• Nenhum resultado encontrado

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA UEPB PRÓ-REITORIA DE GESTÃO FINANCEIRA PROFIN ANÁLISE DA SITUAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA DA UEPB

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA UEPB PRÓ-REITORIA DE GESTÃO FINANCEIRA PROFIN ANÁLISE DA SITUAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA DA UEPB"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

UEPB/PROFIN Página 1

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB PRÓ-REITORIA DE GESTÃO FINANCEIRA – PROFIN

ANÁLISE DA SITUAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA DA UEPB

A Universidade Estadual da Paraíba-UEPB é uma entidade autárquica estadual, vinculada a Secretaria de Estado da Educação, que tem como principal fonte de recursos o tesouro estadual. A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 207 garante a autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial e a Lei Estadual nº 7.643, de 06 de agosto de 2004, assegura os recursos financeiros necessários à manutenção dessa instituição de ensino superior.

No entanto, desde 2010, essa conceituada autarquia vem acumulando e suportando os impactos negativos resultantes da ausência de recebimento de seu duodécimo – dezembro de 2010 – e/ou recursos orçamentários e financeiros insuficientes para a sua demanda.

Desta forma, a atual gestão viu-se obrigada a conter gastos com o objetivo de atender o § 1º do art. 1º, da Lei Complementar n.101 de 04 de maio de 2000 que assim dispõe:

§ 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar. (Grifo nosso)

1. DA RECEITA ORDINÁRIA ARRECADADA PELO ESTADO:

Os recursos orçamentários e financeiros destinados a UEPB constarão em rubrica própria no orçamento do estado e serão calculados, anualmente, com base na receita ordinária prevista para o respectivo exercício financeiro, conforme art. 3º da Lei Estadual nº 7.643/2004. Além disso, o § 3º, desse mesmo artigo, assegura que o percentual de cada exercício não poderá ser inferior ao do exercício anterior.

(2)

UEPB/PROFIN Página 2 Desse modo, no planejamento para elaboração da peça orçamentária de cada exercício, deve-se observar o comportamento da receita ordinária arrecadada pelo Estado nos últimos doze meses e o percentual destinado a UEPB no último exercício, de modo a determinar o valor devido a título de duodécimo. Assim, deve-se considerar dois fatores indissociáveis: o valor da receita ordinária arrecadada pelo Estado e o percentual disponibilizado a UEPB, no exercício anterior.

A lei 7.643/2004, em seu art. 6º, conceitua receita ordinária como a receita dos impostos, taxas e contribuições arrecadadas diretamente pelo Estado, somada ao valor das transferências da União para o Estado definidas nos artigos 157 e 159 da Constituição Federal, subtraídos os valores devidos aos Municípios – 25% do ICMS e quota do IPI, 50% do IPVA – e ao Fundo instituído pela Lei n. 9.424, de 24 de dezembro de 1996, FUNDEF, - 15% da quota estadual do ICMS, IPI, FPE e recursos decorrentes da Lei Complementar Federal n. 87, de 13 de setembro de 1996.

De acordo com o comportamento da receita ao longo desses anos, observamos um crescimento na arrecadação da receita ordinária de 2005 a 2013, e um decréscimo no percentual aplicado a UEPB, conforme abaixo:

Fonte: SAIF

1

*Valor repassado no ano s/o recurso de museu

2

**Valor repassado no ano s/o duodécimo de dezembro

3

***Receita Ordinária publicada pelo Estado

ANO Duodécimo Receita

Ordinária*** Participação % do duodécimo na Receita ordinária 2005 63.665.458,51 2.235.707.807,41 2,8% 2006 81.246.831,22 2.503.221.349,03 3,2% 2007 98.124.604,87 2.799.756.780,40 3,5% 2008 152.600.612,41 3.248.814.898,58 4,7% 2009 (*)1 168.647.078,59 3.237.932.618,71 5,2% 2010(**)2 180.323.000,00 3.688.002.779,52 4,9% 2011 211.498.994,15 4.679.962.137,76 4,5% 2012 230.769.262,00 5.219.172.349,49 4,4% 2013 237.650.800,07 5.721.794.252,00 4,2% 2014(***)3 248.061.000,00 6.837.893.963,10 3,6%

(3)

UEPB/PROFIN Página 3 Da análise dos valores apresentados, observamos que a receita ordinária é sempre crescente em sua arrecadação, porém o percentual em relação à participação da autarquia nesse tipo de receita decresce ao longo dos exercícios financeiros, de modo que em 2009 o valor disponível a UEPB, a título de duodécimo, foi de 5,215% e em 2014 3,628% da receita ordinária diretamente arrecadada pelo Estado, fato que não atende o que preceitua o § 3º do art. 3º da Lei Estadual nº7.643/2004.

O art. 8º da Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, determina que, até trinta dias após a publicação da lei orçamentária anual, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. Portanto, a publicação se dá através do diário oficial do Estado. No entanto, desde 2012 o valor previsto no cronograma mensal de desembolso não é revisto conforme o comportamento da arrecadação da receita ordinária ao longo do ano, sujeitando a instituição a um grande prejuízo financeiro, fato que contraria o art. 4º da Lei Estadual nº 7.643/2004. O referido artigo determina que o cálculo do duodécimo tenha como base o valor da receita ordinária diretamente arrecadada do mês anterior, portanto o desempenho da arrecadação é fator imprescindível para o cálculo do duodécimo da universidade, que deve acompanhar essa oscilação da receita.

2. DA TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS À UEPB:

O art. 2º da Lei 7.643, de 06 de agosto de 2004, determina que os recursos destinados, no orçamento do Estado, à UEPB para o respectivo exercício financeiro serão transferidos pelo Poder Executivo diretamente à Universidade. No entanto, não há transferência de recursos desde 2012. O valor determinado no cronograma de desembolso é fixado em quotas mensais no sistema Siaf-Sistema de Administração Financeira pela SEFIN-Secretaria de Finanças do Estado da Paraíba, geralmente no último dia útil do mês.

(4)

UEPB/PROFIN Página 4 Na elaboração da peça orçamentária, que deve estar em conformidade com a LDO-Lei de Diretrizes Orçamentárias e o PPA-Plano Plurianual, deve-se estar claro os objetivos concretos para o período considerado, bem como o valor dos recursos humanos e materiais necessários à sua materialização. Por isso, a doutrina determina a elaboração de um estudo pormenorizado da despesa realizada do ano anterior, juntamente com a despesa prevista do ano em que se elabora a proposta e da despesa prevista para o exercício a que se refere à proposta orçamentária, de modo a demonstrar as reais necessidades e anseios do público que se deseja atingir.

No entanto, para que esse planejamento torne-se realidade concreta, precisa-se de recursos financeiros para o seu financiamento. A lei 7.643/2004 foi criada para garantir esses recursos à Universidade – arts. 1º e 2º - de modo que através de sua aprovação por seus representantes, o povo decidiu a maneira de como isso se daria – arts. 3º e 4º. E na LOA de cada ano, novamente o povo manifesta a sua vontade, através de seus representantes, para alcançar suas aspirações no plano educacional superior em nosso Estado. Porém, frustram-se em seus propósitos ao vislumbrar que ambas as leis são desrespeitadas, já que da análise do orçamento da Universidade ao longo dos anos, percebemos, cristalinamente, que os créditos orçamentários aprovado na LOA não estão sendo utilizados pela instituição por ausência de recursos financeiros, uma vez que os valores inicialmente previstos no cronograma de desembolso não são revistos e ajustados de acordo com o comportamento da arrecadação.

Dessa forma, os créditos orçamentários aprovados em lei para financiar as ações e objetivos planejados pela UEPB estão servindo de fonte para cobertura de déficits orçamentários de outras entidades estaduais sob a forma de destaque (descentralização de créditos orçamentários externa, entre unidades gestoras de órgãos ou entidades de estrutura diferente, onde se anula créditos na universidade e suplementa na unidade de estrutura diversa) ou sob a forma de provisão (quando a descentralização de créditos orçamentários é interna, pois envolve unidades gestoras de um mesmo órgão), conforme vislumbramos no diário oficial, no último dia de cada ano. De 2009 a 2012, perdemos R$ 70.738.795,00 de créditos orçamentários aprovados em lei para a UEPB, porque foram anulados e destinados a outros órgãos.

(5)

UEPB/PROFIN Página 5 EXERCÍCIO ORÇAMENT O INICIAL (A) ORÇAMENTO FINAL (B) DIFERENÇA (B-A) VARIAÇÃO (%) 2009 193.988.565,00 179.794.179,00 -14.194.386,00 -7,3% 2010 197.212.866,00 189.537.924,00 -7.674.942,00 -3,9% 2011 254.256.637,00 251.676.637,00 -2.580.000,00 -1,0% 2012 285.808.705,00 239.519.238,00 -46.289.467,00 -16,2% 2013 241.360.000,00 247.860.000,00 6.500.000,00 2,7% Fonte: SIAF

Em 2009, o valor proposto na LOA para a UEPB foi reduzido em 7,32%. Em 2010 3,89%, salientando que nesse exercício não foi repassado o duodécimo de dezembro, desrespeitando o artigo quarto da Lei 7.643/2004 que garante a regularidade dos repasses a cada mês. 2011 1,01%, 2012 16,2% e em 2013 o orçamento estava tão aquém da realidade institucional que foi preciso reforçar em R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) os créditos orçamentários na natureza de despesa pessoal e encargos para garantir o pagamento do décimo terceiro salário dos servidores e respectivas obrigações patronais.

Fonte: SIAF EXERCÍCIO ORÇAMENTO FINAL DESPESA EMPENHADA PERCENTUAL FORMA EXECUÇÃO 2009 179.794.179,00 171.632.976,80 95,46% FIXADO/REPASSE 2010 189.537.924,00 189.502.646,21 99,98% REPASSE 2011 251.676.637,00 215.719.410,51 85,71% REPASSE 2012 239.519.238,00 235.754.439,85 98,43% FIXADO 2013 247.860.000,00 241.131.848,88 99,91% FIXADO

(6)

UEPB/PROFIN Página 6

4. DA EXECUÇÃO ORÇAMEMENTÁRIA – FONTE 00/01:

Fonte: SIAF

Portanto, da análise dos dados, vislumbramos claramente que apesar do volume de recursos do duodécimo da UEPB ter crescido, a sua participação percentual na receita ordinária do Estado vem caindo drasticamente. Enquanto isso, as despesas da instituição crescem vegetativamente, tanto pelo fato do aumento das demandas por investimento e manutenção, já que hoje a UEPB encontra-se distribuída por quase todo o Estado, com oito campis, como pelo acréscimo nos valores correspondentes a DESPESAS ORÇAMENTÁ RIAS EMPENHADAS 2009 2010 2011 2012 2013 Despesas Correntes 147.966.476,61 173.016.627,33 189.508.979,30 216.257.449,17 235.259.590,03 Pessoal e Encargos 133.283.117,57 153.845.129,06 163.976.080,96 190.900.935,50 208.597.177,89 Outras Despesas Correntes 14.683.359,04 19.171.498,27 25.532.898,34 25.356.513,67 26.662.412,14 Despesas de Capital 23.666.500,19 16.486.018,88 26.210.431,21 19.496.990,68 5.872.258,85 Total das Despesas Orçamentárias 171.632.976,80 189.502.646,21 215.719.410,51 235.754.439,85 241.131.848,88 PERCENTUAL - 10,4 % 13,8 % 9,3 % 2,3 % Duodécimo 168.854.078,59 180.323.000,00 211.498.994,15 230.769.262,00 237.650.800,07 PERCENTUAL - 6,8 % 17,3 % 9,1 % 3 % Receita Ordinária Arrecadada pelo Estado 3.237.932.618,71 3.688.002.779,52 4.679.962.137,76 5.219.172.349,49 5.721.794.252,00 PERCENTUAL - 13,9 % 26,9 % 11,5 % 9,6%

(7)

UEPB/PROFIN Página 7 despesas com pessoal, ano após ano, originário da valorização do seu corpo docente e técnico pelos respectivos planos de cargos e carreiras - aprovado em 2007, cuja existência foi possibilitada exatamente pela aprovação da Lei 7.634/2004 que garantia a instituição uma receita regular, baseada na arrecadação do Estado, representada pelo seu duodécimo.

A- DAS DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS:

Comparando-se os gastos com pessoal e encargos da Universidade em relação ao Poder Executivo temos:

Período Poder Executivo UEPB Percentual

2009 2.829.272.399,47 133.283.117,57 4,7 % 2010 3.383.193.366,83 153.845.129,06 4,5% 2011 3.394.029.204,95 163.976.080,96 4,8 % 2012 3.871.707.136,20 190.900.935,50 4,9 % 2013 4.163.942.244,61 208.597.177,89 5% Fonte: Relatório da PCA do Governo do Estado da Paraíba de 2013

Salientamos que um percentual considerado do duodécimo da Universidade só circula, pois em atendimento a mandamento legal previdenciário e tributário, há apenas circulação de recursos entre o erário estadual e a conta gestora da UEPB, já que os servidores da Universidade são, em sua maioria, efetivos e contribui para a previdência oficial do Estado da Paraíba.

Dessa forma, uma parte dos recursos do duodécimo auxilia na cobertura do déficit previdenciário da PBPREV, seja através da parte patronal (22%) seja das retenções de seus servidores (11%), repassando a autarquia previdenciária os valores devidos. O mesmo acontece com o Imposto de Renda retido na fonte de seus servidores e demais prestadores de serviço, caso ocorra à incidência do referido tributo, os quais são repassados ao tesouro como determina a legislação vigente.

(8)

UEPB/PROFIN Página 8 PERÍODO PBPREV IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE (SERVIDORES E PRESTADORES DE SERVIÇO) 2009 31.964.206,88 12.003.116,62 2010 30.648.791,93 13.475.916,47 2011 37.721.720,49 18.030.757,66 2012 37.604.550,60 18.315.774,46 2013 47.738.095,37 23.750.049,03 TOTAL 185.677.365,27 85.575.614,24 Fonte: SIAF

B- DAS OUTRAS DESPESAS CORRENTES:

Nesse grupo de natureza da despesa pública estão inclusas as despesas de manutenção das entidades públicas, suprimindo as despesas com pessoal e encargos. Comparando a UEPB com o Estado da Paraíba:

Período Estado – custeio (fontes

00/01/03 e 10) UEPB – custeio Percentual

2009 609.785.048,33 14.683.359,04 2,4% 2010 637.274.078,78 19.171.498,27 3% 2011 882.560.291,26 25.532.898,34 2,9% 2012 1.062.074.066,58 25.356.513,67 2,4% 2013 1.185.918.717,40 26.662.412,14 2,2% Fonte: Relatório da PCA do Governo do Estado da Paraíba de 2013

(9)

UEPB/PROFIN Página 9

C- DAS DESPESAS DE CAPITAL:

Classificam-se nessa categoria de despesa pública aquela que contribui, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.

Período Estado Investimentos (fontes 00/01/03 e 10) UEPB – desp. capital Percentual 2009 189.310.894,82 23.666.500,19 12,5% 2010 210.076.226,24 16.486.018,88 7,8% 2011 153.306.622,56 26.210.431,21 17,1% 2012 248.884.932,78 19.496.990,68 7,8% 2013 185.841.232,50 5.872.258,85 3,2% Fonte: Relatório da PCA do Governo do Estado da Paraíba de 2013

D- DAS DESPESAS NA FUNÇÃO EDUCAÇÃO – RECURSOS

ORDINÁRIOS DO ESTADO:

As despesas do Estado da Paraíba na função educação com recursos oriundos das fontes 00/01/03/10 em comparação a UEPB:

Período Fonte 00/01/03/10 (função 12) UEPB – 00/01 (função 12) Percentual 2009 960.431.826,93 168.299.400,38 17,5% 2010 1.053.653.412,54 187.158.370,03 15,1% 2011 1.242.443.159,47 213.670.490,98 17,2% 2012 1.281.556.893,51 234.248.648,82 18,3% 2013 1.428.848.851,90 240.582.946,07 16,8% Fonte: Relatório da PCA do Governo do Estado da Paraíba de 2013

(10)

UEPB/PROFIN Página 10

5. DA PROVISÃO DO DÉCIMO TERCEIRO E SEUS ENCARGOS:

O parágrafo único do art. 4º da Lei Estadual nº 7.643/2004 determina que cabe à UEPB proceder, mensalmente, a provisão do décimo terceiro e seus encargos de modo a garantir a gratificação natalina a seus servidores. Desde 2012 a Universidade não consegue atender essa norma na sua totalidade, uma vez que não possui recursos financeiros suficientes para provisionar os doze meses necessários e garantir a sua manutenção mensalmente, posto que o Poder Executivo descumpre os preceitos da Lei 7.643/2004, fazendo com que a UEPB, por consequência, não observe o art. 7º do Decreto nº 34.769, de 06 de fevereiro de 2014, conjuntamente com a Lei 7.643/2004 e o Princípio da Competência, mesmo contra o seu alvedrio.

No exercício de 2012 e 2013 precisou do auxílio do Governo do Estado da Paraíba para fazer jus a essas despesas no final do exercício financeiro, pagando a seus servidores depois de outros órgãos e Poderes. Porém antes desses exercícios, quando a instituição recebia seu duodécimo em conta corrente bancária, em valores aproximados a realidade da arrecadação, a UEPB cumpria rigorosamente esse artigo, sem auxílio algum do Poder Executivo no final do ano, inclusive pagando a seus servidores o décimo terceiro em novembro, como determina a Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.

6. DA LEI 9.000/2009:

A Lei 9.000, de 30 de dezembro de 2009, publicada no Diário Oficial de 31 de dezembro de 2009, autoriza o Poder Executivo a contratar, em nome do Estado da Paraíba, junto ao BNDES, operação de crédito no valor de R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais) destinados a viabilizar a realização de despesas de capital previstas nos orçamentos anuais da UEPB.

Em 2011, foi previsto na Lei nº 9.331, de 12 de janeiro de 2011, créditos orçamentários no valor de R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais) oriundos da fonte de recursos 46 – operação de crédito interna, no entanto, pela ausência de recursos financeiros para a realização da despesa pública, tais créditos não foram utilizados.

Em 2012, foi previsto na Lei n.9.658, de 06 de janeiro de 2012, créditos orçamentários na ordem de R$ 40.000.000,00 (quarenta milhões de reais) oriundos da

(11)

UEPB/PROFIN Página 11 fonte de recursos 46 que também não foram utilizados pela ausência de recursos financeiros.

Em 2013, foi previsto na Lei 9.949, de 02 de janeiro de 2013, créditos orçamentários de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais) da fonte 46 que, de igual modo, não foram utilizados pela ausência de cobertura financeira dessa fonte de recursos.

Em 2014, foi previsto na Lei 10.262 de 03 de fevereiro de 2014, créditos orçamentários de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais) da fonte 146 (antiga fonte 46) que, de igual modo, ainda não foram utilizados pela ausência de cobertura financeira dessa fonte de recursos.

7. PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA PARA 2014 E SUA EXECUÇÃO:

A Lei n. 10.262 de 03 de fevereiro de 2014, publicada no Diário Oficial do Estado, fixou o valor de R$ 248.061.000,00 (duzentos e quarenta e oito milhões e sessenta e um mil reais), na fonte de recursos 112, antiga fonte 00/01, ou seja, recursos oriundos do duodécimo, distribuídos da seguinte forma:

Fonte: SIAF DESPESAS ORÇAMENTÁRI AS – Fonte 112 LOA 2014 – Fonte 112 EXECUÇÃO – Fonte 112 (até 30/ABRIL/14) RESERVAS ORÇAMENTÁRIAS – Fonte 112 (até 30/ABRIL/14) SALDO ORÇAMENTÁRIO – Fonte 112 (até 30/ABRIL/14) Despesas Correntes 244.897.000,00 80.628.647,20 3.143.594,77 161.124.758,03 Pessoal e Encargos 230.020.034,00 73.067.197,76 - 156.952.836,24 Outras Despesas Correntes 14.876.966,00 7.561.449,44 3.143.594,77 4.171.921,79 Despesas de Capital 3.164.000,00 874.714,80 891.297,64 1.397.987,56 TOTAL DAS DESPESAS ORÇAMENTÁRI AS 248.061.000,00 81.503.362,00 4.034.892,41 162.522.745,59

(12)

UEPB/PROFIN Página 12 No entanto, salientamos que tais créditos orçamentários são insuficientes para a demanda da instituição, visto que se em 2013 os gastos com outras despesas correntes foram R$ 26.662.412,14 (vinte e seis milhões e seiscentos e sessenta e dois mil e quatrocentos e doze reais e quatorze centavos), em 2014, mesmo com a política de contenção de despesas implantados pela atual gestão, não há como adaptar os créditos orçamentários aprovados até o fim do ano a real necessidade institucional, visto que o valor de R$ 14.876.966,00 (quatorze milhões e oitocentos e setenta e seis mil e novecentos e sessenta e seis reais) é deficitário em 44,20% do valor executado em 2013 para cobrir as mesmas naturezas de despesas, sem programar nenhuma nova ação ou projeto.

As reservas orçamentárias existentes são insuficientes para as despesas fixas e mensais de 2014 até o final do exercício financeiro, tais como: locação de imóvel, serviço de manutenção de elevadores, despesas com passagens e locomoção, material de consumo, água, telefonia, energia, albergados, manutenção de equipamentos da academia do curso de educação física, locação de copiadora, aquisição de equipamentos e mobiliário em geral, manutenção do sistema da biblioteca, serviços de malote, combustível, construção no campus VIII, entre outras.

Por ausência de créditos orçamentários não pudemos efetuar reservas para contratação de pessoa jurídica para prestação de serviços de limpeza e segurança armada. Desse modo, não há créditos orçamentários suficientes para as despesas com auxilio financeiro a estudantes até o fim do ano, de modo que o saldo que temos, nesse elemento de despesa, financia apenas mais dois meses (maio e junho de 2014). Portanto, do saldo orçamentário de R$ 4.171.921,79 (quatro milhões e cento e setenta e um mil e novecentos e vinte e um reais e setenta e nove centavos), 53% trata-se de créditos orçamentários referentes a auxílio financeiro a estudantes, que poderão ser anulados caso haja necessidade em outros elementos de despesas cujos saldos das dotações são insuficientes e não possuem reserva orçamentária e/ou estas são exíguos. Assim, há menos de dois milhões de reais para as demais despesas orçamentárias na natureza da despesa - outras despesas correntes – para a competência de abril de 2014, cujos processos são empenhados em maio de 2014 – depois de fixados no Siaf-Sistema de Administração Financeira, no último dia útil do mês de abril de 2014, o valor exato publicado no cronograma mensal de desembolso.

(13)

UEPB/PROFIN Página 13 Vale salientar que precisamos de uma média de R$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais), mensalmente, para a manutenção da instituição, excluindo a aquisição de bem permanente e obras, bem como despesas com pessoal e encargos.

8. DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Diante do exposto, verificamos a situação limite em que a Universidade Estadual da Paraíba encontra-se no exercício atual com relação aos recursos oriundos do tesouro, principal fonte para assegurar o seu funcionamento.

Campina Grande - PB, 02 de maio de 2014.

Giovana Carneiro Pires Ferreira Pró-Reitora de Gestão Financeira da UEPB

Referências

Documentos relacionados

A disponibilização de recursos digitais em acesso aberto e a forma como os mesmos são acessados devem constituir motivo de reflexão no âmbito da pertinência e do valor

O documentário ‘Palestina, Brasil’ foi produzido com equipamentos próprios, emprestados e equipamentos cedidos pelo Departamento de Jornalismo da Universidade Estadual da Paraíba,

Segundo Assaf Neto (2009) consiste na determinação do tempo necessário para que o dispêndio de capital seja recuperado por meio de fluxos de caixas promovidos pelo

Neste sentido, este trabalho busca avaliar os tipos de perdas de água através do método do Balanço Hídrico e dos Indicadores de Desempenho, propostos pela

Além disso, segundo a auto avaliação dos alunos, a dinâmica vivencial Mão na Massa contribuiu significativamente para a aprendizagem, nos três níveis de aprendizagem

O paradigma Draco [46] pode ser caracterizado por diversos pontos de vista [47]: originalmente, foi desenvolvido para prover um método para construir software a partir de

O principal manejo no tratamento da diabetes mellitus consiste na orientação dietética e nutricional a fim de reduzir as complicações decorrentes dos efeitos

Esse resultado é coerente com a abordagem anterior, onde as concentrações do soluto na mistura cossolvente-água apresentava uma diferença percentual maior (em