare (O supremo Deus), para criar uma terra fora da água primordial que constituiu a terra e de povoar a terra com seres humanos.

Obatala desceu do céu em uma corrente, carregando um punhado de terra, sementes da palmeira e uma galinha de cinco dedos. Devia lançar a terra na água após ter colocado algumas partes de ferro nela, e colocar então a galinha na terra para espalhá-la sobre a água primordial.

A Historia da Criação

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De acordo com a primeira versão da história, Obatala terminou esta tarefa à satisfação de Olodumare. Foi dada então a tarefa de fazer o corpo físico de seres humanos depois do qual Olodumare dar-lhes-ia o sopro de vida. Terminou também esta tarefa e este é o porquê que tem o título de "Obarisa" o rei dos orisas.

A outra variação do mito não credita a Obatala a conclusão desta tarefa. Quando concede que a Obatala foi dada a tarefa, contradiz dizendo que Obatala começou bebendo logo que começou à terra e era incapaz de fazer o trabalho. Olodumare começou a ficar preocupado quando não retornou no tempo, e teve que enviar Oduduwa para ver o que estava acontecendo com Obatala. Quando Oduduwa encontrou Obatala embriagado, continuou a tarefa e terminou-a. Assim, Oduduwa criou a terra. O ponto em que aterrou a água para se transformar terra é chamado

Ile-Ife e considerado agora o repouso sagrado e espiritual do povo yoruba. Pelo século XVIII, os europeus já começaram

a criar colônias pelo mundo. Os europeus estavam seqüestrando nativos da África ocidental e os levando para o Novo Mundo para serem escravos.

Em 1884, os europeus já se reuniram para discutir como fazer a divisão da África em várias colônias. Aos Ingleses foi dado o direito pelos outros países europeus para colonizar a

terra Yoruba e em 1893, a terra Yoruba passou a ser uma das maiores colônias reconhecidas oficialmente como Nigéria.

Em 1960 a Nigéria ganhou independência e na aquela época 10 milhões de Yorubas foram registrados com residência na Nigéria. Hoje, os Yorubas ainda continuam com as suas tradições e sua forma tradicional de vida.

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Dentre as várias comidas dos Yorubas residentes na Nigéria como, banana da terra, feijão, arroz, milhos, carne, peixe, grãos e.t.c, inhame é a comida mais importante para eles. Lagoas, rios e o mar fornecem produtos aquáticos, como camarões e peixes.

Ojà – Mercado local, Nigéria 2008.

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Peixes defumados também são comuns nos mercados locais. Os Yorubas fazem sopas de vários alimentos; mandioca é também apreciada por eles. Azeite de dendê é o principal óleo de cozinha. Os Yorubas também tem um vinho peculiar que se chama Emu. O

vinho vem da palmeira.

Como qualquer outra sociedade, o povo Yoruba gera rendas através do comercio. Por volta do ano 1900, cacau chegou a ser o mais importante da Nigéria para exportação. Algodão, trabalhos artesanais, couro, jóias entre outros são exportados. Normalmente, as mulheres deste povo são responsáveis pela comercialização destes produtos no mercado.

A crença tradicional Yoruba afirma que o mundo é feito de dois universos; o mundo visível chamado Ile-aye e o universo espiritual de Orisas, dos Ancestrais e dos Espíritos

chamado Orun. Ase (Axe) é a força de vida dada para todas as criaturas do universo pelo

Olorun(Deus Supremo).

Ase está presente em animais, humanos, plantas, orações, rios, montanhas e.t.c.

A existência depende sob Ase porque é a força de criar coisas e mudança. Os Yorubas acreditam em Deus como o Senhor do universo  junto com muitos outros deuses que são subordinados a ele. Os Yorubas cultuam mais de 400 divindades, estes eles chamam os Orisas. Alguns Orisas são cultuados por todos os Yorubas enquanto alguns outros são cultuados por algumas famílias e cidades

específicas. Cada um tem seu Orisa. Normalmente, as pessoas cultuam o Orisa do seu Pai, mas existem alguns que cultuam o da Mãe.

Egungun. (Baba Egun). Feito para honrar os ancestrais.

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Esculturas Yorubas

Escultura de Sango (Xangô) feita em

madeira com detalhes de búzios e miçangas.

Escultura Yoruba representado “fertilidade”

Esu (Exú) o Orisa (Orixá) neutro do povo Yorùbá

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Diáspora é a palavra empregada para referir a migração de pessoas da sua terra-mãe. Escravidão é a migração de milhares de pessoas da África para as Américas e a Europa, incluindo uma grande população de Yorubas. Quando foram levados ao

novo mundo, levaram consigo sua religião, música, e mitos. Os escravos eram proibidos de praticar a sua religão tradicional o que os levou a criar o sincretismo; que quer dizer fingir que está rezando para os santos católicos quando no fundo

ou na verdade rezavam para seus santos africanos.

A rica herança cultural dos escravos Yorubas e dos seus descendentes já contribuiu enormemente para as Américas especialmente para o Brasil onde muitas das suas tradições culturais ainda estão preservadas.

Yorubas na Diáspora.

Os escravos eram transportados por barcos para atravessar este rio para outro lado onde eles caminhavam por mais ou menos 1 hora. Lá esperavam os navios que os levavam para o novo mundo. A razão pelo nome

Ponto-de-embarque

definitivo

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Bibliografia

JOHNSON, SAMUEL. The History of The Yorubas. CSS, 1921.

AYON’OMIDIRE, Félix. Akogbadun: abc da língua, cultura e civilização iorubanas. Salvador: ed. UFBA: CEAO, 2004.

BENISTE, José. Òrun, Àiyé: o encontro de dois mundos: o sistema de relacionamento nagô-yorubá entre o céu e a terra. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.

VERGER, Pierre. Culturas africanas. São Luís do Maranhão, UNESCO, 1986.

KOLA, ABIMBOLA. Yoruba Culture – A Philosophical Account. Iroko Academic Publishers. 2006.

VERGER, Pierre. Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o Golfo do Benin e a Bahia de todos os santos: dos séculos XVII a XIX. São Paulo: Corrupio, 1987.

WANDER, ABIMBOLA. IFÁ - An exposition of Ifa Literary Corpus. Athelia Henrietta Press, Inc, 1997.

Wikipédia.

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica

http://eudesenholetras.files.wordpress.com/2008/09/africa.jpg

Referências

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