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DOENÇAS HEPÁTICAS 18/9/2014 UNESC ENFERMAGEM SAÚDE DO ADULTO PROFª.: FLÁVIA NUNES DEFINIÇÃO HEPATITES VIRAIS HEPATITES VIRAIS HEPATITES VIRAIS

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UNESC – ENFERMAGEM

SAÚDE DO ADULTO

PROFª.: FLÁVIA NUNES

DOENÇAS

HEPÁTICAS

DEFINIÇÃO

É qualquer inflamação do fígado, causada por infecções provocadas por vírus ou bactérias), álcool, medicamentos, drogas, doenças hereditárias (que provocam depósitos anormais de ferro e cobre) e doenças auto-imunes. É uma infecção viral sistêmica na qual a necrose e a inflamação das células hepáticas produzem um grupo característico de alterações clínicas, bioquímicas e celulares.

TIPOS: Vírus tipo A, B, C, D, E, alcoólica, autoimune e medicamentosa

SINÔNIMOS: amarelão, derrame de bile CORTE DE UM

FÍGADO COM HEPATITE

As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes: Hepatite Viral A, Hepatite Viral B, Hepatite Viral C, Hepatite Viral D e Hepatite Viral E. Esses tipos atingem um grande número de indivíduos e podem levar às complicações das formas agudas e crônicas. São doenças que necessitam ser acompanhadas em termos coletivos, avaliando as medidas de prevenção e rastreando as fontes de infecção. É fundamental avisar a Vigilância Epidemiológica da sua cidade.

HEPATITES VIRAIS

Hepatites do tipo A e E - As principais formas de transmissão são: água, alimentos ou objetos contaminados por fezes levados à boca e relação sexual oral sem preservativo. Mesmo os bons hábitos de higiene pessoal são insuficientes para interromper surtos da doença, sendo necessária, em casos de surtos, prevenção através da imunização (vacinas). A hepatite do tipo E ocorre com mais frequência em locais atingidos por enchentes.

HEPATITES VIRAIS

Hepatites do tipo B, C e D - As principais formas de transmissão são as relações sexuais sem preservativo, a transfusão de sangue contaminado, o contato com a secreção de feridas e o uso compartilhado de objetos contaminados (como seringa, agulha usada para piercing e tatuagem, escova de dentes, barbeador e alicate de unhas). Existe também a possibilidade de contaminação na hora do parto, da mãe para o bebê.

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HEPATITE ALCOÓLICA

Álcool - A doença é provocada pelo uso abusivo de

qualquer tipo de bebida alcoólica. A quantidade de

bebida que pode causar a doença varia de pessoa

para pessoa, sendo que, quanto maior o tempo de

ingestão, maior é o risco de hepatite alcoólica.

Medicamentos - Vários remédios podem causar hepatite em pessoas sensíveis. Não é possível prever quem terá hepatite devido ao uso de determinado medicamento, porém pessoas que já possuem outras formas de doenças do fígado correm maior risco.

HEPATITE MEDICAMENTOSA

- Paracetamol (Tylenol, Dôrico);

- Antibióticos e antifúngicos (eritromicina, tetraciclina, sulfas, cetoconazol e nitrofurantoína);

- Anabolizantes;

- Droga antipsicóticas e calmantes (clorpromazina – amplictil)

- Antiarrítmico (Amiodarona);

- Anti-hipertensivo (Metildopa –aldomet) - Antituberculosos

- Anticoncepcionais orais - pílulas

EXEMPLOS DE MEDICAMENTOS

Auto-imune - Os anticorpos, podem causar

inflamação e danos ao fígado. As causas dessa

agressão ainda são desconhecidas.

HEPATITE AUTOIMUNE

SINTOMAS GERAIS

No caso das hepatites infecciosas, há um período sem sintomas após a contaminação, entre 45 e 180 dias, chamado de período de incubação. Depois desse período surgem os sintomas gerais, como náusea, vômitos, falta de apetite, alterações do olfato e do paladar, cansaço, mal-estar, dores nas articulações, dores musculares, dor de cabeça e febre baixa. É comum que a melhora desses sintomas dê lugar ao aparecimento de outros, típicos da doença: coloração amarelada da pele e das mucosas, urina escura e fezes claras - icterícia.

COMPLICAÇÕES

- Hepatite A - Geralmente costuma ter evolução benigna, não deixando sequelas.

- Hepatite B - Torna- se crônica em até 5% dos casos. De 25% a 40% dos casos crônicos evoluem para a cirrose e câncer de fígado.

- Hepatite C - Torna-se crônica em mais de 80% dos casos. Cerca de 20% dos casos crônicos evoluem para a cirrose e câncer de fígado.

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COMPLICAÇÕES

Hepatite E - Geralmente é benigna, exceto nas

gestantes, nas quais há maior risco de formas graves, que podem levar a complicações sérias para a mãe e para o feto.

Hepatites alcoólica, medicamentosa e auto-imune - Podem evoluir para crônicas e cirrose se a

exposição ao agente causador persistir.

DIAGNÓSTICO

Em caso de suspeita, procure o serviço médico. Somente através do histórico, do exame médico e dos exames de sangue, será possível diagnosticar a hepatite.

TGO / AST – Aspartato aminotransferase (V. Ref. 14-41 U/I)

TGP / ALT – Alanina aminotransferase (V. Ref. 10-46 U/I)

Bilirrubina total / direta / indireta Biópsia hepática

TRATAMENTOS

Repouso, conforme a capacidade e o bem-estar do paciente.

Alimentação adequada, de acordo com a tolerância do paciente. (A ingestão de bebidas alcoólicas fica proibida).

Remédios só devem ser utilizados com a orientação do médico. A auto-medicação pode piorar o quadro da hepatite.

TRATAMENTOS

Em média, os sintomas da doença duram cerca de quatro semanas. Cada tipo de hepatite deve ser tratada de acordo com a sua causa. Para as hepatites agudas, causadas por vírus, não há tratamento específico. Somente nos casos de hepatite C, descobertos na fase aguda, o tratamento específico pode prevenir a evolução para o estado crônico da doença.

TRATAMENTOS

Na hepatite crônica, é importante que, desde o início do atendimento, sejam tomadas medidas para evitar o agravamento, que levam a cirrose e ao câncer de fígado. Com isso, é fundamental a orientação para o não consumo de bebidas alcoólicas e o controle da diabetes, da obesidade e dos níveis de gorduras no sangue. Além disso, o paciente deve tomar medidas para não contaminar outras pessoas, como o uso de preservativos nas relações sexuais e o não compartilhamento de objetos contaminados por sangue.

PREVENÇÃO

Hepatite A - É fundamental sempre utilizar água tratada ou fervida; dar preferência aos alimentos cozidos; lavar sempre as mãos (após ir ao banheiro, após trocar fraldas, antes de preparar alimentos); lavar frutas e legumes; e nunca banhar-se em áreas que podem estar contaminadas por lixo (piscinas sem tratamento, enchentes, córregos, praias impróprias). VACINA

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PREVENÇÃO

Hepatites B e C - Nesses casos, a prevenção é a mesma das doenças sexualmente transmissíveis. Ou seja, use sempre preservativo (camisinha) nas relações sexuais e não tenha contato com sangue ou secreções de pessoas contaminadas (transfusões de sangue e uso de agulhas e seringas contaminadas). TIPO B - VACINA

PREVENÇÃO

As hepatites A e B podem ser prevenidas pelo uso de vacinas disponíveis em postos de saúde municipais. A vacinação tem por objetivo eliminar a transmissão na população em geral. Entretanto, algumas populações específicas devem ser priorizadas, como profissionais da área de saúde e pessoas portadoras ou com histórico de doenças sexualmente transmissíveis. Os pacientes portadores de hepatite B e HIV tendem a cronificar esta infecção, podendo ainda prejudicar a resposta da vacina.

PREVENÇÃO

Os profissionais da área da saúde devem sempre usar luvas, óculos de proteção e máscara para evitar a possibilidade de contaminação do vírus através de sangue ou secreções de mucosas e lesões da pele.

Para prevenir a hepatite alcoólica evite a ingestão exagerada e constante de bebidas alcoólicas.

Para a hepatite auto-imune e medicamentosa, não são conhecidas formas de prevenção. Portanto só deve-se usar medicamentos com prescrição.

A falta de informação é um dos principais responsáveis pelo aumento do contágio das hepatites do tipo viral.

ESTEATOSE HEPÁTICA

Gordura no fígado - A esteatohepatite não-alcoólica é provocada pelo acúmulo de gordura no fígado, devido a causas variadas, obesidade, desnutrição, diabetes mellitus, alterações das gorduras do sangue (colesterol e triglicerídeos altos) e alguns remédios.

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É o nome dado à patologia que afeta um órgão, transformando o tecido formado pelas suas células originais em tecido fibroso, por um processo habitualmente chamado fibrose ou esclerose. Geralmente o termo cirrose é utilizado para designar a fibrose no fígado.

CIRROSE HEPÁTICA

CIRROSE HEPÁTICA

TIPOS DE CIRROSE

1. CIRROSE PORTAL DE LAENNEC (alcoólica, nutricional) – tipo mais comum.

2. CIRROSE PÓS-NECRÓTICA – resultado final de uma hepatite viral aguda.

3. CIRROSE BILIAR – ocorre cicatriz no fígado ao redor dos dutos biliares. Resultado de obstrução biliar crônica e infecção.

O tipo mais comum de cirrose, a cirrose hepática, afeta o fígado e surge devido ao processo crônico e progressivo de inflamações (hepatites), fibrose e por fim ocorre a formação de múltiplos nódulos, que caracterizam a cirrose.

A cirrose é considerada uma doença terminal do fígado para onde convergem diversas doenças diferentes, levando a complicações decorrentes da destruição de suas células, da alteração da sua estrutura e do processo inflamatório crônico.

PROCESSO FISIOPATOLÓGICO

A capacidade regenerativa do fígado é bastante conhecida. É possível retirar cirurgicamente mais de dois terços de um fígado normal e a porção restante tende a crescer até praticamente o tamanho normal, com um processo de multiplicação celular que se inicia logo nas primeiras 200 horas, através de mecanismo ainda não bem esclarecido. No entanto, a cirrose é o resultado de um processo crônico de destruição e regeneração com formação de fibrose. Nessa fase da hepatopatia, a capacidade regenerativa do fígado é mínima.

SINTOMAS DA CIRROSE

No início não há praticamente nenhum sintoma, o que a torna de difícil diagnóstico precoce, pois a parte ainda saudável do fígado consegue compensar as funções da parte lesada durante muito tempo.

Numa fase mais avançada da doença, podem surgir: - Desnutrição

- Hematomas - Aranhas vasculares

- Sangramentos de mucosas (especialmente gengivas) - Icterícia ("amarelão")

- Ascite ("barriga-d'água") - Hemorragias digestivas - Encefalopatia hepática

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TRATAMENTO

Transplante de fígado - totalmente eficaz

Pode haver melhoras se for suspenso o agente agressor que originou a cirrose, como o álcool ou o vírus da hepatite.

Manter acompanhamento médico periódico para a detecção precoce de complicações.

ENCEFALOPATIA

HEPÁTICA

Sinônimo: Coma hepático

A encefalopatia hepática é uma piora na função cerebral que ocorre quando o fígado não consegue mais remover as substâncias tóxicas no sangue. Processo causado pelo acúmulo de substâncias tóxicas que leva a um quadro neurológico que pode variar entre dificuldade de atenção e coma.

Resulta do acúmulo de amônia e outros metabólicos tóxicos no sangue.

CAUSAS DA ENCEFALOPATIA HEPÁTICA

Distúrbios que afetam o fígado como cirrose ou hepatite e doenças nas quais a circulação sanguínea não penetra no fígado.

A causa exata da encefalopatia hepática ainda

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Uma importante função do fígado é

transformar substâncias tóxicas

produzidas pelo corpo ou ingeridas

(como remédios) em substâncias

inofensivas. No entanto, quando o

fígado está prejudicado, esses

"venenos" podem se acumular na

corrente sanguínea

A encefalopatia hepática pode ocorrer de repente em pessoas que não tinham problemas no fígado antes. Geralmente, o problema é visto em pessoas com doença hepática crônica.

FISIOPATOLOGIA

A amônia se acumula porque as células hepáticas danificadas falham em desintoxicar e converter em uréia a amônia que constantemente entra na corrente sanguínea, como resultado de sua absorção do trato gastrointestinal e liberação dos rins e células musculares. A concentração aumentada da amônia no sangue causa disfunção cerebral e dano, resultando em encefalopatia hepática.

A ENCEFALOPATIA PODE SER DESENCADEADA POR:

Desidratação

Ingestão de proteínas em excesso

Anormalidades dos eletrólitos (principalmente redução do nível de potássio) por vômitos ou por tratamentos como paracentese ou ingestão de diuréticos

Sangramentos do intestino, estômago ou esôfago Infecções

Problemas renais

Baixos níveis de oxigênio no corpo Cirurgia

Uso de medicamentos que inibem o sistema nervoso central (tais como barbitúricos ou tranquilizantes benzodiazepínicos)

A encefalopatia hepática pode ocorrer como um distúrbio agudo, porém,

potencialmente reversível. Ou pode

ocorrer como um distúrbio crônico e progressivo associado à doença hepática crônica.

EXAMES

Falta de coordenação e tremores nas mãos ao tentar estender os braços à frente do corpo e levantar as mãos.

Estado mental anormal, principalmente as funções cognitivas (raciocínio), como traçar linhas para conectar números

Icterícia Ascite

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EXAMES

Hemograma para verificar se há anemia TC da cabeça ou ressonância magnética Eletroencefalograma

Exames de função hepática Tempo de protrombina Níveis séricos de amônia Níveis de sódio no sangue Níveis de potássio no sangue

Nitrogênio ureico sanguíneo (BUN) e creatinina para verificar o funcionamento renal

SINTOMAS

Hálito bolorento ou doce

Alterações no sono Mudanças no raciocínio Leve confusão

Esquecimento Confusão mental

Mudanças de humor e de personalidade Falta de concentração

Baixa capacidade de discernimento

Piora na escrita ou perda de outros movimentos manuais

SINTOMAS MAIS GRAVES

Movimentos anormais ou tremores nas mãos ou braços Agitação, excitação ou convulsões (ocorrem raramente) Desorientação

Sonolência ou confusão

Comportamento inadequado ou alterações graves de personalidade

Fala arrastada

Movimento lento ou arrastado

O paciente pode tornar-se inconsciente e indiferente, com grande possibilidade de entrar em coma.

Muitas vezes não são capazes de cuidar de si mesmos por causa desses sintomas.

TRATAMENTO DE ENCEFALOPATIA HEPÁTICA

Parar o sangramento gastrointestinal.

Infecções, insuficiência renal e anormalidades dos eletrólitos (principalmente potássio) precisam ser tratadas.

Poderá ser necessária a ajuda de aparelhos para respiração e circulação sanguínea, principalmente se o paciente estiver em coma.

Pacientes em estado crítico podem precisar de alimentação parenteral ou por sonda.

A rifaximina (antibiótico) também é eficiente no combate à encefalopatia hepática

Sedativos, tranquilizantes e outros medicamentos que são processados pelo fígado devem ser evitados se possível. Medicamentos que contenham amônia (inclusive certos antiácidos) também devem ser evitados. Outros medicamentos e tratamentos podem ser recomendados. Eles podem apresentar resultados variados.

COMPLICAÇÕES

Hérnia cerebral Edema cerebral Colapso cardiovascular Insuficiência renal Insuficiência respiratória Sepse

Danos permanentes ao sistema nervoso central (movimentação, sensação ou estado mental) Coma progressivo e irreversível

Efeitos colaterais dos medicamentos

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PREVENÇÃO

O tratamento adequado de doenças hepáticas

Evitar o consumo de álcool em excesso e o uso de drogas injetáveis.

“ LEMBRA-TE DO TEU CRIADOR NOS DIAS DA TUA MOCIDADE ANTES QUE TE VENHAM OS MAUS DIAS E CHEGUEM OS ANOS DOS QUAIS DIRÁS:

NÃO TENHO NELES PRAZER” (ECLESIASTES 12:1)

Referências

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