A nova orla da Barra:
referência para Salvador
nº 339 • agosto 2014
Novo contrato
na Colômbia
recuperará a
Odebrecht
Realizações
Imobiliárias conclui
Odebrecht 70
anos: a trajetória
da Odebrecht no
trajetória da Odebrecht no ramo de Química e Petroquímica se mistura à história de fortalecimento deste segmento no Brasil e do Brasil para o exterior. Na década de 1950, um novo produto passou a ter uma demanda intensiva no país: o plástico. Marcelo Cerqueira conta que, em meio a um clima de desenvolvimento e modernização desse material, o consumo crescia rapidamente, sinalizando a necessidade de estabelecer uma indústria nacional capaz de atender a demanda.
As décadas seguintes foram de grande desenvolvimento para o Brasil, que vivia a era do Milagre Econômico – período de excepcional crescimento econômico para o país. Quando esse período teve fim, as empresas buscaram alternativas para continuar crescendo. Entre as iniciativas da Odebrecht, a Organização optou por diversificar seus negócios para além da Engenharia e Construção e então, em 1979, fez seu primeiro investimento no setor Químico e Petroquímico: a aquisição de ações da Companhia Petroquímica Camaçari (CPC), na Bahia. “A Odebrecht decidiu entrar no setor petroquímico um ano depois da inauguração do Polo Petroquímico de Camaçari. O primeiro passo foi a compra de um terço do capital votante da CPC. Em 1987, nascia a Odebrecht Química S.A., com a missão de administrar as participações e investimentos do grupo no setor”, explica Marcelo Cerqueira.
A
Química e Petroquímica:
o fortalecimento da indústria
brasileira
Química e Petroquímica:
o fortalecimento da indústria
brasileira
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especiais em suas edições.
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MARCELO CERQUEIRA
entrou na Organização em julho de 1989, como engenheiro de produção na planta de PVC da Odebrecht em Alagoas. Nessa época, atuou nas áreas de Logística, Suprimentos e Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente.Formado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco, trabalhou como líder da área de Produção das plantas de PVC de Alagoas e da Bahia. Ainda em Vinílicos, atuou no ramo de Química e Petroquímica da Organização como diretor Industrial, diretor de Negócios e vice-presidente.
Atualmente, é vice-presidente da Unidade de Petroquímicos Básicos da Braskem.
PIONEIRISMO
Em 1992, época em que a economia brasileira sentiu o impacto da globalização, o governo optou por implantar o Programa Nacional de
Desestatização (PND), com a venda das participações públicas em empresas do setor. “Com o processo de privatização do segmento, a Odebrecht,
em associação com o Grupo Ipiranga, comprou uma parcela significativa da Central de Matérias-Primas do Polo Petroquímico do Rio Grande do Sul (Copesul), em Triunfo. A partir daí, várias novas aquisições foram aumentando nossa participação neste ramo, no Brasil”, destaca Marcelo Cerqueira. Adquiriu o controle acionário da PPH (fabricante de polipropileno) e da Poliolefinas (produtora de polietilenos). Em 1994, assumiu o controle da CPC e da Salgema, e com isso a Organização passava de investidora a líder de negócios no setor.
A associação ao Grupo Mariani, em 2001, rendeu novos e importantes frutos. Juntos, adquiriram o controle acionário da Companhia Petroquímica do Nordeste (Copene), fornecedora de insumos básicos e central de matérias-primas do Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia. A integração trouxe ganhos de sinergia e aumento de competitividade, levando, em 2002, ao surgimento de uma empresa petroquímica brasileira de classe mundial: a Braskem. “A grande contribuição da Odebrecht para o segmento foi o fortalecimento da cadeia produtiva da petroquímica e dos plásticos no Brasil. Com a Braskem, nasceu o compromisso público de alcançar a excelência em suas práticas, o que se traduz em iniciativas e programas que promovem o desenvolvimento e a competitividade do setor”, acrescenta Marcelo Cerqueira.
A partir de sua criação, a Braskem realizou importantes movimentos que a levaram à atuação no exterior. Anunciou a Joint Venture com a mexicana Idesa para a implantação e operação de um polo petroquímico no país (projeto Etileno XXI); realizou as aquisições da Quattor Petroquímica, no Brasil, e da Sunoco Chemicals, nos Estados Unidos, tornando-se a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas; e adquiriu da Dow Chemical duas unidades industriais nos Estados Unidos e duas na Alemanha. “A aquisição do negócio de polipropileno [PP] da Dow Chemical representou um importante passo na consolidação dessa internacionalização, posicionando a Braskem como maior produtora de PP nos Estados Unidos”, pontua Marcelo.
VISÃO DE FUTURO
A Braskem contribuiu para a reestruturação societária do setor, fortaleceu a cadeia produtiva do plástico, aumentou as exportações e consolidou a inserção do Brasil no setor petroquímico internacional. “Buscamos ampliar presença em países com matéria-prima
competitiva e ser o parceiro preferencial para o desenvolvimento da indústria petroquímica na América Latina”, conta Marcelo Cerqueira. “O próximo grande passo é a entrada em operação do projeto Etileno XXI, em 2015. Com capacidade de produção de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas de polietileno de alta e baixa densidade, este será o maior investimento privado em petroquímica no México dos últimos 15 anos e também o maior investimento de uma empresa brasileira no país”.