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PROJETO DE LEI N /2013, DE SETEMBRO DE Dispõe sobre a Regulamentação do Marketing Multinível ou de Rede E dá outras providências

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PROJETO DE LEI N° /2013, DE SETEMBRO DE 2013

“Dispõe sobre a Regulamentação do Marketing Multinível ou de Rede E dá outras providências”

O Congresso Nacional Decreta:

CAPITULO I – DAS DEFINIÇÕES DO QUE SE ENTENDE POR MARKETING MULTINÍVEL e/ou MARKETING de REDE

Art. - 1° O Marketing Multinível no Brasil reger-se-á pelos dispositivos desta lei e das leis complementares a serem promulgadas.

Art. 2° - O Marketing Multinível é uma estratégia de divulgação e/ou distribuição de um produto ou serviço, onde existe a característica de "FRANQUIA PESOAL", onde o franqueado fica habilitado a recrutar e montar sua própria rede ou grupo de divulgação e distribuição, onde os franqueado poderá se remunerado pelas vendas diretas das seguintes formas:

1. Recebendo compensações por suas revendas pessoais de produtos e/ou serviços;

2. Remunerado pelas compras ou revendas de franqueados que ele próprio recrutou;

3. Remunerado pelas revendas do grupo ou rede que ele recrutou e montou, sendo que a remuneração está diretamente associada ao volume de negócios e desempenho se sua rede ou grupo.

Art. 3° - Para um plano de compensação dos franqueados para ser aprovado e liberado entrar em funcionamento, deverá ter a assinatura de um matemático responsável, que através das simulações matemáticas deverá evidenciar a viabilidade econômica e financeira, bem como o equilíbrio econômico e financeiro. As seguintes premissas e demonstrações obrigatoriamente deverão estar presentes:

1. Que a maior parte da remuneração da rede de franqueados virá da venda de produtos ou serviços, sendo que o consumo endógeno, dentro da rede, não poderá ser maior que o consumo fora da rede;

2. Que caso não entre mais nenhum franqueado, a rede atual se sustenta, ou seja, é capaz de arcar com todas as remunerações e ganhos previstos no plano de compensação.

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Art. 4° - Caso o plano de compensação sofra qualquer alteração, os franqueados já existentes, deverão manifestar-se no prazo máximo de 60 (sessenta) dias se deseja aderir ou não as modificações. Caso não deseje aderir, bastará não se manifestar e o franqueado continuará sujeito as regras do plano de compensação que aderiu originalmente. A adesão poderá ser manifestada das seguintes formas:

1. Através de formulário próprio para este fim devidamente preenchido e assinado;

2. Através de formulário digital, neste caso com certificado digital de responsabilidade da empresa operador do plano de Marketing Multinível;

3. Através de Call Center, com as confirmações e gravações previstas nas legislação específica de call center.

CAPITULO II – DAS EMPRESAS DE MARKETING MULTINIVEL e/ou MARKETING de REDE

Art. 5° - Fica instituída a figura jurídica legal de FRANQUIA PESSOAL, onde a empresa de MARKETING MULTINÍNEL ou de REDE terá o papel de FRANQUEADOR e distribuidor independente de FRANQUEADO

Art. 6° - Franquia Pessoal é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de divulgação, uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício.

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Art. 7º - O Franqueador sempre, deverá fornecer ao interessado em tornar-se franqueado uma circular de oferta de franquia pessoal, por escrito e em linguagem clara e acessível, contendo obrigatoriamente as seguintes informações:

I - histórico resumido, forma societária e nome completo ou razão social do franqueador e de todas as empresas a que esteja diretamente ligado, bem como os respectivos nomes de fantasia e endereços;

II - balanços e demonstrações financeiras da empresa franqueadora relativos aos dois últimos exercícios;

III - indicação precisa de todas as pendências judiciais em que estejam envolvidos o franqueador, as empresas controladoras e titulares de marcas, patentes e direitos autorais relativos à operação, e seus subfranqueadores, questionando especificamente o sistema da franquia ou que possam diretamente vir a impossibilitar o funcionamento da franquia;

IV - descrição detalhada da franquia, descrição geral do negócio e das atividades que serão desempenhadas pelo franqueado;

V - perfil do franqueado ideal no que se refere a experiência anterior, nível de escolaridade e outras características que deve ter, obrigatória ou preferencialmente;

VI - requisitos quanto ao envolvimento direto do franqueado na operação e na administração do negócio;

VII - especificações quanto ao total do investimento inicial necessário à aquisição, implantação e entrada em operação da franquia;

VIII - informações claras e detalhadas do plano de compensação ao qual o franqueado está aderindo;

IX - relação contendo a quantidade de franqueados ativos e inativos existente no país, subdividido por região, bem como a quantidade de franqueados que se desligaram ou forma desligados da franquia nos últimos 12 (doze) meses;

X - em relação ao território, deve ser especificado o seguinte:

a) se é garantida ao franqueado exclusividade ou preferência sobre determinado território de atuação e, caso positivo, em que condições o faz; e

b) possibilidade de o franqueado realizar vendas ou prestar serviços fora de seu território ou realizar exportações;

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XI - indicação do que é efetivamente oferecido ao franqueado pelo franqueador, no que se refere a:

a) serviços de orientação e outros prestados ao franqueado;

b) treinamento do franqueado, especificando duração, conteúdo e custos; c) manuais e/ou folhetos dos produtos e serviços da franquia;

XII - situação perante o Instituto Nacional de Propriedade Industrial - (INPI) das marcas ou patentes cujo uso estará sendo autorizado pelo franqueador;

XII - É vedado ao franqueador fazer constar no contrato de franquia pessoal, qualquer cláusula que limite, cerceie ou impeça o franqueado de usar sua rede ou grupo para a divulgação ou distribuição de outro produto ou serviço, desde que o outro serviço ou produto não seja da mesma área de atuação ou concorrente direto do franqueador.

XIII - É vedado ao franqueador limitar os meios de divulgação e distribuição e comercialização dos serviços ou produtos, sejam este meios de porta em porta ou por meios eletrônicos, especialmente internet e redes sociais.

Art. 8° - Toda e qualquer empresa de venda direta poderá comercializar seus produtos e ou serviços, através do sistema de Marketing Multinível ou de Rede, desde que seja detentora do produto ou serviço, ou que possua contrato com a detentora do produto ou serviço. Em ambos os casos deverá ser assegurado aos franqueados que a capacidade de produção é suficiente para atender a demanda do mercado.

CAPITULO III – DOS FRANQUEADOS

Art. 9º - Pessoas físicas ou jurídicas neste caso sendo obrigatoriamente MEI (Microempreendedor Individual) ou EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), devidamente treinadas pela empresa para vendas diretas aos consumidores dos serviços e/ou produtos disponibilizados pela empresa à qual se afiliaram, mediante contrato de adesão nos moldes e itens mínimos acima anteriormente definidos.

Parágrafo único – O Empreendedor poderá iniciar suas atividades como pessoa física e, crescendo o negócio poderá se transformar em pessoa jurídica, tendo a empresa que proporcionar em seu sistema a possibilidade da mudança sem prejuízos dos valores e redes já formadas.

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Art. 10º - Caberá ao Empreendedor se utilizar de todos os meios disponíveis para comercializar o produto da empresa à qual se afiliou quer seja porta a porta, reuniões, conferências ou por meios eletrônicos, sendo defeso o uso de spam.

CAPITULO IV – DOS SERVIÇOS e/ou PRODUTOS

Art. 11º - Todos os serviços e/ou produtos consumíveis ou não podem ser objeto de vendas através do sistema de Marketing Multinível ou de rede, desde que seu preço final ao consumidor esteja de acordo com o valor encontrado para o mesmo produto no mercado varejista, que não de venda direta.

Art. 12º - Fazem parte da categoria serviços e/ou produtos os bens de consumo, com ou sem mensalidade; prestação se serviços; produtos virtuais, aqueles comercializados e ou usufruídos via internet e outros a serem criados no futuro por desenvolvimento de novas tecnologias.

Art. 13º - Os produtos e ou serviços devem ser lícitos e sujeitos aos órgãos reguladores e normativos pertinentes.

CAPITULO V – DO CONSELHO FEDERAL DE MARKETING MULTINÍVEL Art. 14º - Será criado o Conselho Federal de Marketing Multinível que deverá ser registrado em Cartório de Títulos e Documentos, que regularizará e fiscalizará a atividade.

Art. 15º - A agência será criada no prazo máximo de 180 (cento e oitenta dias) da data de entrada em vigência desta Lei.

CAPÍTULO VI - DOS DISPOSITIVOS FINAIS

Art. 16º - As empresas que operam no sistema de Marketing Multinível ou de Rede terão 90 (noventa) dias para fazerem as adequações aos seus planos de compensação e ajustes na operação para o perfeito enquadramento nesta lei, sob pena de terem suas atividades suspensas até sua regularização e atendimento do presente dispositivo legal.

Art. 17º - O sistema de vendas através do Marketing Multinível ou de rede poderá ser exercido e todo o território nacional.

Referências

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