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Apostila Paralisia cerebral geral

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Academic year: 2021

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(1)

Disfunção Neuromotora

ou

Paralisia Cerebral

Miryam Miryam PelosiPelosi Terapeuta

Terapeuta OcupacionalOcupacional Psicopedagoga Psicopedagoga Doutoura

Doutoura emem EducaçãoEducação pelapela UERJUERJ Profa

Profa adjunta da Faculdade de Medicinaadjunta da Faculdade de Medicina Curso de Terapia Ocupacional Curso de Terapia Ocupacional

Definição

Grupo não progressivo mas, frequentemente

mutável, de distúrbios motores (tônus e postura),

decorrentes de uma lesão do cérebro em

desenvolvimento.

O sistema nervoso pode ser dividido em

quatro regiões:

Região cerebral

O cérebro é a parte mais maciça do encéfalo e é constituído pelo diencéfalo e pelo s hemisférios cerebrais

Região do tronco encefálico e cerebelar O tronco encefálico liga a medula espinhal à

região cerebral. É formado pela medula oblonga, a ponte e o mesencéfalo. Região medular espinhal

Inclui to das as partes do sistema nervoso envo lvidas pela coluna vertebral. Sistema nervoso periférico

C onsiste em todas as partes do sistema nervoso que não estão encerradas na coluna vertebral ou no crânio .

Principais regiões do encéfalo

Fi gu ra: Regiões do encéfalo (Lundy-Ekman, 2004)

Principais regiões do encéfalo

Figura: Regiões do

Causas da Paralisia cerebral

Causas Pré-natais

 42 dos casos de bebê a termo

 29% dos prematuros  Infecções congênitas: T oxoplasmose C ito megalovírus H erpes Rubéola H IV

 Base genética vem sendo investigada pela maior incidência em gêmeo s mo nozigóticos do que dizigótico s.

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Citomegalovírus

 O citomegalovírus (CMV) pertence à família do herpesvírus, a mesma dos vírus da catapora, herpes simples, herpes genital e do herpes zoster.

 As manifestaç ões clínicas da infec ção pelo CMV variam de uma pessoa para outra e vão desde disc reto mal-est ar e febre baixa até doenças graves que comprometem o aparelho digestivo, sistema nervoso central e retina.

Transmissão do Citomegalovírus

a) por via respiratória – to sse, espirro, fala, saliva, secreção brônquica e da farin ge servem de veículo para a transmissão do vírus;

b) por transfusão de sangue;

c) por transmissão vertical da mulher grávida para o feto ; d) por via sexual - neste caso, ele é co nsiderado causador de do ença

sexualmente transmissível;

e) por objeto s como x ícaras e talheres – embo ra esse tipo de transmissão seja po uco comum, ele é possível porque o cito megalo vírus não é destruído pelas co ndições ambien tais.

O bs: É quase impossível viver sem ser infectado, em algum mo men to , pelo cito megalo vírus. O período de incubação varia de alguns dias a poucas semanas.

Sintomas

 A infec ção pelo CMV pode ser assintomática e passar despercebida, mas o vírus ficará latente, a não ser que uma deficiência imunológica do hospedeiro favoreç a sua reat ivaç ão.

 Na fase aguda, a principal manifestaç ão é a

citomegalomononucleose, com sintomas semelhantes aos da mononucleose infec ciosa: febre, dor de garganta, aumento do fígado e do baç o, presença de linfóc itos atípicos.

Diagnóstico

Existe exame laboratorial espec ífico para pesquisar anticorpos contra o citomegalovírus.

Os anticorpos da classe IgM est ão presentes apenas na fase aguda da infec ção e os da classe IgG t ambém aparecem na fase aguda, mas persistem por toda a vida.

Transmissão na gestação

 Depende de se est a é sua primeira infec ção com o vírus. Pelo menos 50% das mulheres já possuíam anticorpos para o citomegalovírus antes da gravidez, o que significa que elas já haviam sido previamente infec tadas – Risc o de 1%

 Infecção durante a gravidez - a possibilidade de o bebê ser infec tado gira em t orno de 30 a 50%. E há um risc o significativo de a criança apresentar problemas graves de saúde.

Tratamento

Na fase aguda, o tratamento é sintomático. O uso

de antivirais fica reservado para as formas graves

da doença e deve ser mantido pelo menos

durante um mês. A grande preocupação é com o

efeito tóxico dessas drogas sobre os glóbulos do

sangue e aos rins.

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Toxoplasmose

Doença infecciosa originada pelo parasita

Toxoplasma gondii, que se encontra em fezes

de gatos (multiplica-se no intestino dos gatos),

sendo preciso ter especial cuidado com a

manipulação das “caixas” de dejectos destes

animais; encontra-se também na carne crua.

Toxoplasmose - Sintomas

Os adultos aparentemente saudáveis não

apresentam sintomatologia quando infectados.

A sintomatologia é rara e leve, assemelhando-se

a uma gripe.

Toxoplasmose – Durante a gravidez

 Quando a infec ção oc orre durante a gravidez representa um

risc o grande para o desenvolvimento do embrião e do feto; pode causar danos cerebrais (hidroc efalia, microc efalia, calcificações cerebrais e atraso mental) e oculares (c egueira).

 Se foi infec tada antes da gravidez, 6 a 9 meses antes, com o Toxoplasma gondii, vai tornar-se imune. A mãe deve saber se já teve toxoplasmose, caso já tenha tido, o risc o de contrair infec ção na gravidez é muito menor.

Toxoplasmose – Diagnóstico

O controlo pré- natal inclui análises para determinar se tem anticorpos. Pode realizar uma análise ao seu sangue para ver se teve contacto rec ente ou passado com o parasita, através da determinação dos anticorpos para o Toxoplasma gondii (anti IgG e a IgM).

Esta análise deve ser efec tuada o mais cedo possível (o período mais perigoso para apanhar toxoplasmose é no 1º trimest re da gravidez); de preferência deve ser efec tuada antes da gravidez

.

Toxoplasmose – Prevenção

 Evitar contac to com gatos vadios.

 Não deixar o seu gato sair para evitar a sua contaminação.  Durante a gravidez ter alguém que ajude no tratamento

dos dejectos do seu gato.

 Se tiver mesmo de o fazer, deve usar sempre luvas e evitar a aspiraç ão durante o tratamento da caixa de dejectos, que deve ser mudada diariamente e lavada com água fervente.

Toxoplasmose – Cuidados

 Lavar sempre bem as mãos depois de tratar dos dejectos do gato (os gatos são portadores, ainda que não sofram da doença);  Usar sempre luvas na jardinagem e lavar muito bem as mãos após;  C ozinhar muito bem a carne 15 a 2 0 min antes do consumo (esta bactéria

é muito sensível ao calor e destrói-se a altas temperaturas); evitar comer carne mal passada, ovo s crus, vegetais mal lavado s e frutas não descascadas;

 Não beber leite não pasteurizado;  Lavar as mãos antes de comer;

 Ter cuidado co m alimento s que fo ram ex postos ao ar e que correm risco de ser contaminados por mo scas o u baratas, insectos que propagam frequentemente a to x oplasmo se.

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Toxoplasmose na gravidez

 Pesquisa do Toxoplasma gondii no líquido amniótico -amnioc entese;

 Tratamento durante a gravidez. O tratamento pode ser feito com espiramicina (Rovamicina) na dose de 3g por dia (dividida em 4 doses) durante todo o rest o da gravidez ou por 6 semanas (controverso).

 Após o nasc imento, o tratamento do RN prec oc emente pode reduzir a incidência de sequelas a longo prazo.

A eficác ia do tratamento antenatal na redução da toxoplasmose congênita pode não ser muito clara

Herpes

É uma doença infecciosa muito

contagiosa, recorrente, geralmente

benigna, causada por dois vírus da família

dos Herpesviridae.

Herpes simplex vírus 1 (HSV-1) e,

Herpes simplex vírus 2 (HSV-2).

Herpes

O vírus permaneçam em nosso organismo por

toda a vida e são reativados por fatores como:

exposição ao sol;

Febre;

período menstrual;

Traumatismo;

Stress;

uso de determinados medicamentos ou,

situações de redução da resistência física.

Herpes - Infecção

Contato direto pessoa

Em t orno de 90% das pessoas tiveram ou terão contato com o HSV- 1 e cerca de 20% c om o HSV- 2.

HSV- 1 provoca lesões ao redor da boca (herpes labial, gengivoestomatite, faringite herpética).

HSV- 2 provoca lesões genitais (uretra, vulva, pênis, vagina, etc.).

Herpes - Sintomas

A maior parte das pessoas não apresenta

sintomas tanto nas doenças pelo HSV–1 como no

HSV-2.

Poucos podem se queixar de mal estar, febre e

desconforto ou queixas vagas de pequena

intensidade.

Herpes - Diagnóstico

Nos casos típicos é suficiente o exame clínico.

Em situações especiais pode ser necessário a

identificação do vírus ou ser bastante o exame

citológico da lesão ou mesmo a comprovação

laboratorial de outros órgãos atingidos.

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Herpes - Prevenção

Evitar o contato com lesões evidentes.

Identificar as causas que desencadeiam os surtos

recorrentes.

O uso protetor solar reduz a incidência de herpes

relacionado à exposição solar.

Indicação de cesariana para mulheres com

herpes genital.

Rubéola

Rubéola é uma doença infec to-contagiosa causada pelo Togavírus. Sua característica mais marcante são as manchas vermelhas que aparecem primeiro na fac e e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo inteiro. O contágio oc orre comumente pelas vias respiratórias com a aspiraç ão de gotículas de saliva ou sec reç ão nasal. A rubéola congênita, ou seja, transmitida da mãe para o

feto, é a forma mais grave da doenç a, porque pode provocar malformaç ões como surdez e problemas visuais na criança.

Rubéola -Transmissão

Sua transmissão ocorre através do contato com

pessoas infectadas, sendo o período de máxima

contagiosidade alguns dias antes e durante o

aparecimento dos primeiros sintomas.

Rubéola - Sintomas

O período de incubação do vírus é de cerca de 15 dias e os sintomas são parecidos com os da gripe:

 dor de cabeça;

 dor ao engolir;

 dores no corpo (articulações e músculos);

 coriza;

 aparecimen to de gâ nglio s (ínguas);

 febre;

 ex antemas (man chas avermelhadas) inicialmen te no rosto que depois se espalham pelo corpo to do.

Rubéola - Diagnóstico

 Por causa de sua semelhança co m várias o utras enfermidades, o diagnóstico preciso de rubéola só pode ser o btido pelo ex ame sorológico.  Inibição da Hemaglutinação (IH) que é capaz de info rmar se a pessoa é o u

não imune ao vírus da rubéola. Pessoas co m valo res de IH > o u = a 1/1 6 estão protegidas, enquanto que uma IH < 1/1 6 indica que a pessoa ainda pode ter a infecção. Esse mesmo ex ame, Inibição da Hemaglutin ação, também é realizado para o diagnóstico da doença em gestantes e repetido 2 a 4 semanas após.

 O utro teste, o ELISA IgM (mede a quantidade de antico rpos ou defesas recentes do o rganismo ), deve ser realizado quando há a suspeita de rubéola, confirmando a doença se der positivo .

Prevenção

Acredita-se que 70 a 80% das mulheres em

idade fértil sejam imunes à rubéola. Contudo, 20

a 30% das mulheres que podem engravidar são

suscetíveis à doença e devem ser vacinadas até

90 dias antes da concepção, devendo evitar a

gravidez no prazo mínimo de três meses após

terem recebido a vacina.

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Rubéola – Tratamento

 O tratamento é sintomático. Antitérmicos e analgésicos ajudam a diminuir o desc onforto, aliviar as dores de cabeç a e do corpo e baixar a febre. Rec omenda-se também que o pac iente faça repouso durante o período crítico da doença.

 Criança que nasc e com rubéola pode transmitir o vírus por até um ano. Por isso, devem ser mantidas afast adas de outras crianças e de gestantes.

Rubéola - Vacina

A vac ina contra a rubéola é eficiente em quase 100% dos casos e deve ser administrada em crianças aos 15 meses de vida. Mulheres que não tiveram a doença devem ser vac inadas antes de engravidar.

Gest antes devem tomar cuidado redobrado para não pegar a doença. Durante os três primeiros meses de gravidez, a rubéola pode ser transmitida para o feto e causar complicaç ões como malformaç ão congênita como alterações oc ulares e cardíac as. Em alguns casos, pode provocar aborto.

Rubéola - Características

A síndrome composta por diversas anormalidades

congênitas inclui defeitos cardíacos, surdez e

catarata. Muitas crianças afetadas podem

apresentar retardo de crescimento, além de

outros problemas, tais como: encefalite,

microcefalia, sinais de meningomielocele,

alterações nos pulmões, fígado e ossos, e

diminuição das plaquetas (trombocitopenia).

Gestação e HIV -

(vírus da imunodeficiência humana)

Todas as gestantes devem realizar test es para identificação

da infec ção pelo vírus HIV. É um exame de rotina na avaliaç ão pré- natal. Este exame é particularmente importante pois existem t ratamentos que

comprovadamente reduzem a chance de transmissão perinatal (durante a gravidez, parto, amamentaç ão). Sem tratamento adequado, est ima- se que 15 a 30% das

crianças nasc idas de mães soropositivas para o HIV (mães que são portadoras do vírus) adquirem o vírus durante a gestaç ão, parto ou através da amamentaç ão.

Gestação e HIV - Diagnóstico

Mediante exame de sangue (soro ou plasma) são

identificados anticorpos contra o vírus HIV -

Anti-HIV. Testes positivos são reconfirmados.

A identificação de gestantes positivas para o HIV

é fundamental para o acompanhamento pré-natal

(durante a gestação) e neonatal (logo após o

nascimento).

Gestação e HIV

- Tratamento

Gest antes portadoras do vírus HIV são ac ompanhadas durante o pré- natal pelo obstetra e infec tologista. O tratamento medicamentoso com a medicaç ão AZT diminui o risc o de transmissão para o fet o.

Rec ém-nasc idos de gestantes positivas para o HIV são tratados após o nasc imento.

A mãe deve ser orientada a não amamentar o rec ém-nasc ido e a lac taç ão deve ser inibida. Substitutos do leite materno devem ser instituídos.

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Causas da Paralisia cerebral

Causas perinatais:

No Brasil a encefalopatia hipóxica–isquêmica é a agressão perinatal mais freqüente e está mais comumente assoc iada a espasticidade

Encefalopatia bilirrubínica que provoca impregnaç ão nos gânglios basais, no cerebelo, hipocampo, núcleos subtalâmicos e tálamo sendo ac ompanhado por edema. Inicialmente os pacientes são hipotônicos com posterior movimentaç ão de movimentos involuntários. A causa mais c omum é a incompatibilidade do Rh.

Encefalopatia bilirrubínica

Icterícia é sem dúvida a condição patológica mais

frequentemente diagnosticada no período neonatal, podendo oc orrer em até 80% dos rec ém nasc idos (RN). Refere-se à cor amarela da pele e do branco dos olhos que

é causada pelo excesso de bilirrubina no sangue. A bilirrubina é um pigmento normal, amarelo, gerado pelo metabolismo das células vermelhas do sangue. A criança fica ictérica quando a formaç ão de bilirrubina é

maior do que a capac idade do seu fígado de metabolizá- la.

Encefalopatia bilirrubínica - Sintomas

 A icterícia normalmente aparece ao redor do segundo ou

terceiro dia de vida. Começ a pela c abeç a e progride para baixo. A pele de um bebê ictérico ficará amarela primeiro na face, depois no tórax, no abdômen e, finalmente, nas pernas. O branco dos olhos de uma criança também poderá ficar amarelo.

Encefalopatia bilirrubínica – Diagnóstico

Um t est e simples para icterícia é apertar suavemente com

a ponta do dedo a ponta do nariz ou a test a da criança. Se a pele permanec e branca (este test e funciona para todas as raç as) não há icterícia; se a cor for amarelada, voc ê deve levar sua criança ao pediatra para ver se a icterícia é significativa e requer algum tipo de tratamento. Na presença de pele muito amarelada, há necessidade de exames de sangue para avaliar a intensidade, fazer um diagnóstico mais prec iso do tipo de icterícia e indicar o tratamento mais adequado.

Encefalopatia bilirrubínica - Consequências

 O ac úmulo dest e pigmento acima de certos limites é

extremamente tóxico para o sistema nervoso, podendo causar lesões graves e irreversíveis.

 Há vários tipos de icterícia no rec ém-nasc ido. Os mais comuns são os seguintes:

 Icterícia fisiológica (normal): Ocorre em mais de 50% dos rec ém-nasc idos. Esta icterícia é devida à característica própria do bebê que leva a um metabolismo lento da bilirrubina. Geralmente surge entre o 2o e o 4o dias de vida e desaparece entre a 1a e a 2a semana de idade.

Encefalopatia bilirrubínica - Consequências

Icterícia da prematuridade: Ocorre com muita

frequência em bebês prematuros uma vez que eles levam muito mais tempo para c onseguir excretar a bilirrubina eficazmente.

Icterícia do leite materno: Em 1% a 2% de bebês alimentados ao peito, pode ocorrer icterícia causada por substâncias que reduzem a excreç ão intest inal da bilirrubina. Começ a geralmente ao redor dos 4 a 7 dias de vida e pode durar de 3 a 10 semanas.

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Encefalopatia bilirrubínica - Consequências

 Por incompatibilidade de grupo sanguíneo (Rh ou

ABO): a icterícia por incompatibilidade muitas vezes começ a já durante o primeiro dia de vida.

Incompatibilidade de Rh c ausa a forma mais severa de icterícia, sendo prevenida com uma injeç ão de imunoglobulina anti-Rh (RhoGAM) à mãe dentro das primeiras 72 horas após o parto. Isto impede a formaç ão de anticorpos que poderiam colocar em risc o os próximos bebês.

Encefalopatia bilirrubínica - Consequências

Paralisia cerebral com componente atetóide e coreoatetose

(grave distúrbio do movimento); Deficiência mental;

Surdez neurosensorial e comprometimento da fala, dec orrente de lesões em est ruturas cerebrais como corpos geniculados, núcleos da base, hipocampo, cerebelo e núcleos dos pares cranianos.

Causas da Paralisia cerebral

Causas pós-natais:

Estão relacionadas a insultos ao sistema

nervoso a partir da fase perinatal até o

segundo ano de vida.

Meningoencefalites

Traumas cranioenc efálicos Semi-afogamentos

Manifestação clínica

Espástico (75% dos casos apresentam algum grau

de espasticidade).

Lesão no sistema piramidal

Características:

Hipertonia muscular mais evidente nos grupos musculares flexores e adutores com paresia (fraqueza) dos antagonistas

As deformidades osteoarticulares são frequentes Permanência dos reflexos primitivos

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Paralisia cerebral espástica

Manifestação clínica

Atetóide (15% a 20% dos pacientes apresentam

comprometimento dos núcleos da base)

Características:

Movimentos involuntários  Prox imais – coreicos

 Distais – ateto se

 Amplo s e fix os – distônico

Lentidão para aquisição das etapas motoras

Permanência dos reflexos primitivos que muitas vezes são utilizados funcionalmente.

Paralisia cerebral atetóide

Paralisia cerebral atetóide

Núcleos da base

 Os núcleos da base são uma série de agrupamentos neuronais, de origem telencefálica, localizados na base do cérebro, na intimidade da substância branca.

 Anatomicamente, vários grupos neuronais telencefálicos podem ser considerados núcleos da base, mas, do ponto de vista funcional, apenas o núcleo caudado, o putâ men e o globo pálido o podem. O conjunto do caudado e do putâmen constitui o estriado. Existem ainda as porções ventrais do estriado e do globo pálido, denominadas, respectivamente, estriado ventral, representado pelo núcleo accumbens, e pálido ventral.

A substância negra, apesar da origem mesencefálica, e o núcleo subtalâmico, de origem diencefálica, também são estudados como núcleos da base por comporem circuitos funcionais com estes.

Núcleos da base

(10)

Manifestação clínica

Atáxico (2% dos casos e está relacionado

ao comprometimento do cerebelo e/ou de

suas vias).

Características:

Alteraç ões da coordenação e do equilíbrio

Incidência de deficiência mental é alta nesses casos

Paralisia cerebral atáxico

Manifestação clínica

Misto (20% dos casos apresentam sintomas

associado de mais de um tipo clínico)

Características:

Espasticidade + movimentos involuntários Espasticidade + ataxia

Distribuição topográfica

Tetraplegia

Comprometimento nos quatro membros

Casos mais graves

Muito difícil o uso funcional dos

membros superiores

Muito difícil a marcha

Paralisia cerebral espástica

(11)

Paralisia Cerebral - Tetraplegia

Distribuição topográfica

Diplegia

Comprometimento dos quatro membros

com predomínio dos inferiores

Maior possibilidade de marcha

Quando não há comprometimento

cognitivo grave os membros superiores

são utilizados funcionalmente.

Paralisia cerebral espástica

Quadro de diplegia

Paralisia cerebral - Diplegia

(12)

Distribuição topográfica

 Hemiplegia

 Lesão em apenas um do s hemisférios cerebrais

 Bo m grau de independê ncia nas AVDs

 Bo m domínio corpóreo com marcha sem auxílio  Distúrbios associados

 C onvulsões – 25 a 30%

 Déficit cognitivo – 50 a 65%

 Alterações oculares e visuais – 60 a 90%

 Anormalidade da fala e linguagem

 Distúrbios da deglutição

 C omprometimen to auditivo

 Alterações das funções corticais superio res

 Distúrbios do comportamento

Paralisia cerebral - Hemiplegia

Paralisia Cerebral - Hemiplegia

Fatores que influenciam o prognóstico

 Problemas associados.

 A condição sócioeconômica-cultural da família:

 P robl emas nutricionais

 H igi ene

 P ato logias associadas

 D ificuldade de aquisição de recursos como órteses e ada ptações pa ra facilitar o di a a di a

 O po rtunidades de estar inserido em um proce sso de reabilitação

 D ificuldade de inclusão escolar

 D ificuldade de inclusão no me rcado de trabalho

 Mudanças das man ifestações clín icas co m a evo lução do caso.  C rianças com equilíbrio precário necessitam de boa função manual para

poderem se deslo car com muleta ou andadores.

 A integridade da função visual é fundamental para o prognóstico da marcha po r propiciar noções adequadas de distâ ncia, profundidade para o deslocamento no espaço.

Avaliação:

Paralisia Cerebral

Padronizada / Observaç ão

 Alteraç ão do tônus muscular;

 Capac idade de est abelecer controle seletivo de movimento;  Manutenção das diferentes posturas;

 Realizaç ão das mudanças posturais;

 Efet ividade das reaç ões de equilíbrio e retificaç ão corporal;  Desempenho funcional dos membros superiores;

 Coordenaç ão visomotora;  Habilidades cognitivas;

Avaliação

Paralisia Cerebral

Como brinca? Como se comunica?

Quais as brincadeiras favoritas? O que realiza?

Como realiza?

Qual o nível de independência motora? Qual o grau de independência nas AVDs? Qual a rotina da criança?

Como fica posicionada em c asa e outros ambientes que freqüenta?

(13)

Cerebral

 A Estimulação Elétrica Funcional (FES) consiste na estimulaçã o elétrica de um músculo privado de controle normal pa ra produzir uma contração funcionalmente útil. E sta estimulação despolariza o ne rvo moto r, produzindo uma resposta sincrônica em to da s as unida des motoras do músculo estimulado, me lhorando se u tropismo.

 O Mét odo de Kabat, que se ba se ia na utilização de estímulos proprioceptivos facilitadores da s respostas motoras, pa rtindo de respostas reflexas e chegando à motricidade voluntária.

 O Mét odo Neuroevolut ivo Bobat h é uma té cnica de reabi litação ne uromuscular que utiliza os reflexos e os estímulos se nsitivos pa ra inibir ou provocar uma resposta moto ra, se mpre respeitando os princípios da normalização do tô nus e da experime ntação de um movimento ou de um controle estático normal. O obje tivo de Boba th, é di minuir a espasticidade e a introduçã o do s movimentos automáticos e voluntá rios a fim de prepa rar pa ra os movimentos funcionais. O s po ntos chaves do Boba th correspondem às pa rtes do corpo, ge ralme nte as pa rtes proximais, onde o tô nus anormal po de se r inibido e os movimentos mais normais facilitados.

Paralisia Cerebral

Prevenç ão nos programas de Saúde da Família; Intervenção prec oce;

Ac ompanhamento de prematuros e crianças de risc o nas UTIs neonatais;

Posicionamento adequado;

Orientaç ão aos familiares e cuidadores;

Estímulo do desenvolvimento motor normal com inibição dos padrões patológicos;

Estimulaç ão visual;

Estimulaç ão percepto-cognitiva; Estimulaç ão da função manual;

Tratamento Terapêutico Ocupacional

Paralisia Cerebral

 Favorec er o brincar

Oportunizar a descoberta do efeito de suas aç ões sobre pessoas, objetos e ambientes;

Desenvolvimento do ensaio de papéis soc iais e oc upacionais;

Conhecimento sobre a natureza e propriedades dos objetos;

Promoç ão do seu desenvolvimento perceptual, intelectual e da linguagem e,

Integração das habilidades cognitivas

Tratamento Terapêutico Ocupacional

Paralisia Cerebral

Adaptaç ão do ambiente domiciliar e esc olar para maior autonomia;

Avaliaç ão, confecção e ajuste de órteses est áticas e dinâmicas.

Treino e adaptaç ão das atividades de vida diária incluindo alimentaç ão, vestuário, higiene e banho.

Orientaç ões à esc ola envolvendo adaptação do mobiliário, adaptaç ão das atividades esc olares, adequação do currículo, quando necessário, e introdução de rec ursos de tec nologia assistiva para auxiliar a comunicaç ão oral, esc rita e o aprendizado.

(14)

Lavar a mão – parte da terapia

Brincadeiras de pé

Posicionamento adequado

Orientação das AVDs

(15)

cabelo

Paciente hemiplégica

Paciente hemiplégica

Atividade de leitura

(16)

Escrita adaptada

Construção da escrita com os recursos

da Comunicação Alternativa

Construção da escrita com um teclado

expandido

Construção da escrita com recurso de

Tecnologia Assistiva

(17)

atividade de lazer e comunicação

atividades de lazer

Treino de AVD

Teixeira, et al., 2003.

Treino de AVD

Teixeira, et al., 2003.

Treino de AVD

Teixeira, et al., 2003.

Treino de AVD

Teixeira, et al., 2003.

(18)

Treino de AVD

Teixeira, et al., 2003.

Treino de AVD

Teixeira, et al., 2003.

Avaliação da independência nas AVDs

Treino de AVDs

Treinando para aula de Kendo

Paralisia Cerebral

 Patologia– Anormalidade do desenvolvimento.

 Etiologia– desenvolvimento intra-uterino anormal, anormalidades metabólicas, distúrbios do sistema imune, distúrbios de coagulação, infecções, traumas e hipoxia.

 Sinais e sintomas  C onsciência– Normal.

 C ognição, lin guagem e memória– Frequentemen te associada a retardo men tal e a déficit de linguagem com casos de inteligência e memória normais.

 Sensoriais– Podem estar normais ou alterados.

(19)

Paralisia Cerebral

 Moto res

Tipo espást ico: encurtame nto muscular, maior resistência muscular a movime ntos pa ssivos. O s ne urônios lesados estão adjacentes aos ventí culos.

Tipo atet óide: movime ntos lentos e se rpenteantes. A lesão ne uronal é nos núcleos da ba se.

Tipo atáxico: de scoordenação, fraqueza, tremor durante movimentos voluntá rios. A lesão é no ce rebelo.

Tipo mista: mais de um ti po de movime nto anormal.

 Nervos cranian os– Não afetados diretamente. Devido a estimulação neural ano rmal, porém, o débito dos nervos cranian os se altera.  Região afetada– Encéfalo e algumas anormalidades da medula espinhal.  Demograf ia– So men te o sistema nervo so em desenvo lvimen to é

afetado.

 Incidê ncia – 3 po r 1 00.000 na scidas vivas po r ano (Ma cDonald et al., 2 000).

 Prognóstico

 A anorma lidade é estável

 A s limitações funcionais se to rnam mais evidentes com o cre scimento.

Referências Bibliográficas

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