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BRUNO RANGEL MIGLIORINI PRODUTIVIDADE DE CULTIVAR DE SOJA COM CRESCIMENTO DETERMINADO EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS ENTRE LINHAS E DENSIDADES DE PLANTAS

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PRODUTIVIDADE DE CULTIVAR DE SOJA COM CRESCIMENTO DETERMINADO EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS ENTRE LINHAS E

DENSIDADES DE PLANTAS

SINOP

MATO GROSSO – BRASIL 2018

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PRODUTIVIDADE DE CULTIVAR DE SOJA DE CRESCIMENTO DETERMINADO COM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS ENTRE LINHAS E DENSIDADES DE

PLANTAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado a Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Sinop, como parte das exigências do curso para obtenção do título de bacharel em agronomia.

SINOP

MATO GROSSO – BRASIL 2018

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ABSTRACT ... 5

1 INTRODUÇÃO ... 6

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 8

2.1 A soja ... 8

2.2 Números da soja ... 9

2.3 Arranjo espacial na cultura da soja ... 9

3 MATERIAIS E MÉTODOS ... 13

3.1 Local e data do experimento ... 13

3.2 Genótipo utilizado ... 13

3.3 Delineamento experimental e tratamentos ... 13

3.4 Instalação e condução do experimento... 13

3.5 Avaliações ... 14

3.6 Analise estatística ... 15

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 16

5 CONCLUSÃO ... 26

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RESUMO

O principal desafio da agricultura tem sido elevar a produtividade de grãos sem que se abra novas áreas agrícolas. O desenvolvimento de práticas de manejo mais eficientes é de suma importância, e dentre elas está o arranjo espacial de plantas. O trabalho teve como objetivo avaliar a resposta da cultivar de soja 98Y30 à semeadura em diferentes espaçamentos entre linhas e populações de plantas. O experimento foi conduzido na fazenda Migliorini, em Sinop, MT, no ano agrícola 2017/2018. O delineamento experimental foi em blocos casualizados e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5%, as parcelas foram constituídas por quatro tratamentos e três repetições. Os tratamentos foram compostos por dois espaçamentos entre linhas, 25 cm (adensado) e 50 cm (convencional), combinados com duas densidades de semeadura 40 plantas/m² (população recomendada) e 80 plantas/m² (adensado). As características avaliadas foram número de vagens por planta, altura final de plantas e produtividade de grãos por hectare. O aumento da densidade de semeadura ocasionou uma maior competição intraespecífica entre as plantas, resultando em plantas mais altas, com menor número de vagens por planta e menor rendimento de grãos, não havendo interferência expressiva do encurtamento do entrelinha nessa situação. Na densidade de 40 plantas/m² o espaçamento de 25 cm apresentou produtividade de 4 207,83 kg.ha-1, valor consideravelmente maior que no espaçamento de 50 cm, esse que apresentou maior competição entre as plantas e atingiu a máxima interceptação de luz possível mais tarde, esse tratamento também se mostrou o com maior número de vagens e menor altura de plantas. Palavras chave: Glycine max, arranjo espacial, espaçamento, população.

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ABSTRACT

The main challenge of agriculture has been to increase grain yield without opening up new agricultural areas. The development of more efficient management practices is of paramount importance, and among them is the spatial arrangement of plants. The objective of the work was to evaluate the response of soybean cultivar 98Y30 to sowing at different spacings between plant lines and populations. The experiment was conducted at the Migliorini farm in Sinop, MT, in the agricultural year 2017/2018. The experimental design was in randomized blocks and the averages were compared by the Tukey test at 5%, the plots consisted of four treatments and three replicates. The treatments consisted of two spacings between the lines, 25 cm (densified) and 50 cm (conventional), combined with two sowing densities 40 plants / m² (recommended population) and 80 plants / m² (densified). The evaluated characteristics were number of pods per plant, final height of plants and yield of grains per hectare. The increase in sowing density resulted in higher intraspecific competition among the plants, resulting in higher plants, with fewer pods per plant and lower grain yield, and there was no significant interference of shortening of the interline in this situation. At the density of 40 plants / m² the spacing of 25 cm showed a productivity of 4 207.83 kg / ha, a considerably higher value than the spacing of 50 cm, the one that presented greater competition between the plants and reached the maximum light interception possible later, this treatment also showed the one with the greatest number of pods and lower height of plants.

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1 INTRODUÇÃO

A soja tem elevada relevância no agronegócio brasileiro, e preenche um papel socioeconômico muito importante, e é a cultura com maior área plantada do país, e ser um dos principais grãos no comercio internacional. No momento o pais com maior produção mundial é os Estados Unidos, seguido pelo Brasil logo em segundo lugar (EMBRAPA, 2018)

A conquista de elevadas produções e o crescimento da competitividade da soja brasileira no mercado internacional são relacionados principalmente com o avanço científico na área, e a extensão desses conhecimentos e tecnologias para a pratica no campo. No atual cenário brasileiro é necessário que o agricultor atinja altas produtividades pois com esses avanços o custo para se produzir ficou cada vez mais alto, tornando essencial que cada detalhe do manejo cultural seja o melhor possível.

Para que se alcance, e principalmente se mantenha essa elevada produção o agricultor está sujeito a uma complexa relação entre fatores do ambiente e a planta. A genética determina a produção máxima de grãos que a planta pode alcançar e o ambiente é responsável por propiciar, ou não, que a planta chegue nesse máximo potencial, por isso, torna-se necessário cada vez mais pesquisas que busquem tanto diminuir ao máximo a interferência negativa do ambiente quanto que procurem meios de a planta aproveitar todo o possível desse ambiente.

A soja é cultivada com uma disposição em linhas de plantio. Para alterar o arranjo das plantas é necessário ou alterar o espaço entre as plantas de mesma linha ou alterar o espaço entre essas linhas, as distâncias mais utilizadas entre linhas são de 0,5 m e 0,45m, e a densidade de plantas na linha vai variar de acordo características da variedade, principalmente a arquitetura da planta.

A cultivo da soja responde significativamente à diferentes arranjos espaciais, a simples mudança no espaço entre linhas pode ocasionar mudanças na altura das plantas, na quantidade de ramificações, na uniformidade entre plantas, na quantidade de vagens, no acumulo de matéria seca, na área foliar e consequentemente na produtividade, diante de todas essas mudanças na estrutura da planta será também alterado a relação da plantas com pragas, doenças e plantas daninhas, e consequentemente o manejo da cultura.

As plantas produzem energia através da fotossíntese, transformando energia luminosa em energia química. No geral, quanto maior for a área da planta que intercepta a luz, mais energia em forma de glicose a planta vai produzir. A soja cresce em área foliar ao máximo até não ser sombreada, e com isso a arquitetura da planta vai variar conforme esse

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espaço, por esse motivo, quanto maior o espaço entre as plantas mais tempo elas demoram crescer o bastante para ocupar toda a área de interceptação de luz possível, com plantas mais próximas esse espaço é preenchido mais cedo, porém haverá uma competição por luz mais precoce entre elas.

No sistema usual atual, as plantas são cultivada com uma pequena distância entre si na linha de plantio, mas uma distância considerável entre essas linhas, fazendo com que a competição por luz entre as plantas de mesma linha comece já nas primeiras etapas do ciclo, mas a competição pela luz que incide no espaço entre as linhas seja tardia, não aproveitando assim todo o potencial de fotossíntese que a cultura tem.

Plantas quando submetidas a diferentes arranjos espaciais com a finalidade de obter melhor aproveitamento do recurso luz, são capazes de utilizar de uma maneira melhor esse recurso para então maximizar sua capacidade fotossintética. Dessa forma, entende-se que as folhas interceptam a radiação solar de forma mais eficiente, e então promovendo uma maior taxa fotossintética para abastecer as regiões em crescimento e proporcionar maior deposição de reservas durante o enchimento das sementes (TAIZ e ZEIGER, 2017).

Esse trabalho tem por objetivo avaliar diferentes arranjos espaciais na cultura da soja, com diferentes distâncias entre linhas e populações de plantas por área, para avaliar os efeitos que cada tratamento tem na produtividade de grãos, e compara-los com o sistema usual, buscando o melhor manejo para a cultura.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 A soja

A soja é uma planta que apresenta variabilidade quanto as características morfológicas, das quais o ambiente ainda vai influenciar, mas no geral a planta é uma herbácea, anual, autógama, a altura vai variar de 30 a 200cm, variando a quantidade de ramificações, o ciclo completo vai variar de 75 dias nas variedades mais precoces até 200 dias para as variedades mais tardias (SEDIYAMA, 2009). O grão apresenta grandes níveis acumulativos de proteína e lipídeos, uma semente de soja tem em média 40% de proteína e 20% de óleo, e ainda contém muito dos chamados aminoácidos essenciais, resultando assim em um grão de alto valor econômico (FEHR, 1977).

Evidencias históricas apontam que a planta de soja teve origem e foi domesticada na Ásia, mais especificamente na metade leste do norte da China há cerca de 4500 à 4800 anos, e era cultivada para que o grão fosse utilizado na dieta humana (MUNDSTOCK, 2005).

Dentro das leguminosas usadas para se produzir grãos, a soja é a que tem maior importância em relação ao mercado internacional e produção mundial. Esse status foi adquirido graças a uma grande expansão da cultura no mundo, que foi iniciada nos Estados Unidos no século XIX, para o aproveitamento de grãos na alimentação animal, e teve como suporte as pesquisas agronômicas formando a base para o manejo desta cultura (LANGE, 2008).

O primeiro relato da cultura no Brasil é de 1882, na Bahia, no entanto, as cultivares que eram usadas nos Estado Unidos não conseguiram se adaptar bem nessa região. Alguns anos depois, em 1981, foram trazidas novas cultivares para a região de São Paulo, que está em um local de maior latitude, o que propiciou maior produção e desenvolvimento, e ainda no ano de 1981, foi introduzida também no Rio Grande do Sul (SEDIYAMA, 2009). Mas a grande expansão da produção só veio ocorrer na década de 1960, ao haver grande demanda por seu farelo, que é usado como ração na produção suína e de aves que na época também crescia exponencialmente (LANGE, 2008).

Segundo Câmara (2015, p.1),” Hoje, a soja é cultivada, praticamente, em todo território nacional, desde as altas latitudes gaúchas até as baixas latitudes equatoriais tropicais, apresentando em muitas regiões, produtividades médias superiores à média obtida pela soja norte-americana.”

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2.2 Números da soja

Hoje a soja é a leguminosa mais cultivada no mundo, segundo a USDA na safra 2017/2018 foram 124,580 milhões de hectares plantadas e uma produção de 336,669 milhões de toneladas. O maior produtor mundial do grão é os Estados Unidos com uma área plantada de 36,228 milhões de hectares e uma produção de 119,518 milhões de toneladas, cerca de um terço da produção mundial.

No Brasil a produtividade da safra 2017/2018 deve se manter praticamente a mesma que a do ano anterior, ficando por volta de 3.360 kg/ha, mas a previsão é que se colha 118.048,1 mil toneladas, um aumento de 3,5% em relação ao ano anterior, isso se deve ao aumento na área plantada que acontece principalmente nas fronteiras agrícolas do país (CONAB, 2018)

Há pelo menos três décadas a soja é a cultura que mais cresce no Brasil, neste momento o país se encontra como o segundo maior produtor da commodity no mundo com 114.095,8 mil de toneladas colhidas em 2017. Nesta safra a área plantada aumentou em 3,6% em relação à safra 2016/2017, passando de 33.909,4 mil hectares para 35.139,6 mil hectares em 2017/2018 (CONAB, 2018).

A maior parte desta soja vai para exportação que na safra passada foi responsável por movimentar U$ 25,4 bilhões, sendo desses U$ 19,3 bilhões de soja em grão, U$ 5,2 bilhões de farelo e U$ 0,9 bilhões em óleo (EMBRAPA, 2018).

O estado do Mato Grosso é o maior produtor do pais ano passado teve a maior colheita de sua história, com 32.524.966 milhões de toneladas e 9.464.34 milhões de hectares, e uma produtividade de 57,28 sacas por hectare superando a média nacional que estima-se que foi de 56 sacas p/ha (IMEA, 2017)

2.3 Arranjo espacial na cultura da soja

A soja apresenta grande plasticidade, Komatsu (2010, p. 50) nos informa que esta é a “capacidade de se adaptar às condições ambientais e de manejo, por meio de modificações na morfologia da planta e nos componentes da produtividade agrícola. A forma com que tais modificações ocorrem pode estar relacionada com o espaçamento entre linhas”.

A interceptação de luz está profundamente ligada a área foliar nos estágios inicias do crescimento vegetativo. Essa interceptação cresce constantemente desde a emergência, e chega ao máximo aproximadamente no estádio R5, independente da cultivar ser de hábito de crescimento determinado ou indeterminado, essa máxima interceptação de luz ocorre mais

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rápido geralmente quando a planta está em fileiras estreitas ou quando se tem uma população de plantas maior (SINGH, 2010)

Existem inúmeros estudos testando diferentes arranjos espaciais com as plantas de soja, sendo que estes arranjos visam diminuir a competição intraespecífica entre plantas e melhorar o aproveitamento dos recursos ambientais. Essa modificação pode ser feita de duas formas, variando o espaçamento entre as plantas de uma mesma linha de semeadura, ou, o espaço entre essas linhas (PIRES, 1998).

Um dos motivos para que o arranjo de plantas seja modificado para uma menor distância entre linhas, é diminuir o tempo que a cultura leva para interceptar 95% da radiação solar que incide na área, fazendo que mais luz seja captada no mesmo espaço de tempo (HEIFFIG, 2002). Esse rápido fechamento vai ocasionar uma diferença na quantidade de matéria seca acumulada pela planta, sendo esse talvez o principal fator para que proporcione aumento na produção, mas não é o único, esse incremento pode estar relacionado também com uma maior eficiência no uso da água e uma exploração mais uniforme dos nutrientes disponíveis no solo (PIRES,1998). Com um menor espaço entre linhas a cultura sombreara a todo o solo mais precocemente aumentando assim a capacidade de competir com plantas invasoras, tornando o manejo de daninhas mais eficiente (EMBRAPA, 2000).

Em trabalho apresentado por Saitoh (2011) o espaçamento entre linhas mais estreito com a distância entre plantas maior, e o espaçamento entre linhas menor mantendo a distância entre plantas resultaram nos maiores rendimentos de grãos em relação a soja cultivada com o espaço maior entre linhas e com mesma população de plantas. Esse aumento de produção aconteceu por conta da redução de competição entre plantas por espaço de crescimento e alongamento, possibilitando maior desenvolvimento de ramos, incremento de racemos com folhas compostas e maior número de vagens, propiciado pelo ambiente com incidência de luz uniforme na parte superior da arquitetura da planta, mas tal condição resultou na ocorrência de acamamento na cultura (SAITOH, 2011).

O acamamento na soja ocorre devido a ancoragem ruim feita pelas raízes ou flexão da haste principal da planta, que causa maior auto sombreamento e faz com que a vagens fiquem mais próximas do solo. Geralmente ocorre a partir do estádio de floração e se alonga até a maturidade completa dos grãos. Consequentemente a qualidade e a produtividade da cultura podem ser afetadas (BALBINOT JUNIOR, 2011). Essa menor produtividade causada pelo acamamento é proporcional ao estádio em que ele ocorre e a intensidade do mesmo, quanto mais cedo e intenso for o acamamento, mais baixa vai ser a produção dos grãos (WOODS & SWEARINGIN, 1977).

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Em trabalho realizado por Knebel et al.(2006), ao aumentar o número de plantas na linha de plantio as mesmas terminaram o ciclo com maior altura, apresentando atuação direta no acamamento, independente da distância entrelinha que foi testada, e como esperado o arranjo influenciou nos componentes de produção e produtividade. Quando a cultura estava em grandes populações o número de grãos por planta era menor, e o plantio com o espaço entrelinha menor se mostrou mais eficiente que o convencional.

Em menores espaçamentos o fechamento da entrelinha vai ocorrer de forma mais rápida, fazendo com que haja uma menor circulação do ar e maior umidade por entre as planta (HEIFFIG, 2006). É criado um microclima que está presente principalmente no terço inferior da planta o qual é coberto por folhas, que propicia o orvalho evaporar mais lentamente e a amplitude térmica ser inferior. Esse ambiente acaba se tornando perfeito para germinação e infecção do esporo, fazendo então que a severidade da doença seja maior (AMORIM, 2011).

Existem características que fazem com que a soja se destaque em relação a plantas concorrentes, por exemplo, ter mais matéria seca, ser mais alta e ter maior RMF (razão de massa foliar), ao combinar essas características a um arranjo de plantas mais equidistantes, a cultura proporcionar mais precocemente a cobertura do solo e a habilidade de competir aumenta, reduzindo assim a população e a matéria seca das plantas daninhas, o que torna o manejo de plantas invasoras mais eficiente (BIANCHI, 2010). Em trabalho conduzido por Fleck et al. (2008) ao não utilizar o controle com herbicida a soja cultivada com um entrelinha de 25 cm é mais produtiva e competitiva com as daninhas que a cultivada com 50 cm entrelinhas.

A fertilidade do solo acaba se tornando um fator limitante para maiores populações de plantas na cultura da soja. Ao comparar a utilização de arranjos com 20 e 40 cm de largura entrelinha e mesma densidade de plantas, utilizando solos com fertilidade que atingiam as exigências técnicas, destaca-se com maior produção a configuração em que as linhas são mais próximas, mas quando os mesmos arranjos de plantas é submetido a um solo com a fertilidade abaixo da recomendada a produtividade onde o entrelinha media 20 cm foi menor (THOMAS, 1998).

A densidade é algo importante para ser observado dentro do arranjo de plantas utilizado, pois a mesma influencia no desenvolvimento durante o ciclo da cultura. Mesmo sem observar perda de produtividade, a alteração de população altera a arquitetura das plantas e a forma que aproveita a luz (GAUDÊNCIO, 1990). Um número de plantas muito maior do que se recomenda pode além de não aumentar a produtividade, fazer com que os custos de produção aumentem, em contrapartida populações muito reduzidas vão ser menos

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competitivas com plantas daninhas, e podem também ocasionar percas na colheita(CAMARA,1998). Ainda sobre grandes densidades, KUSS et al. (2008) nos mostrou que quando em maior população a cultura da soja tende a resistir mais a déficits hídricos.

O arranjo espacial das plantas na lavoura é importante para otimizar a exploração dos recursos do ambiente e elevar a produção por unidade de área. A escolha do melhor arranjo ajuda no uso eficiente do solo, umidade da terra, luz e nutrientes disponíveis. O produtor deve escolher o genótipo com as características morfofisiológicas adequadas, já pensando em uma geometria de plantio que amenize a competição mutua por esses recursos e os distribua de uma forma em que a produção geral da área se eleve (SINGH, 2010).

Rambo et al. (2003) demonstrou que o espaçamento entrelinha de 20 cm se sobressaiu em produtividade ao de 40 cm quando utilizado uma densidade de 20 plantas/m², conforme aumentou essa população houve um decréscimo linear de produção, ocasionado pela maior competição intraespecífica da cultura. Outros autores chegaram a mesma conclusão, uma menor densidade de plantas na linha associada a entrelinhas mais curtas propicia uma distribuição de plantas mais uniforme na área, proporcionando, devido a modificações em sua arquitetura, um fechamento mais rápido do entrelinha, e com isso um controle de daninhas mais eficaz (TOURINO, 2002 e KOMATSU, 2010).

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3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Local e data do experimento

O experimento foi realizado na fazenda Migliorini, localizada no município de Sinop-MT, que situa-se em uma altitude de 342 m e está nas coordenadas 11° 38’ 48.6’’ sul e 55° 27’ 25.3’’ oeste. A semeadura foi realizada no dia 23 de outubro de 2017 e a colheita no dia 07 de fevereiro de 2018.

3.2 Genótipo utilizado

O genótipo de soja utilizado foi a variedade 98Y30 da marca Pioneer® que apresenta crescimento do tipo determinado, é considerada de ciclo precoce durando de 105 à 110 dias por estar sendo utilizado na macrorregião 402, é tolerante ao herbicida glifosato e tem resistência ao nematoide de cisto raça 3, devendo ser evitado o cultivo em áreas com histórico de nematoide da galha, tem tolerância ao acamamento e mancha alvo, além de ter aceitação de chuvas em época de colheita. Não é recomendado o plantio em áreas com solo compactado.

3.3 Delineamento experimental e tratamentos

Foram comparados dois espaçamentos entre linhas, 50cm (usado na fazenda atualmente) e 25cm (adensado), com duas populações, 40 sementes/m² (utilizado para esta variedade pelo produtor) e 80 sementes/m² (adensado).

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, foram realizados 4 tratamentos, sendo eles: 25cm entre linhas e 5cm entre plantas, 25cm entre linhas e 10cm entre plantas, 50cm entre linhas e 2,5cm entre plantas, e por último, o controle que tinha 50cm entre linhas e 5cm entre plantas. Foram realizadas 3 repetições de cada tratamento, dando um total de 12 parcelas. Os blocos eram separados por uma distância de 1 metro entre si, totalizando uma área de 22,5m² com 5 metros de comprimento por 4,5 metros de largura. 3.4 Instalação e condução do experimento

Todo o manejo da cultura foi feito junto às atividades da fazenda, ao mesmo tempo e da mesma forma, os únicos processos diferentes foram o plantio e a colheita que tiveram que ser feitos manualmente.

O solo começou a ser preparado 20 dias antes do plantio com uma aplicação de 250kg/ha do fertilizante de nome comercial Microessentials® (08-40-00). O manejo de daninhas começou 9 dias antes do plantio com a pulverização de 1,5kg/ha de Wg glifosato,

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800mL/ha de imazethapyr e 0,5ml/ha de TEK-F® (adjuvante), ainda foram utilizados 188kg/ha de KCl junto com o plantio.

O tratamento de sementes foi realizado na fazenda, sendo utilizado uma dose de 120mL de Standark® (fipronil), 100mL de Bioxisto TSL® (aminoácidos), 100mL de Leg Extra® (molibdênio, cobalto e zinco), 30mL de Quality® (trichoderma asperellum), 100mL de Rizos® (Bacillus subtilis) e 3 doses de 100mL de inoculante, para cada 100kg de sementes.

Para a semeadura foi utilizado uma enxada para fazer os sulcos e para retirar a palhada que estava em excesso, assim as sementes eram colocadas na linha de semeadura e cobertas com terra manualmente, em seguida a palha que foi retirada era espalhada novamente na unidade experimental.

Foi realizada uma adubação foliar 24 dias após a semeadura, onde utilizou-se as doses de 500ml de manganês, 160mL de Fastac® (alfa-cipermetrina, piretróide), e 500mL de Active® (fonte de nitrogênio e fósforo) 800g de Acefato por hectare.

Aos 32 dias após a semeadura foi realizada uma nova aplicação com 500mL/ha de manganês, 500mL/ha de Active® (nitrogênio e fosforo), 500mL de Opera® (Epoxiconazol e Piraclostrobina), 120mL/ha de Nomolt® (teflublenzurom) e 320mL/ha de Assist® (óleo mineral).

A segunda aplicação de fungicidas ocorreu no 45º dia da cultura, e para isso, foram utilizados 300ml/ha de Orkestra® (fluxapiroxade e piraclostrobina), 500mL/ha de Status® (oxicloreto de cobre), 160mL/ha de Nomolt® (teflublenzurom), 300mL/ha de Galil® (imidacloprido e bifenthrin), 0,5mL/ha de TEK-F® (adjuvante) e 320mL/ha Assist® (óleo mineral).

Aos 75 dias do ciclo da cultivar foi realizada a última aplicação contendo 500mL/ha de Active® (nitrogênio e fósforo), 300mL/ha de Galil® (imidacloprido e bifenthrin), 120mL/ha de Nomolt® (teflublenzurom) e 320mL/ha de Assist® (óleo mineral).

3.5 Avaliações

Os procedimentos de avaliação seguem as regras de eliminar a bordadura em 0,5m de cada um dos lados da parcela, restando uma área útil de 3,5m x 4m para a coleta, um total de 14m² por parcela. Dois dias antes da colheita foram avaliadas as variáveis altura de plantas e o número de vagens por planta.

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A altura de plantas foi determinada a partir de 30 plantas escolhidas aleatoriamente em cada parcela, foi utilizado uma trena métrica graduada em centímetros, e foi considerado o comprimento entre a extremidade apical da planta e o solo.

O número de vagens por planta foi estabelecido através da contagem direta dos legumes de 30 plantas, selecionadas aleatoriamente em cada parcela.

Para a produtividade foram colhidas todas as plantas dentro da área útil das parcelas, essas plantas foram ensacadas, identificadas conforme a parcela a que pertenciam, para em seguida serem debulhadas em trilhadeira.

Após trilhados foram retiradas as impurezas e a massa de grãos foi encaminhada para a análise dos pesos e umidade. Para aferir a umidade foram pesados 50 grãos de cada parcela, e colocados em recipientes de alumínio, esses grãos foram colocados na estufa a 105 °C por 24 horas e foram pesados novamente após saírem da estufa, a umidade foi calculada com os valores da razão do peso de água na semente (diferença entre o peso da semente úmida e o peso da semente seca) pelo peso da semente úmida (BRASIL, 1992).

Para determinar a produtividade foram pesados o total de grãos de cada parcela, desse total foi descontado o valor de umidade através da formula:

=(100 − ) (100 − )×

em que “Qaj” é o peso da parcela já com o desconto, “Ta” é a umidade o teor de umidade do grão em porcentagem, “Td” é a porcentagem de umidade em que se quer chegar e “Qpa” é o peso dos grão sem o desconto (SILVA, 2009). Com os valores de produtividades já ajustados foram calculadas as médias de cada tratamento.

3.6 Analise estatística

O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados e os dados encontrados foram submetidos a analise estatísticas através do programa SISVAR (FERREIRA,1998), utilizando a análise de variância, e no caso de as variáveis terem diferença significativa era aplicado o teste de Tukey, com probabilidade de 5%.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram observadas diferenças significativas para as características (número de vagens por planta, altura da planta e produtividade, tabela 1, 2 e 3). Foi observado que quando realizada a alteração do arranjo espacial e da população de plantas, a arquitetura da parte aérea foi modificada respeitando o espaço existente entre plantas. Assim, acarretando em características intrínsecas a cada um dos tratamentos, ou seja, em tratamentos com maior densidade foi observado estiolamento e plantas mais altas. Nos tratamentos com menor densidade foi observado plantas menores e com maiores atributos vegetativos (Figura 1, 5, 6 e 7; Tabela 2), essa alteração na arquitetura da planta foi descrita por Werner et al., (2016), que ao aumentar a densidade de plantas observou redução no número de ramos por planta, redução da relação folha/caule, aumento na altura de inserção da primeira vagem e na quantidade de matéria seca acumulada nas fases iniciais do crescimento vegetativo da cultura.

Para a variável número de vagens, os maiores valores foram observados em condições de arranjos com 40 plantas/m² e 50cm entre as linhas. Quando comparada as duas populações de plantas, foi encontrado diferenças significativas quanto ao número de vagens (Tabela 1) Tourino et al. (2002) e Knebel et al. (2006), também observaram comportamento semelhante quando foi aumentado a densidade populacional da cultura.

Tabela 1: valores médios do numero de vagens por planta de soja da cultivar 98Y30, cultivada em diferentes densidades de plantas e espaçamento entre linhas.

Densidades elevadas de plantas por unidade de área (adensamento), proporcionam maior competição pela luz solar, o que faz com que a fotossíntese líquida por planta seja menor, diminuindo assim a quantidade de fotoassimilados disponíveis. Isso acarreta em uma planta com menor investimento em deposição de matéria seca em suas estruturas vegetativas, sendo esse um evento criado pelo sombreamento das plantas vizinhas, e como

Tratamentos Densidade de plantas/m2 Nº de vagens

25 - 10 cm 40 37,42 a 50 - 5 cm 40 41,95 b 25 - 5 cm 80 21,24 c 50 - 2,5 cm 80 17,52 d Média 29,53 C.V. (%) 1,03

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resultado, se tornam plantas com maior alongamento de entrenós, menor quantidade de nós e menor diâmetro da haste principal (MARTINS et al., 2009; MARCHIORI et al., 1999).

Plantas de soja mais produtivas exibem atributos morfológicos expressivos relacionados ao maior número de nós, pois em cada nó ocorre a diferenciação de gemas reprodutivas. Essas gemas reprodutivas serão diferenciadas em vagens após a fecundação. Sendo assim, quanto menor o número de nós, menor será o potencial da planta para produzir vagens (MAUAD et al., 2010).

Para a variável altura de plantas, tratamentos submetidos às condições de adensamento, ou seja tratamentos em que a população foi de 80 plantas/m², observou-se plantas com tamanhos superiores aos demais tratamentos (Tabela 2). Esses resultados corroboram com trabalho desenvolvido por Procópio et al. (2013) e Cruz et al. (2016), onde o aumento da densidade populacional das plantas resultou no incremento da altura final das mesmas. Esse aumento na altura em populações adensadas ocorre em resposta à maior competição por luz entre as plantas, que tem como resultado o estiolamento com alongamento dos entrenós (Figura 1).

Tabela 2: valores médios de altura de planta de soja da cultivar 98Y30, cultivada em diferentes densidades de plantas e espaçamento entre linhas.

Tratamentos Densidade de plantas/m2 Altura de plantas (cm)

25 - 10 cm 40 74,01 a 50 - 5 cm 40 68,48 b 25 - 5 cm 80 78,52c 50 - 2,5 cm 80 77,27d Média 74,57 C.V. (%) 0,57

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Figura 1: plantas de soja 34 dias após a semeadura. São mostrados da esquerda para a direita uma planta do tratamento 25 - 5 cm, uma 25 - 10 cm, uma 50 - 2,5 cm e uma 50 - 5 cm.

Quando comparada a altura dentro do arranjo adensado com 80 plantas/m², a diferença entre os dois tratamentos foi de apenas 1,25cm, enquanto que para a população de 40 plantas/m² essa diferença foi de 5,53cm (mais de 4 vezes o valor da anterior). Para as condições de adensamento, desde as fases iniciais as plantas já apresentavam competição intraespecífica por luz, e com isso um grande investimento em alongamento dos entrenós (Figura 1; Tabela 2). Já para a segunda situação com 40 plantas/m², onde a densidade populacional apresentou uma melhor distribuição das plantas na área, o espaçamento de 25cm entre linhas (Figura 2), quando comparadas às com 50cm (Figura 3), não demostraram ocorrer competição por luz entre as plantas dentro da linha de plantio na fase inicial de desenvolvimento. Essa condição de arranjo proporcionou uma melhor distribuição do terço superior das plantas para interceptação de luz (Figura 4).

Nos tratamentos com densidade de 40 plantas/m², para a condição de espaçamento com 50cm, foi observado sombreamento entre plantas na linha já na fase inicial de crescimento vegetativo, enquanto que para a condição de espaçamento com 25cm, não foi observado sombreamento entre plantas. Plantas cultivadas à distâncias de entre linhas com 25cm apresentaram melhor distribuição do dossel foliar (Figura 4).

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Figura 2: soja 20 dias após o plantio com o tratamento de 25 cm entre linhas e 10 cm entre plantas.

Figura 3: soja 20 dias após o plantio com o tratamento de 50 cm entre linhas e 5 cm entre plantas.

Figura 4: logo a frente soja 34 dias após o plantio com tratamento de 25 cm entre linhas e 10 cm entre plantas, ao fundo aparece a soja plantada com 50 cm entre linhas e 5 cm entre plantas, é notável a diferença quanto ao fechamento do entrelinha.

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Para a variável produtividade, foi observado diferença significativa entre as duas densidades populacionais. Entretanto essa diferença não foi estatisticamente significativa dentro de uma mesma população de plantas. A condição de semeadura com 25cm entre linhas e 10cm ente plantas foi o arranjo que apresentou maiores ganhos em produtividade. (Tabela 3).

Tabela 3: rendimento médio de grãos em kg/ha e sacas/ha de planta de soja da cultivar 98Y30, cultivada em diferentes densidades de plantas e espaçamento entre linhas

Tratamentos Densidade de plantas/m2 Produtividade (kg/ha) Produtividade (sacas/ha) 25 - 10 cm 40 4207,83 a 70,13 a 50 - 5 cm 40 3928,79 a 65,48 a 25 - 5 cm 80 3268,60 b 54,47 b 50 - 2,5 cm 80 3307,50 b 55,12 b Média 3678,18 61,3 C.V. (%) 5,72

Os tratamentos com a população de 80 plantas/m² apresentaram produtividades inferiores. Tal resultado já era esperado pelo fato do adensamento gerar uma maior competição por luz, ou seja, a luz nessa situação foi o fator limitante da produtividade. Também essa condição gerou uma redução no número de vagens. Isso ocorre porque em maiores populações as plantas estão competindo por luz desde as fases iniciais do ciclo e, como resposta, ocorre o alongamento do entrenó. Dessa forma, ao final da fase vegetativa, as plantas submetidas a tais condições de adensamento apresentam número reduzido de nós, pouca ramificação da parte aérea e hastes mais finas com características de estiolamento (Figura 7).

Rambo et al. (2003) encontrou resultado similar ao aumentar a densidade de plantas, relatando que populações menores proporcionam maior número de ramos e nós, e consequentemente maior quantidade de legumes férteis por m², resultando em uma produtividade maior. Resultado que difere de valores encontrados por Cruz et al., (2016) que ao testar densidades de 11 a 23 plantas/m² diferentes registrou que ao aumentar a população houve a redução da quantidade de legumes por planta, contudo houve o aumento da quantidade de legumes por m², resultando assim em uma produtividade maior.

Populações muito acima da que é recomendada podem ocasionar perdas em produtividade resultantes de uma alta competição intraespecífica entre as plantas, além de

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ocasionar maior custo vindo da compra e tratamento das sementes, mas baixas populações podem também ter perdas por favorecerem a incidência de plantas daninhas e terem menor capacidade de aproveitar os recursos do ambiente. Ferreira et al. (2016) descreveu o efeito da densidade de plantas na produtividade da soja através de uma função quadrática, em que a densidade ideal foi de aproximadamente 350 mil plantas/ha, e os valores acima ou abaixo disso não expressariam a máxima produtividade naquela situação.

Para os tratamentos com 40 plantas/m² foi observado maiores ganhos em produtividade. Dentre os arranjos, plantas espaçadas com 25cm entre as linhas e 10cm entre as plantas de mesma linha proporcionou incrementos com produtividade final de 4207,83 Kg/ha (Tabela 3).

Observando as FIGURAS 1, 5, 6 e 7 onde estão representadas as plantas dos quatro tratamentos em três momentos do ciclo, é visível que nos dois tratamentos com maior produtividade (50 – 5 cm e 25 – 10 cm) o terço médio superior das plantas apresentaram desenvolvimento vegetativo semelhantes tanto em área foliar quanto em ramificações. No entanto, quando se compara as mesmas plantas, observando o terço médio inferior, o tratamento onde o arranjo foi de 25cm entre linhas e 10cm entre plantas, apresentou melhor desenvolvimento vegetativo com maior quantidade de trifólios completamente expandidos, e maiores ramificações. Como consequência, isso resulta em maior área foliar por planta. Provavelmente, esse detalhe no desenvolvimento inicial foi o responsável por ganhos em produtividade final. Em trabalho conduzido por Pires et al., (1998) a redução do espaçamento entre linhas na cultura da soja proporcionou um maior acumulo de matéria seca e maior índice de área foliar nas fases iniciais do crescimento vegetativo, e consequentemente maior rendimento de grãos.

Os dois tratamentos com 40 sementes/m² chegaram, mesmo que em momentos diferentes, em um ponto do ciclo em que suas folhas cobriam toda a área possível. Ao comparar os dois durante esse período de máxima absorção de luz solar, provavelmente ambos conseguiam produzir o mesmo volume de fotoassimilados, mas o diferencial do espaçamento de 25cm pode ter sido resultado do incremento em área foliar no início do crescimento das plantas (Figura 4). Em trabalho realizado por Holtz et al. (2014), o fechamento do dossel na cultura da soja aconteceu com cerca de 7 dias de diferença quando comparou-se o espaçamento de 30cm com o de 50cm, valores comparou-semelhantes foram encontrados por Garcia et al. (2017), que teve como resultado uma diferença de 10 dias entre o espaçamento de 20cm e 50cm.

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Figura 5: plantas de soja 41 dias após o plantio. São mostrados da esquerda para a direita uma planta do tratamento 50 - 5 cm, uma 25 - 10 cm, uma 50 - 2,5 cm e uma 25 - 5 cm.

Figura 6: plantas de soja 48 dias após o plantio. São mostrados da esquerda para a direita duas plantas do tratamento 50 - 5 cm, duas do 25 - 10 cm, duas do 50 - 2,5 cm e duas do 25 - 5 cm.

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Figura 7: plantas de soja 61 dias após o plantio. São mostrados da esquerda para a direita uma planta do tratamento 50 - 5 cm, uma 25 - 10 cm, uma 50 - 2,5 cm e uma 25 - 5 cm.

Quando a planta se encontra em um arranjo que as deixem mais equidistantes, elas não só são mais eficientes na captação de luz, mas suas raízes estão melhor distribuídas proporcionando um melhor aproveitamento da água e uma exploração mais uniforme dos nutrientes presentes no solo (GARCIA et al. 2017). No espaçamento de 50 cm entre linhas, o espaço entre plantas foi de 5cm, o que resulta em uma menor distância entre os sistemas radiculares das plantas vizinhas. Isso, gera uma competição após 2,5 cm de crescimento lateral, já no espaçamento de 25cm esse encontro só acontece após os 5 cm de crescimento. Plantas adensadas com raízes que estão muito próximas vão competir pelos mesmos recursos, enquanto existe todo um espaço de solo entre linha que poderia estar sendo aproveitado.

Outro fator que pode ter interferido é que ao ter uma maior área foliar sendo atingida por radiação solar, maior é a quantidade de folhas em atividade fotossintética, e consequentemente maior é a transpiração por unidade de área. Quanto mais água a planta tira do solo e manda para a atmosfera pelo processo de transpiração, mais nutrientes, que estão juntos com a água, são absorvidos pelas plantas por fluxo de massa (TAIZ e ZEIGER, 2017).

Em trabalho desenvolvido por Garcia et al. (2016), foram testados diferentes arranjos em diferentes condições climáticas, e os resultados demonstraram que a redução do espaço

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nas entrelinhas, contribuiu, em alguns casos para ganhos, em outros perdas, quanto a produtividade em anos com déficit hídrico, conforme o momento do ciclo em que essa restrição hídrica acontecia. No mesmo trabalho de Garcia et al. (2016), ao testar três cultivares de soja em diferentes arranjos e densidades na safra 2014/2015, nesse caso em condições climáticas favoráveis, observaram que na primeira cultivar a alteração no espaçamento entrelinhas não afetou a produtividade da cultura, mas os outros dois cultivares apresentaram ganho em produtividade ao encurtar o entrelinha de 45cm para 20cm. Verifica-se que ao reduzir o espaço entre linhas, plantas de soja poodem responder de diferentes formas, tendo grande influência tanto das condições climáticas quanto do genótipo utilizado.

Também, outra condição que pode ser limitante para o encurtamento dos espaçamentos nas entrelinhas, pode ser a fertilidade do solo. Thomas et al. (1998) ao comparar o cultivo de soja em espaçamentos de 20 e 40 cm com mesma densidade de plantas, observaram que o tratamento com distâncias de entrelinha mais curto apresentou melhor rendimento de grãos quando o solo atendia as necessidades de fosforo, mas quando o nível de fosforo estava abaixo do recomendado o inverso aconteceu, o tratamento com 20 cm entre linhas contribuiu para redução na produtividade.

Dessa forma, os resultados encontrados no trabalho de maior produtividade no espaçamento de 25 cm pode ter sido alcançado em consequência desse melhor aproveitamento por maior tempo dos recursos que o ambiente tinha para lhe proporcionar. A maior quantidade de nutrientes absorvidos unidos a maior produção de fotoassimilados principalmente nas fases inicias do cultivo, tiveram como consequência uma planta melhor estruturada e com maior reserva energética, que resultou no melhor enchimento de grãos e maior produção.

Ao comparar os tratamentos testados com o que é utilizado como padrão na propriedadde onde foi realizado o estudo, (50 cm entre linhas e 5 cm entre plantas), os dois tratamentos com 80 plantas/m² apresentaram produtividade menor, e ainda houve um custo maior, resultante da maior quantidade de sementes utilizadas, tornando assim inviável economicamente a utilização destes arranjos. Mas ao comparar o tratamento utilizado na propriedade, com o de mesma população mas com espaçamento entrelinhas reduzidos, não houve acréscimo no custo com a obtenção da semente e todo o manejo da cultura foi o mesmo nos dois arranjos, não havendo assim aumento nos custos. O único procedimento alterado foi a semeadura em outra disposição espacial, e essa única modificação contribuiu para um rendimento de grãos com um acréscimo de 4,65 sacas.

Do ponto de vista econômico, quando foi realizada a colheita do experimento, a saca de soja estava estimada em valores de R$ 59,00 (APROSOJA, 2018), então caso a soja produzida fosse vendida no dia de sua colheita, com a produtividade do tratamento utilizado na propriedade (65,48 sacas/ha) teríamos uma receita de R$ 3 863,32, enquanto que com a

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produtividade do tratamento com 25 cm entre plantas e 10 cm entre linhas (70,13 sacas/ha) a receita seria R$ 4 137,67. Segundo o Imea (2017) o custo médio para se produzir um hectare de soja no Mato Grosso na safra 2017/2018 foi de R$ 3 586,85, considerando a primeira situação teríamos um lucro de R$ 276,47 enquanto que na segunda ele seria de R$ 550,82, um lucro de 99,23% maior.

Em uma análise crítica, talvez a simulação obtida com os resultados do experimento podem ser diferentes, apresentando ganhos acima do esperado. Tal especulação serve para ter uma referência de como essa pequena alteração na produtividade pode resultar em uma diferença significativa quando se trata da parte econômica da produção, o fato é que 4,65 sacas a mais pode não ser um valor estatisticamente significante, mas para o produtor rural é um considerável aumento, ainda mais quando se leva em consideração que a única alteração no manejo já utilizado foi no momento do plantio diminuir a distância entre as linhas e aumentar o espaço entre as plantas na linha.

Em trabalho realizado por Garcia et al., (2016), ao calcular a viabilidade econômica da soja semeada em distâncias reduzidas em entrelinha, observou que o espaçamento de 20cm proporcionou uma renda líquida quase que igual a soja cultivada com o entrelinhas em distâncias de 45cm quando utilizou-se a população recomendada, mas ao utilizar uma densidade de plantas maior o espaçamento entre linhas de 20cm se mostrou superior ao de 45cm, além de ainda ter uma renda liquida maior que os outros dois que possuiam a população de plantas recomendada. Já em trabalho realizado por Hirakuri et al. (2017) para condições climáticas favoráveis, as menores populações se mostraram mais rentáveis, mas em condições desfavoráveis as populações recomendadas foram as mais lucrativa, quando comparou-se o espaçamento mais curto ao convencional, espaçamentos com 20cm apresentaram resultados superiores em apenas um dos quatro genótipos testados, enquanto que maiores rentabilidades foram encontradas para os demais com espaçamentos de 50cm. Entre outras palavras, esses resultados nos garantem que o sucesso do arranjo de plantas o qual o produtor irá escolher está ligado diretamente ao genótipo utilizado (cultivar) e as condições climáticas pelas quais a cultura vai ser submetida.

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5 CONCLUSÃO

Os tratamentos com 80 plantas/m² (adensamento) proporciona uma maior competição intraespecífica, o que resulta em menor número de vagens por planta, maior altura de plantas e menor produtividade, não existindo interferência relevante dos espaçamentos entre linhas para essas populações.

Os maiores valores de produtividade são encontrados para a densidade de 40 plantas/m², sendo que nessa condição o espaçamento de 25 cm é consideravelmente superior, por aproveitar de maneira mais eficiente os recursos que o ambiente proporciona. Ainda para essa população de plantas, o espaçamento de 50 cm apresenta a menor altura de plantas e a maior quantidade de vagens por planta.

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