Licenciatura em Agricultura Biológica
Ref.ª : 1921002Ano lectivo: 2008-09
D
ESCRITOR DAU
NIDADEC
URRICULARFERTILIDADE
DO
SOLO
E
NUTRIÇÃO
VEGETAL
1. Unidade Curricular
:1.1 Área científica: 621– Produção Agrícola e Animal 1.2 Tipo (Duração): Semestral
1.3 Ano/Semestre: 2º A / 3º S 1.4 Tempo de trabalho (horas) (1):
Horas de Contacto (2)
Projectos no terreno Trabalhos Estudo Avaliação Total
T TP PL TC S E OT O
42,5 8,5 48,0 8,0 107,0
(1) “O número total de horas do estudante, incluindo todas as formas de trabalho previstas, designadamente as horas de contacto e as horas dedicadas a estágios, projectos, trabalhos no terreno, estudo e avaliação”
(2) Indicar para cada actividade [usando a codificação constante na alínea e) do nº 3.4 das normas) o número de horas totais; “o número de horas de contacto totais distribuídas segundo o tipo de actividade adoptada [ensino teórico (T), teórico-prático (TP) prático e laboratorial (PL), trabalho de campo (TC), seminário (S), estágio (E), orientação tutorial (OT), outra (O)]”
1.5 Créditos ECTS: 4 (quatro)
2. Requisitos e Precedências
É aconselhável que o aluno tenha frequentado as unidades curriculares de Introdução à Agricultura Biológica, Biologia, Química e Bioquímica, Geologia e Climatologia, Pedologia.
3. Contexto
Na agricultura europeia, e com relevancia em Portugal, tem vindo a crescer o Modo de Produção Biológico de produtos vegetais e animais.
Pretende-se que o Modo de Produção Biológico responda às exigências dos consumidores e à preservação do meio ambiente e da biodiversidade, respeitando a agricultura tradicional mas utilizando técnicas e produtos compatíveis com uma agricultura economicamente viável e com a obtenção de produtos de qualidade.
De acordo com o princípio de Produção Biológica nas explorações (Regulamento CEE 2092/91 de 24 de Junho- com alterações introduzidas em 28 de Dezembro de 2006) a fertilidade e a actividade biológica dos solos devem ser mantidas ou melhoradas através de culturas e sistemas de rotação apropriados e da incorporação nos solos de matérias orgânicas adequadas.
Como resultado do processo de aprendizagem, o aluno terá a capacidade de: 1) Conhecer o comportamento dos nutrientes no solo;
2) Efectuar colheitas de amostras de solo e de material vegetal, as respectivas análises e interpretação de resultados;
3) Elaborar um plano de fertilização.
5. Conteúdos e Metodologias de Ensino
Conteúdos
• Fertilidade do solo e nutrição vegetal e estudo do comportamento dos nutrientes vegetais no solo e na planta.
• Caracterização da fertilidade física, química e biológica do solo: processos físicos, químicos e biológicos e reacções inerentes a cada um dos processos.
• Utilização criteriosa de métodos de dignóstico: - Colheita de amostras de terra e de material vegetal - Realização análises de solos e de material vegetal
• Interpretação dos resultados obtidos nas determinações analíticas.
• Fertilizantes em geral e fertilizantes apropriados ao modo de produção biológica
• Princípios utilizados nas recomendações gerais de fertilização e conversão para o modo de produção biológico.
• Planos de fertilização adequados às normas de produção biológica. Metodologias de ensino
Para a concretização dos objectivos de cada um dos aspectos focados na unidade curricular e a conferência das competências previstas aos alunos, o processo de ensino aprendizagem assenta: • No estudo de casos concretos, acompanhado de um conjunto de instruções que levam o aluno a analisá-los, a tirar conclusões e a tomar decisões ou sugerir acções;
• Na execução de trabalhos práticos de aplicação dos conceitos teóricos, que tanto podem ser de natureza numérica, como laboratorial ou de campo nomeadamente na identificação e caracterização de perfis correspondentes a diferentes tipos de solos e na avaliação da fertilidade do solo;
• Na pesquisa bibliográfica necessária para complementar a informação obtida nas aulas e para a execução dos relatórios.
6. Resultados de Aprendizagem
Explicitam-se abaixo, por cada uma das competências consideradas, os resultados de aprendizagem sobre os quais incidirá a avaliação do seu domínio.
Competência 1
• 1. Reconhece a importância da fertilidade do solo na nutrição vegetal.
• 2. Conhece os elementos minerais que intervêm na nutrição vegetal e seu comportamento no sistema solo-planta-atmosfera.
• 3. Compreende os factores e as leis de crescimento vegetal. Competência 2
• 1. Efectua análises de solos e de material vegetal. • 2. Interpreta os resultados das análises.
Competência 3
• 1. Elabora um plano de fertilização no âmbito do modo de produção biológico.
7. Organização Modular de Avaliação
Módulo 1:
Fertilidade do solo, nutrição vegetal e métodos de dignósticoObjectivos: Este módulo avalia os resultados de aprendizagem referentes à competência 1 e 2
Peso: 65%
Avaliação: Componentes a classificar e instrumentos de avaliação: 1) teste escrito (70 %); 2) elaboração de relatórios escritos (30 %)
Módulo 2:
Plano de fertilizaçãoObjectivos: Este módulo avalia os resultados de aprendizagem referentes à competência 3. Peso: 35%
Avaliação: Componentes a classificar e instrumentos de avaliação: 1) Elaboração de um trabalho escrito (60 %); apresentação e discussão do trabalho (40%).
8. Avaliação em Exame:
Prova escrita, complementada com a elaboração, apresentação e discussão de um trabalho sobre um tema relacionado com uma das competências da unidade curricular.
9. Condições para aproveitamento na UC:
Um aluno fica aprovado quando tenha cumprido o valor mínimo de presenças nas aulas (75% para cada tipo de aula), obtido uma média ponderada das classificações dos módulos igual ou superior a 9,5 valores e uma classificação em cada um dos módulos igual ou superior a 7,5 valores. Em cada ano lectivo, um aluno que não obtenha aprovação durante o período de leccionação pode ter acesso a uma reavaliação, por módulo, havendo duas chamadas, em época prevista no calendário académico. Um aluno tem acesso a reavaliação quando tenha obtido uma classificação superior ou igual a 7,5 valores num qualquer dos módulos e tenha cumprido o valor mínimo de presenças nas aulas. A avaliação em exame, em época normal ou de recurso, contempla os alunos a quem, por força de lei, não possa ser exigida a presença nas aulas e a melhoria de classificação.
10. Bibliografia:
Bibliografia de base:
MALAVOLTA, E. 1994. Fertilizantes e seu Impacto Ambiental. Mitos, mistificação e fatos. Centro de Energia Nuclear na Agricultura. Universidade de São Paulo.Malavolta, Haag and Brasil Sobrº. 1974. Nutrição Mineral e Adubação de Plantas Cultivadas.
MARSCHNER, H. 1986. Mineral Nutrition in Higher Plants. Academic Press, London.
MENGEL, K., KIRKBY, E., KOSEGARTEN, H. AND APPEL T. 2001. Principles of Plant Nutrition. 5th Ed. International Potash Institute, Berna. Kluwer Academic Publishers, Netherlands.
SANTOS, J.Q. 1996. O Uso dos Fertilizantes e Perspectivas da sua Evolução. Palestra proferida na Jornada “A Utilização Racional dos Fertilizantes em Portugal” ESAC 20 de Novembro. SANTOS, J.Q. 2002. Fertilização – Fundamentos da Utilização dos Adubos e Correctivos. J. Quelhas dos Santos 3ª Ed. Publicações Europa-América.
SANTOS, J.Q. 2007. Agricultura Biológica ou Agricultura Ecológica? O caso concreto da fertilização. Palestra proferida na Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal, 23 de Janeiro . VILÁ, C.B. 1988. Agricultura Biologica en equilibrio com la Agricultura Quimica. Fertilizacion natural. La agricultura del futuro.Ed Aedos. Barcelona.
VARENNES A.2003. Produtividade dos Solos e Ambiente. Escolar editora. VIVANCOS, A. D. 1989. Tratado de Fertilizatión. Ed. Mundi-Prensa.
Bibliografia complementar:
BENNETT, W.F.. Nutrient Deficiencies & Toxicities in Crops Plants. The American Phytopathological Society. (2nd Ed.). 1993
KIMBLE, J. M.,; LAL, R.; FOLLETT, R. F., 2002. Agricultural Practices and Policies for Carbon Sequestration in Soil. Lewis Publishers
