• Nenhum resultado encontrado

QUESTIONÁRIO ONLINE ANÁLISE DE PERGUNTA ABERTA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "QUESTIONÁRIO ONLINE ANÁLISE DE PERGUNTA ABERTA"

Copied!
20
0
0

Texto

(1)

QUESTIONÁRIO ONLINE ANÁLISE DE PERGUNTA ABERTA

Questão 23: Por que os meios marcados não fazem falta – região sul

1. METODOLOGIA

O questionário online faz parte da terceira etapa de produção de dados empíricos da pesquisa Jovem e Consumo Midiático em Tempos de Convergência. O instrumento era composto de 31 questões, das quais seis abertas, que estiveram online por sete semanas (entre agosto e outubro de 2014). Um total de 9.072 jovens de todo o país respondeu ao questionário, sendo que 6.741 (71%) o fizeram por completo. Tratou-se, portanto, de uma amostragem não aleatória, por conveniência.

TABELA 1. Região e estado dos jovens investigados

Região Estado Entrevistados

Norte

Acre 26

Amapá 67

Amazonas 51

Pará 511

Rondônia 93

Roraima 262

Tocantins 720

Nordeste

Alagoas 192

Bahia 252

Ceará 591

Maranhão 114

Paraíba 158

Pernambuco 208

Piauí 80

Sergipe 632

Rio Grande do Norte 161

Centro-Oeste

DF 549

Goiás 286

Mato Grosso 520

Mato Grosso do Sul 479

Sudeste

Espírito Santo 434

Minas Gerais 244

Rio de Janeiro 365

São Paulo 550

Sul

Paraná 316

Santa Catarina 471

Rio Grande do Sul 740

(2)

9.072

O questionário explorou o acesso à internet, a circulação de conteúdos neste ambiente, o uso de redes sociais e a comunicação via web, a posse e uso de dispositivos, a importância dos meios e seus usos convergentes, além de perguntas relativas ao perfil do jovem.

As perguntas fechadas foram tratadas no software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), que facilitou a organização, sistematização e análise do material de cunho quantitativo. As abertas foram trabalhadas no NVivo, software CAQDAS (Computer Assisted Qualitative Data Analysis Software) que permitiu organizar, explorar e interpretar a extensa base de dados qualitativa construída com o discurso juvenil sobre suas práticas de consumo midiático, além de relacioná-lo com as questões precedentes, de caráter fechado.

Para o tratamento das questões abertas, a metade das respostas dos jovens de todas as regiões foi lida de forma exploratória1 a fim de criar categorias indutivas que contribuíssem para a interpretação de tais questões. Definidas as categorias, parte deste material foi categorizado manualmente no NVivo (cerca de 100 respostas para cada categoria) para então empregar o recurso de codificação automática (com uso de Inteligência Artificial) das cerca de 9000 respostas restantes com base nos padrões das respostas manualmente codificadas. Uma amostra de aproximadamente 30% deste material foi auditado, exercício no qual foi possível perceber que a codificação automática com base em inteligência artificial atingiu um índice de confiabilidade de cerca de 92% do total de respostas2.

Na sequência, foi realizado o cruzamento das respostas fechadas com as respostas abertas, partindo das categorias indutivas identificadas. Tal cruzamento foi possível porque, ao quantificar os dados das perguntas abertas com base nas categorias que emergiram da leitura exploratória, os dois grupos de dados eram de natureza quantitativa. Além disto, com o uso do software Nvivo foi possível cruzar dados de uma pergunta fechada com outra aberta derivada desta primeira questão, agrupando assim as respostas dos jovens a partir de um questionamento de natureza quantitativa. Para explorar este material, foram geradas nuvens de palavras, destacando os termos mais proeminentes no discurso juvenil, conforme se vê na representação a seguir.

1 O conjunto de repostas abertas de cada questão foi explorado da seguinte forma: a cada 100 respostas, as primeiras 50 eram lidas; e assim sucessivamente até a leitura de 50% do material.

2 A categorização de algumas questões abertas teve que ser refeita com base na auditoria realizada.

(3)

Exemplo de nuvem de palavras:

Logo após, foram identificados alguns termos-chave de cada nuvem para criação de árvores de significado. Este material traz um panorama do “campo de sentidos” que envolve determinada palavra, ou seja, ele aponta algumas recorrências no discurso dos jovens, tendo como centro a expressão de maior destaque na nuvem de palavras gerada anteriormente. À esquerda são frases e expressões que precedem tal palavra e à direita a fala que a sucede.

Exemplo de árvore de significados:

(4)

A leitura e análise conjugada destes materiais – nuvem de palavras e árvore de significados - auxiliaram na interpretação das questões abertas sem que fosse necessário ler a totalidade das respostas, potencializando assim o uso do software na compreensão das práticas de consumo midiático juvenil.

2. ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS

Este relatório diz respeito aos dados construídos a partir de duas questões, uma fechada e outra aberta: a) Quais meios de comunicação NÃO fazem falta pra você hoje?

e b) Por que os meios marcados não fazem falta pra você? Com base nas respostas dos jovens de todo o país, foram criadas as categorias indutivas que explicitam os motivos pelos quais determinado meio não faz falta. São elas:

- NÃO POSSUO

O uso/consumo do meio está condicionado à posse e/ou acesso. Neste caso, os jovens indicam que não sentem falta por não possuir o meio.

- NÃO USO – NÃO GOSTO

Diferente da categoria ‘Não possuo’, o jovem possui e/ou tem acesso ao meio, mas prefere não utilizá-lo. Esta prática é justificada por falta de contato com o meio ou a não inserção deste em seu cotidiano.

- FOI SUBSTITUÍDO

O uso/consumo do meio foi abandonado em função de sua substituição. A troca é marcada por alguma evolução em relação ao meio anterior: performance, custos, conectividade, interatividade, velocidade de acesso, disponibilidade de conteúdo, redundância com outra mídia, entre outros.

- PREFIRO OUTRO

Os hábitos, rituais, práticas e preferências pessoais do jovem são determinantes para seu consumo midiático e não a evolução/performance do meio em questão.

2.1 RESULTADOS DA REGIÃO SUL

(5)

No total, 1.696 jovens da região sul responderam ao questionário, contudo apenas 1.007 responderam à questão aberta aqui tratada. A respeito dos meios que não fazem falta, estes indicaram que:

Tabela 2. Meios que não fazem falta – região sul

Paraná

Rio Grande do

Sul Santa Catarina Total

Rádio 182 152 111 445

19,0% 17,4% 18,6% 44,2%

TV 66 61 47 174

6,9% 7,0% 7,9% 17,3%

Internet 4 1 3 8

,4% ,2% ,5% 0,8%

Jornal impresso 196 132 109 437

20,4% 15,1% 18,3% 43,4%

Jornal online 25 28 20 74

2,6% 3,2% 3,4% 7,3%

Revista impressa 165 142 81 387

17,2% 16,3% 13,6% 38,4%

Revista online 79 95 63 237

8,3% 10,9% 10,5% 23,5%

Livros 2 13 5 20

,2% 1,5% ,8% 2%

Celular 17 21 12 50

1,8% 2,4% 2,0% 5%

Smartphone 23 28 24 76

2,4% 3,2% 4,1% 7,5%

Tablet 140 146 91 376

14,5% 16,7% 15,3% 37,3%

Nenhum, sinto que preciso

de todos 60 53 31 144

6,3% 6,1% 5,1% 14,3%

Total 959 873 596 2427

Os quatro meios que menos fazem falta aos jovens da região sul e que serão aqui analisados são: rádio (44,2%), jornal impresso (43,4%), revista impressa (38,4%) e tablet (37,3%)3. Os motivos apontados para a pouca relevância destes meios, conforme as categorias indutivas construídas, são apresentados na tabela 24.

Tabela 3. Meios que não fazem falta e motivos indicados – região sul

prefiro

outro não uso-não

gosto não

possuo foi substituído

TV 27,5% 28,6% 5,2% 38,5%

Tablet 20,1% 26,5% 20,3% 32,9%

3 Os demais meios obtiveram os seguintes resultados, na ordem: revista online (29,7%), TV (21,7%), smartphone (9,7%), jornal online (9,3%), celular (50), livros (20) e internet (3). Contudo, 144 jovens admitem que precisam de todos os meios.

4 Ao final do arquivo há um gráfico ilustrativo com os mesmos dados.

(6)

Smartphone 12% 35,7% 29,3% 22,8%

Revista online 33% 25% 14,1% 27,8%

Revista Impressa 23,3% 26,7% 9,7% 40,1%

Rádio 21,2% 34,3% 10,9% 33,4%

Nenhum, sinto que preciso de

todos 0% 0% 0% 0%

Livros 13,9% 21,8% 6,9% 57,2%

Jornal Online 38,15% 29,4% 11,51% 20,93%

Jornal Impresso 23,31% 22,32% 10,6% 43,77%

Internet 0% 24% 0% 76%

Celular 24,56% 30,02% 8,75% 36,66%

Só serão descritos os meios e as categorias com resultados mais proeminentes, os quais estão em destaque na tabela acima (negrito). A categoria “foi substituído” é a mais relevante para os meios jornal impresso (43,7%), revista impressa (40,1%) e tablet (32,95%). Com o tablet a segunda categoria mais relevante é “não uso-não gosto”

(26,5%). Já no caso do rádio a categoria “não uso-não gosto” está ligeiramente à frente (34,3%) de “foi substituído” (33,4%).

A seguir uma exploração dos motivos apontados pelos jovens para que os meios rádio, jornal e revista impressos e tablet sejam dispensáveis em seu cotidiano. Para interpretação das respostas dos jovens, foram geradas nuvens de palavras e árvores de significado cruzando os dados de cada meios (linhas da tabela 3) com as categorias (colunas) mais relevantes em cada caso (em negrito).

a) RÁDIO

Nuvem de palavras 1. Rádio – “Não uso / não gosto”

(7)

O rádio, quantitativamente, é o meio menos relevante para os sulistas (44,2%

indicaram que não faz falta) e a análise qualitativa da nuvem de palavras 15 indica que seu consumo não é muito presente em suas práticas. A grandeza das palavras mais proeminentes como “nunca”, associadas a “costumo”, “utilizo” e “ouvir” indicam que no discurso dos jovens o rádio aparece como desnecessário. A nuvem de palavras também permite inferir que a “internet”6 e as práticas “online”7 podem ser os substitutos do rádio, embora tais palavras sejam menos presentes nas respostas, como indica a nuvem.

Árvore de significados 1. Rádio – “Não uso-não gosto”

5 Esta nuvem mistura outros meios (revistas, tablet, por exemplo) porque alguns jovens justificaram o não uso de mais de um meio numa mesma frase.

6 Localizada no quadrante inferior esquerdo, na horizontal.

7 No quadrante inferior direito, na vertical.

(8)

A leitura conjugada da categoria “não uso-não gosto” na nuvem de palavras com a árvore de significados, relativa ao rádio, permite perceber o contexto discursivo em que algumas das palavras da nuvem se insere8.

Com este material, pode-se verificar o quanto o rádio é desnecessário, pois do lado esquerdo da árvore tem-se a recorrência de expressões: “não tenho”, “nunca fui

8 O termo rádio é o centro a partir do qual os excertos se vinculam, sendo que na coluna à esquerda estão frases e expressões que o precedem e à direita a fala que o sucede.

(9)

adepta”, “nunca senti necessidade”, “nunca gostei”, “nunca tive paciência para escutar”,

“eu não escuto músicas no rádio”, entre outras. No lado direito é possível ter indicações das motivações para o baixo consumo do meio: “podem ser substituídas por outras”,

“faço minha própria playlist”, “acesso pela internet”, “prefiro minhas próprias MP3”.

Ou seja, a árvore de significados revela que o jovem prefere ter maior autonomia no seu consumo musical e que o alto índice de rejeição ao rádio, já que ele foi indicado como o meio que menos faz falta para os sulistas (VER TABELA 2), pode estar relacionado ao fato de o meio não ter se adaptado aos novos tempos no que diz respeito às possibilidades de personalização.

b) Jornal Impresso

Nuvem de palavras 2. Jornal Impresso – “Foi substituído”

O jornal impresso ficou em segundo lugar na lista dos meios que menos fazem falta aos jovens do sul (43,4%, ver tabela 2). Na nuvem de palavras é possível observar que o termo “internet” recebe grande destaque, seguido das palavras “online”, “jornal” e

“impresso”. Supostamente, eles substituíram o jornal impresso pelo equivalente online,

(10)

já que os termos “substitui9/substituídos”10 possuem relevância na árvore (abaixo). E também porque há vários termos ligados ao universo digital (“digital11/digitais”12,

“portais”13, “acesso14/ acessar”15 e “conteúdo”16) e dispositivos para acesso (“celular”17,

“tablet”18, “notebook”19, “computador”20, “smartphone”21) na nuvem de palavras. Ainda que tais termos tenham grandezas distintas na imagem da nuvem, eles corroboram a ideia de substituição do meio jornal por seu equivalente online, e a leitura da árvore de significados 2 reforça tal interpretação.

Árvore de significados 2. Jornal Impresso – “Foi substituído”

9 No quadrante superior esquerdo, na horizontal.

10 No quadrante inferior direito, na vertical.

11 No quadrante inferior esquerdo, na horizontal.

12 No quadrante inferior direito, na horizontal.

13 No quadrante superior esquerdo, na horizontal.

14 Idem.

15 Idem.

16 No quadrante inferior direito, na vertical.

17 Idem.

18 Idem.

19 Idem.

20 Idem.

21 No quadrante superior esquerdo, na horizontal.

(11)

No lado esquerdo as expressões como “é mais prático utilizar”, “impresso e hoje utilizo”, “inventaram”, “desnecessário, já tenho celular com” “e notebook e celular”, “as notícias estão disponíveis na”, “encontro tudo que quero na” são as mais relevantes para justificar que práticas de leitura de jornal migraram para o ambiente online.

Já do lado direito tem-se as expressões que dão indícios dos motivos pelos quais houve a substituição pela informação online. Nestas expressões, é possível identificar

(12)

duas vertentes principais: a) menor custo: “sem precisar comprar”, “sendo mais acessível e barata”, “e o acesso é gratuito”; e b) atualização/velocidade: “a informação é mais recente”, “com rápida velocidade e atualização”, “como principal ferramenta de atualização”, “consigo acessar mais rápido”, “poucos minutos depois do acontecido”,

“sai antes que os jornais”.

Outras expressões apontam ainda para a consciência que os jovens têm das mudanças decorrentes do acesso digital: “os dispositivos móveis substituem”, “parece conseguir substituir a experiência”. E indicam as vantagens dessas mudanças: “de forma muito mais fácil”, “já supre eles pra mim”, “o acesso é mais fácil”, “a internet consigo acessar”, etc.

b) Revista Impressa

Nuvem de palavras 3. Revista impressa – “Foi substituída”

O terceiro meio dispensável é a revista impressa (38,4%, ver tabela 2). A nuvem de palavras para a categoria “foi substituída” destaca “Internet” e “online” de forma bem expressiva, do que é possível depreender que o substituto da revista impressa seria o seu equivalente online ou mesmo o espaço digital, tal qual o jornal. As palavras como

(13)

“acesso22/acessar”23 relacionadas ao ambiente digital bem como os meios citados (“computador”24, “celular”25, “smartphone”26, “notebook”27, “tablet”28) contribuem para tal entendimento. Algumas razões para esta substituição podem ser vislumbradas pela presença de palavras como “prático/praticidade”29, “fácil30/facilmente”31, “procurar”32,

“suprem”33 e “acessível”34, embora sejam termos menos relevantes no quadro geral. A leitura conjugada entre a nuvem de palavras e a árvore de significados reforça tais inferências.

Árvore de significados 3. Revista impressa – “Foi substituído”

22 Na divisão dos dois quadrantes inferiores, na vertical.

23 No quadrante superior direito, na vertical.

24 No quadrante superior esquerdo, na horizontal.

25 No quadrante superior direito, na horizontal.

26 No quadrante inferior esquerdo, na horizontal.

27 Idem.

28 Idem.

29 Ambas no quadrante inferior esquerdo, na horizontal.

30 No quadrante inferior direito, na horizontal.

31 Na divisão dos dois quadrantes superiores, na vertical.

32 No quadrante inferior direito, na horizontal.

33 No quadrante inferior esquerdo, na horizontal.

34 No quadrante superior direito, na horizontal.

(14)

A interpretação da nuvem de palavras ganha maior sentido quando se observa as seguintes expressões ao lado esquerdo da árvore, sobre a palavra internet: “pode ser facilmente acessadas”, “de notícias e matérias pela”, “podem ser facilmente substituídos”, “em parte foram substituídos”, “inventaram a internet”, “é mais prático utilizar a internet”, “prático e rápidos quanto a internet”, “porque consigo informações facilmente na internet”, “mas facilidade serem encontradas na internet”, “informações nas redes sociais”, “muito mais prático procurar na internet”, “tenho tudo que preciso na internet”, “posso ver tudo isso na internet”, “tenho acesso a eles na internet”, “conteúdo pode ser acessado na internet”, “mesmo tipo de informações na internet”, “conteúdos similares aos deles na internet”, “encontrar as informações deles na”, “porque posso encontrar tudo na”, “porque tenho tudo na”, “encontro o conteúdo na”, “acesso ao

(15)

mesmo conteúdo na”. Nesta lista de expressões ainda reforça-se a ideia de maior facilidade de acesso da revista digital, o que já era possível de vislumbrar na análise da nuvem de palavras.

Já do lado direito, além de reforçar a substituição da revista impressa pela online, há algumas razões apontadas para tal: a) Atualização/velocidade -“consigo acessar mais rápido”, “com rápida velocidade e atualização”, “a informação é mais recente”, “sai antes que nos jornais”; b) Facilidade - “já oferece todos os meios”, “do que ir até uma [banca]”; c) Custo – “sendo mais acessível e barato”, “sem precisar comprar”.

Há ainda duas expressões curiosas, como a interpretação de que a internet

“parece conseguir substituir a experiência”, o que demonstra a incorporação do âmbito online no cotidiano e, por fim, “salvo é claro revistas científicas”, em que possivelmente o jovem ainda prefira acessar este tipo de conteúdo em meios impressos.

d) Tablet

Nuvem de palavras 4. Tablet – “Foi substituído”

Por fim, o tablet é o quarto meio que menos faz falta para os sulistas (37,3%, ver tabela 2). A nuvem revela uma repetição de termos relacionados a meios de

(16)

comunicação (o próprio “tablet”35, “jornal”36, “revista”37, “internet”38), sendo que todos os termos possuem tamanhos aproximados na nuvem, o que indica que, nas respostas dos jovens, eles foram repetidos um número aproximado de vezes.

Os formatos “impresso”39 e “online”40 também são destaques. Os dispositivos de comunicação como “tablet”41 e “smartphone”42, também têm grandezas muito próximas.

Já “celular”43 e “notebook”44 aparecem em menor frequência, pois seu tamanho é menor em relação a outros termos. A pluralidade de palavras desta nuvem não permite muitas inferências, mas a exploração da árvore de significados gerada a partir do termo “tablet”

foi mais ilustrativa.

Árvore de significados 4. Tablet – “Foi substituído”

35 Na divisão entre os dois quadrantes inferiores. Na horizontal.

36 Na divisão entre os dois quadrantes superiores. Na horizontal.

37 Idem.

38 Na divisão entre os dois quadrantes da direita, na vertical.

39 Na divisão entre os dois quadrantes superiores, na horizontal.

40 Idem.

41 Na divisão entre os dois quadrantes inferiores, na horizontal.

42 Na divisão entre os dois quadrantes da direita, na vertical.

43 No quadrante inferior direito, na horizontal.

44 No quadrante superior esquerdo, na vertical.

(17)

Com base no conteúdo do lado esquerdo da árvore, o tablet foi substituído por não possuir especificidades que lhe distingam enquanto dispositivo. Isso pode ser depreendido a partir das expressões “o que poderia fazer num tablet”, “porque substituo”, “são iguais ou parecidas com”, “smartphone substitui”, “celular com internet e notebook”, “cumpre as mesmas funções”, “notebook substitui o uso”, “mesmas coisas que com um”. Outra indicação da árvore é o fato de que os jovens não usam ou não possuem tablet: “porque não possuo”, “porque não tenho”, havendo ainda expressões que revelam pouco apreço a ele: “vejo nenhuma utilidade para um” e “ou nada personalizável”.

(18)

Do lado direito as expressões confirmam a falta de apreço ou sua inutilidade: “e não me faz falta”, “desnecessário para quem tem celular”, “perde o sentido quando se”,

“pode ser facilmente substituído pelo/por”, “para mim é parafernália”, “porque tenho note”, “é um dispositivo desnecessário”, “porque acho desnecessário”, “porque não vejo utilidade”, “já faço em outras ferramentas”. Assim como há indicações de que não possuem tal dispositivo: “porque eu nem possuo”, “é porque não tenho”, “não tenho e nunca tive”, “nunca tive, não utilizo”.

Nuvem de palavras 5. Tablet – “Não uso-Não gosto”

Na nuvem de palavras a partir da categoria “não uso-não gosto” repetem-se os mesmos termos que já haviam figurado na nuvem 445: meios de comunicação (“tablet”46,

“jornal”47, “revistas”48, “internet”49, “smartphone”50, “notebook”51 e “celular”52), formatos (“impresso”53 e “online”54). Da mesma forma que ocorreu na nuvem anterior, a

45 Esta semelhança nas duas categorias pode ser explicada pelo fato de uma mesma resposta figurar em mais de uma categoria.

46 Na divisão entre os dois quadrantes superiores, na horizontal.

47 Na divisão entre os dois quadrantes da direita, na vertical.

48 Na divisão entre os dois quadrantes da esquerda, na vertical.

49 Na divisão entre os dois quadrantes superiores, na horizontal.

50 Na divisão entre os dois quadrantes inferiores, na horizontal.

51 No quadrante inferior direito, na horizontal.

52 No quadrante superior direito, na horizontal.

53 Na divisão entre os dois quadrantes da esquerda, na vertical.

54 Na divisão entre os dois quadrantes superiores, na horizontal.

(19)

pluralidade de palavras não permite muitas inferências, mas a exploração da árvore de significados gerada a partir do termo “tablet” foi mais ilustrativa.

Árvore de significados 4. Tablet – “Não uso-Não gosto”

Nas expressões à esquerda fica claro que os jovens não têm o costume de usá-lo por uma questão de posse: “nunca tive”, “não uso”, “não possuo”, “nunca tive” e “não tenho”, mas também indicam não considerar necessário seu uso: “não vejo tanta utilidade no”, “vejo nenhuma utilidade para”; e alguns o substituíram: “um substituto mais moderno”.

Ao lado direito, vê-se um reforço da inutilidade do dispositivo aos olhos juvenis:

“e não me faz falta’, “pois acho desnecessário”, “nunca achei necessário”, “nunca me fez falta”, “nunca tive interesse em”. Na leitura conjunta entre nuvem e árvore desta categoria, pode-se arriscar a conclusão de que devido a pouca utilidade deste dispositivo, os jovens preferem os demais meios que foram citados na nuvem.

(20)

APENDICES

Gráfico 1. Meios que não fazem falta e motivos indicados – região sul

Referências

Documentos relacionados

Raichelis 1997 apresenta cinco categorias que na sua concepção devem orientar a análise de uma esfera pública tal como são os conselhos: a visibilidade social, na qual, as ações e

Neste capítulo, será apresentada a Gestão Pública no município de Telêmaco Borba e a Instituição Privada de Ensino, onde será descrito como ocorre à relação entre

Derivaram de ações capazes de interferir no dimensionamento desta unidade, especialmente que atuassem sobre as vazões e qualidades de água a demandar e

Se pensarmos nesse compromisso de engajamento como fator primordial para o exercício de ativismo pelas narrativas artísticas, a proposta de divisão dos conceitos

Justificativa: Como resultado da realização da pesquisa de Mestrado da aluna foram encontradas inconsistências na informação sobre o uso de Fitoterápicos pelos

Local de realização da avaliação: Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação - EAPE , endereço : SGAS 907 - Brasília/DF. Estamos à disposição

Embora uma rápida avaliação do funcional B3LYP perante outros métodos, mostre a importância de seus funcionais de troca e correlação, pois mesmo superestimando o valor de

[r]