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DECRETO Nº , DE 21 DE NOVEMBRO DE 2012.

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DECRETO Nº 18.0 83, DE 21 DE NOV EMBRO DE 2012.

Dispõe sobre os procedimentos pa ra supressão ou podas de espécimes vege tais em á reas privadas.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso das a-tribu ições que lhe conferem os inciso s II e IV do artigo 94 da Lei Orgân i-ca do Mun icíp io,

D E C R E T A:

Art. 1º A poda e a supressão de espécies de ve getais arbó-reos ou arbustivos, em áreas privadas no Município de P orto Ale gre serão realizadas na form a deste Decreto.

§ 1º As podas pe rmitidas a tra vé s do presente Decreto são as segu intes:

a) formação de fuste, pela poda de ra mos latera is pa ra condu-ção do ve geta l em tronco único em espécimes com até 4m (quatro me-tros) de altu ra;

b) le vantamento de copa, pela poda d os ramos da base da co-pa ou das term inações de ramos pend entes em: até a metade da altura da árvo re, e limitado a o máximo de 4m (quatro metros) de a ltura;

c) ramos seco s ou rachados; d) folhas seca s de palmeira s;

e) elim inação de parasitas e hemiparasitas, pe lo corte d o cau-le dos mesmos, qu ando não houver n ecessidade de pod a de rebaixamen-to de copa da ve ge tal infestado;

f) afastamento de cerca e létrica em um raio de até 1 m (um metro), sem preju ízo ao equ ilíb rio da copa;

g) afastamento de ramal elétrico em um raio de até 1 m (um metro), sem preju ízo ao equ ilíb rio da copa;

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2 h) afastamento pre dial em até 2m (d ois metros) de d istância, sem preju ízo ao e quilíb rio da copa;

i) afastamento de telhado, no sentido ve rtical, em até 2m (dois metros), sem pre ju ízo ao e qu ilíb rio da copa;

j) poda s de topia ria para as espécies adequadas pa ra e sta fi-nalidade, tais com o: Hib iscu s spp, Tuia (Thu ja spp), Cip restes (Cup res-sus sp.), Fícus ben ja mina e Ficus microcarpa; e

k) poda s de cerca -viva, sendo con sideradas, pa ra fins deste Decre to, como cerca-viva, espécimes ve getais plantado s em linha, aden-sados, com função de barre ira.

§ 2º A Secretaria Municipal do Me io Ambiente (Smam) não fornecerá autoriza ção para a poda e supressão, em áreas privadas, na forma prevista ne ste Decreto.

§ 3º Para a sup ressão ve geta l pre vista neste Decreto, será dispensada compensação ve geta l pa ra as espécie s ele ncadas nos arts. 5º, 6º e 7º, deste Decreto.

§ 4º Considera -se compensação ve getal o con junto de medi-das determinamedi-das pela autoridade a mbiental, fundamentamedi-das nas re gras vigentes, que de verão ser cumprida s pelos respon sá veis por atividades causadoras de imp actos na vege taçã o existente no Mun icíp io, com vistas a contrabalan çar o s respe ctivos impactos sofrido s pelo meio ambiente.

§ 5º Na supre ssão ou poda de ve geta is de ve rá se r obse rvada a nidificação hab ita da.

§ 6º Uma ve z con statada a presen ça de nidificação hab itada nos ve getais a se rem suprimido s ou podados, estes p ro cedimentos de ve-rão se r adiados até autonomia de vo o, salvo em ca sos de urgência, pe la manifesta ruína de espécimes ve geta is arbóreo s, em decorrência de caso fortuito ou pela conclusão de parece r técnico, sem pre juízo do ade quado manejo.

§ 7º Na supre ssão ou poda dos vege tais, de ve rá ser observa-da a presença de abelhas sem ferrão, que possam estar insta laobserva-das no fuste ou ramificações, hipótese em qu e deve rá ser indica do no laudo téc-nico o tratamento a ser dado às abelh as, que de verão se r pre servadas.

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3 § 8º O conjunto d as inte rvenções e m um mesmo vege tal não poderá e xcede r a 1 /3 (um terço) do vo lume da copa (massa verde ).

§ 9º A remoção de galhos secos ou rachados, pre vista na alí-nea “c” do “caput” deste artigo, poderá, por ra zõe s de risco à população, ser realizada imed iatamente, descon siderado o pra zo de 5 (cinco ) d ias úteis pre vistos no art. 9º deste De cre to, devendo a justificativa consta r do laudo técnico informado ao Serviço Fala Porto A le gre.

Art. 2º Não se aplicam a este Decre to a poda e a supressão para fins de construção civil e produção primária comercial, a s quais são re gidas pe lo Decre to Municipa l nº 17.232, de 26 de agosto de 2011.

Art. 3º A poda e a supre ssão p re vistas na forma deste Decre -to serão realizadas por empresas pre stadoras de serviço, pessoas jurídi-cas, ou por profissionais le galmente h abilitados, de vidam ente re gistrados nos respectivos Co nselhos Profission ais, atra vé s da elaboração de laudo técnico.

§ 1º A Smam, no pra zo de até 30 (trinta) dias a contar da pu-blica ção deste De creto, disponibiliza rá em seu site uma Cartilha que a-bordará os crité rio s técnicos básico s que se rvirão para orienta r a e labo-ração dos laudos.

§ 2º Ca so a pe ssoa física ou jurídica, respon sá vel le gal pela área privada, com pro ve não possuir renda suficiente p ara a contrata ção de laudo técnico para a realização d e poda ou supressão na forma deste Decre te poderá solicitá-las da forma do disposto no Decreto Mun icipal nº 17.232, de 2011.

§ 3º A Smam com unicará ao respectivo Conse lho P rofissional, sobre as empresas prestadoras de se rviços e os profissionais le galmente habilitados que forem autuados por d escumprimento de aspectos té cnicos ou lega is re laciona dos à poda ou supressão.

Art. 4º Na forma deste Decreto poderá ha ver, a cada 12 (doze ) meses, a sup ressão de até 3 (três) e xempla res da s se guinte s espé -cies e xóticas:

I – Acácia-ne gra (A cacia meearn sii); II – Amoreira (Mo ru s nig ra);

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4 IV – Cinamomo (Melia a zeda rach );

V – Eucalipto (Eu calyptus spp.); VI – Go íabeira (P sidiu m gua java ); VII – Jambolão (Svzygiu m cu min i); VIII – Ligustro (Lig ustru m sp.);

IX – Nespe reira (Eriobotrya japon ica);

X – P inheiro-ame ricano (P inus elliottii e Pinus taeda ); e XI – Uva -do-japão (Hoven ia dulcis).

§ 1º A supressão de mais de três espécimes das espécies pre vistas no “capu t” deste artigo, no período de 12 (doze ) meses, de ve ser realizada na forma pre vista no De creto Mun icipal nº 1 7.232, de 201.

§ 2º A sup ressão de cada e xempla r será compensada na pro-porção de um para um, com espécie nativa, no mesmo terreno. Casos e x-cepciona is se rão e xaminado s pela Sm am.

Art. 5º Procedimentos de poda para formação e manutenção, e supressão em espécimes frutíferos comestíveis estão isentos de laudo, autoriza ção e comunicação à Smam, quando forem constitu ídos das se-guin tes espécies, sendo a supressão limitada ao máximo de 3 (três) indi-víduo s por ano:

I – Acero la (Ma lpig hia e ma rginata ); II – Ameixeira (Pru nus do mestica ); III – Bananeira (Mu sa paradisíaca ); IV – Ca quizeiro (Diospyro s kaki); V – Figue ira -de-do ce (ficus carica )

VI – Laranje ira , Be rgamoteira, Limoeiros e afins (Citrus spp); V – Macieira (Ma lu s sylvestris);

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5 VI – Mamoeiro (Ca rica papa ya ).

VII – Ma rmeleiro (Cydonia vulga ris); VIII – Parreira (Vitis vin ife ra);

IX – Pe reira (Pirus co mmunis); e X – Pe sse gueiro (P runus persica);

Art. 6º P roced imentos de poda e supressão em esp écimes ornamentais, estão isentos de laudo, autoriza ção e comunicação à Smam, quando forem constitu ídos das se guin tes espécies:

I – Aga ve (Aga ve a mericana ); II – Amarelinho (Te co ma stan s);

III – Are ca-bambu (Dypsis luutescen s); IV – Cheflera (Sch efflera a rbo rico la ); V – Espirrade ira (Neriu m oleande r); VI – Dracena (Dracaena spp);

VII – luca (Yucca fila mentosa e Yuca elephantipes); VIII – Jasmim (Plu meria spp )

IX – Malva visco (Malvaviscu s arbo reu s);

X – Mimo -de-vênu s (Hisb iscu s ro sa-sinensis); e XI – P in go-de -ou ro (Du ranta repens).

Art. 7º P rocedime ntos de poda e su pressão de Mamon a (Ri-cinus co mmun is) e stão isentos de la udo, autoriza ção e comunicação à Smam.

Art. 8º A poda ou supressão pre vista s neste Decreto deve rão ser efetuadas por empresa prestado ra de serviço especializada ou

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profis-6 sional le ga lmente habilitado, ambos com re gistro no Re spectivo Conselho Profissional.

Art. 9º A empresa prestadora de serviço ou profissio nal le-galmente hab ilitad o, comunicará a re aliza ção do serviço de poda ou su-pressão, via se rviço Fala Porto A le gre (telefone 156) da Prefeitura, com no mínimo 5 (cinco ) dia s úteis de ante cedência, informando:

I – o loca l onde será rea lizado o se rviço de poda ou supres-são;

II – a data pro vá vel da exe cução; III – os se rviços qu e serão realizados;

IV – o nome do Responsá vel Técnico pela e xecução do servi-ço;

V – o número de Registro Profissional no respectivo Conselho de Profissão

VI – o número da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) em itida pa ra o serviço; e

VII – o local de destinação dos re síd uos oriundos da poda ou supressão.

§ 1º O laudo té cnico da poda e/ou supre ssão, bem como a respectiva A RT ela borados pelo p rofissiona l le ga lmente habilitado, de verão se r ane xados, no formato “Portab le Document Form at" (PDF) no pro -tocolo do pedido ju nto ao Serviço Fala Porto A legre.

§ 2º O protoco lo d a informação do Serviço Fa la Porto Alegre, bem come o laudo técnico, de vem ser apre sentados à fiscaliza ção da Smam no momento da realização do serviço, em de caso solicitação;

§ 3º O Serviço Fa la Porto Ale gre, d isponibiliza rá à resp ectiva zona l da Smam o pedido e os ane xo s em PDF, pa ra fin s de fiscaliza ção, no mesmo dia de sua solicita ção;

§ 4º Men salmente, a Smam, atra vés do Sistema Fala P orto A -legre, informará ao s respectivos Conselhos Profissionais, o nome, núme-ro de re gistnúme-ro e a s respe ctiva s Anotações de Responsabilidade Técnica emitidos, pa ra fins de fiscalização.

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7 Art. 10º Cabe à Zonal da Smam, na sua respectiva á rea de atuação, a fisca lização sob re os se rviço s realizados e a notifica ção ou autuação da empresa executo ra dos serviços, ou do profissiona l le gal-mente habilitado, por descumprimento de aspectos técnicos e/ou le gais relacionados à pod a ou supressão, qu ando for o caso.

Parágrafo único. A fiscaliza ção da Smam sobre os serviços prestados, se rá re alizada por amostragem mediante ma nifestação técnica fundamentada.

Art. 11. No Laudo Técnico, pre visto no § 1º do art. 9º deste Decre to, de ve rão constar:

I – a lo calização, no imó vel, dos esp écimes a serem po dados ou suprim idos;

II – a descrição b otânica do ve geta l que p retende pod ar ou suprim ir, seu estado fitossanitá rio atu al, dados dend rométricos de a ltura , diâmetro a altu ra do peito e diâmetro de projeção de copa, no sistema métrico;

III – apresentação de registro fotográfico, ilustraçõe s em cro-quis contemplando as dimensões de projeção de ramos e sua interferên-cia na ocupação do terreno, bem como a solução p roposta;

IV – a manifestaçã o sobre a pre sença de ninho ou ninha da de ave s sobre os ve getais, bem como sobre a presença de abelhas sem fer-rão;

V – a indicação do responsá ve l técnico, e da empresa, com nome, telefone, e-mail, ende reço, n úmero de re gistro no Conse lho de Classe e respectiva ART, no caso de pessoa ju rídica;

VI – a indica ção d o responsá vel técn ico, com nome, telefone, e-mail, ende reço, n úmero de registro no Conselho de Classe e respectiva ART, no caso de p essoa física.

Art. 12. O laudo e seus ane xos de verão se r a ssinado s e to-das as folhas rub ricato-das.

Art. 13. No caso d e ação fiscal por supressão ou poda irre gu -lar de ve geta is a empresa pre stadora de se rviços e o profissiona l le gal-mente habilitado serão autuados in forma pre vista na le gisla ção vigente.

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8 Parágrafo único. Será autuado o pro prietá rio ou respon sá vel pelo imó ve l no caso de podas ou sup ressõe s não pre vistas no laudo da empresa prestadora de serviço s e do profissiona l lega lm ente habilitado.

Art. 14. É de responsabilidade do proprietá rio do imó ve l con-tratar o se rviço de reco lhimento e transporte dos re síd uos oriundos da atividade de poda ou supressão, até um local licen ciado para receber os mesmos, caso estes resíduos não possam ser dispostos na mesma pro-priedade onde hou ve a inte rvenção n os ve getais.

Parágrafo único. As áreas públicas no entorno deve m permanecer limpas, sem qualque r ve stígio dos resíduo s d os ve getais poda -dos ou suprimi-dos, sob pena de adoção das medidas le gais cab íveis.

Art. 15. Este Decreto não é aplicá vel para ve geta is com altu-ra inferio r a 2 (dois) metros.

Art. 16. O disposto no presente Decreto não se aplica às árvo res imunes ao corte e às espé cies ameaçadas de extinção, assim con -siderada s pela le gisla ção, permanecendo a necessidade de autoriza ção da Smam para as intervenções p reten didas nestes casos, de acordo com o Decreto nº 17.23 2, de 2011.

Art. 17. As demandas para poda e supressão que se enqua-dram nos termos deste Decreto e as que forem protocoladas após 90 (no-venta ) dia s da data de sua publica ção deste serão a rquivadas, sendo que a Smam comunicará ao demandante sobre a nova forma de encaminha-mento dos procediencaminha-mentos referidos n o presente re gulam ento.

Art. 18. A crité rio da Smam, poderá ser dete rminada a sus-pensão da interve nção ve getal, sen do comunicado ao proprietário do i-móvel ou seu repre sentante le gal o fundamento técnico d a decisão.

Art. 19. E xcetuam -se das d isposiçõe s vigentes ne ste Decreto os casos de absoluta força maior, assim considerado s pelo Corpo de Bombeiros e pe la Defesa Civil do Mu nicípio de Porto A legre.

Art. 20. Constata do que o laudo técnico ap resentado se tra-duz como falso ou enganoso, caberá à Smam a lavratu ra de auto de in-fração, nos te rmos do art. 82 do Decreto Federa l nº 6.51 4, de 22 de julho de 2008, sem preju ízo de outra s medidas le gais cab íve is.

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9 Art. 21. Este Decreto entra em vigor em 90 (no venta ) d ias, da data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 21 de novem -bro de 2012.

José Fo rtunati, Prefeito.

Luiz Fe rnando Zá chia,

Secretá rio Municip al do Me io Ambiente. Registre -se e pub lique-se.

Urbano S chmitt,

Secretá rio Municip al de Gestão e Acompanhamento Estraté gico.

Referências

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