Supernovas e a Energia Escura
Josh Frieman
Componentes do Universo
Matéria Escura: mantém galáxias juntas
Energia Escura: acelera a expansão do Universo
ENERGIA
ESCURA MATÉRIAESCURA
MATÉRIA NORMAL
Aglomerado Abell 0957
Aglomerado Abell 2255
Aglomerado do Sloan Digital Sky Survey (SDSS)
Aglomerado mais
distante do SDSS
O Universo em Expansão
As galáxias mais distantes parecem mais vermelhas que
as mais próximas
Elas estão se afastando de nós, com:
velocidade (redshift) ∝ distância
Hubble 1929
Uma galáxia distante
100 milhões de anos-luz está se
afastando de nós
a
3200 quilômetros por segundo
Uma galáxia distante
200 milhões de anos-luz está se
Edwin Hubble
(1889-1953)
Discobrou a
expansao do
Universo
Hubble Space Telescope
<#>
Bola de basquete do Hubble
Resultados
do
Telescópio
Espacial
Hubble
Hubble parameterO Universo
em
14
A distância entre
galáxias cresce com o
tempo
O comprimento de
onda da luz aumenta
com o tempo na
15
Na média, galáxias estão em repouso nestas
coordenadas em expansão O comprimento de onda da luz cresce com o fator de escala Redshift da luz: Emitido em t1, observado em t2 Redshift indica diretamente tamanho relativo do Universo
quando a luz foi emitida
a(t
1)
a(t
2)
λ
~ a(t)
1+ z = λ(t2) λ(t1) = a(t2) a(t1)A expansão do Universo muda
com o tempo?
Gravitação:
tudo no Universo atrai todo o restante
a expansão do Universo* deveria desacelerar
com o tempo
Distância
entre 2
galáxias
Tempo Cósmico 1980’s: O Universoexpandirá para sempre ou recolapsará num Big Crunch? Hoje Em todos esses casos, expansão desacelera devido à gravitação
Distância
entre 2
galáxias
Tempo Cósmico Pouco 1980’s: O Universoexpandirá para sempre ou recolapsará num Big Crunch? Quanta Matéria Escura existe? Hoje Em todos esses casos, expansão desacelera devido à gravitação Muito
Distância
entre 2
galáxias
Tempo Cósmico Pouco 1998: Expansão tem acelerado nos últimos 5 bilhões de anos Hoje MuitoQual é a evidência para a aceleração cósmica?
O que poderia estar causando a aceleração
cósmica?
21
22 Espectro da luz de diferentes tipos de Supernovas Ia II Ic Ib
Estrelas Anãs Brancas
Estrelas com aproximadamente a massa do Sol mas com o
tamanho da Terra:
densidade~1000 kg/centímetro cúbico
Estado final da maioria das
estrelas depois de terminarem a queima do Hidrogênio e Hélio em Carbono and Oxygênio
Supernovas Tipo Ia
Explosão termonuclear de uma estrela Anã Branca
Uma Anã Branca acreta massa ou se funde com uma estrela companheira, aumentando sua massa até um valor crítico (1.4 vezes a massa do Sol)
Uma explosão violenta é detonada na região central, e a estrela é completamente
incinerada em segundos; os detalhes não são compreendidos
No núcleo da estrela, elementos leves são queimados em reações de fusão formando Níquel. O decaimento radioativo do Níquel e Cobalto fazem a estrela brilhar por um par de meses
Do Mapeamento de Supernovas do SDSS
Espectros de Supernovas Tipo Ia:
Classe homogênea de eventos
28 Infravermelho próximo Vermelho Azul Ultravioleta Brilho Supernova 1998bu: Tipo Ia Curva de luz em Multi-bandas Curvas de luz de SN Ia parecem muito similares entre si e atingem o brilho de uma galáxia inteira Tempo (dias)
29
Encontrando Supernovas:
Subtração de Imagem
Antes Depois Diferença SN 2002ha (Ia) z = 0.014
Brilho
Tempo
Δm15
15 days
Brilho de Supernovas mais brilhantes decai
mais vagarosamente
31
Brilho Máximo de
SN Tipo Ia
é uma ´Vela Padrão´
calibrada
Brilho Máximo
correlaciona com a
taxa de decaimento
da luz
Pode ser usado para medir distâncias de supernovas distantes com uma precisão de 7%
Brilho
32
Descoberta da
Aceleração
Cósmica com
Supernovas
distantes (alto z)
Aplica-se a mesma Relação Brilho-Declínio da Luz em altos zSNe que explodiram quando o Universo tinha 2/3 de seu tamanho atual são ~25% mais fracas que o esperado ΩΛ = 0.7 ΩΛ = 0. Ωm = 1. distância redshift Acelerando Sem aceleração
33
Dados de Supernovas (1998)
História da Expansão do Universo
passado hoje futuro
Bilhões de anos a partir de Hoje Brilho relativo Distância Média Entre G aláxias Relativa ao V alor de Hoje
Supernova Legacy Survey (SNLS, 2003-2008)
Câmera Megaprime
Medidas de mais de 300 SNe distantes Telescópio usado: Canadá-França-Havaí de 3,6 metros
Câmera Megacam com 36 CCDs, 4 filtros ópticos
Acompanhamento espectroscópico
SNLS Rolling Search
36
Projeto de 6 anos no telescópio de 4m do CTIO no Chile, 12 graus quadrados Imagem de grande campo em 2 filtros Detecção na mesma noite de SNe
Espectroscopia:
telescópios Keck, VLT, Gemini, Magellan
Objetivo: 200 SNeIa em 0.2<z<0.8
Sloan Digital Sky Survey (SDSS): telescópio de 2.5 metros Observatório de Apache Point
B. Dilday
B. Dilday
40
Diagrama de
Hubble :
Distância
vs.
Redshift
(velocidade)
~45 SNe Ia ~120 SNe41
Diagrama de
Hubble com
SNe do SDSS
103 SNe Ia da primeira temporada SDSS Vínculos mais precisos na história da expansão cósmica ~45 SNe Ia ~120 SNeO que causa a Aceleração Cósmica?
Três possibilidades:
1. O Universe é cheio de algo que dá origem a uma
“repulsão gravitational”. Atualmente chamamos isto de
Energia Escura
2. A teoria da Relatividade Geral (gravitação) de Einstein
está errada em escalas de distâncias cósmicas.
3. O Universo não é homogêneo e está apenas
aparentemente acelerando, devido ao efeito de estruturas
em grande escala.
O que é a Energia Escura?
Uma forma de energia que tem pressão negativa. Ela está
distribuída suavemente em todo o Universo, diferentemente
da
matéria escura
, que se aglomera nas galáxias.
O exemplo mais antigo é a
constante cosmologica
Λ
, de
Einstein, um termo que êle introduziu na sua teoria da
gravitação numa tentativa de fazer o Universo estático.
Percebeu-se mais tarde que a constante cosmológica
corresponde à
energia do espaço vazio
(o vácuo). A teoria da
mecânica quântica (princípio da incerteza de Heisenberg)
prediz que esta energia deve existir.
O Problema da Constante Cosmológica
Flutuações de ponto-zero quânticas: espaço é cheio de
partículas virtuais que continuamente flutuam para dentro e para fora do vácuo.
Estas flutuações carregam energia. Quando calculamos esta energia (por unidade de volume), obtemos infinito.
Quando tentamos consertar este problema, ainda obtemos uma resposta que é muito grande por uma fator cerca de
1000000000000000000000000000000000000000000000000 0000000000000000000000000000000000000000000000000 00000000000000000000000
Este problema continua sendo um desafio para os físicos de partículas e os que trabalham com teorias de cordas.
45
Campo Escalar como Energia Escura
Energia Escura pode ser devida a um campo escalar
que “rola” vagarosamente
Esta partícula deve ser muitas ordens de magnitude
menos massiva que outras partículas elementares.
Evidência sugere um
período inicial de
aceleração cósmica,
logo após o Big Bang,
possivelmente também
devido a um campo
escalar (“inflação primordial”)
V(ϕ)
Tamanho do Universo
Porque vivemos numa época “especial” quando matéria e energia escura são comparáveis?
tempo
radiação
matéria
47
Energia Escura e o Destino do Universo
•A natureza da Energia Escura
determina a
evolução futura do Universo
•Aceleração continuada:
o Universo além do
Grupo Local de galáxias desaparecerá além do
horizonte em ~100 bilhões de anos
•“Energy Escura Fantasma”:
em algumas
teorias, a densidade de energia escura cresce
com o tempo, leavando a uma sempre crescente
taxa de expansão: eventuamente galáxias,
Distância
entre 2
galáxias
Tempo Cósmico
Pouco 1998: A expansãotem acelerado nos últimos 5 bilhões de anos
Hoje
49
Dimensões extras do espaço-tempo A teoria de cordas prevê que
existem dimensões extras que não podemos ver. Elas devem alterar o modo como a energia do vácuo influencia a curvatura do
espaço-tempo
Compactificação (velha escola): Dimensões se encurvam até se tornarem pequenas demais para serem vistas (Kaluza & Klein)
Abordagem modera: imagine que estamos confinados em uma “brana”
História Trágica da Constante Cosmológica
Λ periodicamente invocada para resolver crises
cosmológicas, depois descartada quando as crises passam
1916:
Einstein: Universo estático
1929:
1
a“crise da idade”: Universo mais novo que a Terra
1967:
aglomeração aparente de quasares num redshift fixo
1974:
distâncias inferidas usando-se o brilho das galáxias
1995:
2
a“crise da idade”: Universo mais novo que estrelas
1998:
Supernovas
Porque achamos que é diferente agora?
Radiação Cósmica de Fundo em Microondas:
Ondas Acústicas no Universo Primordial
Antes da recombinação de Hidrogênio: Universo é ionizado.
Fótons exercem grande pressão e força restauradora.
Perturbações fóton-barion oscilam como ondas acústicas.
Depois da recombinação de H: Universo é neutro.
Fotons podem se deslocar livremente.
Fase da oscilação em trec afeta amplitude posterior .
Hoje
Recombinação & último espalhamento z ~ 1000 ~400,000 anosIonizado
Neutro
Tempo
Anisotropias na Radiação
Cósmica de Fundo em Microondas
Existe uma escala angular característica, ~ 1 grau no céu, estabelecida pela distância que as ondas acústicas podem
percorrer até antes que os átomos neutros se formem: horizonte acústico s, uma régua padrão
Mapa de temperatura da
Radiação Cósmica de
Fundo em Microondas
53
Geometria do espaço tri-dimensional Einstein: espaço pode ser globalmente curvo
Mapas da Radiação Cósmica de Fundo em Microondas
s θ
K>0 K=0 K<0
Vendo o Horizonte Acústico
Se Universo é fechado, manchas quentes parecem maiores que o tamanho real
Se Universo é “chato” , manchas quentes parecem do tamanho real
Se Universo é aberto , manchas quentes parecem menores que o tamanho real
SDSS Galaxy Distribution
Distribuição
de Galáxias
do SDSS
Veja palestra de Enrique GaztanagaSDSS Galaxy Distribution
Distribuição
de galáxias
do SDSS
SDSS Galaxy Distribution
Distribuição
de Galáxias
do SDSS
SDSS Galaxy Distribution
Distribuição
de Galáxias
do SDSS
Galáxias
Vermelhas
Luminosas
Distribuição
também
mostra
marcas do
horizonte
acústico
A aceleração cósmica é devida à Energia
Escura ou a uma Gravidade esquisita
(talvez dimensões extras)?
Se devida à Energia Escura, é a constante
cosmológica ou algo mais?
Como planejamos descobrir?
Testes da História da Expansão Cósmica:
Supernovas
Lenteamento Gravitacional Fraco
Distribuição de Galáxias em Grande Escala
Aglomerados de Galáxias
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Técnicas para Investigar Aglomerados:
•
Concentração de galáxias ópticas
•
Lenteamento Gravitacional Fraco
•
Gás dos aglomerados espalha
fótons da Radiação de Fundo
•
Gás quente dos aglomerados brilha
em raios-X
Aglomerados de Galáxias
Veja palestra de Tim McKay
61
Observador
Halos de matéria escura
Galáxias do fundo
Lenteamento Gravitacional Fraco
Telescópio Blanco de 4-metros no Chile
The Dark Energy Survey
Telescópio Blanco de 4-metros no Chile
The Dark Energy Survey
Telescópio Blanco de 4-metros no Chile
The Dark Energy Survey
Câmera do projeto em construcção
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A Colaboração Dark Energy Survey
Fermilab
University of Illinois at Urbana-Champaign University of Chicago
Lawrence Berkeley National Lab NOAO/CTIO
DES Spain Consortium
DES United Kingdom Consortium University of Michigan
Ohio State University
University of Pennsylvania
DES Brazil Consortium
Argonne National Laboratory UC Santa Cruz/Stanford/SLAC