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DIAGNÓSTICO. Processo de decisão clínica que baseia-se, conscientemente ou não, em probabilidade. Uso dos testes diagnósticos

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Academic year: 2021

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(1)

Testes diagnósticos

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Centro de Ciências da Saúde

Faculdade de Medicina / Instituto de Estudos em Saúde Coletiva - IESC

Departamento Medicina Preventiva

(2)

Processo de decisão clínica que baseia-se,

conscientemente ou não, em

probabilidade

Uso dos testes diagnósticos

Identificar/confirmar a presença de doença

ou situação relacionada à saúde

Avaliar a gravidade do quadro clínico

Estimar o prognóstico

Monitorar a resposta a uma intervenção

(3)

Falso

positvo

Falso

negativo

Verdadeiro

negativo

Verdadeiro

positivo

Teste

+

-Doença

+

(4)

PRESENTE AUSENTE Total POS verdadeiro a positivo b falso positivo a + b TESTE

NEG falso negativo c verdadeiro d

negativo c + d Total a + c b + d a + b + c + d

DOENÇA

Sensibilidade = a / (a + c)

Especificidade = d / (b + d)

Sensibilidade e Especificidade

(5)

Sensibilidade (S): é a probabilidade de um teste dar positivo na presença da doença, isto é, avalia a capacidade do teste detectar a doença quando ela está presente. S = c a a ++++

Especificidade (E): é probabilidade de um teste dar negativo na ausência da doença, isto é, avalia a capacidade do teste afastar a doença quando ela está ausente. E = d b d ++++

(6)

Uso dos testes

Sensíveis

 Necessário para o

diagnóstico de doença

potencialmente grave

 Afastar doenças em fase

inicial do diagnóstico



O resultado negativo é

mais útil: melhor VPN

Específicos

 Particularmente necessário

quando um resultado falso

positivo pode ser muito lesivo

 Confirmar um diagnóstico

sugerido por outros dados



O resultado positivo é mais

útil: melhor VPP

Obs: os testes sensíveis também são úteis no rastreamento (screening)

de doenças em grupos populacionais

(7)

PRESENTE AUSENTE Total POS verdadeiro a positivo b falso positivo a + b TESTE

NEG falso negativo c verdadeiro d

negativo c + d Total a + c b + d a + b + c + d

DOENÇA

VPP = a / (a + b)

VPN = d / (b + d)

Valor preditivo

(8)

Valor preditivo positivo (VPP): é a proporção de verdadeiros positivos entre todos os indivíduos com teste positivo. Expressa a probabilidade de um paciente com o teste positivo ter a doença.

VPP =

b a

a

++++

Valor preditivo negativo (VPN): é a proporção de verdadeiros negativos entre todos os indivíduos com teste negativo. Expressa a probabilidade de um paciente com o teste negativo não ter a doença.

VPN =

d c

d

(9)

DETERMINANTES DO VALOR PREDITIVO

 sensibilidade

 especificidade

 prevalência da doença na população →→→→ probabilidade pré-teste

 valores preditivos positivo e negativo →→→→ probabilidade pós-teste

P) (1 E) (1 P) (S P S VPP − × − + × × = P) (1 E P S) (1 P) (1 E VPN − × + × − − × =

(10)

Valor preditivo positivo em função da prevalência 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% Prevalência V P + S=99%; E=99% S=95%; E=95% S=70%; E=99% S=99%; E=70%

(11)

Valor preditivo negativo em função da prevalência 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Prevalência V P N S=99%; E=99% S=95%; E=95% S=70%; E=99% S=99%; E=70%

(12)

Valor Preditivo

Varia com a prevalência (probabilidade

pré-teste) da doença

Para um mesmo teste, quanto maior a

prevalência maior o VPP e menor o VPN

Faixa ideal de uso do teste: prevalência

intermediária (entre 25% e 65%)



Quanto mais sensível, melhor o VPN



Quanto mais específico, melhor o VPP

(13)

Valor Preditivo

Prevalência

%

Positivo

Negativo

1,0

8,3

99,9

10,0

50,0

98,8

50,0

90,0

90,0

70,0

95,5

80,0

90,0

98,8

50,0

99,0

99,9

50,0

Variação dos valores preditivos de um teste com sensibilidade

e especificidade de 90%, segundo a prevalência da doença

(14)

Clínica

Probabilidade

pré-teste

VP positivo

VP negativo

Fem, jovem

dor atípica

5%

16%

98%

Masc, 40 anos

dor atípica

50%

78%

73%

Masc, 45–55 anos

angina típica

90%

97%

23%

TE para diagnóstico DC, meta-análise:

sensibilidade = 70% e especificidade = 80%

(15)

Probabilidade pré-teste (%) para diferentes tipos de dor torácica em diversos grupos populacionais*

Sexo Idade Dor torácica não anginosa Angina atípica Angina pectoris típica Mulher 30-39 anos 1 4 26 Mulher 60-69 anos 19 54 91 Homem 30-39 anos 5 22 70 Homem 60-69 anos 28 67 94

(16)

PRESENTE AUSENTE Total POS verdadeiro a positivo b falso positivo a + b TESTE

NEG falso negativo c verdadeiro d

negativo

c + d

Total a + c b + d a + b + c + d

DOENÇA

Razão de verossimilhança pos:

a / a + c

b / b + d

Razão de verossimilhança neg:

c / a + c

d / b + d

Chance ou Odds

= p / 1-p

(17)

RAZÃO DE VEROSSIMILHANÇA

É definida como a razão entre a probabilidade de um determinado

resultado de um teste diagnóstico em indivíduos portadores da doença

e a probabilidade do mesmo resultado em indivíduos sem a doença

Para um teste dicotômico (positivo/negativo):

Razão de verossimilhança para o teste positivo (RV+):

expressa quantas

vezes é mais provável encontrar um resultado positivo em pessoas

doentes quando comparado com pessoas não doentes

RV+ =

E 1

S

Razão de verossimilhança para o teste negativo (RV-):

expressa quantas

vezes é mais provável encontrar um resultado negativo em pessoas

doentes quando comparado com pessoas não doentes

RV- =

E S - 1

(18)

PRESENTE

AUSENTE

Total

POS

verdadeiro

a

positivo

b

falso positivo

a + b

TESTE

NEG

falso negativo

c

verdadeiro

d

negativo

c + d

Total

a + c

b + d

a + b + c + d

DOENÇA

Prevalência:

a + c a + b + c + d

Acurácia:

a + d a + b + c + d

Outras medidas

(19)

Distribuição dos valores sangüíneos de glicose

em uma população normal e diabética

Hipotética

(20)

Efeito da definição de diferentes níveis de glicemia

nos resultados falso positivo e falso negativo

(21)
(22)

Glicemia pós-prandial (2h) mg/100mL Sensibilidade (%) Especificidade (%) 70 98,6 8,8 80 97,1 25,5 90 94,3 47,6 100 88,6 69,8 110 85,7 84,1 120 71,4 92,5 130 64,3 96,9 140 57,1 99,4 150 50,0 99,6 160 47,1 99,8 160 47,1 99,8 170 42,9 100,0 180 38,6 100,0 190 34,3 100,0 200 27,1 100,0

Trade-off entre sensibilidade e especificidade

(23)
(24)

Curva ROC

S

en

si

b

il

id

a

d

e

(P

ro

p

o

ã

o

d

e

v

er

d

a

d

ei

ro

p

o

si

ti

v

o

)

1-especificidade

(25)

TESTES EM PARALELO

Diagnóstico rápido. Ex: situações de emergência

O resultado positivo é considerado se um dos dois testes resultar positivo

+ + + = A B

Tp U

onde,

Tp+ = teste em paralelo positivo

A+ = resultado positivo do teste A

B+ = resultado positivo do teste B

Sensibilidade combinada dos testes em paralelo pode ser calculada utilizando-se as regras para o cálculo da probabilidade para a união de dois eventos independentes:

Sp = SA + SB – SA x SB onde,

Sp = sensibilidade combinada dos testes em paralelo

SA = sensibilidade do teste A

SB = sensibilidade do teste B

O resultado negativo dos testes em paralelo somente será considerado se os dois testes resultarem negativos. Assim, utilizando-se as regras para o cálculo da probabilidade condicional, a especificidade combinada dos testes em paralelo pode ser calculada como:

Ep = EA x EB onde,

Ep = especificidade combinada dos testes em paralelo

EA = especificidade do teste A

(26)

Teste

S (%)

E (%)

VPP (%)

VPN (%)

A

80

70

22,86

96,92

B

90

90

50

98,78

A e B

98

63

22,74

99,65

Sensibilidade, especificidade e valores preditivo positivo e

negativo dos testes A, B e da combinação

(27)

TESTES EM SÉRIE

Processos diagnósticos que não requerem urgência. Ex: pacientes de ambulatórios ou internados para investigação diagnóstica

Usados também em casos de testes que são muito caros ou que oferecem risco para o paciente

Os testes são aplicados seqüencialmente e o segundo teste somente será aplicado se o primeiro resultar positivo

+ +

+ = A B

Tp I

onde,

Tp+ = teste em série positivo

A+ = resultado positivo do teste A

B+ = resultado positivo do teste B

A sensibilidade combinada dos testes em série pode ser calculada utilizando-se as regras para o cálculo da probabilidade para a interseção de dois eventos:

Ss = SA x SB

onde,

Ss = sensibilidade combinada dos testes em série

SA = sensibilidade do teste A

SB = sensibilidade do teste B

A especificidade combinada dos testes em série pode ser calculada, utilizando-se as regras para o cálculo da probabilidade, da seguinte forma:

Es = EA + EB - EA x EB

onde,

Es = especificidade combinada dos testes em série

EA = especificidade do teste A

(28)

Teste

S (%)

E (%)

VPP (%)

VPN (%)

A

80

70

22,86

96,92

B

90

90

50

98,78

A e B

72

97

72,73

96,89

Sensibilidade, especificidade e valores preditivo positivo

e negativo dos testes A, B e da combinação em série de A e B

Referências

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