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Vista do Percepção dos discentes de ciências contábeis sobre a aplicação das normas internacionais no ensino. Um estudo na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

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Academic year: 2021

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Percepção dos discentes de ciências contábeis sobre a

aplicação das normas internacionais no ensino: um

estudo na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Reginaldo de Souza Araujo Graduado em ciências contábeis, universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

Email: lailson15@hotmail.com Lailson da Silva Rebouças Mestrando em administração e controladoria Universidade Federal do Ceará. Email: lailson15@hotmail.com Jandeson Dantas Da Silva Doutorando em administração- UNP, Professor titular da universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

Email: jandeson.dantas@gmail.com Wênyka Preston Leite Batista da Costa Doutoranda em administração- UNP, Professor titular universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

Email: wenykapreston@hotmail.com

Resumo

O estudo tem por objetivo geral analisar a percepção dos discentes de Ciências Contábeis sobre as Normas Internacionais no ensino da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. foi realizado por meio de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, amostra da pesquisa foi composta por alunos do primeiro ao décimo período do curso de Ciências Contábeis da Instituição. Para a análise dos dados e da relação entre as variáveis estudadas foram utilizadas média de respostas, frequência global por afirmação-resposta e técnicas de agrupamento hierárquico, os resultados da pesquisa, os quais sugerem que os discentes do curso de Ciências Contábeis da UERN possuem um conhecimento, mesmo que superficial, nivelado de baixo nível em relação às Normas Internacionais de Contabilidade. Ademais os resultados apontam que os respondentes são, em sua maioria, do sexo feminino, estando na média de idade de até os 25 anos, também foi demonstrado que o método tradicional de ensino, o qual é baseado na autoridade e no docente, é o mais utilizado em sala de aula pelos professores.

Palavras chave

Convergência; Normas; Metodologia de Ensino. Abstract

The study has for objective to analyze general to analyze the perception of the students of Accounting Sciences on the International Norms in the teaching of the University of the State of Rio Grande do Norte. it was accomplished through a descriptive research, with quantitative approach, sample of the research was composed by students of the first to the tenth period of the course of Accounting Sciences of the Institution. For the analysis of the data and of the relationship among the studied variables were used average of answers, global frequency for statement-answer and techniques of hierarchical grouping, the results of the research, which suggest that the students of the course of Accounting Sciences of UERN they possess a knowledge, even if superficial, even of low level in relation to the International Norms of Accounting. Besides the results point that the respondents are, in his/her majority, female, being in the average of age of to the 25 years, it was also demonstrated that the traditional method of teaching, which is based on the authority and in the teacher, it is it more used at classroom by the teachers.

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Keyword

Convergence; Standards; Teaching Methodology.

Introdução

As constantes mudanças no cenário econômico mundial têm suas contribuições para o modo como a contabilidade é vista no Brasil. O país, assim como vários outros países, passa por um momento de transição, e através da adoção das normas internacionais de contabilidade, que no Brasil teve seu marco pela promulgação da Lei nº 11.638/2007, busca praticar uma Contabilidade padronizada com as demais nações.

No contexto da padronização, Kuhn, Machado e Machado (2014) afirmam que a convergência das normas contábeis significa a adoção de um padrão elevado de contabilidade, que possua qualidade e tenha aceitação internacional adaptando-os às normas contábeis de cada nação. Para Barth (2008) as mudanças ocorridas na contabilidade são essenciais, pois além de proporcionar melhorias no funcionamento dos mercados de capitais globais, fornece uma informação com maior qualidade aos investidores e demais usuários das demonstrações contábeis.

Desse modo, ao tratar do ensino da contabilidade e o novo cenário pelo qual atravessa nas Instituições de Ensino Superior (IES), destaca-se que mudanças sofridas pela contabilidade afetaram os currículos disciplinares utilizados, alterando o modo como o tema contabilidade deveria ser apresentado. A Resolução nº 10, de 16 de dezembro de 2004 da Câmara de Educação Superior (CES), do Conselho Nacional de Educação (CNE) determina o conteúdo curricular mínimo que deve ser adotado pelas Instituições. De acordo com o artigo 5º da mesma Resolução, os projetos pedagógicos e a organização curricular do curso de graduação em Ciências Contábeis devem dispor de conteúdos que revelem conhecimento dos cenários econômicos e financeiros, nacionais e internacionais, de forma a proporcionar a harmonização das normas e padrões internacionais de Contabilidade.

Segundo os dados da pesquisa feita por Weffort (2005), apenas 19,28% dos cursos de Ciências Contábeis analisados pelo autor disponibilizavam na sua grade curricular a disciplina de contabilidade internacional, quer fosse como obrigatória ou optativa. Os resultados apresentados por Niyama et al. (2008) em sua pesquisa revelam que das IES sediadas em capitais brasileiras, e que tiveram suas grades curriculares publicadas na internet, apenas 24,04% disponibilizava a disciplina contabilidade internacional nas suas grades curriculares.

Na pesquisa de Reis, Nogueira e Bim (2014) tiveram como objetivo analisar em sua pesquisa, através da percepção dos alunos e dos professores de Ciências Contábeis, os fatores proporcionam influência no processo de ensino-aprendizagem, no ambiente acadêmico, e que poderão estar presentes na prática profissional dos futuros contadores. O resultado apresentado demonstrou que a maioria absoluta dos alunos tem conhecimento quanto à existência do processo de convergência, no entanto acreditam que a mudança esteja mais relacionada a questões formais do que a questões conceituais. Pode-se observar também que os docentes demonstram uma resistência em colocar em prática as alterações conceituais necessárias para que se transponha a prática contábil nacional para a internacional.

Englobando a temática da convergência das normas internacionais de contabilidade e seu impacto no meio acadêmico o presente trabalho levantou o seguinte questionamento: Qual a percepção dos discentes de ciências contábeis sobre as normas internacionais no ensino da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)? Deste modo o objetivo geral da pesquisa é analisar a percepção dos discentes de Ciências Contábeis sobre as Normas Internacionais no ensino da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

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Quanto à metodologia da pesquisa, possui tipologia descritiva quanto aos objetivos, natureza quantitativa, realizada através de um levantamento, quanto ao procedimento, na UERN com a aplicação de um questionário com questões fechadas aos discentes do curso de Ciências Contábeis a fim de alcançar o objetivo proposto.

Diante do exposto a pesquisa justifica-se por abordar aplicação das normas internacionais no ensino da contabilidade em razão das alterações nas normas estão em frequentes mudanças no cenário brasileiro, por outro lado apresentar como uma alternativa de melhorar o ensino da contabilidade em relação as normas internacionais, visto como uma forma de padronização da norma internacional. À vista disso, espera-se que os resultados apresentados venham a servir como um parâmetro para entender a oportunidade que pode ser feito para melhorar e implementar o ensino e assim aproximar os discentes, cada vez mais, da realidade encontrada no mercado de trabalho.

1. Referencial teórico

1.1 Convergência às normas internacionais no brasil

Para Reis, Nogueira e Bim (2014) o processo de convergência no Brasil teve seu iniciou no ano de 1990, com a criação de três comissões com o objetivo de propor alterações nas Leis 6.404/76 e 6.385/76 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Na parte que se refere à contabilidade, foram propostos conceitos apresentados em mercados internacionais de nações desenvolvidos.

Assim, o Brasil sofreu fortes influências para a adoção das International Financial

Reporting Standards (IFRS) em decorrência da tendência mundial para que a contabilidade se

apresentasse de uma forma unificada e padronizada em todos os seus aspectos e pudesse ser compreendida e interpretada. Para Lourenço et al. (2016) essa tendência mundial alterou a regulação existente exercendo influência na estrutura da contabilidade praticada no Brasil.

Para Lourenço e Branco (2015) outro fato determinante no processo de convergência das normas contábeis brasileiras para o padrão internacional se deu em janeiro de 2010, quando o IASB, o CFC e o CPC assinaram o Memorando de Entendimento, que certificava que as normas brasileiras de contabilidade emitidas pelo CPC continuassem a se basear nas normas do IASB.

O CPC é o organismo brasileiro que possui a responsabilidade de adaptar as normas contábeis internacionais ao contexto brasileiro. Tendo sido idealizado a partir da união de objetivos e esforços de organizações pertencentes às áreas acadêmicas, governamentais e de iniciativa privada, tais como, ABRASCA, APIMEC NACIONAL, BOVESPA, CFC, FIPECAFI e IBRACON, buscando atender as necessidades do processo de convergência das normas internacionais de contabilidade (LOURENÇO et al., 2016).

Segundo Fernandes et al (2011) o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), objetivando acompanhar a tendência mundial da padronização das normas e procedimentos contábeis, por meio da Resolução CFC nº 1055/05 no dia sete de outubro de 2005,criou o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), com o objetivo de centralizar a elaboração de padrões contábeis no Brasil e convergi-los ao padrão internacional do IASB.

Nakagawa, Relvas e Dias Filho (2007) relatam que a convergência contábil é uma oportunidade única para a atualização do processo de educação contábil brasileiro, visto que resgata de um dos pilares da contabilidade, que é a prevalência da essência sobre a forma. Entretanto, esta adequação pode, pela cultura de direito codificado e preferência por regras detalhadas da sociedade brasileira, ser posta em risco.

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Englobando um aspecto geral e contextualizado do assunto trabalhado Hendriksen e Van Breda (2007), relatam que a contabilidade vem desenvolvendo-se em decorrência das mudanças no ambiente, das inovações e avanços tecnológicos. Os autores ainda complementam afirmando que não há motivo para acreditar que a contabilidade não continue a evoluir e a se desenvolver em resposta as mudanças que estão ocorrendo. No entanto, mesmo com toda essa evolução, avanço e modificação que vem ocorrendo ao longo dos anos no meio contábil a função primordial da contabilidade manteve-se inalterada desde seu surgimento, pois tem como finalidade fornecer aos usuários dos demonstrativos financeiros e contábeis informações que os auxiliarão na tomada de decisão (MARTINS; GELBCKE; IUDICIBUS, 2013).

1.2 O ensino e metodologia da contabilidade

O processo de aprendizagem envolve vários aspectos que devem ser analisados e compreendidos para que se possa ter uma visão mais ampla do sistema de ensino. Silva e Oliveira Neto (2010) diz que fazem parte do processo de ensino e aprendizagem três atores principais: aluno, professor e Instituição de Ensino, os quais devem ser discutidos constantemente e experimentar novas alternativas para elevar sua eficácia e eficiência do referido processo. Na qual o ensino precisa, de maneira geral, ser visto como um chamado à exploração e à descoberta e não apenas transmissão de informações e de técnicas.

Em relação à convergência segundo Goularte, Leal e Rocha (2015) nos últimos anos a contabilidade brasileira está vivenciando o processo de convergência às normas internacionais de contabilidade. O referido processo inseriu várias mudanças conceituais significativas, indo além de alterações eminentemente técnicas. Consequentemente, o ensino sofre os impactos dessas mudanças, pois devem acompanhar todo o processo.

Visando acompanhar a velocidade das mudanças e a qualificação do seu trabalho, os professores tem a necessidade de se atualizar e buscar reformular suas técnicas, práticas, suas competências e, principalmente, seu conhecimento, no sentido de atender, dentro da atual realidade em que se encontram, as necessidades dos envolvidos nas IES e dar sua contribuição ao ambiente acadêmico (SILVA; OLIVEIRA NETO, 2010).

Para Soares e Cunha (2017) qualidade do ensino ainda possui uma relação da figura do professor, assim como da sala de aula, de recursos instrucionais e aprendizagem, sendo decorrente das atividades de ensino. Portanto, faz-se necessário debater sobre alguns dos fatores ligados ao ensino, como, os aspectos metodológicos e as correntes teóricas que proporcionam sustentação ao comportamento do docente. No entendimento de Madureira, Succar Jr. e Gomes (2011) a metodologia de ensino empregada deve ser capaz de proporcionar uma harmonia entre o professor e o conteúdo apresentado, promovendo condições propícias para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem.

Quanto aos aspectos metodológicos do ensino estão envolvidos: planejar, definir objetivos, selecionar e organizar os conteúdos, definir métodos e recursos instrucionais e avaliar a aprendizagem. No contexto descrito chega-se ao entendimento que existem métodos de ensino que estão diretamente relacionados com os objetivos gerais e específicos da disciplina, que possibilitam o direcionamento da didática do professor na transição do processo educativo resultando em um melhor entendimento dos discentes (MADUREIRA; SUCCAR JÚNIOR; GOMES, 2011).

Nesta etapa do processo é definido também a estratégia que será utilizada na abordagem aos discentes, que segundo Mazzioni (2013), é o método que o professor utiliza para proporciona motivação aos alunos em relação ao aprendizado. De acordo com Vieira e Viera (2005, p. 10) a escolha da estratégia ideal em cada situação irá depender de fatores como “perspectiva de ensino, modelos de ensino, papel do professor, papel do aluno, bem

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como pelos recursos disponíveis”.

A determinação dos propósitos é a uma etapa na elaboração do ensino, mais especificamente significa o que se espera que o discente absorva de conhecimento e não o que o professor pretenda pesquisar (SOARES; CUNHA, 2017). Em seguida faz-se necessário o estabelecimento da matéria que será apresentada aos alunos e como os assuntos serão desenvolvidos, assim como definir métodos e recursos que serão utilizados. Como última etapa tem-se a avaliação, que consiste em verificar se os objetivos foram atingidos e em que grau de satisfação.

No contexto das metodologias utilizadas em sala de aula, Madureira, Succar Junior e Gomes (2011) afirmam que há métodos visto como tradicionais de ensino, que se baseiam na autoridade, no docente, e a educação renovada como aquela que tem como fundamentação o aluno, suas motivações; a pedagogia libertadora, focada no debate de temáticas sociais e políticos, nesse método o professor coordena atividades e atua em conjunto com os alunos; e a pedagogia construtiva que é uma construção continuada, produto da relação entre os objetos do meio e o sujeito. Os alunos, nesse método, são vistos como participantes ativos no processo de compartilhamento de informação, e os docentes limitam-se a definir um grupo de atividades e colocar a disposição sugestões de conteúdo, mas são os discentes que, por meio de discussões e pesquisas, constroem os seus próprios conhecimentos.

Quanto aos métodos tradicionais, Leal e Cornachione Jr (2006) relatam que a utilização dessa metodologia de ensino exclusivamente com aula expositiva não proporciona um bom aprendizado ao aluno. Tendo em vista que esse método apresenta apenas a exposição do conteúdo pelo professor, o que não proporciona a interação professor-aluno. Ainda segundo os mesmos autores nesse contexto, o discente é representado por uma caixa na qual o docente vai fazendo seus depósitos de conhecimento. Essa caixa vai se enchendo com esse conhecimento, como se o conhecer fosse o produto de um ato passivo de receber doações ou determinações de outros. Os mesmos autores ainda fazem recomendações aos professores dizendo que as condições que sua instituição de ensino fornece devem ser levadas em consideração e ao mesmo tempo não se feche no mundo problemático da aula expositiva, e sim mesclar com outros métodos instrucionais.

Outra forma de ensino, denominado método de caso, é uma forma dos alunos debaterem, entre si e com o seu professor, temas que poderão ser utilizados como embasamento para a tomada de possíveis decisões futuras na vida profissional. No qual o ambiente de sala de aula é o propício para arriscar, errar e buscar tirar dúvidas, tendo um retorno imediato. Segundo Souza e Marion (2001) A ênfase de um modelo de ensino que proporciona a união de sala de aula às realidades do mundo dos negócios é instrumento poderoso no ensino das áreas que envolvem negócios.

Portanto, um método de ensino trata-se de um conjunto de procedimentos que se destina a vencer um problema ou a uma situação real, nos quais o aluno busca as ferramentas necessárias para uma mudança de seu comportamento. Através da exploração de suas características deve elevar a procura pelo "saber" e, ao mesmo tempo, reduzir as percepções de medo gerado pelas alterações que este aumento de conhecimento irá proporcionar (MADUREIRA; SUCCAR JUNIOR; GOMES, 2011).

1.3 Estudos correlatos

Através de resultados de pesquisas anteriores foi possível se constatar que o método tradicional é o mais utilizado pelos professores (VALENTE; ABIB; KUSNIK, 2007, MADUREIRA; SUCCAR JUNIOR; GOMES, 2011; LAFFIN, 2012), porém, os alunos, de uma maneira geral, preferem métodos voltados para experimentação ativa (VALENTE; ABIB; KUSNIK, 2007). A metodologia de estudo de caso tem um papel essencial na relação entre

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aluno e professor, além de proporcionar a união da teoria e prática por meio de estudos que demonstram a realidade corporativa das empresas (SOUZA; MARION, 2001).

Na pesquisa Mazzioni (2013) teve como objetivo apresentar uma relação das estratégias de ensino mais significativas, diante da visão dos discentes, e as mais utilizadas pelos professores do curso de graduação em Ciências Contábeis. Nos resultados foi possível perceber uma harmonia entre as estratégias preferencias dos alunos com as dos docentes, quais sejam, a aula expositiva dialogada e a resolução de exercícios e seminários.

No estudo realizado por Fernandes et al. (2011) em uma perspectiva dos docentes, tem como objetivo analisar a percepção dos docentes que lecionam nos cursos de graduação em Ciências Contábeis do Brasil em relação ao atual processo de convergência internacional. Os resultados evidenciaram que a maior parte dos docentes avalia o processo de convergência como muito importante, uma vez que reduz os custos na elaboração de informações contábeis e facilita a inserção no mercado internacional de empresas brasileiras.

Na pesquisa realizada por Pereira (2011) teve como objetivo verificar em sua pesquisa o nível de conhecimento dos discentes sobre as IFRS, conforme a metodologia de ensino utilizada nas Instituições de Ensino Superior (IES) do Distrito Federal, e como esses alunos estão sendo preparados e capacitados para ingressar no ambiente de convergência contábil. Os resultados apresentados demonstram que o modelo de ensino tradicional, em que a matéria é exibida e interpretada pelo professor, é o mais utilizado nos cursos de ciências contábeis do Distrito Federal. Além disso, o conhecimento das normas internacionais de contabilidade estava nivelado entre os alunos e concluiu-se que o apenas o aprendizado em sala de aula não é suficiente para atender a nova demanda da profissão contábil.

Alguns autores, no entanto, estão mais voltados a outros aspectos em suas pesquisas, como apresentado por Oliveira et al. (2013) que buscaram, em seu estudo, analisar a presença de uma relação nas variáveis idade, gênero e estilo de aprendizagem, na concepção dos discentes do curso de Ciências Contábeis, com as estratégias lúdicas que, de acordo com os autores, são como uma atividade que traz descontração e, assim, uma interação. Como resultado, foi observado que há relação entre os estilos aprendizagem e a percepção dos alunos quanto ao uso de estratégias lúdicas.

O estudo desenvolvido e apresentado por Leal e Borges (2016), teve como objetivo identificar as estratégias de ensino utilizadas no curso de Ciências Contábeis alegadas pelos professores nos planos de curso apresentados à coordenação de curso. De acordo com a pesquisa, as estratégias de ensino com maior indicação são: aulas expositivas, aplicação de exercícios, estudos de caso, debates e seminários. De uma maneira geral este estudo vem de encontro aos resultados apresentados por Nganga et al. (2013), que buscou demonstrar as estratégias de ensino na contabilidade gerencial que se apresentam, na percepção dos docentes, como as que possuem uma maior eficácia no aprendizado. Os autores identificaram as estratégias: aula expositiva; discussões de oposição; ensino com pesquisa; simulações; leitura dirigida; estudo de caso; seminário; visitas técnicas; e aulas práticas e de laboratório.

O que se pode perceber nas pesquisas demonstradas acima é que, de modo geral, o método tradicional de ensino ainda é o mais utilizado pelos docentes de Ciências Contábeis em suas atividades, no entanto já há uma maior diversificação que busca a interação, participação e incentiva os discentes a estarem buscando absorver o conhecimento transmitido de uma maneira mais atraente e motivadora, motivação essa que pode contribuir no processo de formação do tipo de profissional que estará sendo inserido no mercado.

Portanto, apresentado alguns estudos relacionados as normas internacionais e o ensino da contabilidade o presente estudo tem como analisar a percepção dos discentes de Ciências Contábeis sobre as normas internacionais no ensino. Busca-se testar a seguinte hipótese de pesquisa:

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H1: Há um baixo nível de conhecimento dos discentes sobre as normas internacionais de contabilidade.

Com base no exposto a hipótese testará se há um baixo nível de conhecimento dos discentes sobre as normas internacionais de contabilidade, dado que os estudos anteriores buscam identificar o conhecimento das normas internacionais e o ensino da contabilidade, visto que objeto deste estudo é a percepção dos discentes em relação as normas internacionais.

2. Metodologia

O estudo classificou-se quanto ao seu objetivo como descritivo. Pois, o método descritivo tem o intuito de descrever características relativas a um determinado grupo ou população (COLLIS; HUSSEY, 2005).

Utilizou-se, quanto à abordagem do problema, a pesquisa quantitativa que, no entendimento de Richardson (2017), é caracterizado através do emprego da quantificação tanto na coleta de informações, quanto no tratamento e analise delas através da utilização de técnicas estatísticas, podendo estas serem simples ou complexas. Foi utilizado esse tipo de pesquisa, pois pretendeu-se medir opiniões de um determinado público alvo, por meio de método estatístico, técnica de Agrupamento Hierárquico (Clusters).

Quanto aos procedimentos, a investigação realizada foi empírica através de coleta de dados por levantamento, utilizando-se de questionário aplicado junto aos estudantes de Ciências Contábeis do 1º ao 10º período da UERN, permitindo apuração e tratamento dos dados.

O estudo em questão teve como universo todos os alunos de Ciências Contábeis regularmente matriculados da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, sendo 155 no período matutino e 134 no noturno, totalizando 289 alunos. O estudo alcançou como amostra um total de 147 alunos, utilizou-se a amostra não probabilística por conveniência, a qual representa 50,87% do universo.

Em relação à coleta de dados, nesse contexto e levando em consideração o objetivo do estudo em questão, o instrumento utilizado para operacionalizar a pesquisa foi um questionário auto administrado, o qual é uma reaplicação do trabalho realizado por Pereira (2011).

Elaborado à luz da literatura da educação e contabilidade, o questionário foi apresentado com questões fechadas seguidas de afirmações, ante as quais, foi realizado de forma presencial e solicitado aos estudantes que respondessem as questões através da escolha de um dos seis pontos da escala. Cada ponto foi associado a um valor numérico. Assim obteve-se uma pontuação para cada item e o somatório desses valores (pontos), proporcionou a medição das atitudes questionadas em relação ao objeto do presente estudo (MARTINS; THEÓPHILO, 2009).

O questionário está dividido em quatro seções, a primeira seção refere-se à caracterização do perfil dos discentes dos cursos de Contabilidade; a segunda ao método de ensino mais utilizado em sala de aula; a terceira trata-se da preparação para o ambiente de convergência das normas; a quarta e última seção refere-se à medição do conhecimento absorvido sobre as normas internacionais de contabilidade. Na segunda e terceira sessão foi utilizado uma escala likert de seis pontos, onde o primeiro representa nunca, seguido por quase nunca, algumas vezes, a maioria das vezes, a maior parte das vezes e sempre, respectivamente. Na última sessão foi utilizado uma escala, também de seis pontos, que se inicia com péssimo, seguido por ruim, fraco, regular, bom e excelente, respectivamente.

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Em se tratando da análise dos dados obtidos, inicialmente, foi feita uma análise descritiva, onde foi demonstrado o perfil dos respondentes, através da frequência das respostas obtidas pelo questionário. Após a seção inicial, optou-se, para as demais seções, por utilizar média global por frequência de resposta por afirmação de resposta. Em seguida foi utilizado a técnica de Agrupamento Hierárquico (Clusters), a qual é realizado um agrupamento para cada documento, todos os documentos estão dispostos em agrupamentos distintos. Para a obtenção dos resultados foi utilizado o Software SPSS versão 22.

3. Análise dos dados coletados

3.1 Análise descritiva

Inicialmente foi utilizada uma análise descritiva através da frequência de resposta para identificação do perfil dos respondentes da pesquisa. Na primeira seção do questionário aplicado, que trata do perfil dos respondentes, dentre o total de 147 estudantes entrevistados, que representam 50,87% do universo pesquisado, 59% dos estudantes são do sexo Feminino e 41% do sexo Masculino, representando uma diferença de 18% entre o número de homens e mulheres que estão matriculados no curso de Ciências Contábeis da UERN, como demonstrado na Tabela 1.

Tabela 1- Amostra de Gênero

Gênero Frequência Absoluta Frequência Relativa Frequência Relativa (%)

Masculino 61 0,59 59%

Feminino 86 0,41 41%

TOTAL 147 1,00 100%

Fonte: Elaborada pelos autores (2018)

Em se tratando da faixa etária dos respondentes, observou-se que 69% dos estudantes possuem menos de 25 anos, 20% estão entre 26 e trinta anos, 5% entre 31 e trinta e cinco, 4% dos alunos estão entre 36 e quarenta, dentre os que responderam não houve nenhum que estivesse entre 41 e quarenta e cinco anos, no entanto 1% está acima dos 45 anos de idade, o que demonstra que a maior parte dos entrevistados pode ser considerada jovem, cerca de 89% conforme demonstrado na Tabela 2.

Tabela 2- Faixa etária

Faixa Etária Frequência Absoluta Frequência Relativa Frequência Relativa (%)

Até os 25 anos 102 0,69 69% De 26 a 30 anos 29 0,20 20% De 31 a 35 anos 8 0,06 6% De 36 a 40 anos 6 0,04 4% De 41 a 45 anos 0 0,00 0% Mais de 45 anos 2 0,01 1% TOTAL 147 1,00 100%

Fonte: Elaborada pelos autores (2018)

Ao fazer a apreciação do período cursado pelos alunos respondentes observou-se que 27%, que representa 39 estudantes, estão cursando o primeiro e segundo período, 25% estão matriculados no quinto e sexto, 20% no sétimo e oitavos períodos, 15% no terceiro e quarto, e 13% dos respondentes no nono e décimo conforme Tabela 3.

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99 Tabela 3 – Períodos cursados

Períodos Cursados Frequência Absoluta Frequência Relativa Frequência Relativa (%)

1º e 2º Período 39 0,27 27% 3º e 4º Período 22 0,15 15% 5º e 6º Período 37 0,25 25% 7º e 8º Período 30 0,20 20% 9º e 10º Período 19 0,13 13% TOTAL 147 1,00 100%

Fonte: Elaborada pelos autores (2018)

Por fim sobre o perfil dos estudantes, pode-se inferir que, aproximadamente, 60% dos entrevistados são do sexo feminino, tendo, em sua maioria, menos de 25 anos e que 27% podem ser considerados ingressantes no curso de Ciências Contábeis da Universidade.

Para as demais seções do questionário optou-se pelo cálculo da média global da frequência de resposta por afirmação de resposta. O qual foi demonstrando assim quais atitudes dos docentes são mais utilizadas em sala de aula.

Ao estudar o quesito que trata da metodologia de ensino, quando questionados sobre o tipo de avaliação de aprendizado mais utilizada pelos docentes, foi possível observar que a prova é o instrumento mais utilizado, atingindo uma média global de 5,54, enquanto artigos quase nunca foram usados, conforme demonstrado no Gráfico 1.

Gráfico 1 – Método de ensino-aprendizagem

Fonte: Elaborada pelos autores (2018) Em que:

EXPO - Aula expositiva GRUP - Pequenos Grupos

PROB - Aulas baseadas em solução de problemas EXER - Lista de exercícios

LEIT - Leituras adicionais CASO - Estudo de caso LIVR - Livro texto CIEN - Artigos científicos PROV- Provas

ARTI - Artigos

TRAB - Trabalhos escrito

CONT - Os professores dominam o conteúdo da disciplina COMP - Compreendo com facilidade o conteúdo das disciplinas PLAN - Os professores cumprem o plano de ensino com rigor

DISC - Os professores discutem o plano de ensino e acolhem sugestões dos alunos quanto a: metodologia, bibliografia, conteúdo e avaliação

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Ao tratar das fontes de conteúdo abordadas, o Livro Texto obteve a maior média global. No quesito que aborda a fixação de conteúdo, o valor global atingiu 4,33, demonstrando que a lista de exercícios é o modelo de fixação de conteúdo mais explorado em sala de aula, se comparados com leituras adicionais e estudo de caso, que obtiveram médias de 3,93 e 3,31 respectivamente. Quando perguntado sobre a frequência de utilização de Aulas Expositivas, Pequenos Grupos e Aulas Baseadas em Resolução de Problemas como métodos de ensino, a resposta apresentada evidenciou que as Aulas Expositivas são mais utilizadas chegando a um valor de 4,30.

Assim como no trabalho de Pereira (2011), Considerando que os seguintes quesitos, Provas, Livros, Exercícios e Aulas Expositivas, fazem parte da metodologia tradicional de ensino, bem como baseado no entendimento de Madureira, Succar Junior e Gomes (2011) os quais afirmam que as metodologias baseadas na autoridade e no docente, onde nesse método o professor coordena atividades e atua em conjunto com os alunos, podem ser classificadas como metodologia tradicional de ensino, é possível perceber através do gráfico que esse tipo de metodologia ainda é o mais presente na instituição e no curso de Contabilidade. Isso vem confirmar o que outros autores já apresentaram em seus trabalhos, onde demonstraram que o método tradicional de ensino é o mais utilizado pelos professores em sala de aula (VALENTE; ABIB; KUSNIK, 2007, MADUREIRA; SUCCAR JUNIOR; GOMES, 2011; LAFFIN, 2012).

No que se refere ao domínio do conteúdo por parte dos docentes a frequência global por afirmação de resposta foi de 4,75, demonstrando que a grande maioria dos alunos acredita que os professores têm um domínio do conteúdo apresentado em sala. Isso reflete, como demonstrado nesse referencial teórico, no que diz Silva e Oliveira Neto (2010), que buscando alcançar os objetivos e necessidades das Instituições de ensino, os professores tem que buscar constantes atualizações de seu conhecimento e assim atender as necessidades da atual realidade. Como consequência desse aperfeiçoamento dos professores tem-se que o valor atribuído à compreensão do conteúdo pelos alunos atingiu um resultado aproximado de 4,57, evidenciando o grau de entendimento dos discentes.

Na parte do questionário que trata da preparação para o ambiente contábil é possível perceber que, após a promulgação da lei 11.638/07, a procura dos discentes por cursos, palestra ou eventos que tratem de Normas Internacionais de Contabilidade ou CPC’s ainda é pequena, conforme evidenciado no Gráfico 2, a maioria das respostas ficou entre Quase Nunca e Algumas Vezes.

Gráfico 2 – Ambiente de Convergência

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101 Em que:

CURS – Participação de Cursos sobre IFRS e CPC’s após a promulgação da lei 11.638/07

BIBL – Bibliografias utilizadas em sala são atualizadas de acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09. ACER – O acervo bibliográfico da instituição é renovado após as mudanças na legislação

DFP – Utilização de Demonstrações Financeiras Padronizadas em IFRS de empresas listadas na Bolsa de Valores

No quesito das Bibliografias utilizadas em sala de aula, a maior parte dos discentes respondeu que, na maioria das vezes, as bibliografias estão atualizadas de acordo com as Leis 11.638/07 e 11.941/09. O que vem corroborar com os resultados apresentados no quesito anterior, onde os livros foram apontados como a fonte de conteúdo mais utilizada. Os resultados deste item são semelhantes aos encontrados na pesquisa de Pereira (2011) o qual ainda reforça a utilização de Demonstrações Padronizadas em IFRS para ilustrar o conteúdo ministrado.

Na última sessão do questionário que trata dos conhecimentos dos alunos sobre os assuntos contábeis foi possível observar uma simetria e um nivelamento nas respostas apresentadas, o que não significa que seja algo positivo, tendo em vista que ao observar as respostas, o nivelamento ficou entre Fraco e Regular na escala, observar Gráfico 3.

Gráfico 3 – Conhecimento nos seguintes conteúdos

Fonte: Elaborada pelos autores (2018) Em que:

ESTRUT – Estrutura Conceitual para elaboração das demonstrações RECUP – Redução ao valor recuperável dos ativos

DFC – Demonstração dos fluxos de caixa INTAN – Ativos intangíveis (Goodwill) MERCAN – Arrendamento Mercantil PRESEN – Ajuste ao valor presente CONST – Contratos de construção COMBIN – Combinação de negócios

PRINC – Normas contábeis não são mais elaboradas baseadas em regras ou leis FORMA – Primazia da essência econômica das operações sobre a forma JUSTO – Mensuração a valor justo

DERIV – Instrumentos Derivativos Financeiros P&D – Pesquisa e Desenvolvimento

Analisando o Gráfico 3 observa-se que, assim como no trabalho de Pereira (2011), a Estrutura Conceitual obteve uma média superior entre todos os conteúdos abordados, o que

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reforça o que diz Wells (2011), o qual fala que a estrutura conceitual fornece um conhecimento mais aprofundado aos discentes quanto aos pilares que fundamentam as demais normas de contabilidade, por isso devem ser a base do ensino contábil. Nunes, Marques e Costa (2016), buscando demonstrar o nível de conhecimento dos discentes de contábeis sobre o pronunciamento conceitual básico, apresentaram resultados onde 89% dos que responderam sua pesquisa afirmam que já leram, mesmo que superficialmente, a norma de estrutura conceitual.

3.2 Agrupamento hierárquico

Para concluir foi utilizada a técnica de Agrupamento Hierárquico (Clusters) com o objetivo de identificar possíveis similaridades entre o conhecimento dos discentes em relação às normas contábeis. Utilizando-se do Software SPSS versão 22, foi possível observar o grau de semelhança apresentado na Figura 1.

Figura 1 – Dendograma da análise de Clusters

Fonte: Elaborada pelos autores (2018) Em que:

ESSÊNCIA - Primazia da essência econômica das operações sobre a forma. DERIVATI - Instrumentos e Derivativos Financeiros

AVP - Ajuste a valor presente

IMPAIRME - Redução ao valor recuperável dos ativos LEASING - Arrendamento Mercantil

COMBINAÇ – Combinação de Negócios. CONTRATO – Contratos de construção

PRINCÍPI – As normas contábeis não são mais elaboradas baseadas em regras ou leis JUSTO – Mensuração a valor justo

INTANGÍV – Ativos intangíveis

ARCABOUÇ – Estrutura conceitual para elaboração das demonstrações contábeis. PESQUISA – Pesquisa e Desenvolvimento

DFC – Demonstração dos fluxos de caixa

Na Figura 1 acima nota-se que ao utilizar as variáveis das normas internacionais, os resultados foram apresentados em dois grupos tendendo a um nivelamento, como já descrito anteriormente. A ilustração também confirma o que foi demonstrado no Gráfico 3, onde, apesar do nivelamento entre os elementos, vê-se que há um destaque para a Estrutura Conceitual, Demonstração de Fluxo de Caixa e Pesquisa e Desenvolvimento, os quais foram separados no segundo grupo conforme visto na Figura 1. Assim, confirmando a hipótese de

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que a há um baixo nível de conhecimento dos discentes sobre as normas internacionais de contabilidade Corroborando achados de Pereira (2011), observa-se o baixo nível de conhecimento dos discentes sobre as normas internacionais de contabilidade, no entanto está pesquisa demonstrou um maior nivelamento nas respostas se comparadas às demonstradas pelo autor supracitado.

Conclusões

O trabalho teve como objetivo geral analisar a percepção dos discentes de Ciências Contábeis sobre as Normas Internacionais no ensino da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, tendo em vista que foi demonstrado que os alunos, mesmo que superficialmente, possuem algum conhecimento em relação às normas internacionais.

Apresentou o perfil dos respondentes da pesquisa, demonstrado através da Tabela 1, o qual retrata o percentual quanto ao gênero dos respondentes, a Tabela 2 demonstrou a faixa etária, e a Tabela 3 evidenciou o período em que cada respondente está regularmente matriculado.

No qual foi possível identificar as principais metodologias de ensino utilizadas em sala de aula pelos docentes, através do Gráfico 1 foi demonstrado que a metodologia de ensino tradicional é a mais utilizada pelos professores, também que a Prova é o método de avaliação mais usado.

Assim, foi demonstrar o nível de conhecimento dos discentes sobre os Pronunciamentos Contábeis e sobre as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), seu resultado foi retratado no Gráfico 3 e na Figura 1, as quais apresentaram um nivelamento no conhecimento dos discentes quanto às normas internacionais. Assim, confirmando a hipótese de que há um baixo nível de conhecimento dos discentes sobre as normas internacionais de contabilidade

A pesquisa teve como limitação, primeiramente, o tipo de instrumento de coleta de dados, o qual foi utilizado questionário, pois os dados coletados dependem da aceitação e colaboração dos pesquisados. Também por ter sido observado apenas a percepção dos discentes e não dos docentes. A quantidade dos respondentes também é considerada uma limitação, tendo em vista que só respondeu aqueles que se dispuseram e os que estavam presentes em sala quando o questionário foi apresentado.

Todos os resultados e conclusões encontradas nesta pesquisa limitam-se à amostra analisada. Sugere-se, para pesquisas futuras, que o questionário seja aplicado em outras instituições de ensino, e que além dos discentes seja visto o posicionamento dos professores. Sugere-se, também, acrescentar outras variáveis ao questionário, bem como outras abordagens de teóricas sobre metodologia de ensino.

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