OS DESAFIOS DA REGULAÇÃO DO SÉCULO XXI
O Papel da Regulação no Mundo Atual
Futuro Organizacional dos Reguladores
PRAIA , 14-15 OUTUBRO
Agenda
1.
Introdução
2.
O Papel da Regulação no Mundo Atual
i.
Funções mais comuns dos Reguladores atuais;
ii.
Atribuições dos reguladores sectoriais no Mundo;
iii.
O papel do regulador em Cabo Verde.
3.
Futuro Organizacional dos Reguladores
i.
Principais desafios para o futuro dos reguladores;
ii.
Atribuições dos reguladores num novo ambiente;
iii.
Que visão para Cabo Verde?
1. INTRODUÇÃO
• Nas duas últimas décadas foram feitas reformas regulamentares que permitiram o surgimento da trindade: Reguladores independentes, Liberalização e Privatização.
• Esta trindade tem permitido a revitalização do mercado em muitos países, que adaptando ou reinventando abordagens, vão-se transformando em
economias digitais;
• Os Reguladores foram gradualmente abrindo os serviços de telefonia fixa para a concorrência, quase sempre privatizando o incumbente da rede fixa nacional. Nestas duas décadas, e até 2009, 124 operadores tradicionais de
rede fixa haviam sido privatizados.
• O papel tradicional dos reguladores tem sido principalmente a regulação do acesso ao mercado de telecomunicações por meio de autorizações, gestão do espectro e outros recursos raros, lidando com questões de interligação e contribuindo para programas de apoio ao acesso universal.
• Agora o foco mudou para a criação de um ambiente favorável para o investimento, promovendo o crescimento do mercado e garantir a inclusão
digital efetiva para todos.
Regulador Independente Liberalização Privatização Zona ótima de Crescimento e competitividade
Agenda
1.
Introdução
2.
O Papel da Regulação no Mundo Atual
i.
Funções mais comuns dos Reguladores atuais;
ii.
Atribuições dos reguladores sectoriais no Mundo;
iii.
O papel do regulador em Cabo Verde.
3.
Futuro Organizacional dos Reguladores
i.
Principais desafios para o futuro dos reguladores;
ii.
Atribuições dos reguladores num novo ambiente;
iii.
Que visão para Cabo Verde?
• A crise financeira internacional tem servido como
um argumento de peso para reforçar a
importância de uma regulação eficaz;
• De acordo com a UIT, apesar do cenário de crise
internacional, o número e a diversidade de
investidores irá garantir que o investimento em
tecnologia da informação e comunicação (TIC)
permaneça robusta e diversificada;
• Vivencia-se um período de transformação no
sector que impõe uma reavaliação das funções da
regulação, visando o desenvolvimento de uma
nova economia de banda larga;
i.
Papéis mais comuns dos Reguladores
• Implementação do regime de autorização que
oferece oportunidades para novas empresas e
investidores para estabelecer empresas de TIC.
Procedimentos de autorização simples tendem
a maximizar as hipótese dos novos entrantes;
• Promoção e defesa da concorrência (incluindo
a regulação de tarifas), envolvendo a aplicação
efectiva
dos
princípios
de
mercado
concorrenciais,
justos
e
equitativos,
restringindo
o
poder
dos
operadores
dominantes e nivelando o campo de jogo para
os novos entrantes;
• Regulação da Interligação - São
estabelecidas regras transparentes
para a interligação de todos os
tipos de redes tradicionais e novos,
orientando as tarifas aos custos;
• Implementação de mecanismos de
serviço / acesso universal para
garantir mais acessibilidade às TIC
2. O Papel da Regulação no Mundo Atual
• Gestão do espectro radioeléctrico de forma eficaz
para facilitar a novos operadores e novas
tecnologias, o que é particularmente relevante para
novas oportunidades de banda larga sem fio, como
Wi-Fi e WiMAX e Banda larga Móvel(LTE).
• Estabelecer mecanismos suficientes para garantir
que os consumidores, sejam protegidos contra
más práticas comerciais e violações de privacidade
de dados.
• Entre outros…
ii. Atribuições dos reguladores sectoriais no Mundo
Fonte: ITU World Telecommunication/ICT Regulatory Database
iii. Papel do regulador em Cabo Verde
– Regulação do mercado, com poderes de
regulamentação e supervisão com dois grandes
objectivos: Promoção da Concorrência e
Protecção dos Direitos dos utilizadores;
– Gestão e Fiscalização do Espectro radioeléctrico;
– Regulação do Sector Postal;
– Gestão do domínio de topo .CV;
– Credenciação de Entidades Certificadoras de
assinaturas digitais;
2. O Papel da Regulação no Mundo Atual
A s competências actuais da ANAC, mais algumas atribuições que tem vindo a assumir, coloca esta autoridade na direcção das tendências da regulação em ambientes convergentes.
Os efeitos do DL 7/2005 no mercado, apesar de ainda
haver aspectos por regulamentar, são notórios:
Regulador Independente em 2006
Introdução da BLM Liberalização Total a partir de 2007
2. O Papel da Regulação no Mundo Atual
Agenda
1.
Introdução
2.
O Papel da Regulação no Mundo Atual
i.
Funções mais comuns dos Reguladores atuais;
ii.
Atribuições dos reguladores sectoriais no Mundo;
iii.
O papel do regulador em Cabo Verde.
3.
Futuro Organizacional dos Reguladores
i.
Principais desafios para o futuro dos reguladores;
ii.
Atribuições dos reguladores num novo ambiente;
iii.
Que visão para Cabo Verde?
i.
Principais desafios dos reguladores para o
futuro
• Endereçar a questão da Neutralidade de Rede;
A neutralidade da rede parte do princípio de que todas as comunicações
electrónicas passando através de uma rede é tratado da mesma forma. Que todas as comunicações são tratados da mesma forma que é tratado independente de: (i) o conteúdo, (ii) de serviço, (iii) a aplicação do dispositivo, (iv) o endereço do remetente, e (v) o endereço do receptor. Remetente e o endereço do receptor implica que o tratamento é independente do utilizador final e conteúdo / aplicação / prestador de serviços. (*)
Observação cautelosa: os países que tomaram nota das questões de
neutralidade da rede e não tem atualmente tomado quaisquer medidas específicas para lidar com estas questões;
Aproximação leve: países que adotaram uma abordagem mão leve, com alguns
aperfeiçoamentos no regime regulamentar que rege os serviços de comunicações, mas não vão tão longe como a proibição de certos comportamentos;
Aproximação reformista: países que foram mais longe e tentaram proibir
comportamentos específicos por parte de ISPs, que estão sujeitos a práticas razoáveis de gestão de rede.
3. Futuro Organizacional dos Reguladores
(*) BEREC, ‘Response to the European Commission’s Consultation on the Open Internet and Net Neutrality in Europe’, BoR (10)42, September 2010, 2-3.
Imagem : http://hothardware.com A b o r d a g e n s
– Políticas do espectro para satisfazer o mundo
móvel;
A UIT destaca a importância da atribuição do
espectro de uma forma eficiente, a fim de atender às
crescentes demandas por mais e mais espectro;
A solução deve passar por alocação dinâmica de
espectro e ocupação dinâmica dos “White spaces”;
Os “Digitais dividendos 1 e 2”
• A convergência e Interligação Global e regional em IP – Será a bordagem actual suficiente para lidar com a
convergência de serviços?
Tecnologias convergentes estão aumentando a concorrência permitindo que novos prestadores de serviços compitam sem possuir a sua própria
infraestrutura de rede.
O surgimento de redes baseadas em IP e a coexistência de empresas de telecomunicações e ambientes de Internet já estão colocando pressão
sobre práticas regulatórias existentes.
A coexistência de ambientes de rede substancialmente diferentes coloca desafios para os
reguladores.
3. Futuro Organizacional dos Reguladores
Será que uma abordagem regulatória “hands off “ será a abordagem correta ?
Impor interligação por capacidade?
• Regulação no tempo da “Cloud” e
“Big Data”
– Com a emergência de conectividade em
banda larga de forma ubíqua, a “cloud”
oferece a possibilidade aos provedores
fornecerem serviços diversificados e
inovadores e utilizadores
e aos
utilizadores a possibilidade de terem
acesso a serviços que de outra forma
não seria viável.
– Incertezas quanto ao tratamento legal e
regulatório constituem o principal
obstáculo para a sua adoção plena.
3. Futuro Organizacional dos Reguladores
• Defesa/protecção do consumidor (on line) e Serviço Universal no contexto de redes Convergentes
– A necessidade de estar "always-on “ (Ubiquitous) afeta a maneira como os consumidores vivem e a forma de fazer negócio.
– O acesso à Internet tornou-se sinônimo de acesso a mercados, informação, redes sociais e educação.
– A fim de garantir que os consumidores beneficiem plenamente dos serviços que a Internet tem para oferecer, os reguladores devem assegurar que as redes sejam eficientes e confiáveis, mais acessíveis (inclusive em áreas remotas , rurais) – Serviço/Acesso Universal
– O desafio é promover condições favoráveis de mercado para a concorrência e
inovação, ao mesmo tempo proteger os interesses dos consumidores .
i.
Que Atribuições para os reguladores no novo ambiente?
3. Futuro Organizacional dos Reguladores
Futuras atribuições e estrutura organizacional dos reguladores dependerá de todo um ecossistema envolvente
Regulação ex-post
Regulação ex-ante
3. Futuro Organizacional dos Reguladores
Redes “Legacy” -
Segregadas Coabitação
Redes IP - Convergentes Passado Presente Futuro
ii.
Que visão para o regulador de Cabo Verde
• Adequar o regulador tanto para acções
ex-ante como ex-post, nomeadamente com
poderes de defesa da concorrência;
• Vale a pena manter a estrutura actual,
grossista, retalhista num mesmo conjunto?
• Novas atribuições para regulador?
– Cibersegurança?
– Direitos de distribuição de conteúdos?
3. Futuro Organizacional dos Reguladores
E o Sector Postal? Será que deve continuar no regulador das TIC? Ou o Sector terá que virar mais para as TIC?
Agenda
1.
Introdução
2.
O Papel da Regulação no Mundo Atual
i.
Funções mais comuns dos Reguladores atuais;
ii.
Atribuições dos reguladores sectoriais no Mundo;
iii.
O papel do regulador em Cabo Verde.
3.
Futuro Organizacional dos Reguladores
i.
Principais desafios para o futuro dos reguladores;
ii.
Atribuições dos reguladores num novo ambiente;
iii.
Que visão para Cabo Verde?
• Os reguladores precisam manter um equilíbrio delicado entre uma abordagem hands-on e hands-off nas suas actividades de regulação – Balanced Regulation.
• Isso será fundamental para garantir o desenvolvimento saudável do setor e o cumprimento das metas sociais.
• A indústria está evoluindo na direção de um futuro em que as redes baseadas em IP irão substituir gradualmente as redes de comutação de circuitos , tanto para os serviços fixos como móveis.
• Ainda assim, durante muito tempo vão coabitar redes de nova geração e redes tradicionais, e os reguladores terão de assegurar a interligação o mais eficaz e confiável quanto possível.
• A separação das funções de transporte e serviço não só permite a interligação
mais eficiente, como proporciona o máximo de flexibilidade para suportar serviços em várias redes.
• A tendência é que as redes convergentes tragam mais interligação, e não menos.