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GRUEMA : UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A HISTÓRIA DO LIVRO DIDÁTICO E DA MATEMÁTICA MODERNA NO BRASIL

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Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 1

“GRUEMA”: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A HISTÓRIA DO LIVRO DIDÁTICO E DA MATEMÁTICA MODERNA NO BRASIL

Lucia Maria Aversa Villela Universidade Severino Sombra luciavillela@globo.com Resumo: Trata-se de uma pesquisa de doutoramento, já concluída, com aporte teórico-metodológico da história cultural e que trouxe contribuições para a história da cultura escolar e das disciplinas. A partir de arquivos e documentação escolar, assentou-se na produção historiográfica de livros didáticos de matemática e teve por objeto duas coleções publicadas pela Companhia Editora Nacional durante o movimento da matemática moderna (décadas de 60 a 80): a Coleção Curso Moderno de Matemática para as Escolas Elementares (02/1967 a 05/1974), assinada por Anna Franchi, Lucília Bechara Sanchez e Manhucia Perelberg Liberman, e a Coleção Curso Moderno de Matemática para o Ensino de 1º Grau (03/1972 a 08/1980, de autoria associada à sigla GRUEMA – Grupo de Ensino de Matemática Atualizada, tendo por autoras, além das professoras já citadas na primeira coleção, Anna Averbuch e Franca Cohen Gottlieb, com consultoria de Luiz Henrique Jacy Monteiro. Como questão central objetivou demarcar historicamente o papel exercido por tais livros no processo de escolarização da Matemática Moderna no ensino fundamental brasileiro.

Palavras-chave: Matemática Moderna; Livros Didáticos.

Introdução

Com os anos sessenta do século XX diferentes países viveram reformulações no ensino da Matemática, mais conhecidas como movimento da matemática moderna (MMM). Em alguns desses países articulações nesse sentido se iniciaram desde o pós-guerra. O MMM perdurou até a década de oitenta e deixou consequências não só com relação à visão estruturante dos saberes matemáticos, como acrescentou tópicos que até hoje constam no rol de conteúdos trabalhados na formação básica desta disciplina.

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de 11/08/71). A primeira foi editada de fevereiro de 1967 a maio de 1974 e assinada por Anna Franchi (participou apenas na elaboração dos volumes destinados à primeira e segunda séries), Lucília Bechara e Manhucia Perelberg Liberman, constituindo-se de quatro ou cinco volumes (dependendo da edição) de livros destinados às quatro primeiras séries de escolaridade. Já a segunda coleção, foi publicada de março de 1972 a agosto de 1980 e a autoria esteve associada à sigla GRUEMA – Grupo de Ensino de Matemática Atualizada, tendo sido elaborada por Anna Averbuch e Franca Cohen Gottlieb, além das autoras já citadas, com consultoria de Luiz Henrique Jacy Monteiro. Compreendeu oito volumes, destinados aos alunos das oito primeiras séries, e, por último, um nono volume destinado a alunos da então pré-escola, cujo título era “Grueminha Ensina Você a Pensar”, mas que carinhosamente ficou conhecido como Grueminha, de Lucília e Manhucia.

Ao usar a sigla aspeada “GRUEMA” me refero às duas coleções como um todo, reservando a representação da sigla sem aspas à segunda coleção que contemplou, pela LDB 5.692/7, todo o ensino de primeiro grau.

Objetivo do trabalho:

A pesquisa teve por questão central demarcar historicamente o papel exercido pelo “GRUEMA” no processo de escolarização da matemática moderna (MM) no ensino que hoje, no Brasil, é denominado fundamental. Para respondê-la, subdividia-a em outras interrogações ali imersas: Quem foram (e são) estas autoras? O que as levou a tais produções? No âmbito acadêmico, qual a formação e formação continuada que haviam recebido? Em que contexto e condições estes livros foram escritos e produzidos? Que inovações acrescentaram aos livros didáticos de matemática publicados pela Companhia Editora Nacional? Qual a aceitação que tiveram no mercado? Que contribuições estas obras trouxeram à história do ensino e da aprendizagem da Matemática no Brasil?

Base teórico-metodológica:

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seu papel nas culturas escolares em que foram veiculados. Para isso é preciso, a partir do presente, buscar pistas que nos façam desvendar a parte do passado que serviu de atmosfera à sua criação.

O que sustenta a produção historiográfica atual? Para conhecer o que caracteriza hoje o ofício do profissional em história, senti necessidade de entender uma parte da história da historiografia: como era antes, o que mudou e por quê? Neste caminho segui Burke (2008), Dosse (2003), Hunt (2001) e Prost (2008). Considerando as principais ideias dos teóricos da história cultural (BLOCH, 2001; CERTEAU 2008; CHARTIER, 1990, 1991), localizando, como parte desta, a história das disciplinas escolares (CHERVEL, 1990; JULIA, 2001; VIÑAO, 2008) e, inclusa nesta última, a história dos manuais didáticos (CHOPPIN, 2004) de matemática (VALENTE, 2007, 2008), hoje localizo a presente pesquisa por meio de uma representação que busco no próprio MMM:

Figura 1 – Localizando a produção histórica em educação matemática sobre o ponto de vista da história cultural (VILLELA, 2009, p. 45)

As premissas de que “o método histórico envolve a formulação de questões aos traços deixados pelo passado” (PROST, 2008; VALENTE, 2007, p. 32) e de que “há que se fazer história da educação matemática historicamente” (VALENTE, 2007, p. 37) nortearam todo o processo de investigação.

Desenvolvimento:

As décadas de 1950 e 60 trouxeram “um modo de pensar social que atribuía à ciência e à tecnologia a capacidade ilimitada de incrementar a qualidade de vida e o bem-estar social” (BÚRIGO, 1989, p. 50).

As reflexões advindas do pós-guerra, somadas aos novos rumos da economia, que praticamente duplicou o quantitativo de jovens nas universidades em diversos países, e à

História dos livros didáticos História das disciplinas escolares História da cultura escolar História cultural

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disputa por lideranças no cenário mundial, intensificaram a visão mais estrutural da matemática enquanto ciência já preconizada pelo Grupo Bourbaki desde a década de trinta. Que matemática deveria ser veiculada na formação de sociedades em um mundo em que a ciência e a tecnologia estavam em efervescência? Que metodologias otimizariam o fazer docente nesta disciplina? Muitas foram as iniciativas no sentido de se repensar a Matemática a ser trabalhada. Merecem destaque alguns fatos.

De um lado a Europa promovia debates e se unia tentando soluções. Em 1950 surgiu a Comission Internalione pour I’ Étude et I’ Améliortion de I’Enseignement dês Mathématiques – CIEAEM, criada “pela iniciativa de Caleb Gattegno, matemático, pedagogo e filósofo da Universidade de Londres, que se reúne a matemáticos como Jean Dieudonné, Gustave Choquet, André Lichnerowicz e o psicólogo Jean Piaget” (VALENTE, 2008). Em 1959 aconteceu o Seminário de Royaumont e, com o desdobramento levado a cabo no ano seguinte em Dubrovnik, em 1961 foi publicado “Um programa moderno de matemática para o ensino secundário”.

Por outro lado, nos Estados Unidos, segundo D’Ambrosio (1987), em diferentes estados, iniciativas se sucederam no mesmo sentido, desde 1951. Em 1958 iniciou-se na Yale University, sobre a liderança de E. G. Begle, os trabalhos do School Mathematics Study Group (SMSG), objetivando criar livros didáticos. Posteriormente, por volta de 1964, estes livros foram traduzidos no Brasil, sob a liderança do Prof Lafayette de Moraes.

No Brasil, de acordo com Búrigo (1989), ao longo da década de cinquenta ocorreu uma crescente industrialização e consequente valorização e procura do então ensino secundário, o que redundou em ações governamentais no sentido de dar conta de tais alterações nos planos econômico e educacional. Havia problemas a serem enfrentados e um deles era o despreparo dos professores e a urgente necessidade de melhorar a qualidade e alargar este quadro de profissionais.

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2007, p. 50) e incentivou a formação profissional específica para o magistério, embora contemporizasse como o país se adequaria até que houvesse o quantitativo adequado.

Se “o pioneiro da matemática moderna no Brasil [fora] o professor Mario de Oliveira, de Belo Horizonte, por volta de 1958” (CASTRUCCI apud VIANNA, 1988, apud SOARES, 2001, p. 80), foi efetivamente no início dos anos sessenta, com as ideias trazidas pelo Prof Osvaldo Sangiorgi entusiasmado pelo curso que realizara nos Estados Unidos, que novos fatos acrescentaram-se ao cenário: em julho (em Santos) e agosto/setembro (em São Paulo) foram ministrados cursos sobre a MM e, em outubro, foi oficialmente fundado o Grupo de Estudos do Ensino da Matemática (GEEM). Criara-se assim o núcleo de onde, sobre a égide de Sangiorgi e as bênçãos da mídia, principalmente com a ajuda dos jornais Folha de São Paulo1 e O Estado de São Paulo, somada ao apoio da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEESP), se propagaria o MMM para os quatro cantos do país.

Com a maciça presença do GEEM, em janeiro de 1962 em Belém, durante o IV Congresso Nacional de Ensino de Matemática, foi aprovada a recomendação de um programa baseado no MMM.

Caminhando neste traçado histórico a fim de melhor entender o papel do “GRUEMA” neste contexto do MMM brasileiro, decidi mergulhar no mar de dados que o Acervo Histórico da Companhia Editora Nacional (AHCEN) me disponibilizava. Precisava entender o que ocorrera com a produção de didáticos de matemática após o lançamento deste primeiro livro que carregava em seu título a palavra moderna, sem perder o foco em relação às coleções em que centro meu trabalho. E as fontes falaram...

Sangiorgi já publicava livros didáticos pela Companhia Editora Nacional (CEN) e em janeiro de 1964 lançou a coleção Matemática – Curso Moderno: na primeira edição, saíram do prelo 100.520 exemplares destinados ao então primeiro ano ginasial. A partir deste marco temporal tabulei mês a mês todas as publicações de livros de matemática destinados ao então ensino secundário na CEN até que essa fosse comprada pelo Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas – IBEP.

Em 1964, nas dez tiragens para o secundário na CEN, dos 466.944 didáticos de matemática publicados, verifiquei que as três edições do primeiro volume de Matemática– Curso Moderno corresponderam a 51,8% (VILLELA, 2009, p. 121)! A partir de dados

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existentes no AHCEN e conversões de moedas, me foi possível mostrar o quanto o MMM se tornara lucrativo logo em seu primeiro ano em livros didáticos no Brasil, tanto para Sangiorgi quanto para a CEN.

Ao continuar a tabulação, pude constatar a veracidade de minhas hipóteses: não só Sangiorgi alcançara sucesso de vendas com os livros do MMM! As duas coleções “GRUEMA” ficaram com o honroso segundo lugar de vendagem da Nacional dentre os didáticos de Matemática, publicados no período de janeiro de 1964 a agosto de 1980.

Tabela 1

Quantitativo dos livros de matemática de maior tiragem na Companhia Editora Nacional, de janeiro de 1964 a agosto de 1980 Título Autor(as) Período quantificado na pesquisa Totais Matemática – Curso Moderno para as Séries

Ginasiais Osvaldo Sangiorgi

01/1964 a 12/1973

4.336.087

6.056.859 (*) Matemática – para o Curso

de 1º Grau

12/1971 a 03/ 1978

1.720.772 Curso Moderno de

Matemática para a Escola Elementar

Anna Franchi, Lucília Bechara e Manhúcia Perelberg Liberman 02/ 1967 a 05/ 1974 2.588.611 4.213.559 (**) Curso Moderno de

Matemática para o Ensino de 1º Grau (GRUEMA)

Anna Franchi, Anna Averbuch, Franca Cohen Gottlieb, Lucília Bechara e Manhúcia Perelberg Liberman

03/ 1972 a 08/ 1980

1.624.948

Fonte: (*) mapas mensais de publicações da CEN; (**) mapas mensais de publicações e fichas de edições do Acervo da CEN. (VILLELA, 2009, p. 139)

Contabilizados por autor(es) os 476 registros de publicações de livros de matemática encontrados nos mapas de edições mensais no período de janeiro de 1964 a abril de 1978 no AHCEN é possível apontarmos o Prof Ary Quintella como o terceiro lugar em vendas. Seus livros para o Curso Ginasial (em março de 1964, o da quarta série estava na 55ª edição) e o Curso Colegial (em outubro de 1964, o do segundo ano estava na 14ª edição) seguiam a linha anterior ao MMM e foram adotados no Brasil por várias gerações. De março de 1964 a março de 1973, mês da última edição de suas coleções, obtivemos um total de 1.285.667 exemplares.

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Os laços de amizade entre estas autoras começou em 1942, na Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (Anna Averbuch, que então se chamava Anna Rosenbach, Franca Cohen e Manhucia Liberman pertenceram a uma mesma turma). Manhucia, depois de formada, ao casar-se foi para São Paulo. Lá, no trabalho dos ginásios vocacionais conhece Lucília e Anna Franchi. Manhucia e Lucília fizeram o curso promovido por Sangiorgi, em 1961, que veio a gerar todo o MMM em São Paulo. Em comum todas essas profissionais tinham o eterno desejo de sempre buscar melhor qualificação. A teia traçada pelas amizades e a competência, somada às oportunidades, os levaram ao papel de autores de livros didáticos de grande aceitação no mercado.

Além da análise dos livros das coleções “GRUEMA” e outros documentos escritos, me foi possível fazer entrevistas abertas com três das autoras (Franca, Lucília e Manhucia) e com duas ilustradoras (Maria Teresa Ayob Jorge e Regina Tracanella).

As ilustradoras imprimiram plasticamente um grande peso aos livros (principalmente aos da segunda coleção). Como os recursos tecnológicos da época não permitiam os efeitos desejados pelas autoras – onde simulavam a própria construção dos conceitos, por meio de diálogos descontraídos entre alunos e, em alguns momentos, com o professor– Teresa e Regina, no início do processo adolescentes recém saídas do primeiro curso oferecido pela Escola de Artes Gráficas de São Paulo onde ganharam o concurso promovido pelo professor para decidir quem faria o trabalho de uma nova coleção de matemática para a CEN, lançaram-se em um verdadeiro trabalho artesanal: página a página, as letras foram coladas uma a uma, compondo-se aos desenhos traçados a mão, um a um, a pena de nanquim. Após a montagem faziam fotos e estas originavam as páginas. Conclusões:

O MMM faz parte de todo um processo histórico internacional. Estudá-lo implica em estudar uma boa fatia da própria história da Educação Matemática. O MMM em si, como qualquer momento que se queira topicalizar, envolve a elaboração de muitos fatos históricos por parte do pesquisador e fica inviável precisar “uma” origem e “um” fim, uma vez que estes são pontos escolhidos a partir de uma ótica individual.

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Diferentes enfoques teóricos foram utilizados nos estudos produzidos sobre o MMM no Brasil. Não se trata de eleger qual o melhor encaminhamento, nem qual a produção que “melhor” abordou o tema ou se alguma o “esgotou”. Até porque, a partir da formação que se iniciou neste doutoramento, aprendi que estudar a história das disciplinas escolares à luz do aporte teórico da Nova História Cultural nos dá a dimensão de que é necessário continuamente estarmos produzindo releituras (construções/desconstruções) de diferentes momentos, em diferentes áreas do conhecimento. Não há “a” História e sim verdades passíveis de serem alargadas ou derrubadas em “uma” nova história a ser construída por um próximo pesquisador.

O MMM é um exemplo do quanto e como a cultura escolar se metamorfoseia, influindo e sendo influenciada por relações sócio-econômico-culturais. Estas, por sua vez e em um moto contínuo, são traçadas em cada espaço/tempo em que a espécie humana está envolvida. O mundo muda, os interesses e as culturas mudam. Igualmente a cultura escolar esta sempre vivenciando processos de mudanças. A partir de visões tecidas por historiadores e outros profissionais que se voltem ao estudo destas alterações culturais, o que importa é tentarmos entender os enredamentos que se fizeram presentes nestes processos de construção.

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percebidos nas entrevistas gravadas – com autoras e ilustradoras – e em conversas informais mantidas com funcionários da Companhia que o conheceram. 6) Ficou marcante nas entrevistas realiadas o grau de envolvimento com a qualidade do produto a ser produzido, quer por parte das autoras do “GRUEMA” e das profissionais que foram responsáveis pela maior parte dos volumes. Percebe-se que não imaginavam o alcance que as obras teriam e o que isto reverteria em termos financeiros. Eram profissionais que acreditaram em seus potenciais e se lançaram a oportunidades em um mercado que estava se abrindo ao universo feminino

No universo da CEN, foram as primeiras autoras licenciadas em matemática a publicar livros didáticos de matemática para as séries iniciais (antigo curso elementar) e as primeiras a assinar livros para as demais séries do, pela LDB de 1961, então ensino fundamental.

Inovaram na forma e na maneira de trabalhar os conceitos matemáticos ao longo das duas coleções. Souberam conciliar discussões que estavam acontecendo tanto do ponto de vista metodológico quanto do ponto de vista matemático. Enquanto pesquisadoras que atuavam simultaneamente no chão da sala de aula e no campo teórico, tentando sempre fazer o melhor, demarcaram espaços na produção de livros didáticos de Matemática no Brasil.

Referências:

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BÚRIGO, E. Z. Movimento da Matemática Moderna no Brasil: estudo da ação e do pensamento de educadores matemáticos nos anos 60. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Sul, Porto Alegre, 1989.

BURKE, P. O que é história cultural? Tradução de Sérgio Goes de Paula. 2ª ed. ver. e ampl. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008.

CERTEAU, M. Fazer História. In A Escrita da História. Tradução de Maria de Lourdes Menezes; revisão técnica de Amo Vogel – 2ª ed/ 3ª reimpressão. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008, p. 31-64.

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