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VIII MOVIMENTO DE FUNDOS DAS CONTAS BANCÁRIAS DO TESOURO

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ÍNDICE

VIII – MOVIMENTO DE FUNDOS DAS CONTAS BANCÁRIAS DO TESOURO ... 1 

8.1. – Enquadramento ... 1 

8.2 - Considerações Gerais ... 1 

8.3 – Apuramento e Análise da Variação do Saldo Existente em 31/12/09 ... 2 

8.4 – Resultado das Auditorias ... 4 

8.4.1 – Conta n.º 004102510015 – Conta Única do Tesouro ... 6 

8.4.2 - Conta n.º 000520511017 – MF – Direcção Nacional do Tesouro ... 6 

8.4.3 - Conta n.º 003342519011 – MPF – DNT – Conta Transitória Específica ... 8 

8.4.4 - Conta n.º 001748519015 - MPF - Dividendos das Participações do Estado ... 10 

8.4.5 - Conta n.º 004356601007 – MF – DNT - Taxa de Concessão ... 11 

8.4.6 - Conta n.º 002141570015 – MPF – Banco Mundial – EMRO/99 ... 12 

8.4.7 - Conta n.º 002220511019 (MZM) - Programa Facilidade em Divisas/99 ... 13 

8.4.8 - Conta n.º 263811010001- MPF- JAPÃO NON PROJECT AID II ... 13 

8.4.9 - Conta n. º 002606519019 - MPF - JAPÃO-NON PR GRANT AID/OF/2001 ... 15 

8.4.10 - Conta n.º 241889010001- MPF/USAID/TITLE I 2001 ... 16 

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VIII – MOVIMENTO DE FUNDOS DAS CONTAS BANCÁRIAS DO TESOURO 8.1. – Enquadramento

A alínea a) do número 1 do artigo 54 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro estabelece que a administração do Tesouro Público rege-se, de entre outros, pelo princípio de “Unidade de Tesouraria, segundo o qual todos os recursos públicos devem ser centralizados com vista a uma maior capacidade de gestão, dentro dos princípios de eficácia, eficiência e economicidade”. Por seu turno, os números 2 e 3 do mesmo artigo preceituam que “A cobrança de todas as receitas deve ser realizada em estrita observância do princípio da unidade de tesouraria” e “A unidade de tesouraria abrange todos os fundos de origem fiscal e extra- fiscal e os provenientes de operações de crédito legalmente autorizadas”.

Por outro lado, a alínea d) do número 2 do artigo 230 da Constituição da República, estabelece que, compete ao Tribunal Administrativo “fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros obtidos no estrangeiro, nomeadamente através de empréstimos, subsídios, avales e donativos”.

Os números 1 e 2 do artigo 55 da lei acima citada estipulam que a “Conta Única é uma conta bancária de tipo piramidal com as necessárias sub-contas, através da qual se movimenta quer a arrecadação e cobrança de receitas quer o pagamento de despesas, seja qual for a sua proveniência ou natureza” e é “vedada a abertura de contas bancárias de que seja unicamente titular qualquer órgão ou instituição do Estado”.

A Circular n.° 2/GAB-MF/2009, do Ministro das Finanças, de 17 Fevereiro, referente à administração e execução do Orçamento do Estado para 2009, estabelece os procedimentos a observar relativamente às receitas que ingressam no ano, inscritas ou não no Orçamento do Estado e a sua utilização nas despesas autorizadas a realizar no exercício económico de 2009.

8.2 - Considerações Gerais

A execução do Orçamento do Estado, no exercício em análise, enquadra-se na 3.ª fase da implementação do SISTAFE. Como se determina no número 1 do artigo 6 da Circular n.º 2/GAB-MF/2009, de 17 de Fevereiro, supra-referida, a realização da despesa deverá ser efectuada obrigatoriamente por via directa pelas UGE´s dos sectores. Exceptuam-se, desta obrigatoriedade, os adiantamentos de fundos que tenham por fim atender às despesas de:

• UGB que não possa ser integrada no e-SISTAFE ou apoiada por UGE Especial criada com esta finalidade específica;

• UGB subordinada (unidade que não possui tabela de despesa, sendo as suas despesas suportadas por uma UGB e executadas através de adiantamento de fundos concedido por uma UGE do Sector);

• ajudas de custo fora do País e subsídio de funeral;

• combustíveis e lubrificantes;

• transferências a organismos internacionais sectoriais;

• transferências à Administração Pública;

• actividades cujos pagamentos sejam realizados para fornecedores fora do País, desde que não pagos por intermédio da Conta Única do Tesouro em Moeda Estrangeira; e

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• fundo de maneio (para execução das despesas de pequena monta e que requeiram pagamento em numerário, para as quais, em carácter excepcional, se dispensa o cumprimento do normal processo de realização de despesas).

O n.º 1 do artigo 7 da Circular n.º 02/GAB-VMF/2009, de 2 de Outubro, estabelece que os saldos de Adiantamento de Fundos (AFU’s) não utilizados em 2009 devem ser anulados e os correspondentes recursos financeiros recolhidos à Conta Bancária de Receita de Terceiros (CBRT) da Unidade Intermédia (UI) do Subsistema do Tesouro Público da Despesa (STP-D) correspondente para posterior transferência à Conta Única do Tesouro (CUT).

Constatou-se, no entanto, a não devolução dos saldos, em violação do acima prescrito, nas auditorias realizadas aos Ministérios dos Transportes e Comunicações, de Planificação e Desenvolvimento, da Indústria e Comércio, da Administração Estatal, da Função Pública e da Coordenação da Acção Ambiental, bem como as Direcções Provinciais dos Transportes e Comunicações de Maputo, Plano e Finanças do Niassa e Cabo Delgado, Obras Públicas e Habitação do Niassa, da Saúde do Niassa e Cabo Delgado e às Secretarias Distritais da Mocímboa da Praia e de Montepuez.

8.3 – Apuramento e Análise da Variação do Saldo Existente em 31/12/09

A Conta Geral do Estado de 2009 apresenta o Balanço Global de Caixa, o qual indica os saldos transitados de 2008, os recursos colocados à disposição do Estado em 2009, o total das despesas realizadas e o saldo final do ano, como ilustra o quadro seguinte.

Quadro n.º VIII.1 – Balanço Global da Caixa

Desigação 2008 2009 Peso

(%) Var.

(%) Saldo de Caixa do ano Anterior 18.262.428 19.035.558 17,9 4,2

Receitas do Estado 39.190.070 47.564.983 44,7 21,4

Donativos Externos 23.010.374 25.770.770 24,2 12,0

Empréstimos Externos 7.917.634 13.811.751 13,0 74,4

Empréstimos Internos 350.000 290.000 0,3 -17,1

Sub-Total 70.468.078 87.437.504 82,1 24,1

Total de Recursos 88.730.506 106.473.062 100,0 20,0 Despesas de Funcionamento 37.276.402 43.792.882 51,6 17,5 Despesas de Investimento 28.335.585 35.336.201 41,6 24,7

Operações Financeiras 4.082.961 5.746.977 6,8 40,8

Total de Despesas 69.694.948 84.876.060 100,0 21,8

Saldo em 31 de Dezembro 19.035.558 21.597.002 13,5

Fonte: CGE 2008/2009 (Mapa I)

(Em mil Meticais)

Do exercício de 2008, transitou o Saldo de Caixa de 19.035.558 mil Meticais e que, somado às receitas de 2009 e aos empréstimos internos e externos e donativos, totalizou 106.473.062 mil Meticais. Deste montante, realizaram-se despesas no valor de 84.876.060 mil Meticais, de que resultou o Saldo Final de 21.597.002 mil Meticais.

Relativamente aos recursos postos à disposição do Estado em 2009, verifica-se uma variação global de 20%, destacando-se o aumento significativo de 74,4% dos Empréstimos Externos e 21,4% das Receitas do Estado. Porém, os Empréstimos Internos reduziram 17,1%

comparativamente ao exercício económico de 2008.

No que toca às despesas, houve um incremento em todas as rubricas, com destaque para as despesas relacionadas com Operações Financeiras e Despesas de Investimento que cresceram 40,8% e 24,7%, respectivamente.

No quadro que se segue, evidencia-se o peso do saldo apurado em 31/12/09, em relação aos recursos postos à disposição do Estado, durante o ano de 2009.

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Quadro n.º VIII.2 – Peso do Saldo em 31/12/09 sobre as Receitas

Designação 2009 Peso

(%) Receitas Internas 47.854.983 45,1 Receitas do Estado 47.564.983 Empréstimos Internos 290.000 Recursos Externos 39.582.521 54,6 Donativos Externos 25.770.770 Empréstimos externos 13.811.751 Saldo em 31 de Dezembro 21.597.002 Fonte: CGE 2008/2009 (Mapa I)

(Em mil Meticais)

Assim, o Saldo de Caixa, apurado em 31/12/2009, representa 54,6% do total dos recursos externos e 45,1% das receitas internas postas à disposição do Estado, em 2009.

O quadro que se segue ilustra a evolução dos saldos de caixa, no quinquénio 2004-2009, verificando-se que, durante o período em apreço, cresceram, em termos nominais, embora a taxas variáveis.

Quadro n.º VIII.3 - Evolução dos Saldos

Data Saldos Variação (%) 31-12-2004 5.728.201 - 31-12-2005 8.724.298 52,3 31-12-2006 15.412.870 76,7 31-12-2007 18.262.428 18,5 31-12-2008 19.035.558 4,2 31-12-2009 21.597.002 13,5

2009-2004 277,0

Fonte: CGE 2004 - 2009 (Mapa I) (Em mil Meticais)

Como se pode observar no gráfico abaixo, os Saldos de Caixa têm uma tendência crescente, tendo quadruplicado no período (2004-2009).

Evolução dos Saldos de Caixa

0 5.000.000 10.000.000 15.000.000 20.000.000 25.000.000

Em mil Meticais

2004 2005 2006 2007 2008 2009

Com base no Mapa I da CGE de 2009, foi elaborado o quadro abaixo, onde consta a composição dos Saldos de Caixa transitados de 2008 para 2009.

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Quadro n.º VIII.4 – Composição do Saldo em 31/12/2009

2008 2.009

Conta Única do Tesouro 2.808.095 4.195.992 19,4 49,4

Recebedorias 2.992.562 3.118.423 14,4 4,2

Outras Contas do Tesouro 4.141.718 6.292.003 29,1 51,9 Outras Contas do Estado 9.093.183 7.990.584 37,0 -12,1

Total 19.035.558 21.597.002 13,5

Fonte: CGE - 2008 - 2009 (Mapa I) Designação

(Em mil Meticais)

Saldos Peso

(%) Var.

(%)

Do total dos saldos finais de caixa em 2009, 29,1% e 37% provêm de Outras Contas do Tesouro1 e do Estado2, respectivamente.

Ainda no quadro, pode-se verificar que o saldo apurado em 31/12/2009 (21.597.002 mil Meticais) apresenta um crescimento de 13,5%, comparativamente ao apurado em 31/12/2008 (19.035.558 mil Meticais). Contribuíram, significativamente, para este acréscimo as variações dos saldos da Conta Única do Tesouro e Outras Contas do Tesouro, de 49,4% e 51,9%, respectivamente. O saldo de Outras Contas do Estado registou um decréscimo de 12,1%.

8.4 – Resultado das Auditorias

O movimento de fundos públicos, a nível central, realiza-se através de várias contas bancárias.

As receitas internas são arrecadadas pelas vinte e cinco Direcções de Áreas Fiscais, três Unidades de Grandes Contribuintes e dois Juízos Privativos de Execuções Fiscais, existentes no País. Todavia, as receitas próprias e consignadas nem sempre ingressam na CUT e, algumas delas, nem sequer são apresentadas na CGE.

Transitam pela CUT os fundos internos e externos que financiam as despesas inscritas no Orçamento do Estado.

As despesas financiadas por receitas próprias que não transitam pela CUT devem, também, ser executadas observando as fases da realização de despesas (cabimentação, liquidação e pagamento), bem como os limites da dotação orçamental e as regras das alterações de dotação estabelecidas no n.º 2 do artigo 64 do Título III do Manual de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos.

Apresentam-se, nos quadros que se seguem, os saldos das Outras Contas do Tesouro e do Estado, com base na informação obtida nas auditorias realizadas na Direcção Nacional do Tesouro e na Direcção Nacional do Património do Estado.

1 Contas de financiamento externo, pagamento da dívida externa, alívio da dívida e outras contas tituladas pelo Tesouro.

2 Contas tituladas por diversos órgãos e instituições do Estado.

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Quadro n.º VIII.5 - Saldos de Outras Contas do Tesouro

Ordem Banco N.º da Conta Designação Moeda Valor em mil Taxa de

Câmbio

Valor em mil Meticais

Peso (%)

1 BM 00520.511.01.7 MF-Direcção Nacional do Tesouro 15.670 0,2

2 BM 03342.519.01.1 MPF-DNT-Conta Transitória

Específica/2002 3.003.564 47,7

3 BM 001748519015 MPF - Dividendos das Participações do

Estado 5.800 0,1

4 BM 02220.511.01.9 Programa Facilidades em Divisas/99 44.693 0,7

5 BCI 263811010001 MPF - Japão Non Project Aid II 82.288 1,3

6 BM 002606519019 MPF - Japão Non Project Grant

Aid/OF/2001 202.226 3,2

7 BM 02448.601.01.1 MPF-DNT-Programa Emergência

USD/2000 USD 5.233 27,30 142.848 2,3

8 BCI 241889.10.001 MPF/USAID/Title I 2001 287.353 4,6

9 BM 04048.601.01.0 MPF-URD-USD/03 USD 520 27,30 14.200 0,2

10 BM 004356601007. MF-DNT-Taxa de Concessão ZAR 0 0,0

11 BM 00104.519.01.1 MPF-Receitas de Terceiros 98.383 1,6

12 BM 2141570015 MPF-Banco Mundial- EMRO99 0 0,0

3.897.025 61,9 2.394.978 38,1 6.292.003 100,0 Fonte: Extractos Bancários 2009 e Mapa I da CGE de 2009

Sub-Total Outros Saldos Total

Constata-se, da leitura do Quadro n.º VIII.5, que a conta bancária MPF - DNT - Conta Transitória Específica/2002 contribuiu com 47,7% e as restantes, de 4,6% a 0,1%.

Quadro n.º VIII.6 – Saldos de Outras Contas do Estado

Ordem Banco N.º da Conta Designação Moeda Valor em

mil

Taxa de Câmbio

Valor em mil Meticais

Peso (%)

1 BM 01748519015 MPF - Dividendos das Participações do Estado MZM 4.900 0,1

2 BM 04210519012 MF-DNPE-Privatizações MZM 15.392 0,2

3 BM 00622601010 MPF - Direcção Nacional do Património do

Estado USD 2.645 27,30 2.196 0,0

4 BM 002109513011 MPF - Direcção Nacional do Património do

Estado - OI99 MZM 5.844 0,1

5 BM 00473519011 Património do Estado-Alienação de Imóveis MZM 8.296 0,1

36.628 0,5 7.953.956 99,5 7.990.584 100,0 Fonte: Extractos Bancários e CGE de 2009

Sub-Total Outros Saldos Total

Os saldos das Outras Contas do Tesouro e do Estado constantes dos quadros acima, que foram analisados nas auditorias realizadas na Direcção Nacional do Tesouro e Direcção Nacional do Património do Estado, representam 61,9% e 0,5%, respectivamente, do saldo final de 2009.

É de referir que a baixa representatividade da amostra, 36.628 mil Meticais, 0,5% em relação ao total dos saldos de Outras Contas do Estado, resultou da falta de acesso do Tribunal Administrativo à documentação dessas contas, segundo as alegações do Governo, em pronunciamento feito no exercício do contraditório ao Relatório e Parecer Sobre a CGE de 2007, em virtude de as mesmas não serem geridas pelo Tesouro, mas sim pelos departamentos financeiros de outros órgãos e instituições do Estado e de projectos de financiamento externo que não passam pela CUT.

Seguidamente, são apresentados os resultados da análise das contas bancárias.

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8.4.1 – Conta n.º 004102510015 – Conta Única do Tesouro

Esta conta foi criada com vista à implementação do princípio de unidade de tesouraria, bem como para racionalizar o uso de recursos financeiros do Estado. Sediada no Banco de Moçambique, é movimentada pelas transacções no e-SISTAFE. Nela é centralizada a maior parte da receita arrecadada, tanto interna como externa e, pela mesma, procede-se ao pagamento das despesas públicas, independentemente da sua natureza.

Com base no extracto bancário desta conta, foi elaborado o quadro a seguir, que ilustra o resumo dos movimentos efectuados durante o exercício económico em análise.

Quadro n.º VIII.7 - Movimento Anual

Saldo Inicial 2.808.095

Créditos 71.067.777

Débitos 69.679.880

Saldo Final 4.195.992

Fonte: Extractos Bancários - 2009

(Em mil Meticais)

Os movimentos a crédito totalizaram 71.067.777 mil Meticais e a débito 69.679.880 mil Meticais, tendo resultado um saldo final de 4.195.992 mil Meticais, considerando o saldo inicial de 2.808.095 mil Meticais.

Das contas bancárias que canalizam seus fundos para a CUT, analisadas na auditoria, foi elaborado o quadro abaixo, em que consta a representatividade destas no total dos fundos ingressados em 2009.

Quadro n.º VIII.8 – Detalhe de Alguns Créditos

N.º da Conta Designação Valor Peso

(%) 00.1748519015 MPF-Dividendos das Participações do Estado 1.030.163 1,4 00.3342519011 MPF- DNT- Conta Transitória Específica 10.657.500 15,0 00.4104519011 MPF - Receitas de Terceiros 8.966.719 12,6 10-000520511017 MF - Direcção Nacional do Tesouro 203.611 0,3 20.857.993 29,3 71.067.777 100,0 Fonte: Extractos Bancários-2009

Subtotal

Fundos Ingressados em 2009

(Em mil Meticais)

Do total dos créditos da CUT (71.067.777 mil Meticais), 29,3% provém das contas identificadas no quadro acima, donde se destacam as contas MPF- Transitória Específica e MPF - Receitas de Terceiros, com 15% e 12,6%, respectivamente.

8.4.2 - Conta n.º 000520511017 – MF – Direcção Nacional do Tesouro Nesta conta, são depositados, entre outros:

i) os reembolsos de empréstimos outorgados pelo Estado;

ii) os donativos destinados a sectores específicos.

O quadro que se segue, elaborado com base nos movimentos dos extractos bancários, evidencia o movimento desta conta.

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Quadro n.º VIII.9 – Movimento Anual

Saldo Inicial 1.941

Créditos 220.496

Débitos 206.768

Saldo Final 15.669

(Em mil Meticais)

Fonte: Extractos Bancários - 2009

Em 2009, os créditos desta conta totalizaram 220.496 mil Meticais e os débitos 206.768 mil Meticais, sendo o saldo final de 15.669 mil Meticais, considerando o saldo inicial de 1.941 mil Meticais.

Do total dos débitos, 203.611 mil Meticais, que correspondem a 98,5%, foram transferidos para a CUT e o remanescente destinou-se ao pagamento das comissões de 1,5% pela liquidação de cartas de crédito e encargos da Medimoc.

As amortizações de empréstimos contraídos por diversos operadores económicos feitas nesta conta, são apresentadas no quadro que se segue.

Quadro n.º VIII.10 – Amortização dos Empréstimos Concedidos

Designação

Saldo em 31/12/08

(1)

Desem- bolso

(2)

Amortiz.

TA (3)

Amortiz.

CGE (4)

Diferença (5)=(3)-(4)

Valor em Dívida em 31/12/09

Electricidade de Moçambique 5.752.953 867.923 90.500 90.500 0 6.530.376

Hidroeléctrica de Cahora Bassa 1.008.083 0 118.094 120.594 -2.500 887.489

Projecto PREI/BCI/2002 0 3.235 3.235 3.235 0 0

Comunidade Mahometana 186.333 0 3.900 3.900 0 182.433

MOPAC 74.098 0 1.646 1.646 0 72.452

Grupo Mecula 42.794 0 500 500 0 42.294

Fundo de Fomento para Pequena Indústria 125.685 0 120 120 0 125.565

Telecomunicações de Moçambique 1.319.324 0 2.500 0 2.500 1.319.324

Total 8.509.270 871.158 220.495 220.495 0 9.159.933 Fonte:Extractos Bancários e Anexo Informativo 5 da CGE de 2009

(Em mil Meticais)

As dívidas das empresas indicadas no quadro totalizavam 8.509.270 mil Meticais a 31/12/08.

Quanto a novos desembolsos, no decorrer do ano em apreço, a empresa Electricidade de Moçambique e o Projecto PREI/BCI/2002 receberam, no conjunto, 871.158 mil Meticais.

No que se refere às amortizações dos créditos obtidos, foram registados 220.495 mil Meticais, no período. O saldo final foi de 9.159.933 mil Meticais, que representa um incremento de 7,6%, relativamente à dívida transitada do ano anterior.

No Quadro n.º VIII.10, as amortizações são apresentadas em duas colunas, sendo na coluna 3, os valores apurados pela auditoria do Tribunal Administrativo e na coluna 4 o registo da Conta Geral do Estado.

No que toca à Hidroeléctrica de Cahora Bassa, a auditoria constatou que ela pagou 118.094 mil Meticais, valor que difere em 2.500 mil Meticais, a menos, do indicado no Anexo Informativo 5 da CGE de 2009.

Por outro lado, não consta do referido anexo o valor de 2.500 mil Meticais, correspondente à amortização da dívida de acordos de retrocessão de 2008, efectuada pela Empresa Telecomunicações de Moçambique, no dia 14/08/2009.

(9)

Sobre esta matéria, o Governo, em resposta ao Pedido de Esclarecimentos sobre a CGE de 2009, informou que “(...) efectivamente, o valor reembolsado pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa foi de 118.094 mil Meticais. No Anexo Informativo 5 foi considerado, indevidamente, como reembolso da HCB, o valor de 2.500 mil Meticais reembolsado pela Empresa Telecomunicações de Moçambique, SA”.

Sublinha-se que as divergências aqui apontadas contrariam o princípio da CGE, plasmado no n.º 1 do artigo 46 da lei que cria o SISTAFE, segundo o qual “A Conta Geral do Estado deve (...) ser elaborada com clareza, exactidão e simplicidade, de modo a possibilitar a sua análise económica e financeira”.

8.4.3 - Conta n.º 003342519011 – MPF – DNT – Conta Transitória Específica

Esta conta, sediada no Banco de Moçambique, é debitada pela saída de fundos para a CUT e creditada pela entrada de fundos provenientes da conta bancária aberta em Frankfurt que regista, em moeda externa, os fluxos financeiros do grupo de países parceiros de cooperação de Moçambique no OE.

Seguidamente, apresentam-se, os movimentos desta conta, em 2009.

Quadro n.º VIII.11 – Movimento Anual

Saldo Inicial 1.294.368

Créditos 12.855.335

Débitos 11.146.139

Saldo Final 3.003.564

Fonte: TA-Extractos Bancários de 2009 (Em mil Meticais)

Durante o exercício de 2009, esta conta foi creditada pelo total de 12.855.335 mil Meticais e debitada por 11.146.139 mil Meticais, de que resultou o saldo final de 3.003.564 mil Meticais, considerando o saldo inicial de 1.294.368 mil Meticais.

No quadro que se segue, são apresentados os desembolsos feitos pelos diferentes países em Apoio ao Orçamento do Estado do ano em consideração.

Quadro n.º VIII.12 - Conta Transitória Específica

P a ís E x tr a c t o s

B a n cá r io s C G E 2 0 0 9

A le m a n h a 4 9 4 . 8 4 7 4 9 4 .8 4 7

Á u stri a 5 8 . 9 4 4 5 8 .9 4 4

B A D 8 0 2 . 5 1 5 8 0 2 .5 1 5

B a n c o M u n d ia l 2 . 9 9 5 . 9 7 6 2 .9 9 5 .9 7 6

C a n a d á 2 6 2 . 0 1 2 2 6 2 .0 1 2

U n iã o E u ro p e ia 2 . 2 9 4 . 6 3 8 2 .2 9 4 .6 3 8

D in a m a rc a 2 2 5 . 4 3 6 2 2 5 .4 3 6

E sp a n h a 2 6 1 . 4 5 0 2 6 1 .4 5 0

F in lâ n d ia 2 3 2 . 0 4 7 2 3 2 .0 4 7

F ra n ç a 8 2 . 2 6 0 8 2 .2 6 0

H o lan da 6 6 6 . 5 3 6 6 6 6 .5 3 6

Irla n d a 3 9 2 . 7 5 0 3 9 2 .7 5 0

Itá lia 1 3 9 . 7 6 4 1 3 9 .7 6 4

N o ru eg a 6 3 1 . 1 2 1 6 3 1 .1 2 1

P o rt u g a l 4 2 . 4 9 2 4 2 .4 9 2

R e in o U n id o 1 . 54 4 . 8 8 3 1 .5 4 4 .8 8 3

S u é c ia 1 . 06 3 . 1 0 2 1 .0 6 3 .1 0 2

S u íç a 1 7 5 . 9 2 2 1 7 5 .9 2 2

T o t a l 1 2 . 3 6 6 . 6 9 5 1 2 .3 6 6 .6 9 5 (E m m il M etic a is)

F o n te: E x tra c tos B a n c á r io s e M a p a II- 6 d a C G E 2 0 0 9

(10)

Os desembolsos totalizaram 12.366.695 mil Meticais, conforme consta do quadro e certificado nos extractos bancários.

O valor de créditos constante do Quadro n.º VIII.11 (12.855.335 mil Meticais) diverge, em 488.640 mil Meticais, do total apresentado no Quadro VIII.12 (12.366.695 mil Meticais). Esta diferença resulta de ter sido creditado, indevidamente, no dia 8 de Dezembro, o montante de EUR 12.110.000,00, equivalente a 488.640 mil Meticais, ao câmbio de 40,35 MT/EUR, movimento que foi estornado na mesma data. Depois da confirmação da finalidade do referido valor, o Banco de Moçambique voltou a creditá-lo, no dia 09 de Dezembro, equivalendo, nesta data, a 497.358 mil Meticais ao câmbio de 41,07 MT/EUR.

Importa referir que na CGE de 2009 não figura a informação referente aos desembolsos antecipados de 2.086.061 mil Meticais e 55.760 mil Meticais, efectuados pelo Banco Mundial e Áustria, nos dias 10/12/08 e 31/12/08, respectivamente, referentes à contribuição destes parceiros para o Orçamento de 2009, em violação do princípio da Conta Geral do Estado, plasmado no SISTAFE (n.º 1 do artigo 46) segundo o qual “ A Conta Geral do Estado deve ainda ser elaborada com clareza, exactidão e simplicidade, de modo a possibilitar a sua análise económica e financeira”.

No que concerne a esta questão, o Governo, em resposta ao Pedido de Esclarecimentos sobre a CGE de 2009 afirmou que “... os desembolsos efectuados em 2008 pelo Banco Mundial e pela Áustria, para o Apoio ao Orçamento em 2009, foram contabilizados no respectivo exercício de 2008, tendo transitado para o exercício de 2009 como saldos do exercício anterior”.

Este pronunciamento contradiz o afirmado pelo Executivo na resposta ao Pedido de Esclarecimentos deste Tribunal, sobre a CGE de 2008, de que dos 2.086.061 mil Meticais desembolsados pelo Banco Mundial, 1.237.627 mil Meticais correspondiam ao Orçamento de 2009 e o remanescente, de 848.434 mil Meticais, respeitava a 2008, por isso, transferido para a CUT (Vide página VIII-7 do Relatório e Parecer sobre a CGE de 2008).

É entendimento deste Tribunal que estamos perante o incumprimento do estabelecido para os registos contabilísticos, conforme determina o artigo 73 do Regulamento do Sistema de Administração Financeira do Estado, aprovado pelo Decreto n.º 23/2004, de 20 de Agosto, segundo o qual “os registos contabilísticos são efectuados a nível de Unidades Intermédias e Gestoras Executoras dos Subsitemas do SISTAFE, por exercício económico e pelo classificador orçamental de Gestão” visto que nos Mapas II-6 das CGE´s de 2008 e 2009, não estão reflectidos aqueles desembolsos.

Ainda sobre a informação constante do Mapa II-6 da CGE de 2009, foi observado que se encontra registado o valor do adiantamento do Banco Mundial para o exercício de 2010, o que viola, igualmente, os procedimentos dos registos contabilísticos acima citados.

Em sede do contraditório, o Governo esclareceu que o ingresso dos fundos do Banco Mundial desembolsados em Dezembro de 2009, para o apoio ao Orçamento do Estado de 2010, fora contabilizado na CGE de 2009, em obediência ao regime de caixa, segundo o qual pertencem a um determinado exercício económico as receitas nele cobradas.

O registo, em 2009, da entrada nas contas do Estado, dos fundos desembolsados no mesmo ano, para o exercício de 2010, conforma-se com o regime de caixa, mas não foi tido em conta quanto aos valores transferidos em 2008 para o apoio ao Orçamento de 2009, pois os mesmos não foram contabilizados na Conta do ano de ingresso. Não o foram, igualmente, na Conta do exercício seguinte, a que estavam destinados.

(11)

Assim, recomenda-se que se obedeça ao estabelecido no artigo 73 do Regulamento do Sistema de Administração Financeira do Estado, aprovado pelo Decreto n.º 23/2004, de 20 de Agosto, atrás indicado, registando-se na CGE de cada ano, os desembolsos nele efectuados.

De acordo com o acima exposto, elaborou-se o quadro a seguir que demonstra os montantes efectivamente desembolsados para o apoio ao Orçamento do Estado de 2008 e 2009.

Quadro n.º VIII.13 Variação do Apoio ao Orçamento do Estado

V a lor Pe so

(% ) Va lor P es o

(% )

Ale m a nh a 40 3.49 7 3 ,7 4 94 .8 47 4,6 22 ,6

Áu stri a 5 9.52 0 0 ,5 1 14.7 04 1,1 92 ,7

Bé lg ic a 11 2.47 0 1 ,0 - - -

BAD 77 8.70 0 7 ,0 8 02 .5 15 7,5 3 ,1

Ba nc o M un dia l 1.73 7.39 7 15 ,7 1.2 37.6 27 1 1,6 - 28 ,8

Ca na dá 18 2.50 2 1 ,7 2 62 .0 12 2,5 43 ,6

Un iã o Eu ro pe ia 1.65 2.53 1 15 ,0 2.2 94.6 38 2 1,5 38 ,9 Din a ma rc a 25 4.21 7 2 ,3 2 25 .4 36 2,1 - 11 ,3

Esp a nh a 14 9.95 0 1 ,4 2 61 .4 50 2,5 74 ,4

F inlâ nd ia 25 0.31 6 2 ,3 2 32 .0 47 2,2 -7 ,3

F ra nç a 7 3.22 0 0 ,7 82.2 60 0,8 12 ,3

Ho lan da 63 2.15 6 5 ,7 6 66 .5 36 6,3 5 ,4

Irla n da 36 5.50 0 3 ,3 3 92 .7 50 3,7 7 ,5

Itá lia 14 1.13 2 1 ,3 1 39 .7 64 1,3 -1 ,0

No ru eg a 71 5.80 1 6 ,5 6 31.1 21 5,9 - 11 ,8

P ort uga l 3 6.48 0 0 ,3 42.4 92 0,4 16 ,5

Re ino U nid o 1.96 9.31 2 17 ,8 1.5 44 .8 83 1 4,5 - 21 ,6 S ué c ia 1.36 1.74 7 12 ,3 1.0 63 .1 02 1 0,0 - 21 ,9

S uiç a 17 0.61 8 1 ,5 1 75 .9 22 1,6 3 ,1

Tot al 1 1.04 7.06 6 1 0.6 64.1 06 -3 ,5

Fo n te: Con ta G er a l d o Es tad o 20 08 e Bo rd er aux

(E m mil M etic a is)

2 00 8 2 00 9

C r édit os

P aís Va r

(% )

Do quadro acima, expurgando as incorrecções que resultam da não observância dos procedimentos de registos contabilísticos, anteriormente referidos, teríamos o valor do apoio a reduzir em 3,5% relativamente ao ano de 2008. Na sequência disso, o apoio ao OE de 2009 foi de 10.664.106 mil Meticais, contrariamente aos 12.366.695 mil Meticais apresentados no Quadro VIII-12, deste relatório.

No exercício em apreço, a Áustria, a Espanha, o Canadá e a União Europeia tiveram um incremento significativo no desembolso de fundos comparativamente ao exercício anterior.

Reduziram o seu apoio ao orçamento o Banco Mundial, a Suécia e o Reino Unido. A Bélgica não prestou qualquer contribuição em 2009.

8.4.4 - Conta n.º 001748519015 - MPF - Dividendos das Participações do Estado

Esta conta é creditada pelos dividendos das empresas participadas pelo Estado. No presente exercício, os movimentos, nesta conta, totalizaram os valores que se indicam no quadro a seguir.

Quadro n.º VIII.14 – Movimento Anual

Saldo Inicial 76.196

Créditos 959.766

Débitos 1.031.063

Saldo Final 4.899

Fonte: Extractos Bancários - 2009

(Em mil Meticais)

(12)

No ano económico em apreço, o saldo inicial foi de 76.196 mil Meticais, os créditos totalizaram 959.766 mil Meticais e os débitos, 1.031.063 mil Meticais, estes últimos transferidos para a CUT, de que resultou o saldo final de 4.899 mil Meticais.

No Quadro n.º VIII.15, é apresentado o detalhe dos créditos registados nesta conta, divididos pelos grupos de contas bancárias, empresas participadas pelo Estado e outros créditos.

Quadro n.º VIII.15 – Créditos da Conta dos Dividendos do Estado

Orígem Dividendos Concessões Privatizações Outras Total Peso

(%)

Contas bancárias 0 602.019 16.178 0 618.197 64,4

MF-DNT- Taxa de Concessão (004356601007) 602.019 602.019 62,7

MF-DNPE-Privatizações (004210519012) 16.178 16.178 1,7

Empresas Participadas pelo Estado 191.500 41.578 0 51.273 284.351 29,6

Moçambique Celular (mCel) 35.425 41.578 77.002 8,0

Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos 6.443 6.443 0,7

CIEDIMA 55 55 0,0

CFM-Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique 18.399 18.399 1,9

Telecomunicações de Moçambique 5.000 5.000 0,5

Cimentos de Moçambique 4.757 4.757 0,5

Corredor do Desenvolvimento do Norte 11.270 11.270 1,2

DOMUS-Sociedade de Gestão Imobiliária 167 167 0,0

STEMA 1.237 1.237 0,1

Banco Internacional de Moçambique (BIM) 49.028 49.028 5,1

Coca-Cola SABCO, Moçambique 40.003 40.003 4,2

Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE) 70.989 70.989 7,4

Outros Créditos 0 57.218 0 0 57.218 6,0

Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo

(MPDC) 57.218 57.218 6,0

Total 191.500 700.815 16.178 51.273 959.766 100,0

Peso (%) 20,0 73,0 1,7 5,3 100,0

Fonte: Extractos Bancários de 2009

(Em mil Meticais)

No que toca ao total dos créditos na conta “Dividendos das Participações do Estado” (959.766 mil Meticais), 618.197 mil Meticais (64,4%) provêm das contas bancárias MF – DNT - Taxa de Concessão (004356601007) e MF – DNPE - Privatizações (004210519012), 284.351 mil Meticais, das empresas participadas pelo Estado (29,6%) e 57.218 mil Meticais (6%) de taxas de concessão do MPDC.

Ainda relativamente aos créditos, há a destacar:

a) 77.002 mil Meticais provenientes da mCel, dos quais 41.478 mil Meticais (54%) relativos às taxas de concessão e 35.425 mil Meticais (46%) aos dividendos;

b) 70.989 mil Meticais relativos aos dividendos do IGEPE.

Do total dos créditos, 73% é proveniente de taxas de concessão pelo fornecimento da energia eléctrica.

Todos os débitos da conta Dividendos das Participações do Estado foram por transferências para a CUT.

8.4.5 - Conta n.º 004356601007 – MF – DNT - Taxa de Concessão

Esta conta, sediada no Banco de Moçambique, foi constituída no âmbito da reversão da Barragem Hidroeléctrica de Cahora Bassa a favor do Estado Moçambicano, para a recepção

(13)

dos valores da taxa de concessão pelo fornecimento da energia eléctrica, antes do seu ingresso na CUT.

De acordo com o estabelecido no Decreto n.º 03/2009, de 17 de Fevereiro, do Conselho de Ministros, o valor da taxa de concessão da HCB tem o seguinte destino:

• 60% para o Orçamento do Estado;

• 35% para o Fundo de Energia (FUNAE);

• 2,5% para o Gabinete do Plano de Desenvolvimento do Zambeze (GPZ) e

• 2,5% para o Conselho Nacional de Electricidade (CNELEC), até ao limite do seu Orçamento de Funcionamento. Se existir um valor remanescente, o mesmo reverte para o Orçamento do Estado.

O resumo dos movimentos efectuados durante o ano consta do quadro a seguir.

Quadro n.º VIII.16 – Movimento Anual

Saldo Inicia l 10 .3 77 .938 ,39

Créd itos 2 58 .4 87 .766 ,54

Déb itos 2 68 .8 65 .703 ,50

Saldo F inal 1 ,43

Fo nte: E xtr acto s Bancário s - 20 09

(E m ZA R)

Transitaram para o ano de 2009, ZAR 10.377.938,39, tendo-se registado movimentos a crédito e a débito de ZAR 258.487.766,54 e ZAR 268.865.703,50, respectivamente, de que resultou um saldo final de ZAR 1,43.

A análise dos movimentos a débito permitiu verificar a transferência de valores para as contas que a seguir se indicam, passando depois para a CUT.

Quadro n.º VIII.17 – Transferências da Conta n.º 004356601007 - Taxa de Concessão

ZAR Mil Meticais

187.641.608,50 602.019,00 001748519015 - MPF - Dividendos das Participações do Estado 81.224.095,00 280.673,00 004104519011 - MPF - Receitas de Terceiros

268.865.703,50 882.692,00 Fonte: Borderaux de Crédito

Valor

Crédito em:

8.4.6 - Conta n.º 002141570015 – MPF – Banco Mundial – EMRO/99

Esta conta é creditada: (i) pela emissão de Notas de Pagamento dos juros a pagar, inscritos no Orçamento de Estado (débito da CUT), (ii) pelo valor do capital a reembolsar, através da emissão de Notas de Pagamento por Operações de Tesouraria (débitos da CUT). Os débitos são efectuados pelo Banco de Moçambique, na devolução dos fundos recebidos, como empréstimos através dos Bilhetes do Tesouro (BT’s) e pagamento dos respectivos juros.

Os BT´s são instrumentos de curto prazo a que o Governo recorre para cobrir o défice temporário da tesouraria e são emitidos e resgatados no mesmo ano económico. O Banco de Moçambique credita directamente na CUT os valores do produto da emissão dos BT´s, fornecendo, posteriormente, o correspondente borderaux de crédito para a regularização do processo. No ano em análise, foi creditado, na CUT, o valor de 8.400.000 mil Meticais de BT´s.

Registaram-se, nesta conta, os seguintes movimentos globais.

(14)

Quadro n.º VIII.18 – Movimento Anual

Saldo Inicia l 0

Créd itos 16 .4 17 .406

Déb itos 16 .4 17 .4 06

Saldo F inal 0

Fo nte: E xtr a cto s Bancário s - 20 09

(E m mil M eticais)

De acordo com a informação constante dos extractos bancários, esta conta foi creditada e debitada por 16.417.406 mil Meticais.

Nas Operações de Tesouraria, apurou-se o montante de 3.700.000 mil Meticais resultante da emissão de seis (6) Notas de Pagamento na epígrafe “Conta Transitória e de Regularização - Provisão para Despesas a Regularizar”, para a devolução do capital dos BT´s que venciam nos meses de Outubro e Novembro.

Em relação à diferença entre os 3.700.000 mil Meticais apurados e os 16.417.406 mil Meticais registados na conta, a DNT esclareceu que:

“Tendo em conta a antiguidade desejada da carteira de títulos da dívida de curto prazo definida pelo Governo, o Banco de Moçambique, na altura do vencimento dos leilões, procede à reposição ou substituição desses títulos, por um ou vários de igual valor ao leilão vencido, repetindo este processo tantas vezes quantas forem necessárias, até à data de pagamento dos BT´s pelo Estado. O Governo apenas regista, para efeitos de CGE, os movimentos de utilização e de pagamentos que transitam pela CUT, pelo facto destes serem os valores efectivamente solicitados pelo Estado para o financiamento do défice de tesouraria”.

8.4.7 - Conta n.º 002220511019 (MZM) - Programa Facilidade em Divisas/99

Esta conta é creditada pelas transferências provenientes da União Europeia para cobrir despesas no âmbito das reformas institucionais do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), do Ministério da Indústria e Comércio e do PROAGRI.

A União Europeia transfere os fundos para esta conta, com base nos planos de tesouraria dos sectores beneficiários.

Quadro n.º VIII.19 – Movimento Anual

Saldo inicia l 84 .743

Créd ito 56 .768

Déb ito 96 .817

Saldo final 44 .694

Fo nte: Ex tractos ban cários d e 20 09 (E m mi l M eti cais)

A conta iniciou o exercício de 2009 com o saldo de 84.743 mil Meticais, tendo registado créditos que totalizaram 56.768 mil Meticais e débitos de 96.817 mil Meticais, de que resultou o saldo final de 44.694 mil Meticais. É de referir que os débitos efectuados respeitam às transferências para a CUT.

8.4.8 - Conta n.º 263811010001- MPF- JAPÃO NON PROJECT AID II

Esta conta, sediada no BCI, é utilizada para crédito dos fundos provenientes da comercialização da ajuda alimentar do Japão, no âmbito da Convenção da Ajuda Alimentar de 1999.

(15)

Como já aconteceu em 2007, no exercício em apreço, os fundos desta conta não foram transferidos para a conta n.º 002606519019 - MPF – JAPÃO - NON PR GRANT AID/OF/2001, no Banco de Moçambique, como reza a cláusula VI do contrato de intermediação financeira celebrado entre o BCI e o Ministério das Finanças.

Quanto a esta questão, o Governo, em sede do contraditório, esclareceu, essencialmente, que o montante de 82.170 mil Meticais, colectado pelo BCI no âmbito do contrato de intermediação financeira, foi transferido para a conta bancária n.º 4539.513.00.0 – MF – DNT – FOOD AID PROJECT/2009, em 2010, com base nos actuais procedimentos adoptados entre os Governos de Moçambique e do Japão.

O quadro que se segue ilustra o resumo dos movimentos efectuados no exercício económico de 2009.

Quadro n.º VIII.20 – Movimento Anual

Saldo Inicial 118

Créditos 82.170

Débitos 0

Saldo Final 82.288

(Em mil Meticais)

Fonte: Extractos Bancários de 2009

No que concerne aos movimentos ocorridos nesta conta, que iniciou o exercício com o saldo de 118 mil Meticais, efectuaram-se créditos de 82.170 mil Meticais, totalizando 82.288 mil Meticais que transitaram para 2010, conforme se indica no quadro.

De acordo com os documentos aferidos, os créditos provêm dos depósitos efectuados pelas empresas mencionadas no quadro a seguir.

Quadro n.º VIII.21 – Amortização dos Empréstimos da Ajuda Alimentar

E mpres as V al or em m il Metica is

Peso (%)

Farin al 9.1 41 1 1,1

M ER EC-B eira 1.3 68 1,7

M ER EC-M ap uto 1 7.4 60 2 1,2

C IM -Bei ra 9.5 81 1 1,7

C IM -M ap u to 3 6.9 42 4 5,0

M aiai a 7.6 78 9,3

T otal 8 2.1 70 10 0,0

Fo nte: Extract os B ancário s d e 20 09

No que tange ao valor total de 82.170 mil Meticais, referente às amortizações efectuadas nesta conta, em 2009, destacam-se as empresas CIM-Maputo e MEREC-Maputo com 45% e 21,2%, de peso, respectivamente. Importa referir que no Anexo Informativo 5 da CGE de 2009, na rubrica “Vários - Ajuda Alimentar”, este montante foi contabilizado na coluna dos desembolsos, e não na dos reembolsos, como deveria ter sido.

Por outro lado, consta, da referida rubrica, o valor de 29.666,6 mil Meticais como saldo em 31/12/2008, enquanto na CGE de 2008 a mesma transitou com saldo nulo (vide Anexo Informativo 5 da CGE de 2009).

Este procedimento contraria o plasmado no n.º 1 do artigo 46 da Lei que cria o SISTAFE, segundo o qual “A Conta Geral do Estado deve ser elaborada com clareza, exactidão e simplicidade, de modo a possibilitar a sua análise económica e financeira”.

Relativamente a esta questão, o Governo, no exercício do contraditório, pronunciou-se nos seguintes termos:

(16)

“(...) o valor de 82.170 mil Meticais foi registado indevidamente na coluna de desembolsos, ao invés de ter sido registado na coluna de reembolsos. Foi igualmente registado indevidamente como saldo a 31/12/2008 e como reembolso em 2009, o valor de 29.666,6 mil Meticais, referente a juros vencidos nas contas n.º 241889010001 – MPF/USAID/TITLE I 2001 e n.º 1694522210001 – MF-G.R.M/USAID-TITLE III FY 2000 (...)”.

8.4.9 - Conta n. º 002606519019 - MPF - JAPÃO-NON PR GRANT AID/OF/2001

Esta conta, sediada no Banco de Moçambique, titulada pela Direcção Nacional do Tesouro, é utilizada para crédito de fundos provenientes de duas fontes, designadamente:

a) contravalores resultantes da comercialização da ajuda alimentar do Japão, da conta n.º 263811010001- MPF- JAPÃO NON PROJECT AID II, no BCI; e

b) reembolsos dos créditos concedidos em 2002, com donativos do Japão, através do Tesouro, outorgados a 10 empresas, que totalizaram USD 12.250.000.

O movimento global desta conta, durante o ano de 2009, foi o seguinte:

Quadro n.º VIII.22 – Movimento Anual

Saldo Inicial 354.313

Créditos 10.289

Débitos 162.377

Saldo Final 202.225

(Em mil Meticais)

Fonte: Extractos Bancários de 2009

No exercício de 2009, a conta tinha, como saldo inicial, 354.313 mil Meticais, tendo registado créditos de 10.289 mil Meticais e débitos de 162.377 mil Meticais, de que resultou o saldo final de 202.225 mil Meticais.

Do total de débitos nesta conta, foram transferidos para a conta bancária n.º 004201513013 – Fundo de Estradas, no dia 13 de Maio de 2009, no âmbito do apoio do Governo Japonês à construção da Ponte sobre o Rio Zambeze, 162.372 mil Meticais.

Relativamente aos créditos, 3.492 mil Meticais (33,9%) correspondem aos reembolsos dos empréstimos outorgados às empresas constantes do quadro que se segue e 6.797 mil Meticais (66,1%) são referentes à devolução, por parte do Fundo de Estradas, do remanescente do total de 83.442 mil Meticais alocado a esta entidade, em 2008.

Quadro n.º VIII.23 – Reembolsos Efectuados em 2009

Designação Saldo em 31/12/08

Desem- bolsos

Amorti- zação

Peso (%)

Valor em Dívida em 31/12/09

KANES 13.778 0 1.220 35,0 12.558

Cegraf 12.339 0 350 10,0 11.989

Colégio Kugombwé 10.764 0 40 1,1 10.724

Metalec 10.000 0 200 5,7 9.800

Mozcor 8.407 0 150 4,3 8.257

PAVIBLOCOS, Lda. 883 0 340 9,8 543

Refrigerante Spar, Lda. 32.238 0 633 18,2 31.605

Sotur 34.748 0 500 14,4 34.248

Tecap 2.976 0 50 1,4 2.926

Total 126.133 0 3.483 100 122.650

Fonte:Extractos Bancários e Anexo Informativo 5 da CGE de 2009

(Em mil Meticais)

(17)

8.4.10 - Conta n.º 241889010001- MPF/USAID/TITLE I 2001

No quadro do programa de ajuda em bens alimentares para a venda às populações, através da rede comercial, estabelecido entre os governos de Moçambique e dos Estados Unidos, o País recebe, anualmente, donativos em espécie, designadamente, óleo crú de soja destinado às indústrias de refinação. Segundo as condições contratuais, as empresas seleccionadas devem efectuar o pagamento por depósito bancário nesta conta, no BCI, titulada pelo Ministério das Finanças.

Transitou, do ano anterior, o saldo de 267.826 mil Meticais e no decorrer do exercício de 2009, os créditos totalizaram 19.528 mil Meticais, de que resultou o saldo final de 287.354 mil Meticais, por não ter havido qualquer débito, conforme se ilustra no quadro a seguir.

Quadro n.º VIII.24 – Movimento Anual

Saldo Inicial 267.826

Créditos 19.528

Débitos 0

Saldo Final 287.354

(Em Meticais)

Fonte: Extractos Bancários - 2009

Dos 19.528 mil Meticais, de créditos, 18.328 mil Meticais correspondem a juros credores dos depósitos à ordem e os remanescentes 1.200 mil Meticais referem-se à amortização da dívida da empresa Fasol – Saborel, SARL, no âmbito do programa de ajuda em bens alimentares.

Referências

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