Prof. Tammy de Oliveira Cunha Ramos
Nova Ortografia - Atualização
em Redação Oficial
GESPÚBLICA – EGM – FAMEM
Licenciada em Letra s UERJ e Coordenadora da Escola de Gestão Municipal/FAMEM
Origem – Nossa Língua- breve viagem histórica
1) Latim Vulgar – Origem da Língua Portugues
Falado pelos soldados, artesãos, comerciantes,
artistas etc .
Tipos de Comunicações
Particular – trocada entre pessoas mais ou menos íntimas
sobre assuntos da vida privada. Ex.: notícias do cotidiano, agradecimentos, convites, pêsames.
Comercial – inclui toda espécie de documentos ligados a
transações comerciais,industriais,financeiras, bancárias (pública ou privada) etc.
Oficial – quando provém de instituições do serviço público,
tanto civis, como militares, e abrange atos dos poderes legislativo, executivo e judiciário.
Comunicação Oficial
Correspondência entre 2 ou mais órgãos/setores
Remetente – é quem escreve determinada mensagem
Destinatário – aquele que recebe a mensagem
Documentos mais utilizados:ofício e memorando.
“A eficácia da correspondência depende basicamente de que o remetente saiba formular o que deseja transmitir ao
destinatário em linguagem clara.” Celso Pedro Luft
Redação Oficial
É a forma pela qual o Poder Público redige atos
normativos e comunicações , e deve caracterizar-se
por:
impessoalidade, método ,organização
uso do padrão culto da Língua/respeito às normas
técnicas em vigência
Decreto 4176/2002 - Manual de Redação da Pres.
Impessoalidade verbal
Utilize conjugação impessoal sempre que possível, conjugando o verbo na terceira pessoa ou utilizando verbos na forma passiva.
Exemplos:
Eu sei que o prazo é de uma semana. (inadequado)
É sabido que o prazo é de uma semana. (adequado)
Redigiram o ofício... (inadequado)
Atributos da Redação Oficial
Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: "A administração
pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
(...)". Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.
Elementos essenciais na Redação Oficial
Clareza –
qualidade essencial da boa expressão
(quem pensa claramente/ se expressa claramente)
Concisão –
emprego da linguagem adequada, da
palavra exata e necessária, economia verbal
CORREÇÃO GRAMATICAL
É a utilização do padrão culto da Língua;
Respeito às regras apropriadas ao perfeito uso
FORMALIDADE/UNIFORMIDADE
- Diz respeito
à polidez, à civilidade no tratamento do
assunto/padronização das comunicações;
Segue o Novo Acordo Ortográfico e suas
mudanças
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA
PORTUGUESA
Assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990
No Brasil, foi aprovado pelo Decreto Legislativo Nº 54
em 18 de abril de 1995
Decreto Nº 6.583, de 29 de setembro de 2008.
Prorrogado até 2016
Portugal,Brasil,Angola,São Tomé e Príncipe , Cabo
Verde,Guiné-Bissau,Moçambique e Timor Leste
Erros comuns: AMBIGUIDADE
É uma frase ou oração que pode ter mais de um
sentido.
Gera equívocos de compreensão –
EVITE
a CLAREZA é requisito imprescindível de todo
texto técnico;
Decorre, geralmente, da dificuldade de
identificar-se que palavra identificar-se refere um pronome que possui
mais de um antecedente.
EVITE
Ex.: O Chefe de Gabinete comunicou ao Diretor que ele
seria exonerado (
Quem seria exonerado? O Chefe de
Gabinete ou o Diretor?
)
Certo: O Chefe de Gabinete comunicou a exoneração
dele ao Diretor (
O Chefe de Gabinete foi exonerado
)
Certo: O Chefe de Gabinete comunicou ao Diretor a
Pronomes de Tratamento
O emprego dos pronomes de tratamento obedece à secular tradição.
Vossa Excelência para as seguintes autoridades: a) do Poder Executivo:
Presidente da República ( Não será abreviada a forma de tratamento);
Vice-Presidente da República; Ministros de Estado;
Pronomes de Tratamento
b) do Poder Legislativo:
Deputados Federais e Senadores;
Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
c) do Poder Judiciário:
Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais;
Juízes;
.
V. S.ª
- Vossa Senhoria – usado em tratamentos
cerimoniosos e respeitosos a pessoas com grande
prestígio, como:
Vereadores,
Consultores, Gestores,
Chefes,
Secretários,
V. Rev.mª
- Vossa Reverendíssima – usado
em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a
sacerdotes, bispos e religiosos em geral.
V.A.
- Vossa Alteza – usado em tratamentos
cerimoniosos e respeitosos a príncipes, princesas,
duques e duquesas.
V. Em.ª - Vossa Eminência – usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a cardeais, que são eclesiásticos do Sacro Colégio pontifício e participam no conclave para a eleição de um novo Papa.
V. S. - Vossa Santidade – usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos ao Papa. Este pronome de tratamento é também utilizado por ocidentais em tratamentos cerimoniosos e respeitosos ao Dalai Lama, embora não seja utilizado pelos tibetanos.
V. M.
- Vossa Majestade – usado em
tratamentos cerimoniosos e respeitosos a reis e
rainhas.
V. Mag.ª (s)
- Vossa Magnificência – usado
em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a
reitores de Universidades.
1. Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD).
A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação
2. Fica dispensado o emprego do superlativo
Ilustríssimo para as autoridades que recebem o
tratamento de Vossa Senhoria e para particulares.
É suficiente o uso do pronome de tratamento
Senhor.
3. Acrescente-se que Doutor não é forma de
tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo
indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o
apenas em comunicações dirigidas a pessoas que
tenham tal grau por terem concluído curso
universitário de doutorado.
Ofício
É uma modalidade de comunicação oficial
para Órgãos da Administração Pública entre si
e também particulares;
Geralmente, é uma comunicação externa;
P. 14 ( manual )
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal
Federal.
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo:
Senhor Senador, Senhor Juiz,
Senhor Ministro,
a)Papel Ofício – A4
b)Fonte: Times New Roman fonte12
c) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita:
Exemplo: São Luís, 15 de março de 2015. d) assunto: resumo do teor do documento
Exemplo:
Concordância dos pronomes de tratamento
Sempre empregando o pronome possessivo na
terceira pessoa (singular ou plural), e nunca na
segunda pessoa do plural (vosso/a)
Ex.: Vossa Senhoria emitirá o seu parecer.
Ex.:Vossa Excelência receberá congratulações por seu
a) para autoridades superiores, inclusive o
Presidente da República:
Respeitosamente,
b) para autoridades de mesma hierarquia ou
de hierarquia inferior:
Atenciosamente,
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que
podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente
O correio eletrônico ("e-mail"), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de comunicação para transmissão de documentos
O campo assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a organização documental.
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura.
• Caso não seja disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento.
• Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, e, para que possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.
Obs.: Segundo Manual da Presidência, nos termos
da legislação em vigor, para que a mensagem de
correio eletrônico tenha valor documental, para
que possa ser aceito como documento original, é
necessário existir certificação digital que ateste a
identidade do remetente, na forma estabelecida
em lei.
Conforme a Medida provisória 2.200-2 de 2001,
a lei brasileira determina que qualquer
documento digital tem validade legal se for
certificado pela ICP-Brasil (Infraestrutura de
Chaves Públicas Brasileira). A medida provisória
também prevê a utilização de certificados
emitidos por outras infraestruturas de chaves
públicas, desde que as partes que assinam
reconheçam previamente a validade destes.
A utilização da assinatura ou firma digital providencia a prova inegável de que uma mensagem veio do emissor. Uma assinatura digital deve ter as seguintes propriedades:
autenticidade - o receptor deve poder confirmar que a
assinatura foi feita pelo emissor;
integridade - qualquer alteração da mensagem faz com
que a assinatura não corresponda mais ao documento;
irretratabilidade - o emissor não pode negar a
Obs.: O que a MP 2.200-2 portanto outorga à ICP-Brasil é a fé pública, considerando que qualquer documento digital assinado com o certificado emitido pela ICP-Brasil pode de fato ser considerado assinado pela própria pessoa.
Relatório Simples
É um documento por meio do qual o funcionário
apresenta relato das atividades desenvolvidas em cursos,
seminários, congressos ou outro evento externo de que
tenha participado.
Obs.: Algumas empresas/órgãos públicos possuem um
tipo-padrão de relatório, que deverá ser seguido ,
quando solicitado.
Atividade
Use sua criatividade e boa sorte!
Compare 2 modelos de documentos do Setor no qual você trabalha, consertando-os e adaptando-os às normas oficiais, quando necessário .