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INQUÉRITO POLICIAL ESTUDO DIRIGIDO PROVA DISCURSIVA

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INQUÉRITO POLICIAL – ESTUDO DIRIGIDO PROVA DISCURSIVA

Referência: Material de Apoio CST Segurança Pública, Inquérito Policial: uma visão panorâmica. Curitiba:

Escola de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança da Uninter, 2016 . Autor: Flúvio Cardinelle Oliveira Garcia.

Neste breve resumo, destacamos a importância para seus estudos de alguns temas diretamente relacionados ao contexto trabalhado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteúdo programático da sua disciplina nesta fase e lhe proporcionarão maior fixação de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o sistema avaliativo adotado pelo Grupo Uninter, notadamente para a prova discursiva. Esse é apenas um material complementar, que juntamente com os livros, vídeos e os slides das aulas compõem o referencial teórico que irá embasar o seu aprendizado. Utilize-os da melhor maneira possível.

Bons estudos!

FASE PRÉ-PROCESSUAL:

Na fase pré-processual, temos o investigado. Não há réu, não há acusado e muito menos condenado. Trata-se de fase do inquérito, inquisitiva.

“POLÍCIA” RESPONSÁVEL PELA DILIGÊNCIA E A SUA FINALIDADE NO INQUÉRITO:

Todas as atividades da apuração do inquérito são desenvolvidas pela Polícia Civil, ou Polícia Judiciária, que tem por finalidade apurar a existência da infração penal e a respectiva autoria, fornecendo aos titulares da ação penal os elementos necessários ao seu exercício.

Código de Processo Penal:

Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.

Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades

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NATUREZA E FINALIDADE DA INSTRUÇÃO:

A instrução é processual e tem como finalidade formar a convicção do juiz.

DILIGÊNCIAS POLICIAIS

Nem mesmo o pedido do investigado ou de seu defensor obriga a autoridade policial a praticar esta ou aquela diligência. É isto que diz o CP: O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.

CONCEITO DE INQUÉRITO POLICIAL

Inquérito policial é o conjunto de diligências realizadas pela autoridade policial para obtenção de elementos que apontem a autoria e comprovem a materialidade das infrações penais investigadas, permitindo ao Ministério Público e ao ofendido o oferecimento da denúncia e da queixa-crime.

FINALIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL

Presta-se à coleta de elementos informativos, prova da materialidade e indícios de autoria, a fim de contribuir para a formação da opinio delicti do titular da ação penal, dar justa causa à ação penal e evitar o processamento criminal injusto e temerário de pessoas claramente inocentes

COMPOSIÇÃO DA DENÚNCIA OU QUEIXA:

Segundo o CPP, a denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá- lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.

INQUÉRITO POLICIAL: UM PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO:

Não é processo, é apenas um procedimento administrativo. Seu caráter é inquisitivo, e, por isso, não se presta à acusação ou à condenação de quem quer que seja. A investigação não se confunde com a instrução. A investigação está fora do processo, é pré-processual, não há participação da defesa, não há observância do contraditório. Por isso é retirado o valor probatório e serve apenas de informação.

INQUÉRITO POLICIAL: UM PROCEDIMENTO INQUISITIVO:

Não se desenvolve sob o crivo dos direitos e garantias que orientam o Processo Penal

Acusatório. A autoridade policial não está obrigada a obedecer um procedimento predeterminado,

podendo as investigações seguir em diferentes sentidos, visando sempre, o esclarecimento da

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ocorrência criminosa. A autoridade deve assegurar no inquérito, o sigilo necessário ao esclarecimento do fato, ou se assim exigir o interesse da sociedade.

DAS EVIDÊNCIAS DE VALOR PROBANTE RELATIVO DO INQUÉRITO POLICIAL Tecnicamente não se produzem provas no IP e as evidências devem ser judicializadas, em outras palavras, devem ser renovadas/confirmadas em juízo, sob o manto dos princípios que regem o Processo Penal. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação.

PROVAS NÃO REPETÍVEIS DO INQUÉRITO POLICIAL

Há hipóteses de provas colhidas no âmbito do inquérito policial e que não precisam ser novamente produzidas judicialmente. Trata-se das provas periciais, provas cautelares não sujeitas à repetição e produzidas antecipadamente.

INOBSERVÂNCIA PROCEDIMENTAIS:

Se houver na sindicância policial normas procedimentais estabelecidas para a realização de uma determinada diligência inobservadas, a consequência não será a nulidade do processo, mas a redução do valor probante que é atribuído ao inquérito. O STJ também entende que qualquer inobservância não contamina a ação penal superveniente, pois é mera peça informativa

.

O INQUÉRITO POLICIAL COMO PROCEDIMENTO ESCRITO:

Todos os atos devem ser documentados, reduzidos a termo e/ou gravados em mídia, rubricadas pela autoridade, incluindo-se os depoimentos, testemunhos, reconhecimentos, acareações e diligências.

O INQUÉRITO POLICIAL COMO PROCEDIMENTO DISPENSÁVEL:

Na medida em que o titular da ação penal já tenha evidências da prova da materialidade e indícios suficientes de autoria, o IP se torna dispensável

A UTILIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL:

Apesar da dispensabilidade, o IP é sempre útil, pois as informações da vida pregressa do indiciado, a investigação criminológica necessária a individualização e aplicação da pena e o preenchimento do boletim individual são providências realizadas nessa fase policial.

O ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL:

Somente o juiz pode arquivar o IP, mediante promoção ministerial. O CPP é taxativo ao

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pelo arquivamento, essa opinião pode não ser levada em consideração pelo MP. A opinião do MP também não é a última palavra em relação ao arquivamento. Caberá ao juiz decidir se o caso é para arquivamento ou não. Na prática, pode haver dúvida, por exemplo, se o caso foi de homicídio ou suicídio. Na dúvida, a autoridade deve instaurar o inquérito e se for descoberto que foi suicídio, deve, mesmo assim, mandar os autos para arquivamento em juízo

O PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE E O INQUÉRITO POLICIAL:

O princípio da publicidade orienta tão somente a fase processual da “persecutio criminis”, cabendo, portanto, à autoridade policial assegurar no IP “o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade”.

A IMPORTÂNCIA DO SIGILO PARA O INQUÉRITO POLICIAL:

O êxito das investigações policiais depende dos elementos surpresa das diligências e das provas colhidas nos locais dos acontecimentos, quando o investigado ainda não mascarou os fatos, por essa razão é assegurado o sigilo do IP. Porém esse sigilo não alcança o juiz, MP e o advogado.

O livre acesso à atividade persecutória inicial do Estado por parte do autor da infração penal, com possibilidade de conhecer as diligências em curso e as que se projetam levaria à não elucidação da infração penal com grandes prejuízos à aplicação do Direito Penal objetivo.

O ACESSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO AO INQUÉRITO POLICIAL:

O caráter sigiloso do IP não impede que seja acompanhado pelo MP, pois este é o órgão da titularidade da ação penal pública, e a ele pode interessar acompanhar de perto as investigações que trarão provas que subsidiará a ação penal que proporá. Entretanto, em alguns casos a atuação do MP como custos legis, é obrigatória na polícia, na fase da investigação, para que garanta os interesses do imputado

O ACESSO DO ADVOGADO AO INQUÉRITO POLICIAL:

O Estatuto da OAB estabelece no seu art. 7º, XIV ser direito do advogado examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos.

Bem como a Súmula Vinculante do STF: Sum. n.14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

O advogado pode fazer uso de alguns remédios constitucionais para tentar corrigir uma

violação, tais como mandado de segurança, habeas corpus e reclamação constitucional.

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O ACESSO DO ADVOGADO AO INQUÉRITO POLICIAL EM SEGREDO DE JUSTIÇA:

Somente o advogado com procuração terá acesso aos autos do inquérito com decretação de segredo de justiça.

DIREITOS DOS ADVOGADOS:

São direitos dos advogados: (...) comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis. (Art. 7º, III, Lei 8906/94).

A ANÁLISE DO DELITO NO ÂMBITO DO INQUÉRITO POLICIAL:

Ao saber qual o delito deve ser investigado, pode-se determinar o rito procedimental a ser adotado, bem como a competência criminal e a espécie de ação penal. Pode-se também, analisar se haverá direito a concessão de fiança ou não, se há possibilidade de prisão cautelar ou não.

MODOS DE SE INICIAR UM INQUÉRITO POLICIAL:

Há basicamente cinco modos de se iniciar um IP, por ofício, por provocação do ofendido, por delação de terceiro, por requisição da autoridade competente, pela lavratura do auto de prisão em flagrante.

DEFINIÇÃO DE NOTITIA CRIMINIS

É a ciência, espontânea ou provocada, da autoridade policial da ocorrência de um suposto fato criminoso.

NOTITIA CRIMINIS DE COGNIÇÃO IMEDIATA OU DIRETA

A própria autoridade policial toma conhecimento do suposto fato criminoso por meio de comunicação não formal, sem intermédio de terceiros. A notitia criminis é imediata quando tomo conhecimento do ilícito penal por meio das atividades rotineiras em razão, de seu ofício, porque foi veiculada na televisão, no rádio, no jornal, na revista ou porque foi dada pessoalmente pela vítima, por uma testemunha ou por um dos seus agentes.

NOTITIA CRIMINIS DE COGNIÇÃO MEDIATA OU INDIRETA E SUAS ESPÉCIES:

A autoridade policial toma conhecimento do suposto fato criminoso por intermédio de

terceiros. Essa notícia pode ser por delatio criminis simples quando qualquer pessoa do povo conta

o fato ou por delatio criminis postulatória quando o ofendido ou seu representante legal conta o fato

a autoridade policial.

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NOTITIA CRIMINIS COERCITIVA:

São as hipóteses de flagrante delito.

NOTITIA CRIMINIS ANÔNIMA OU INQUALIFICADA:

São nas hipóteses que a autoridade policial toma conhecimento do fato supostamente criminoso anonimamente.

Mas é possível a instauração de IP a partir de notitia criminis anônima? O entendimento pacífico do STJ é no sentido da impossibilidade, requerendo-se da autoridade policial diligências prévias à instauração do IP a fim de confirmar a verossimilhança das alegações incertas,

FLAGRANTE DELITO:

Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:

I - está cometendo a infração penal;

II - acaba de cometê-la;

III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;

IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS (PREÂMBULO, CONTEÚDO, CONDUTOR E TESTEMUNHAS) QUE FAZEM PARTE DA PRISÃO EM FLAGRANTE:

O preâmbulo, deverá conter a data e o local onde está sendo lavrado. Ano, mês, dia, hora, distrito policial, etc.; a indicação da autoridade que o preside, a qualificação do condutor.

Conteúdo, após a colheita do compromisso legal, serão as oitivas, nessa ordem: do condutor, das testemunhas, do autor do fato.

Condutor é a pessoa que conduziu o preso à presença da autoridade. O condutor é o que normalmente efetua a prisão em flagrante.

Testemunhas devem ser do fato, e não pode ser menos de duas. O condutor pode ser uma das testemunhas, não há divergência doutrinária quanto o condutor ser ou não testemunha, porém há quanto ao cômputo do número de testemunha.

ORDEM LEGAL DE OITIVAS:

Respeito à ordem legal de oitivas: a autoridade policial deverá ouvir o condutor que é a pessoa que realizou a prisão e conduziu o detido, depois ouvirá as testemunhas que presenciaram o fato e/ou a prisão, ouvirá a vítima se possível, e ao final o preso. A autoridade assinará a declaração, bem como todos que prestaram os esclarecimentos necessários.

Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá,

desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em

seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado

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sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.

FINALIDADE DA FIANÇA:

Fiança significa responsabilidade financeira, uma espécie de abono ou garantia. É um instrumento processual, que vincula o acusado ao processo. O acusado posto em liberdade, não deixará de comparecer aos seus atos, obedecendo a imposições, para não perder a quantia paga e lhe garantir a liberdade até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.

Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar de residência, sem prévia permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será encontrado.

ILEGALIDADE DA PRISÃO EM FLAGRANTE:

A ilegalidade pode decorrer da inobservância das formalidades da lavratura do auto ou da não caracterização da situação de flagrância. Tendo como consequência a imediata liberdade do preso.

REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA:

Constatada a legalidade do flagrante e presentes os requisitos da prisão preventiva, quais sejam: manter a garantia da ordem pública, garantia da ordem econômica, ou por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar segurança da aplicação da lei penal, quando prova da existência do crime e indicio suficiente de autoria, pode o juiz converter a prisão em flagrante em prisão preventiva.

Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:

[...]

II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão;

ROL EXEMPLIFICATIVO DAS DILIGÊNCIAS POLICIAIS MAIS FREQUENTES:

O código de processo penal no artigo 6º, CPP descreve um rol exemplificativo das diligências policiais mais frequentes e prescreve que a autoridade tendo conhecimento da prática da infração penal deverá preservar o local do crime, apreender objetos, coletar vestígios, realizar as oitivas, realizar o reconhecimento de pessoas e coisas, realizar acareações, realizar exames de corpo de delito, averiguar o indicado e sua vida pregressa.

Art. 6

o

Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:

I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;

II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos

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III – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;

IV – ouvir o ofendido;

V – ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;

VI – proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;

VII – determinar se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;

VIII – ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;

IX – averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.

X – colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.

PROCEDIMENTO DA AUTORIDADE POLICIAL AO CHEGAR NO LOCAL DA INFRAÇÃO PENAL:

Dirigir-se ao local e isolá-lo, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais que realizarão a coleta de vestígios, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos, conforme descreve o art. 164, CPP, registrando ainda, no laudo, as alterações do estado das coisas e a consequência dessas alterações na dinâmica dos fatos.

O local do crime será uma das principais fontes de informação para reconstruir a pequena história do delito e desse ato depende, em grande parte, o êxito da investigação, explana Aury Lopes Junior. (2014, p. 211).

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.

REMOÇÃO DO CÁDAVER E DOS OBJETOS DA CENA DO CRIME:

Não se deve remover o cádaver e nem tocar ou mesmo remover os objetos da cena do crime.

Os objetos encontrados podem sugerir quais devem ser os primeiros passos da investigação, pode-se descobrir material genético, impressões digitais que possam levar a descoberta da autoria da infração penal.

O local do fato, constatação dos ferimentos e a localização deles bem como a origem, a posição do cadáver são fundamentais para o esclarecimento do homicídio. Podem indicar se é suicídio ou homicídio.

Nos delitos de homicídio, a cautela é redobrada, a posição do cadáver e a localização

podem determinar a elucidação do caso. No plenário é pela fotografia e pelos esquemas gráficos

que acusação e defesa informam o Conselho de Sentença sobre a dinâmica e a possível realidade

da ação delituosa.

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BUSCA DOMICILIAR:

Na busca domiciliar, os executores, antes de entrarem na casa, mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem represente, intimando-o, em seguida a abrir a porta, conforme prescreve o art. 245, Código de Processo Penal.

Art. 245. As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta.

ATRIBUIÇÃO DE PREPONDERANTE VALOR À PALAVRA DA VÍTIMA:

Para se atribuir preponderante valor à palavra da vítima, é necessário que ela seja depositária de confiança e crédito. O passado da vítima, sua idoneidade social e moral é o que recomenda se é possível aferir a credibilidade reclamada.

O SUSPEITO E A PARTICIPAÇÃO EM RECONHECIMENTO OU ACAREAÇÃO:

O suspeito não pode ser compelido a participar do reconhecimento ou acareação, pois está

assegurado o direito do silêncio e de não produzir provas contra si mesmo.

Referências

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