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DEPARTAMENTO DE COOPERAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO TERMOS DE REFERÊNCIA
FUNÇÃO: Técnico de Proteção e Educação de Infância
LOCALIZAÇÃO: Província do Niassa, Moçambique
DURAÇÃO: 12 meses (renováveis)
PROJETO: Projeto Othukumana - Juntos III - Desenvolvimento Integrado da Infância no Niassa
CONTEXTO
A Fundação Fé e Cooperação (FEC), instituição com estatuto de utilidade pública, é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD), reconhecida pelo Ministério Português dos Negócios Estrangeiros e pela União Europeia (UE). Conta com financiamentos da Cooperação Portuguesa, Fundação Calouste Gulbenkian e de organismos internacionais, como União Europeia, UNICEF, CAFOD, Misereor, Kindermissionswerk, entre outros.
A FEC foi criada pela Igreja Católica em 1990. Atua em Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal, apoiando ainda projetos noutros países lusófonos. Nestes países, pauta-se pela missão de "promover o desenvolvimento humano integral através da cooperação e solidariedade entre pessoas, comunidades e Igrejas".
No Plano Estratégico 2017-2021, a FEC defende uma abordagem holística e integrada das suas ações, visando o desenvolvimento sustentável. A sua concretização passa por três eixos estratégicos de transformação social: 1) Educação, Conhecimento e Competências; 2) Boa Governação e Advocacia e 3) Cidadania Global e Desenvolvimento Sustentável. Esta função insere-se na ação do eixo Educação, Conhecimento e Competências. Apostamos na formação e qualificação dos profissionais de áreas sociais: professores, educadores de infância e diretores de escola, pais e educadores, agentes de desenvolvimento comunitários, enfermeiros e agentes de saúde comunitária. A educação está na base do desenvolvimento humano integral e é um pilar fundamental para a construção de sociedades mais justas e equitativas.
O Projeto Othukumana - Juntos III - Desenvolvimento Integrado da Infância no Niassa um projeto da Diocese de Lichinga em parceria com FEC e com financiamento da Misereor e Kindermissionswerk, e dá continuidade à implementação dos Projetos Othukumana - Juntos (Fases I e II), desde 2015. Este Projeto tem como Objetivo Geral “Contribuir para o Desenvolvimento Integrado da Infância no Niassa”, através: do reforço das Competências de agentes educativos e e da melhoria das respostas integradas dos Estabelecimentos de Educação Pré-Escolar; da autonomização da gestão e da sustentabilidade do modelo institucional da Comissão Diocesana de Educação prevendo a Proteção da Criança; do trabalho para que os Direitos da Criança sejam reconhecidos e respeitados pelas Comunidades; e pela promoção dos Direitos das Crianças através de atividades destinadas às próprias crianças.
2 OBJETIVO GERAL DA FUNÇÃO
O Técnico de Proteção e Educação de Infância (TPEI) é responsável pela implementação provincial da intervenção no âmbito dos Direitos, Proteção e Educação de Infância:
Responsável por reforçar competências pedagógicas, de Didática Integrada e de gestão e administração escolar das entidades de Pré-Escolar pertencentes à Comissão Diocesana de Educação (CDE) de Lichinga e Cuamba e potenciar o trabalho em rede dos agentes educativos; Responsável pelo reforço de competências em Proteção e Direitos das Crianças a Pais e Encarregados de Educação; acompanhamento e supervisão de agentes educativos e de Comités e Estruturas Comunitárias/ de Bairro para a Proteção da Criança;
Responsável pela supervisão pedagógica, didática e pela qualidade técnica/metodológica da intervenção.
POSIÇÃO NA ORGANIZAÇÃO
Reporta ao Gestor de Projeto (GPROJ) do Othukumana III e colabora com o Coordenador de Programa de País da FEC em Moçambique (CPP_MOÇ);
Coordena grupos de formandos/formadores em ações de formação desenvolvidas no âmbito do Projeto;
Colabora com o Gestor Financeiro e com o Gestor de Projetos em Portugal, com vista a garantir a boa execução técnica e de recursos, dando conhecimento ao GPROJ.
DEVERES & RESPONSABILIDADES
A) Conceção de programas de formação e de intervenção:
Apoia na conceção e supervisiona a implementação de modelos de levantamento de necessidades na província onde exerce funções, garantindo informação de qualidade;
Identifica necessidades de intervenção, em articulação com a Diocese de Lichinga, a Comissão Diocesana de Educação (CDE), os responsáveis de infraestruturas diocesanas do Pré-Escolar e a entidade da tutela;
Elabora programas e calendários anuais de formação, dirigidos aos públicos-alvo e equipa técnica sob orientação do GPROJ e em articulação com a Diocese de Lichinga;
Sistematiza as metodologias e materiais de formação;
Participa na conceção de programas de intervenção, incluindo calendários anuais de atividades. B) Gestão técnico-pedagógico
Planeia, submete e executa os programas de formação definidos no plano de projeto, submetendo à validação do GPROJ, em articulação com a Diocese de Lichinga e os responsáveis de infraestruturas diocesanas na área do Pré-Escolar;
Assessora a CDE na área do pré-escolar;
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Elabora todos os instrumentos de acompanhamento e avaliação técnica e pedagógica das entidades do pré-escolar, submetendo para validação do GPROJ;
Acompanha, supervisiona, apoia e certifica a qualidade com que as direções das entidades de pré-escolar, participantes na Ação, implementam o manual de procedimentos de gestão e administração escolar;
Elabora em estreita colaboração com o GPROJ todos os instrumentos de trabalho avaliados como necessários para melhorar o desempenho das suas funções.
C) Desenvolvimento administrativo-financeiro da intervenção
Elabora e implementa, após aprovação, os calendários de atividades na província onde exerce funções, respeitando a coerência global da intervenção;
Garante os contactos institucionais necessários à boa execução da intervenção na província onde exerce funções, fortalecendo parcerias;
Articula diretamente com os serviços diocesanos de forma a garantir as condições logísticas e financeiras necessárias ao desenvolvimento das atividades;
Organiza e apresenta mensalmente relatórios/pontos de situação e cronogramas de atividades de acordo com os modelos estabelecidos;
Garante a boa organização do dossier pedagógico e administrativo inerente à sua atividade, para que seja possível a consulta rápida de todo e qualquer documento físico ou digital produzido no âmbito da intervenção.
D) Comunicação e imagem
Elabora artigos e participa na produção de conteúdos, de acordo com a escala e as regras definidas, para publicação no site da FEC e para os meios de comunicação social;
Tira, cataloga e arquiva fotografias sobre a intervenção de acordo com as regras estabelecidas; Apoia a implementação de outras atividades constantes no plano de comunicação da FEC para
Moçambique;
Respeita os acordos de divulgação do apoio de financiadores e parceiros associados à intervenção.
E) Monitorização e avaliação da intervenção
Apoia na conceção e implementação de modelos de avaliação da intervenção, incluindo recolha e tratamento de dados;
Avalia a progressão na aprendizagem realizada pelos formandos;
Monitoriza e sugere modificações à intervenção, baseado nos indicadores e em observações e trocas de impressões com público-alvo e parceiros;
Participa ativamente nas missões de monitorização e avaliação realizadas e na redação dos respetivos relatórios.
F) Produtos esperados e data de apresentação
Programas de formação, antes do início de cada ação de formação;
Dossiers Técnico e Pedagógicos (versão impressa e digital) entregues, 15 dias após o final de cada formação;
Programas de acompanhamento específicos de cada atividade, de acordo com um cronograma acordado com o GPROJ;
Outros produtos cientifico-pedagógicos, no âmbito da Proteção e Educação de Infância, de acordo com um cronograma acordado com o GPROJ;
4 Pontos de situação, até dia 5 de cada mês.
ESPECIFICAÇÃO PESSOAL
Aptidões
Consciência intercultural;
Vocação para o aperfeiçoamento constante;
Capacidade de automotivação e autoaprendizagem;
Criatividade e habilidade para trabalhar com recursos limitados;
Boa capacidade de decisão;
Capacidade de gestão de recursos humanos e de gestão do tempo;
Trabalhar em equipa e comunicar eficazmente com colegas nacionais e expatriados; Capacidade de representação institucional;
Capacidade de trabalhar sob pressão, autonomamente e com supervisão reduzida; Orientação para a obtenção quotidiana de resultados;
Capacidade de adaptação a meios inóspitos e de viver em condições difíceis e rurais; Carta de condução de veículos ligeiros e motociclos (preferencial).
Conhecimento
Formação Superior em Educação de Infância;
Formação em Proteção e Direitos Humanos e/ou das Crianças (preferencial); Formação Pedagógica de Formadores (preferencial);
Microsoft Office;
Domínio da Língua Portuguesa falada e escrita;
Conhecimento da metodologia de gestão de projeto do quadro lógico; Conhecimento da realidade social e cultural de Moçambique;
Conhecimento da realidade educativa em Portugal e PALOP (preferencialmente Moçambique). Experiência
Experiência de trabalho no sector da educação e da formação (preferencialmente 2 anos);
Experiência de trabalho em formação de adultos;
Experiência em gestão da formação (preferencial);
Experiência em gestão de projetos e/ou equipas de trabalho;
Experiência de trabalho em países em desenvolvimento, em especial países africanos e/ ou em Moçambique (preferencial, pelo menos 1 ano).
Serão valorizadas candidaturas de pessoas que tenham autorização de trabalho em Moçambique
Compromisso
Compromisso com a luta contra a pobreza;
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Compromisso com a filosofia de trabalho da FEC, nomeadamente a Doutrina Social da Igreja e o respeito pelo direito e valores internacionais que estão subjacentes à Declaração Universal dos Direitos do Homem e outros congéneres.
TERMOS & CONDIÇÕES Carga horária e horário
Tempo completo (40 horas semanais), flexíveis em função das necessidades; Horário a definir de acordo com conveniência.
Duração
Contrato inicial de 12 meses com possibilidades de renovação
Estes termos de referência (TdR) têm valor indicativo. Os TdR procuram apenas delinear as condições e responsabilidades chave da função, que, como o projeto, estão sujeitas a evolução. A avaliação anual por parte do CPP_MOÇ passará em revista os TdR e poderá igualmente resultar na sua modificação. A renovação da função é condicionada pela avaliação de desempenho e pela continuidade dos projetos.