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Ocorrência de morcegos fósseis (

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Academic year: 2021

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esponjoso exposto, facilitando a fragmentação dos ossos durante a fase eodiagenética.

Ocorrência de morcegos fósseis (Myotis sp.) na Caverna do Bom Pastor, Paripiranga, Bahia, Brasil

Christiane Ramos Donato christianecrd@yahoo.com.br Mário André Trindade Dantas matd5antas@yahoo.com.br Eline Alves de Souza Barreto eline_ufs@yahoo.com.br Centro da Terra – Grupo Espeleológico de Sergipe. Aracaju-SE

O município de Paripiranga encontra-se situado sobre a Faixa de Dobramentos de Sergipe, na Formação Olhos d’Água, que por sua vez repousa concordantemente a Formação Palestina, estrutura associada ao Grupo Vaza-Barris, onde localiza-se o povoado de Roça Nova. Sua constituição caracteriza-se pela presença de rochas carbonáticas. Neste tipo de rocha sedimentar é que ocorre o desenvolvimento do carste, pela sua estrutura, que irá conferir as condições propícias para que o modelado se forme. Isso por ser uma forma litológica acamada e consolidada, que tem como propriedade a capacidade de dissolução, sendo possível a ação de agentes erosivos como a água para formar as cavernas. A presente pesquisa teve como objetivos classificar taxonomicamente, e datar tentativamente, através de sua coloração e flexibilidade, os quirópteros coletados na gruta do Bom Pastor (coordenadas 10º39´09"S e 37º55´48"W), localizada no Povoado de Roça Nova, Paripiranga, Bahia. Para atender o objetivo geral foram realizadas as seguintes etapas: coleta de ossos de Chiroptera; triagem do material coletado de acordo com a estrutura óssea que representa; classificação taxonômica; e datação relativa do material, com base na coloração e flexibilidade dos ossos, que representam diferentes estágios de fossilização, quanto menos flexível e mais escura a coloração da peça, mais antiga. A Gruta do Bom Pastor sofreu, e continua sofrendo, várias interferências antrópicas, o que destruiu o habitat e a estrutura do ecossistema atual e desfigurou os ambientes de fossilização. A boca dessa caverna é trancada com uma grade de ferro, e é ligada ao primeiro salão por uma escada de cimento. Para toda a reformulação desse ambiente cavernícola, fez-se uma grande retirada de sedimento e material orgânico depositado no solo desse primeiro salão onde, na

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atualidade, nenhum quiróptero ocupa, lançando-o, com presenças prováveis de fósseis, para outros salões. No último salão foram encontradas, em meio ao sedimento solto e revirado, peças aleatórias de fósseis e subfósseis da Ordem Chiroptera, em associação com fósseis de preguiças gigantes (Subfamília Scelidotheriinae) e toxodontes (Subfamília Toxodontinae). Dentre as peças coletadas, houve uma grande ocorrência de rádios e úmeros dissociados não sendo possível reconhecer, através da bibliografia disponível, uma classificação mais específica. Entretanto, dentre as peças coletadas têm-se um rostrum de um quiróptero, bem preservado, que apresenta fórmula dentária superior igual a I2, C1, PM3, M3, de largura entre molares igual a 5,5 mm e largura entre caninos igual a 3,6 mm. Em ambos os lados observam-se os alvéolos dos incisivos, do canino e do primeiro pré-molar, estando presentes os PM

2

, PM

3

e M

1

do lado esquerdo, e PM

2

, PM

3

e M

1

-M

3

do lado direito. A formula dentaria superior dos quirópteros varia de acordo com a sua alimentação, o fóssil encontrado possui dentes afiados apropriados a hábitos insetívoros. De acordo com essas características observadas na bibliografia consultada, constatamos que esta peça fóssil pertence ao gênero Myotis sp. a peça possui pouca flexibilidade e coloração negra, e devido a estas características é atribuída ao Pleistoceno final. Fósseis do gênero Myotis já foram encontrados nos Estados de Minas Gerais e Bahia, sendo este o segundo registro na Bahia.

Novos espécimes de temnospôndilos da Serra do Cadeado (nordeste do Paraná)

Estevan Eltink estevaneltink@yahoo.com.br

Max Cardoso Langer mclanger@ffclrp.usp.br Departamento de Biologia, FFCLRP-USP. Ribeirão Preto-SP

Localizada no nordeste paranaense, entre os municípios de Mauá da Serra e

Ortigueira, a Serra do Cadeado é uma área onde afloram rochas das formações Rio

do Rasto (Grupo Passa Dois), Pirambóia, Botucatu e Serra Geral (Grupo São Bento),

abrangendo desde o Permiano Superior até o Cretáceo Inferior. Dentre estas, a

formação Rio do Rasto merece destaque no tocante aos tetrápodes fósseis, visto a

diversidade taxonômica e a importância bioestratigráfica dos mesmos. Já foram

descritos para a região, o dicinodonte Endothiodon e os temnospôndilos

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Referências

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