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Condições de trabalho dos profissionais da Educação Pública Estadual no município de Nova Iguaçu/RJ

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO

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Condições de Trabalho dos Profissionais da Educação Pública Estadual no

Município de Nova Iguaçu / RJ.

Fabrício Ferreira Lopes – fabricioferreiralop@gmail.com – UFF/ICHS

Resumo

O assunto abordado nesse trabalho se refere às condições do ambiente de trabalho existente para os profissionais da educação pública estadual no município de Nova Iguaçu, vinculados à Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC – RJ). O trabalho foi desenvolvido a partir do conhecimento de ocorrências recorrentes nos casos de ineficácia das condições de trabalho oferecidas nas unidades escolares, como também por estar relacionado ao local no qual eu exerço as atividades profissionais. O objetivo desse trabalho é identificar as situações relacionadas às condições de trabalho pontuais e recorrentes, que são capazes de afetar diretamente a integridade e a saúde dos profissionais, determinando as ações preventivas e corretivas que podem ser adotadas. A metodologia empregada é a da pesquisa de campo, reunindo dados qualitativos e quantitativos, e os resultados obtidos mostraram que as condições de trabalho dos profissionais da educação pública estadual do município de Nova Iguaçu/RJ apresentam características diferenciadas de acordo com a localização das unidades escolares e, desse modo, as ações a serem implementadas devem ser adequadas e específicas para cada situação.

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Palavras chaves: condições de trabalho; Educação; Nova Iguaçu.

1- Introdução

Conforme Silva (2006), nos últimos anos, pôde ser observado um significativo aumento, entre os professores, da insatisfação com a profissão. Tal insatisfação é atribuída em grande parte ao desinteresse, à agressividade e à indisciplina dos alunos. Frustradas as expectativas dos alunos, pois também a escola não lhes supre as necessidades básicas, o resultado é desinteresse, indisciplina, agressividade, fracasso e consequente evasão escolar.

Em relação aos profissionais da educação que exercem as suas atividades nas unidades de ensino públicas estaduais localizadas no município de Nova Iguaçu/RJ, o estudo das suas condições de trabalho engloba os aspectos estruturais fornecidos pelo Estado, assim como as relações humanas existentes no processo de ensino e a influência dos ambientes externos no desencadeamento das ações e consequentemente, na saúde dos profissionais.

Dessa forma, o problema de pesquisa se refere aos fatores internos e externos prejudiciais à saúde física e mental dos profissionais da educação, inerentes às condições de trabalho relacionadas ao ensino público estadual no município de Nova Iguaçu/RJ.

O objetivo geral desse trabalho é desenvolver ações que visem combater os fatores existentes e prevenir o surgimento de novos que estejam relacionados ao problema. O objetivo específico é identificar e analisar esses fatores, para posteriormente elaborar um plano de ação

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2 que abrange ações preventivas, corretivas e de acompanhamento das atividades de enfrentamento ao problema descrito.

1.1 -Metodologia

A metodologia empregada é a da pesquisa de campo, reunindo dados qualitativos e quantitativos. A população da amostra é composta pelos profissionais que atuam nas 20 unidades escolares que, dentro do total de 83 escolas públicas estaduais localizadas em Nova Iguaçu-RJ, obtiveram as menores notas no IDERJ em 2013, tendo em vista que os dados do ano informado são os mais atuais que foram disponibilizados pela SEEDUC-RJ. Os resultados do IDERJ foram utilizados porque eles sintetizam os principais parâmetros de avaliação do ensino público estadual do Rio de Janeiro. Conforme consta no site da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro, “o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado do Rio de Janeiro (IDERJ) é produto de dois indicadores: Indicador de Desempenho (ID) e Indicador de Fluxo (IF)”. Muito parecido com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), de abrangência nacional, o IDERJ reflete as realidades de fluxo e desempenho, em um número de 0 a 10. Anualmente, alunos concluintes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio participam do Sistema de Avaliação do Estado do Rio de Janeiro (SAERJ), uma avaliação de proficiência em Língua Portuguesa e Matemática. Os resultados dessa avaliação representam os Indicadores de Desempenho (ID) para as escolas. O Indicador de Fluxo (IF) é calculado pelas taxas de aprovação divulgadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Desse modo, o estado do Rio de Janeiro estabeleceu um índice educacional próprio com o intuito de subsidiar ações pedagógicas e acompanhar o desempenho da educação da rede de ensino estadual do Rio de Janeiro.

A amostragem utilizada é composta por 30% dos profissionais de cada uma das 20 unidades escolares, sendo dividida por 10% em cada turno caso possua 3 turnos de ensino, 15% no caso de 2 turnos e o total de 30% no caso da unidade escolar possuir apenas 1 turno de ensino, totalizando-se um número de 335 profissionais dentro de um total de 1.116. Chegou-se a esses profissionais perguntando-se a cada um, dentro do total, se ele em algum momento já esteve licenciado por problema de saúde físico e/ou psicológico, e selecionou-se os que informaram terem tido esse tipo de licença em datas mais recentes até a obtenção dos percentuais informados.

A coleta dos dados é por meio de questionário (ANEXO A – Questionário sobre condições de trabalho) e entrevistas pessoais, posteriormente analisados com base na ferramenta 5W1H, a qual por sua vez é baseada na ferramenta 5W2H (What –O que será feito (etapas); Why – Por que será feito (justificativa); Where – Onde será feito (Local); When – Quando será feito (Tempo); Who- Por quem será feito (Responsabilidade); How- Como será feito (Método); How Much – Quanto Custará Fazer (Custo)) ,excluindo-se 1“H” referente ao “How Much” , tendo em vista que os custos envolvidos não estão relacionados à temática e não se encontram no âmbito do problema abordado neste trabalho. Conforme definição do ano de 2015 da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, essa ferramenta possibilitará o mapeamento das atividades que foram determinadas, onde se estabelece o que será feito, quem fará o quê, qual o período de tempo, em qual área da organização e outros setores externos envolvidos, os motivos e como serão feitas as atividades.

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2 – Apresentação do Caso

A Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC- RJ, 2015), é o órgão responsável pelo cumprimento, no âmbito estadual, das políticas educacionais do Governo Federal, regido pela norma maior da educação brasileira – a lei nº. 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A sua missão é assegurar uma educação que garanta o acesso, permanência e sucesso dos alunos dentro de sala de aula. As ações que norteiam o trabalho dos profissionais da educação devem estar voltadas para o funcionamento eficaz das escolas, pelo estímulo ao aperfeiçoamento dos professores, os recursos materiais necessários ao dia a dia da comunidade escolar e a orientação de todo o processo pedagógico, incluindo a valorização do magistério.

Conforme mostrado no organograma seguinte, a estrutura da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro possui o Gabinete do Secretário como o setor central e os demais setores subdividem as atribuições do órgão de acordo com as suas áreas de atuação. Diretamente relacionadas ao problema abordado nesse trabalho, estão a Subsecretaria de Infraestrutura e Tecnologia, no que se refere aos aspectos estruturais, e a Subsecretaria de Gestão de Pessoas, no que se refere aos aspectos de desenvolvimento e administração funcional dos profissionais da educação (SEEDUC – RJ, 2015).Conforme Olivo (2012), o nome que consta em “Gabinete do Secretário” se refere a um Agente Político auxiliar imediato do chefe do executivo (no caso é o Secretário de Estado de Educação), e os nomes que constam nas Subsecretarias se referem a ocupantes de cargos de provimento em comissão que, na acepção do artigo 37, inciso II e V da Constituição Federal, são de livre nomeação e exoneração e independem de concurso público, porque os seus critérios de nomeação são políticos.

Organograma 1 -Estrutura da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro

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4 Desde o dia 30 de abril de 2011, está em vigor a nova organização de Regionais Administrativas e Pedagógicas, conforme o Decreto 42.838 de 4 de fevereiro de 2011, que transforma a estrutura básica da SEEDUC-RJ em 14 Regionais Administrativas e Pedagógicas, além da DIESP, Diretoria Especial de Unidades Escolares Prisionais e Socioeducativas, conforme ilustra o mapa a seguir:

Mapa das Diretorias Regionais Administrativas e Pedagógicas da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro

Fonte: Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro - SEEDUC(2015)

Conforme mostrado na figura acima, o município de Nova Iguaçu é a sede das Regionais Administrativa e Pedagógica da Metropolitana I, sendo também o local onde são desenvolvidos o estudo e a análise das condições de trabalho dos profissionais da educação pública estadual do Rio de Janeiro. Essas condições de trabalho abrangem tanto os aspectos estruturais do ambiente quanto os aspectos psicológicos resultantes das relações advindas das atividades desempenhadas pelos profissionais.

De acordo com Cardoso (2012), os aspectos estruturais são relacionados ao ajustamento do corpo humano ao ambiente. Este ajustamento, realizado através da ergonomia, compreende

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5 a maneira que a pessoa se relaciona no ambiente de trabalho (ruído, temperatura, iluminação, cores e umidade) e o local de trabalho (regulagem de móveis, cadeiras, mesas e computadores). Baseando-se na afirmação de Frederick Herzberg, Camargo (2012) mostra que os aspectos psicológicos são relacionados à insatisfação resultante de fatores higiênicos e motivacionais. Os fatores externos são aqueles que o profissional não pode controlar, chamados de fatores higiênicos, como por exemplo as condições físicas do trabalho, a remuneração, as políticas da organização e o relacionamento interpessoal. No aspecto psicológico também existe a influência de fatores internos que estão sob o controle do indivíduo, chamados de fatores motivacionais, como por exemplo a realização profissional, o reconhecimento, a responsabilidade e a oportunidade de crescimento profissional.

Segundo dados de 2014 divulgados pela SEEDUC-RJ, mais de 1.200 professores da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro ficaram licenciados por depressão ou transtornos mentais. O número corresponde a 12,5% dos 9.680 mil docentes que tiraram licença médica naquele ano. O afastamento por motivos psiquiátricos é a segunda maior causa específica, perdendo apenas para os 33% por problemas ósseos e fraturas.

Gráfico 1: Motivos de Licenciamentos por Doença dos Professores da SEEDUC – RJ em 2014

*Gráfico elaborado pelo autor Fonte: SEEDUC-RJ (2015)

Para fornecer suporte aos servidores da SEEDUC-RJ, abrangendo as carreiras de magistério, administrativa e de apoio para serviços de limpeza , manutenção e de merenda, foi criada em 2011 a Assessoria Técnica de Saúde e Bem-Estar ,com o objetivo de desenvolver

3194 1210 5276 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000

Problemas Osseos e Fraturas Motivos Psiquiátricos Outros Tipos de Licenciamentos

Motivos de Licenciamentos por Doença dos

Professores da Secretaria de Estado de

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6 ações destinadas à melhoria das condições de trabalho, seguindo-se três seguimentos: saúde, segurança e qualidade de vida no ambiente de trabalho .De acordo com o publicação no site da SEEDUC-RJ em 2015 , essa Assessoria possui representantes nas Diretorias Regionais , os quais desenvolvem as ações descritas junto às unidades escolares e servidores lotados nas sedes dessas diretorias .No local abordado nesse trabalho, a Diretoria Regional Metropolitana I, a Assessoria Técnica de Saúde e Bem-Estar é composta por 3 membros, sendo duas psicólogas e um assistente social .Essa equipe desenvolve fóruns e reuniões na sede da Regional, os quais são divulgados internamente por meio eletrônico, e também realizam visitas às unidades escolares para realizar atividades relacionados aos três seguimentos dessa Assessoria. Os profissionais que necessitam de atendimento entram em contato com essa equipe, a qual busca fornecer a orientação adequada e tomar as providências dentro das suas competências, de acordo com os problemas relatados.

O Sindicato de Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (SEPE – RJ), encontra-se no outro extremo do problema e apresenta posicionamento contrário sobre a eficácia das ações adotadas pela SEEDUC- RJ. De acordo com o informado em entrevista de 2015 por uma das diretoras do SEPE – RJ, Beatriz Lugão, “o número e apoio fornecidos pela SEEDUC-RJ são insuficientes”, pois de acordo com essa diretora, “uma equipe de 30 pessoas não resolverá o problema numa rede de 70 mil professores”. Nessa entrevista, a Beatriz Lugão também disse que “os afastamentos em virtude de problemas psiquiátricos ultrapassaram os relacionados à doenças de esforço repetitivo e nas cordas vocais”.

3 – Referencial Teórico

O problema das condições de trabalho nas unidades escolares e os seus efeitos negativos interferem diretamente no trabalho desempenhado pelos profissionais da educação pública estadual no município de Nova Iguaçu/RJ. Seguindo a mesma temática desse problema, Abramovay e Rua (2003) são uma fonte de consulta importante para a formulação dos debates sobre o enfrentamento da violência escolar. De um ponto de vista singular, a sua obra fornece dados inéditos sobre a análise do problema discutido e qual a extensão que ele foi capaz de alcançar.

Conforme mostrado no trabalho de Abramovay e Rua (2003), essa análise foi proporcionada por uma ação nunca feita anteriormente, abrangendo 13 Unidades da Federação e o Distrito Federal. A amplitude da pesquisa fez com que a UNESCO utilizasse Abramovay e Rua (2003) para direcionar as ações a serem tomadas no Brasil, priorizando as deficiências e aplicando as ações descritas na obra. Desse modo, o estudo baseado nessa obra fornece subsídios racionais e eficazes para a compreensão de alguns dos fatores que acarretam no surgimento do problema discutido neste trabalho e contribuem para o desenvolvimento de ações específicas para enfrenta-lo. O livro, que despertou a atenção de pesquisadores, acadêmicos e formuladores de políticas, focaliza as situações de violência presente na escola e vai ao encontro do tema abordado nesta pesquisa, pois demonstra como a violência prejudica os profissionais da educação no cumprimento da função institucional das unidades escolares.

Seguindo a mesma temática encontra-se Rosa (2010), com um trabalho que abrange o desenvolvimento de planos de ações e ideias para combater o problema de forma eficaz. A publicação foi realizada com o objetivo de obter entendimento sobre os motivos que levam o

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7 surgimento do problema da violência escolar, ao identificar os seus diferentes modos de manifestação e em quais destes tem se apresentado com maior destaque. Utilizaremos esse referencial com o intuito de identificar a influência deste problema nas condições de trabalho dos profissionais da educação pública estadual em Nova Iguaçu/RJ, pelo fato de que os mais prejudicados são os docentes, os quais são parte integrante e fundamental no processo ensino aprendizagem.

As condições estruturais de trabalho relacionadas ao desempenho das atividades dos profissionais de educação são um aspecto que não foi abordado de forma aprofundada pelos autores até então utilizados. Para fornecer embasamento nesse aspecto do problema, utiliza-se Curso e Paoliello (2014) para a análise de soluções referentes aos problemas das condições de trabalho dos profissionais da educação causados pelas deficiências na ergonomia do ambiente escolar e as experiências de soluções ante problemas deste tipo enfrentados em escolas de outro estado. Neto et al.(2013) fornecem parâmetros para avaliar as condições físicas de trabalho especificamente para os profissionais da educação, pois com a avaliação da infraestrutura escolar pode-se definir as ações que devem ser priorizadas.

Para tanto, é importante investigar a percepção que os educadores possuem sobre a temática. Motta, Fernandes e Cortez (2012) possibilitam analisar a ergonomia nas escolas de acordo com a visão dos educadores, utilizando o posicionamento desses profissionais para formular as medidas a serem desenvolvidas para os docentes das escolas estaduais em Nova Iguaçu / RJ.

Silva (2006) proporciona um embasamento teórico e prático sobre os problemas psicológicos que afetam os professores regentes de escolas localizadas em áreas onde a realidade seja similar à vivida pelos profissionais que atuam no universo do problema estudado. O material aborda a experiência prática e análise do trabalho realizado em uma escola pública do ensino fundamental localizada em uma região carente do município do Rio de Janeiro, geograficamente próxima e com condições semelhantes das escolas de Nova Iguaçu, local da pesquisa desse trabalho. O estudo de Silva (2006), proporciona que seja feita a relação entre o “Burnout”, concebido como síndrome da desistência relacionada à dor do profissional que perde sua energia no trabalho, com as condições de trabalho dos profissionais da educação.

4– Plano de Ação

O Plano de ação para atuar sobre os fatores internos e externos prejudiciais à saúde física e mental dos profissionais da educação, inerentes às condições de trabalho relacionadas ao ensino público estadual no município de Nova Iguaçu/RJ foi elaborado seguindo-se a ferramenta 5W1H, conforme descrito na tabela seguinte.

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8 Tabela 1 – Plano de Ação – 5W1H

O que fazer (What) Onde (Where) Por quê (Why) Quando (When) Quem (Who) Como (How) Diminuir o número de profissionais licenciados por problemas de saúde físicos. Nas unidades escolares estaduais de Nova Iguaçu-RJ. Para melhorar as condições físicas de trabalho. Antes do início dos períodos letivos. O setor responsável por inspecionar a estrutura física das unidades escolares, profissionais da saúde e de educação física. Adequando as condições de ergonomia no ambiente de trabalho, conforme orientações dos profissionais de saúde. Realizar exames periódicas relacionados a saúde física, desenvolver atividades laborais com os profissionais de educação física. Fornecer condições satisfatórias ao profissional para ter acesso aos

locais de trabalho e com a devida segurança. No ambiente externo ao redor das unidades escolares estaduais de Nova Iguaçu/RJ. (ruas, estradas, praças, etc.). Para constatar as condições de acesso e segurança ao redor do ambiente de trabalho. Durante os períodos letivos. O setor de infraestrutura da SEEDUC- RJ em parceria com as associações de moradores, prefeitura e as áreas de segurança municipal e estadual. Através da elaboração de planos conjuntos de segurança, realização de obras para infraestrutura urbana, transporte público nas localidades necessitadas, acompanhamento e avaliação periódica dos resultados. Diminuir a ocorrência de violência dentro do ambiente escolar. Nas unidades escolares estaduais de Nova Iguaçu/RJ. Para verificar quais os casos recorrentes e os tipos de violência praticada. A cada 15 dias de modo contínuo. A Assessoria de Saúde e Bem Estar da SEEDUC-RJ e o setor pedagógico das unidades escolares. Analisar a situação socioeconômica dos alunos envolvidos, a motivação dos casos de violência e definir providências.

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9 Tabela 1 – Plano de Ação – 5W1H (Continuação)

O que fazer (What) Onde (Where) Por quê (Why) Quando (When) Quem (Who) Como (How) Diminuir o número de profissionais licenciados por problemas de saúde mentais. Nas unidades escolares estaduais de Nova Iguaçu/RJ. Para detectar e prevenir doenças relacionadas a problemas mentais. Durante os períodos letivos. A Assessoria de Saúde e Bem Estar da SEEDUC-RJ em conjunto com profissionais externos (psicólogos e psiquiatras). Realização de exames e consultas periódicas, em períodos estabelecidos por profissionais da saúde.

*Tabela elaborada pelo Autor Fonte: DME/ ESALQ / USP (2015)

5 –Conclusão

Os resultados das pesquisas dos questionários aplicados mostram que as condições de trabalho dos profissionais da educação pública estadual do município de Nova Iguaçu/RJ apresentam características diferenciadas de acordo com a localização das unidades escolares. Para 70% dos profissionais, as características socioeconômicas dos bairros e distritos influenciam no comportamento dos discentes dentro do ambiente escolar. Para 55% dos profissionais, o acesso à algumas unidades escolares é dificultado pela falta de pavimentação em algumas regiões, falta de transporte público, pela ausência do policiamento público no ambiente em torno da unidade escolar e influência do crime organizado na região.

As condições ergonômicas dos ambientes de trabalho necessitam de investimentos para a prevenção de casos de afastamentos por problemas físicos de saúde, de acordo com 90% dos profissionais. Os ambientes de trabalho inadequados foram detectados em todas as localidades visitadas. As unidades que dispõem de uma melhor estrutura para o trabalho são aquelas que foram reformadas, inauguradas recentemente ou que possuem projetos pilotos e diferenciados de ensino, sendo que estas unidades citadas não chegam a representar 10% do total.

O aumento de problemas de saúde mentais daqueles que atuam nas unidades escolares é, para 45% dos profissionais, influenciado pela insegurança durante o desempenho do trabalho e para 55 % dos profissionais é influenciado pelo desgaste ocasionado em virtude do comportamento indisciplinado dos discentes. Desse modo, verifica-se que, em relação aos aspectos psicológicos, as condições de trabalho dos profissionais são prejudicadas quando existe um corpo discente que frequenta as unidades escolares com comportamento inadequado e também quando os profissionais das unidades não possuem a garantia de ter a sua integridade física e sua segurança assegurada durante o trabalho.

O que se verifica consensualmente nos casos é que na maioria das unidades os profissionais apresentam ideias e desenvolvem projetos locais de adequação das condições de

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10 trabalho na educação pública estadual no município de Nova Iguaçu /RJ. Porém, de acordo com os responsáveis por essas unidades, para ser obter eficácia e continuidade, é necessário que as ações sejam realizadas de forma constante e em conjunto com outros órgãos, principalmente das áreas de saúde, segurança e de obras públicas.

6– Referências Bibliográficas.

ABRAMOVAY, Miriam Violências nas escolas. Brasília: UNESCO Brasil, REDE PITÁGORAS, Coordenação DST/AIDS do Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos do Ministério da Justiça, CNPq, Instituto Ayrton Senna, UNAIDS, Banco Mundial, USAID, Fundação Ford, CONSED, UNDIME, 2002.

CAMARGO, Denise de.Psicologia organizacional. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB,2009.

CARDOSO, Patrícia A. Gestão de Operações e Logística II. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasilia]:CAPES: UAB,2012.

CURSO, Leila S. F. PAOLIELLO, Carla. ANÁLISE ERGONOMICA DO TRABALHO:

ESTUDO DE CASO DO MOBILIÁRIO EXISTENTE NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO VALE DO AÇO. Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário do Leste de Mina

Gerais /Unileste-MG.2014.

ESALQ -Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz- Universidade de São Paulo.

Disponível em:<http://www.esalq.usp.br> Acesso em: 6 jun. 2015.

MOTTA, A. C. S.; FERNANDES, F. L. F.; CORTEZ, P. J. O. Percepção por professores de

aspectos ergonômicos de escolas de município do Sul de Minas Gerais. Brasil. Arquivos

Brasileiros de Ciências da Saúde, v.37, n. 1, p. 14-18, Jan/Abr. 2012.

NETO, J.J.S. et al. UMA ESCALA PARA MEDIR A INFRAESTRUTURA ESCOLAR Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 24, n. 54, p. 78-99, jan./abr. 2013

OLIVEIRA, José A. Gestão de pessoas no setor público. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] CAPES: UAB, 2012.

OLIVO, Luiz C. C. Direito Administrativo. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2012.

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11 ROSA, Maria J. A. VIOLÊNCIA NO AMBIENTE ESCOLAR: REFLETINDO SOBRE

AS CONSEQUÊNCIAS PARA O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM. Itabaiana:

GEPIADDE, Ano 4, Volume 8 | jul. Dez de 2010.

SEEDUC – RJ. Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro. Disponível em:

<http://www.R.J.gov.br/web/seeduc> Acesso em: 7 jun. 2015.

SILVA, Maria E. P. Burnout: por que sofrem os professores? Artigo. ESTUDOS E PESQUISAS EM PSICOLOGIA, UERJ. R.J., ANO 6, N. 1, 1º SEMESTRE DE 2006.

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12 ANEXO A – Questionário sobre condições de trabalho

Questionário sobre condições de trabalho

1) As características socioeconômicas dos bairros e distritos influenciam no comportamento dos discentes dentro do ambiente escolar?

( ) Sim

( ) Não

2) O acesso ao seu local de trabalho é dificultado pela falta de pavimentação, e/ou falta de transporte público e/ou pela ausência do policiamento público no ambiente em torno da unidade escolar e/ou pela influência do crime organizado na região?

( ) Sim

( )Não

3) As condições ergonômicas do seu local de trabalho (ruído, temperatura, iluminação, cores, umidade, regulagem de móveis, cadeiras, mesas e computadores) necessitam de investimentos para a prevenção de casos de afastamentos por problemas físicos de saúde? ( ) Sim ( ) Não

4) Qual dos fatores contribui diretamente para o surgimento de problemas mentais de saúde dentro do ambiente escolar para os profissionais da educação?

( ) Insegurança durante o desempenho do trabalho.

Referências

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