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Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil
da 5ª RF
Solução de Consulta nº 2 - SRRF05/Disit Data 15 de março de 2013 Processo
Interessado CNPJ/CPF
ASSUNTO:CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
PRODUTOR RURAL PESSOA JURÍDICA. CONTRIBUIÇÃO
SUBSTITUTIVA.
Somente são enquadrados como produtor rural pessoa jurídica, para fins de incidência da contribuição previdenciária substitutiva, a empresa que possuir como única finalidade a produção rural, com exceção apenas para a situação de também prestar serviços a terceiros, quando poderá ser assim enquadrada, mas sua contribuição será calculada parte pela receita bruta da comercialização rural e parte pela folha de pagamentos.
A análise para enquadramento como produtor rural pessoa jurídica envolve o conjunto de todos os estabelecimentos da empresa.
Dispositivos Legais: Lei nº 8.212, de 1991, art. 22, I e II; Lei nº 8.870, de 1994, art. 25; IN RFB nº 971, de 2009, art. 165, inciso I, alínea “b”, 1 e 2, art. 165, incisos II, III e IV, art. 184, IV e art. 488.
“DOCUMENTO FORNECIDO EM CUMPRIMENTO À LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO. REGISTRE-SE QUE A PUBLICAÇÃO, NA IMPRENSA OFICIAL, DE ATO NORMATIVO SUPERVENIENTE MODIFICA AS CONCLUSÕES EM CONTRÁRIO CONSTANTES EM SOLUÇÕES DE CONSULTA OU EM SOLUÇÕES DE DIVERGÊNCIA, INDEPENDENTEMENTE DE COMUNICAÇÃO AO CONSULENTE” (ARTS. 99 E 100 DO DECRETO Nº 7.574, DE 29 DE SETEMBRO DE 2011).
Relatório
A consulente, acima identificada, pessoa jurídica de direito privado, informa que atua no ramo de atividade relativo a cultivo de fumo e formula consulta à Receita Federal do Brasil acerca da interpretação de legislação previdenciária.
2. Afirma que tem como atividades o cultivo de fumo, a aquisição de fumo
pecuária, com a criação de gado para venda na fase de garrote, constando em seu Contrato Social, XXXX.
3. Dispõe que sua atividade econômica principal é a exploração da cultura
do fumo e que, para desenvolvê-la, procede à plantação, colheita e secagem do fumo em um estabelecimento e nos demais executa a industrialização rudimentar (fermentação e embalagem) dessa produção e da produção adquirida de pessoas físicas, ressalta, também, que 90% do fumo é destinado à exportação.
4. Relata que, atualmente, calcula a contribuição previdenciária patronal relativa aos armazéns que “beneficiam” o fumo sobre a folha de pagamento desses estabelecimentos, enquanto, em relação ao estabelecimento que produz as folhas de fumo, recolhe a contribuição previdenciária sobre a receita bruta da comercialização dessa produção rural. No entanto, entende que o art. 165 da Instrução Normativa RFB nº 971 impõe o enquadramento de todos os seus estabelecimentos como produtores rurais pessoa jurídica, sujeitando-os à contribuição previdenciária sobre a receita bruta em substituição à calculada com base na folha de pagamentos.
5. Complementa afirmando que não pode ser caracterizada como
agroindústria, já que suas atividades não alteram a composição e as características do produto rural e que, como as operações de beneficiamento e industrialização rudimentar de produção de terceiros não estão elencadas no art. 406 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999), o qual especifica as atividades não caracterizadas como rural, devem ser consideradas como atividade rural. Entende, por fim, que sua atividade não pode ser classificada como atividade de compra e venda de produtos de terceiros, já que o produto comercializado difere daquele inicialmente adquirido, por terem passado por procedimentos de beneficiamento.
6. Questiona (1) se todos os seus estabelecimento podem ser classificados como produtor rural pessoa jurídica para fins de recolhimento da contribuição previdenciária; (2) se pode classificar a exploração econômica da atividade pecuária como atividade rural; (3) se pode classificar o beneficiamento da produção adquirida de terceiros como atividade rural e (4) se pode compensar as contribuições recolhidas indevidamente nos últimos cinco anos, nos termos da IN RFB nº 900, de 2008.
Fundamentos
7. Inicialmente, deve-se esclarecer à consulente o equívoco em seu
entendimento acerca de a análise para enquadramento como produtor rural pessoa jurídica ser efetuada com base nas características de cada estabelecimento da pessoa jurídica de forma individual e autônoma.
8. O artigo 488 da Instrução Normativa RFB nº 971, de 2009, diferencia estabelecimento de empresa nos seguintes termos:
“Art. 488. Estabelecimento é uma unidade ou dependência integrante da estrutura organizacional da empresa, sujeita à inscrição no CNPJ ou no CEI, onde a empresa desenvolve suas atividades, para os fins de direito e de fato.”
9. Já as disposições contidas no art. 165, inciso I, alínea “b”, item 1, do citado ato normativo vão de encontro à questão apresentada pela consulente, já que estabelecem como um dos requisitos iniciais para a classificação como produtor rural pessoa jurídica, que se trate de empregador rural, “constituído sob a forma de firma individual ou de empresário individual, assim considerado pelo art. 931 da Lei nº 10.406, de 2002 (Código Civil), ou sociedade empresária (...)”, demonstrando que a intenção do legislador foi dar o mesmo tratamento contributivo ao conjunto de estabelecimentos que formam a pessoa jurídica e não tratamentos diferenciados a cada um deles.
10. Após o esclarecimento acima, importa analisar os demais requisitos para
que a pessoa jurídica esteja sujeita à contribuição previdenciária substitutiva incidente sobre a receita bruta da comercialização da produção rural.
11. A Lei nº 8.212, de 1991, trata em seu artigo 22, I e II acerca das contribuições previdenciárias a cargo da empresa quanto aos seus empregados e aos trabalhadores avulsos, as quais possuem como base a folha de pagamentos.
“Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de:
I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 1998). a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.
III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999).
IV - quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999). (...)”
12. A Lei nº 8.870, de 1994, em seu art. 25, previu para o produtor rural pessoa jurídica a substituição das contribuições previdenciárias calculadas pela folha de pagamento, nos termos do art. 22, I e II, da Lei nº 8.212, de 1991, por uma contribuição cuja base de cálculo seria a receita bruta da comercialização de sua produção.
“Art. 25. A contribuição devida à seguridade social pelo empregador, pessoa jurídica, que se dedique à produção rural, em substituição à prevista nos incisos I e II do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a ser a seguinte: (Redação dada pela Lei nº 10.256, de 9.7.2001)
I - dois e meio por cento da receita bruta proveniente da comercialização de sua
produção;
II - um décimo por cento da receita bruta proveniente da comercialização de sua produção, para o financiamento da complementação das prestações por acidente de trabalho.
§ 1º O disposto no inciso I do art. 3º da Lei nº 8.315, de 23 de dezembro de 1991, não se aplica ao empregador de que trata este artigo, que contribuirá com o adicional de zero vírgula vinte e cinco por cento da receita bruta proveniente da venda de mercadorias de produção própria, destinado ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). (Redação dada pela Lei nº 10.256, de 9.7.2001)” 13. A IN RFB nº 971, de 2009, que atualmente regula a contribuição sob análise, define produtor rural como aquele que desenvolve a atividade agropecuária, pesqueira ou silvicultural, ou ainda pratica a extração de produtos primários, vegetais ou animais. Além disso, a referida legislação esclarece que o produtor rural pessoa jurídica, que não a agroindústria, deve ter como única finalidade a atividade de produção rural, com exceção apenas para o caso de proceder à prestação de serviços, além da atividade rural, situação em que estaria sujeito à contribuição sobre a receita bruta da produção rural e à contribuição sobre a folha de salários dos segurados envolvidos na prestação desses serviços. Desse modo, a empresa que de forma global tenha como fim apenas o cultivo, extração ou criação de produtos de origem vegetal ou animal, aí incluída a criação de gado para venda, ainda que tais produtos também sejam submetidos por ela a beneficiamento ou industrialização rudimentar estará sujeita à contribuição previdenciária substitutiva.
“Art. 165. Considera-se:
I - produtor rural, a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que
desenvolve, em área urbana ou rural, a atividade agropecuária, pesqueira ou silvicultural, bem como a extração de produtos primários, vegetais ou animais,
em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, sendo:
a) produtor rural pessoa física: (...)
b) produtor rural pessoa jurídica:
1. o empregador rural que, constituído sob a forma de firma individual ou de empresário individual, assim considerado pelo art. 931 da Lei nº 10.406, de 2002 (Código Civil), ou sociedade empresária, tem como fim apenas a atividade de
2. a agroindústria que desenvolve as atividades de produção rural e de industrialização da produção rural própria ou da produção rural própria e da adquirida de terceiros, observado o disposto no inciso IV do § 2º do art. 175 e no § 3º deste artigo;
II - produção rural, os produtos de origem animal ou vegetal, em estado natural
ou submetidos a processos de beneficiamento ou de industrialização rudimentar, bem como os subprodutos e os resíduos obtidos por esses processos;
(...)”
14. A definição de agroindústria para fins de sujeição à contribuição
previdenciária sobre a receita bruta da produção rural encontra-se no art. 165, I, “b”, 2, da IN RFB nº 971, 2009, o qual a especifica como a empresa que “desenvolve as atividades de produção rural e de industrialização da produção rural própria ou da produção rural própria e da adquirida de terceiros”, ou seja, diferente do produtor rural pessoa jurídica, a agroindústria mantém a incidência da contribuição substitutiva mesmo quando, além de comercializar sua própria produção rural industrializada, também vende a produção rural produzida por outros.
15. Conforme incisos III e IV do art. 165 da IN RFB nº 971, de 2009, a secagem das folhas de fumo está classificada como atividade de beneficiamento, enquanto a fermentação e a embalagem são atividades de industrialização rudimentar.
“art. 165 (...) (...)
III - beneficiamento, a primeira modificação ou o preparo dos produtos de origem animal ou vegetal, realizado diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física e desde que não esteja sujeito à incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), por processos simples ou sofisticados, para posterior venda ou industrialização, sem lhes retirar a característica original, assim compreendidos, dentre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroçamento, pilagem, descascamento, debulhação, secagem, socagem e lenhamento;
IV - industrialização rudimentar, o processo de transformação do produto rural, realizado pelo produtor rural pessoa física ou pessoa jurídica, alterando-lhe as características originais, tais como a pasteurização, o resfriamento, a
fermentação, a embalagem, o carvoejamento, o cozimento, a destilação, a
moagem, a torrefação, a cristalização, a fundição, dentre outros similares; (...)”
16. Como a consulente não cita a realização de qualquer procedimento
característico de efetiva industrialização, não pode ser caracterizada como agroindústria e como não tem por finalidade apenas a produção rural, já que também se dedica à industrialização rudimentar de folhas de fumo produzidas por terceiros e à comercialização dessa produção que não é própria, não pode se enquadrar como produtor rural pessoa jurídica, entendimento que é válido para todos os seus estabelecimentos, já que a análise é feita para a empresa como um todo.
17. Corrobora tal entendimento, o fato de que constava no texto original do art. 65, inciso II, alínea “b” da IN SRP nº 03, de 14 de julho de 2005, a qual disciplinava o assunto sob análise anteriormente à IN RFB nº 971, que o fato gerador da contribuição previdenciária em questão seria a comercialização da produção rural própria ou da adquirida de terceiros, disposição mantida por um breve período de tempo, já que, em 28 de julho de 2005 foi alterada pela IN SRP nº 4 para “comercialização da produção rural própria, se produtor rural pessoa jurídica, ou a comercialização da produção própria ou adquirida de terceiros, se agroindústria”. O art. 166 da IN RFB nº 971, que trata atualmente da ocorrência do fato gerador nessa situação, manteve basicamente os mesmos termos. Assim, comercialização de produção rural adquirida de terceiros mesmo que sujeita a procedimentos de industrialização rudimentar pela adquirente impede a caracterização como produtor rural pessoa jurídica para fins previdenciários.
IN SRP nº 03/2005
Art. 65 . Constitui fato gerador da obrigação previdenciária
principal: ( Revogado pela Instrução Normativa nº 971, de 13 de novembro de
2009 )
I - em relação ao segurado empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso e contribuinte individual, o exercício de atividade remunerada;
II - em relação ao empregador doméstico, a prestação de serviços pelo segurado empregado doméstico, a título oneroso;
III - em relação à empresa ou equiparado à empresa:
a) a prestação de serviços remunerados pelos segurados empregado, trabalhador avulso, contribuinte individual e cooperado intermediado por cooperativa de trabalho;
b) a comercialização da produção rural própria ou adquirida de terceiros, se
produtor rural pessoa jurídica, ou a comercialização da produção própria ou
adquirida de terceiros, se agroindústria, observado o disposto nos incisos II e IV do art. 241.
b) a comercialização da produção rural própria, se produtor rural pessoa
jurídica, ou a comercialização da produção própria ou adquirida de terceiros, se
agroindústria, observado o disposto nos incisos II e IV do art. 241. (Redação dada pela IN SRP Nº 4, de 28/07/2005)
(...)”
IN SRF nº 971/2009
Art. 166. O fato gerador das contribuições sociais ocorre na comercialização: (...)
II - da produção rural do produtor rural pessoa jurídica, exceto daquele que, além da atividade rural, exerce atividade econômica autônoma do ramo comercial, industrial ou de serviços, observado o disposto nos §§ 4º e 5º do art. 175;
III - da produção própria ou da adquirida de terceiros, industrializada ou não, pela agroindústria, exceto quanto às sociedades cooperativas e às agroindústrias de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e a de avicultura, a partir de 1º de novembro de 2001.
(...)”
18. Ressalte-se, porém, que ao adquirir folhas de fumo de “lavradores”, fica
sub-rogada nas obrigações deles, estando responsável pela retenção e recolhimento das contribuições previdenciárias devidas pelo produtor rural pessoa física ou segurado especial, conforme dispõe o art. 184, inciso IV da IN RFB nº 971, de 2009.
“Art. 184. As contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta oriunda da comercialização da produção são devidas pelo produtor rural, sendo a
responsabilidade pelo recolhimento:
I - do produtor rural, pessoa física, e do segurado especial, quando comercializarem a produção diretamente com:
a) adquirente domiciliado no exterior (exportação), observado o disposto no art. 170;
b) consumidor pessoa física, no varejo; c) outro produtor rural pessoa física; d) outro segurado especial;
(...)
IV - da empresa adquirente, inclusive se agroindustrial, consumidora, consignatária ou da cooperativa, na condição de sub-rogada nas obrigações do
produtor rural, pessoa física, e do segurado especial;
(...)
§ 5º A responsabilidade da empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou da cooperativa prevalece quando a comercialização envolver produção rural
de pessoa física ou de segurado especial, qualquer que seja a quantidade, independentemente de ter sido realizada diretamente com o produtor ou com o intermediário, pessoa física, exceto no caso previsto no inciso I do caput.”
19. Quanto ao questionamento acerca da compensação tributária, inexistindo
a indicação dos dispositivos legais que causaram dúvida quanto à interpretação, deve-se considerar a consulta ineficaz nessa parte, tendo em vista o disposto no inciso II, art. 15 da Instrução Normativa nº 740, de 2007.
“Art. 15 Não produz efeitos a consulta formulada: (...)
II - em tese, com referência a fato genérico, ou, ainda, que não identifique o dispositivo da legislação tributária sobre cuja aplicação haja dúvida;
20. Por fim, cumpre esclarecer que o processo de consulta tem como objetivo a interpretação da legislação tributária, não se prestando a confirmar ou infirmar determinada situação jurídico-tributária da consulente, ficando sob sua inteira responsabilidade a verificação do fato concreto e a correta aplicação do entendimento proferido na solução da consulta
Submete-se o presente entendimento à Chefia da Divisão de Tributação da Superintendência da Receita Federal do Brasil na 5ª Região Fiscal.
Mirella Figueira Canguçu Pacheco Auditora Fiscal da Receita Federal do Brasil
Conclusão
De acordo. À vista do exposto, soluciono a presente consulta em parte, respondendo à consulente que somente pode se enquadrar, para fins de sujeição à contribuição previdenciária substitutiva, como produtor rural pessoa jurídica, em sentido estrito, a empresa que, no conjunto de seus estabelecimentos, tiver como única finalidade a produção rural, seja ela vegetal ou animal, com exceção apenas para a situação de também prestar serviços a terceiros, quando poderá ser assim enquadrada, mas sua contribuição será calculada parte pela receita bruta da comercialização rural e parte pela folha de pagamentos, conforme IN RFB 971, de 2009.
Ordem de Intimação
XXXX, para ciência ao interessado, mediante cópia desta solução de consulta, informando-lhe que da mesma não cabe recurso nem pedido de reconsideração, de acordo com o § 2º do art. 10 da IN RFB nº 740, de 02 de maio de 2007.
No caso de divergência de conclusão de consulta, conforme previsto no art. 16, §§ 1º e 3º da IN RFB nº 740/2007, a interessada poderá interpor recurso especial, sem efeito suspensivo, à Coordenação-Geral de Tributação, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da ciência desta solução, ou da solução divergente, se publicada posteriormente à ciência desta, cabendo-lhe comprovar, mediante juntada da publicação, a existência das soluções divergentes fundadas em idêntica norma jurídica.
Andre Mauricio Silva Veras Chefe da Divisão de Tributação
Delegação de Competência Portaria SRRF 5ª nº 9, de 08.01.2013