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Rev. bras. estud. popul. vol.34 número1

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Academic year: 2018

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R. bras. Est. Pop., Belo Horizonte, v.34, n.1, p.3-4, jan./abr. 2017

Nota da Editora

DOI http://dx.doi.org/10.20947/S0102-3098a0019

Nota da Editora

Com a publicação deste primeiro número da Rebep de 2017, tenho a satisfação de informar que estamos completando com sucesso um importante ciclo de transição do Comitê Editorial da revista e de consolidação dos procedimentos editoriais inteiramente dentro de um sistema on-line. Em janeiro de 2017, com a posse da nova diretoria da Abep, a revista também passou pela renovação de seu Comitê Editorial. Assumi a posição de editora, antes ocupada por Suzana Cavenaghi, que, juntamente comigo, assumiu o novo Comitê Editorial, agora composto pelos ilustres colegas Ana Maria Nogales Vasconcelos (vice-presidente da Abep), Antonio Miguel Vieira Monteiro, Carlos Eugenio de Carvalho Ferreira, Carlos Javier Echarri, Flávia Drummond Andrade, Flávio Henrique Miranda Freire, Gilvan Ramalho Guedes, Jair Lício Ferreira dos Santos, Joice Melo Vieira, Jorge Rodriguez, Massimo Livi Bacci, Rosana Baeninger, Sergio Odilon Nadalin e Suzana Cavenaghi. Como de praxe, para suavizar a transição, alguns membros do comitê no mandato anterior permaneceram e outros entraram agora para refrescar nossas ideias e práticas. Nossa expectativa é de termos, no comitê, um canal de comunicação permanentemente aberto, acessando-o para discutir não apenas as questões relativas à seleção dos artigos para publicação e composição de cada número, mas também para avançarmos nos esforços de tornar a Rebep uma revista cada vez mais ágil, visível e interessante.

Como todo processo de transição envolve diiculdades, tivemos um primeiro semestre bastante atribulado para dar conta dos percalços naturais ao aprendizado de uma tarefa tão complexa quanto a editoria de uma revista. A Rebep não é uma revista grande – tem uma média de aproximadamente 150 submissões ao ano, publicando pouco menos que 25% desses trabalhos –, mas é o único periódico brasileiro especializado em demograia e estudos populacionais. Como está muito bem avaliada no sistema Qualis-Capes e tem se tornado cada vez mais visível internacionalmente, a revista recebe trabalhos das mais variadas áreas que têm a população como objeto de estudo e precisa contar com um corpo de avaliadores grande e diverso para fazer frente à heterogeneidade temática dos trabalhos recebidos. Trazer todo o sistema de avaliação e editoração para dentro de um sistema on-line, tarefa que Suzana Cavenaghi já havia iniciado em seu mandato e que foi completada agora, está longe de ser banal, mas é absolutamente essencial para um periódico que deve ter seus procedimentos transparentes e replicáveis, além de cada vez mais ágeis. Com a ajuda da editora anterior e dos membros do conselho editorial e com a assistência editorial da Ana Paula Pyló, essa fase está sendo vencida e teremos, com isso, uma revista melhor e mais fácil de gerir.

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populacionais no século XXI: tendências, conflitos e políticas. Foi o resultado de uma justa reivindicação dos especialistas no tema que, corretamente, identiicavam a necessidade de incentivos a uma maior produção e divulgação de estudos cientíicos que pudessem balizar as discussões sobre os fluxos migratórios contemporâneos e, especiicamente, a nova Lei de Migração brasileira, que estava sendo discutida e veio a ser aprovada no Senado em maio de 2017. No espectro dessa mudança na legislação, previa-se a modernização do sistema de registros e recepção ao imigrante, dentro de uma concepção voltada para o respeito aos direitos humanos, compatível com a maior complexidade dos fluxos migra-tórios e a mudança da posição do Brasil no mapa internacional destes fluxos. A chamada da Rebep acarretou um número grande de submissões de artigos e, como resultado do processo de seleção, gerou um volume de trabalhos suiciente para que, o que havia sido concebido como um dossiê, se transformasse em um número especial temático, que agora apresentamos aqui.

Este número especial temático contou com a coeditoria competente de Gilvan Ramalho Guedes e Gisela Zapata, que assessoraram todo o processo de avaliação dos trabalhos, realizado com um time de 23 avaliadores, que se prontiicaram a examinar e reexaminar cada contribuição o número de vezes necessário até que os trabalhos aceitos estivessem prontos para a publicação. Gilvan Ramalho Guedes e Gisela Zapata assinam também editorial temático deste número, que dá o tom do conteúdo que se segue e sintetiza as principais contribuições.

Espero que os leitores da Rebep concordem que o número icou abrangente e bem montado, por abraçar um rol amplo de questões relacionadas às novas modalidades de mi-grações internacionais e às especiicidades do Brasil neste contexto; e também por instigar mais contribuições nessa linha de investigação. A nova Lei de Migração já foi aprovada no Congresso Nacional, mas não modiica a nossa demanda pelo entendimento dos processos vivenciados por aqueles que experimentam os deslocamentos, seus condicionantes e suas consequências e pelas estatísticas que nos permitem enxergar adequadamente quantos são e como são esses processos. Mais do que tudo, são estes os insumos que oferecemos para o debate de como o Brasil pode se tornar um país mais aberto, inclusivo e atrativo para os migrantes de todas as partes do mundo.

Em nome da Abep e do Comitê Editorial da Rebep, agradeço enfaticamente as contri-buições dos autores e o trabalho dedicado dos avaliadores, dos coeditores Gilvan Ramalho Guedes e Gisela Zapata e da equipe editorial comandada pela Ana Paula Pyló. Somos tam-bém muito gratos ao contínuo apoio inanceiro da Fundação Carlos Chagas, sem o qual a revista não poderia ter se mantido até aqui.

Simone Wajnman

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