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IX OPERAÇÕES RELACIONADAS COM O PATRIMÓNIO FINANCEIRO DO ESTADO

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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2015

IX-1

IX OPERAÇÕES RELACIONADAS COM O PATRIMÓNIO FINANCEIRO DO ESTADO

9.1 – Enquadramento Legal

Nos termos do estatuído na alínea g) do n.º 1 do artigo 48 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE), as operações financeiras abrangem as transacções que conduzem à variação de activos e passivos mobiliários ou financeiros do Estado, as quais devem constar da Conta Geral do Estado, com referência às datas do início e fim do exercício económico.

As operações patrimoniais dizem respeito ao património físico e financeiro do Estado. As receitas e despesas patrimoniais provêm da administração desse património mobiliário e imobiliário.

Compõe o património financeiro do Estado o capital das empresas públicas e das sociedades de capitais públicos, bem como as participações do Estado no capital de empresas privadas, quer sejam sociedades anónimas, quer sejam sociedades por quotas, ou outras. Integra, também, o património financeiro do Estado o valor por receber decorrente de empréstimos concedidos, sejam pela utilização de Fundos do Tesouro, saneamento, acordos de retrocessão ou de outra natureza.

No presente capítulo é analisado o património financeiro activo do Estado, sendo as operações inerentes à Dívida Pública (passivos financeiros) tratadas no capítulo seguinte.

A Conta Geral do Estado deve incluir uma informação sobre a situação económico-financeira de todas as Empresas Públicas, segundo dispõe o artigo 37 da Lei n.º 6/2012, de 8 de Fevereiro, que estabelece o regime das empresas públicas e prevê mecanismos de acompanhamento e intervenção governamentais nas suas actividades.

Ao abrigo do preceituado nos artigos 4, 5 e 10 desta lei, as competências, a nível governamental, são exercidas pelos Ministros sectoriais e pelo Ministro que superintende a área das Finanças, aos quais são atribuídos os poderes de acompanhamento, fiscalização e intervenção na actividade das empresas públicas.

Relativamente aos acordos de retrocessão, a Lei do Orçamento estabelece, anualmente, as regras gerais atinentes à sua celebração.

As Operações Activas foram orçadas em 10.359.249 mil Meticais, segundo consta do Mapa A da Lei n.º 2/2015, de 7 de Maio, que aprova o Orçamento do Estado.

9.2 – Considerações Gerais

À semelhança dos anos anteriores, foi constatado, na auditoria realizada ao IGEPE, que este continua a não deter o controlo da totalidade das parcelas do Estado no capital social de empresas, estando parte destas sob gestão dos ministérios sectoriais e outros entes públicos, o que contraria o preceituado no n.º 2, do artigo 1, do seu estatuto orgânico, aprovado pelo Decreto n.º 46/2001, de 21 de Dezembro.

No que concerne aos empréstimos concedidos pelo Estado com fundos do Tesouro, verifica-se que o seu reembolso continua fraco. O Governo, no exercício do direito do Contraditório ao Relatório do exercício de 2011, referiu que para além de realizar diversas acções tendentes a recuperar os valores em dívida vencida, contratou uma empresa com esse propósito.

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Verificou-se, porém, que, em 2014, dos 29 beneficiários dos referidos créditos, só 2 efectuaram reembolsos e, no presente exercício, apenas a Comunidade Mohometana é que fez um pagamento de 2.310 mil Meticais. Ainda, existem 10 empresas que, desde o ano de 1999, data que foram concedidos os créditos, não efectuaram qualquer pagamento, sendo que o total da sua dívida é de 231.759 mil Meticais.

Das auditorias realizadas à DNPE e ao IGEPE, foi constatado que há um incumprimento generalizado do pagamento das prestações.

9.3 – Análise Global

As transacções que conduzem à variação de activos e passivos do Estado integram os empréstimos contraídos ou concedidos, as respectivas amortizações, os adiantamentos e as regularizações, bem como as participações do Estado no capital social de empresas.

A concessão de empréstimos e adiantamentos, aquisição de títulos de crédito, incluindo obrigações, acções, quotas e outras formas de participação do Estado, constituem as Operações Financeiras Activas.

As Operações Financeiras Activas inscritas no Mapa A da Lei Orçamental, as dotações constantes da CGE e a respectiva execução, são apresentados no quadro a seguir.

Quadro n.º IX.1 – Execução das Operações Activas

Lei n.º

2/2015 CGE/2015 Valor % Peso

(%)

231 Operações Activas 10.359.249 10.306.168 3.729.676 36,2 100,0

231001 Capital Social das Empresas - 638.939 609.899 95,5 16,4

231002 Empréstimos com Acordos de Retrocessão às

Empresas - 9.460.251 2.912.799 30,8 78,1

231099 Outras Operações Financeiras Activas - 206.978 206.978 100,0 5,5 Fonte: Mapa A anexo à Lei n.º 2/2015, de 7 de Maio e Mapa V da CGE de 2015.

Código Designação

Execução

(Em mil Meticais) Dotações

De acordo com a informação da CGE de 2015, a execução das Operações Activas foi de 3.729.676 mil Meticais, o equivalente a 36,2%, tendo os Empréstimos com Acordos de Retrocessão, com uma execução de 2.912.799 mil Meticais, contribuído para a baixa taxa de execução (30,8%). As Outras Operações Financeiras Activas foram executadas na totalidade da verba inscrita, e o Capital Social das Empresas atingiu uma execução de 95,5%.

9.4 – Participações do Estado

O IGEPE funciona sob tutela do Ministro da Economia e Finanças. A instituição foi criada pelo Decreto n.º 46/2001, de 21 de Dezembro, que aprovou o seu estatuto orgânico. De acordo com o n.º 1 do artigo 1 do mesmo estatuto, o IGEPE é uma pessoa colectiva de direito público dotado de personalidade jurídica, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial. O IGEPE tem por finalidade o exercício, nos termos legais e regulamentares, da gestão, coordenação e controlo de participações do Estado nos diferentes tipos de sociedade, segundo preceitua o n.º 2 do mesmo artigo.

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Incumbe ao IGEPE gerir as participações que o Estado tem nas empresas, com vista a garantir a efectivação da sua reestruturação patrimonial, conforme o previsto nos artigos 4 e 5 do supracitado Estatuto Orgânico.

A este propósito, o n.º 2 do artigo 1 do Estatuto acima referido dispõe que o IGEPE “tem por finalidade o exercício, nos termos legais e regulamentares, da gestão, coordenação e controlo de participações do Estado nos diferentes tipos de sociedade”, competindo-lhe, em conformidade com o disposto na alínea a) do n.º 2 do artigo 5 do mesmo diploma,

“acompanhar ou participar na gestão de todas as empresas participadas pelo Estado”.

As Empresas Públicas podem subscrever participações no capital de sociedades já existentes ou entrar na constituição de entidades empresariais (passando a integrar as participações indirectas do Estado) com a autorização do Ministro do pelouro das Finanças, sendo a gestão da participação nas Empresas Públicas monitorizada por entidade a designar, e objecto de regulamentação, de acordo com o artigo 9 da Lei n.º 6/2012, de 8 de Fevereiro, já referido.

Por sua vez, o Código Comercial, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 2/2005, de 27 de Dezembro, no seu artigo 331 define as Sociedades Anónimas como sendo aquelas em que o capital é dividido em acções e cada sócio limita a sua responsabilidade ao valor das acções que subscreveu.

Seguidamente, apresenta-se, no Quadro n.º IX.2, o resumo das participações do Estado, no exercício económico de 2015, desagregadas em sociedades anónimas, sociedades por quotas e fundações.

Consta do quadro, que a 31 de Dezembro de 2015, o IGEPE geria um total de 113 empresas com participações do Estado e/ou por si participadas, das quais, 94 são sociedades anónimas, 18 são sociedades por quotas e 1 Fundação.

Quadro n.º IX.2 – Resumo das Participações do Estado nas Empresas

(Em mil Meticais)

Empresas Número de

Empresas

Capital Social

Partipações do Estado

Participações do IGEPE

Sociedades Anónimas 94 59.881.724 29.817.101 1.095.549

Sociedades por Quotas 18 125.199 51.427 -

Fundação 1 25.000 25.000 -

Total 113 60.031.923 29.893.528 1.095.549

Representatividade (%) 100,0 49,8 1,8

Do montante de 60.031.923 mil Meticais do capital social das empresas, o Estado participou com 29.893.528 mil Meticais (49,8%) e o IGEPE, com 1.095.549 mil Meticais (1,8%).

Das 94 sociedades anónimas, o Estado detém participações em 77 delas, o IGEPE participa em 9, e sobre as restantes 8, tanto o Estado como o IGEPE detêm participações.

9.4.1 - Empresas Participadas pelo Estado

No exercício em análise, o Estado moçambicano participou no capital social de empresas com 28.525.120 mil Meticais, sendo 28.448.692 mil Meticais, em Sociedades Anónimas, 51.427 mil Meticais, em Sociedades por Quotas e 25.000 mil Meticais, numa Fundação.

Como se ilustra no Quadro n.º IX.3, a seguir, das 94 Sociedades Anónimas participadas pelo Estado, em termos de peso, destacam-se a HCB - Hidroeléctrica de Cahora Bassa, S.A., com

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20.024.392 mil Meticais (67,2%)1, seguida pelas TDM - Telecomunicações de Moçambique, S.A., com 2.520.000 mil Meticais (8,5%)2 e BNI - Banco Nacional de Investimentos, S.A., com 2.240.000 mil Meticais (7,5%)3.

1 20.024.392/29.817.101*100

2 2.520.000/29.817.101*100

3 2.240.000/29.817.100*100

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Quadro n.º IX.3 – Empresas com Participações do Estado

Capital

Social Peso

1 Aberfoyle Tea States Moçambique (EMOCHÁ-Milange) S.A. 1.700 340 20,0%

2 ABC - ALC Leasing, S.A. 97.539 4.877 5,0%

3 Açucareira de Moçambique, S.A. 1.506.471 225.971 15,0%

4 Açucareira de Xinavane, S.A. 3.204.500 384.540 12,0%

5 Aero - Serviços (Ex- TTA), SA 6.800 1.360 20,0%

6 Agro-Alfa - Fundição, S.A. 5.658 1.132 20,0%

7 AUTOVISA - Serviços Auto, S.A. (ex - EMOCAT, E.E. - U I) 12.000 2.400 20,0%

8 BNI - Banco Nacional de Investimentos, S.A. 2.240.000 2.240.000 100,0%

9 CDM - Companhia de Desenvolvimento Mineiro, S.A. 400 330 82,5%

10 CEGRAF - Sociedade Gráfica, S.A. 28.881 2.449 8,5%

11 CELMOQUE - Cabos de Energia e Telecomunicações de Moc., S.A. 23.500 3.480 14,8%

12 CEPAM - Centro de Produção Apícola de Moçambique, S.A. - 0,00 20,0%

13 Cimentos de Moçambique, S.A. 1.000.000 118.900 11,9%

14 Companhia Algodoeira de Nampula-CANAM, S.A. 38.040 9.236 24,3%

15 Companhia de Sena, S.A. 3.134.178 156.167 4,98%

16 Companhia Moçambicana de Gasoduto - CMG, S.A. 500 100 20,0%

17 Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos - CMH, S.A. 593.412 118.682 20,0%

18 Diário de Moçambique, S.A. 2.550 1.020 40,0%

19 EMOPESCA, S.A. 29.500 23.600 80,0%

20 Empresa de Construção e Manutenção de Estradas e Pontes - Centro, S.A. 36.168 36.168 100,0%

21 Empresa de Construção e Manutenção de Estradas e Pontes - Norte, S.A. 32.921 32.921 100,0%

22 Empresa de Construção e Manutenção de Estradas e Pontes - Sul, S.A. 74.880 74.880 100,0%

23 Empresa de Aluguer de Equipamentos - Centro, S.A. 24.741 24.741 100,0%

24 Empresa de Aluguer de Equipamentos - Norte, S.A. 20.313 20.313 100,0%

25 Empresa de Aluguer de Equipamentos - Sul, S.A. 23.725 23.725 100,0%

26 ENCATEX, S.A. (ex- ENCATEX, E.E. Sede e Delegação Regional Centro) 3.500 700 20,0%

27 GEOMOC, S.A. 8.952 1.790 20,0%

28 Geralco, S.A. 6.500 1.300 20,0%

29 Grupo Madal, S.A. 15.287 764 5,0%

30 HCB - Hidroeléctrica de Cahora Bassa, S.A. 23.558.109 20.024.392 85,0%

31 HIDROMOC - Beira, S.A. (ex-Hidromoc, E.E. Delegação Regional Centro) 5.802 1.160 20,0%

32 Hotel Cardoso, S.A. 9.363 2.412 25,8%

33 Hotel Turismo (Ex Hotel Ibis), SA 11.202 280 2,5%

34 Hotel Inhassoro, S.A. (ex-Organizações Joaquim Alves) - 0,00 45,5%

35 IBC - Indústria de Borracha e Calçado, S.A. 5.000 1.000 20,0%

36 IFLOMA - Indústrias Florestais de Manica, S.A. 39.063 7.813 20,0%

37 IMA - Indústria Moçambicana de Aço, S.A. 1.250 250 20,0%

38 LAM - Linhas Aéreas de Moçambique, S.A. 352.600 321.395 91,2%

39 Mabor de Moçambique, S.A. 70.000 64.960 92,8%

40 Mármores de Montepuez - MARMONTE, S.A. 60.000 12.000 20,0%

41 mCel - Moçambique Celular, S.A. 1.500.000 390.000 26,0%

42 MEDIMOC, S.A. 59.262 38.354 64,7%

43 Millennium bim, S.A. 4.500.000 770.400 17,1%

44 Moagens de Moçambique, S.A. 12.260 4.216 34,4%

45 MOBEIRA - Moagem da Beira, S.A. 193.088 19.309 10,0%

46 MOCAJÚ - Cajú de Moçambique, S.A. (ex-Cajú de Moçambique E.E. - Machava) 26.000 3.900 15,0%

(Em mil Meticais)

N.º Empresas Capital

Social

Participação do Estado

Sociedades Anónimas

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Quadro n.º IX.3 – Empresas com Participações do Estado (Continuação)

Capital

Social Peso

47 Moçambique, Previdente - Sociedade Gestora de Fundo de Pensões, S.A. 24.000 4.800 20,0%

48 MOGAS, Sociedade Moçambicana de Gases Comprimidos, S.A. 40.000 13.500 33,8%

49 Monte Binga, S.A. 250 250 100,0%

50 MOZAL, S.A. 10.253.585 394.763 3,9%

51 MOZAUTO, S.A. 74.589 14.918 20,0%

52 NAMI - Nampula Metalo-Mecânica e Investimentos, S.A. (ex-Met. Augustinho dos Santos) 2.500 500 20,0%

53 NAVIQUE - Empresa Moçambicana de Navegação, S.A. 29.000 5.800 20,0%

54 Património Internacional - Maputo / Inhambane, S.A. 100.000 80.000 80,0%

55 PESCOM INTERNACIONAL - Maputo / Inhambane, S.A. 70 14 20,0%

56 PINTEX - Fábrica de Tintas de Ultramar - Maputo, S.A. 8.226 823 10,0%

57 PINTEX - Fábrica de Tintas de Ultramar - Beira, S.A. - 0 40,0%

58 PROCAJÚ - Inhambane, S.A. (ex- Cajú de Mocambique - Inhambane) 1.200 240 20,0%

59 PROCAJÚ - Manjacaze, S.A. 1.050 210 20,0%

60 Projecto Inhassune - Ramalhusca, S.A. - 0 20,0%

61 Regadios e Construções, S.A. (ex-SRBL) 7.076 3.467 49,0%

62 SAMOFOR - Sociedade Argelina Moçambique de Exploracao Florestal, S.A. 3.114 1.277 41,0%

63 SAMO - Sociedade Algodoeira de Monapo, S.A. 25.000 11.408 45,6%

64 SEMOC, S.A. 34.611 34.611 100,0%

65 SMM - Sociedade Mocambicana de Medicamentos, S.A. 750 750 100,0%

66 Sociedade Malonda , S.A. ( ex- Sociedade de Desenvolvimento Mosagrius) 11.526 346 3,0%

67 Sociedade Notícias, S.A. 10.000 3.507 35,1%

68 Sociedade para Gestão e Desenvolvimento da Reserva do Niassa, S.A. 15.500 7.905 51,0%

69 SOGERE - Fábrica de Refrigerantes de Gaza, (INAR) S.A. 1.000 200 20,0%

70 SOMEC - Sociedade Mineira de Cuamba, S.A. 16 3 20,0%

71 STEIA 2000 - Sociedade Técnica de Equipamentos, S.A. 24.800 4.960 20,0%

72 TTA - Transportes e Trabalho Aéreo, SA (Ex-TTA) 5.650 565 10,0%

73 TDM - Telecomunicações de Moçambique, S.A. 2.800.000 2.520.000 90,0%

74 Texlom, S.A. 50.080 50.080 100,0%

75 Textáfrica, S.A. 300 68 22,7%

76 Têxtil de Mocuba, S.A. 0 100,0%

77 Transmarítima, S.A. 120.000 120.000 100,0%

- Sub-total de Sociedades Anónimas 56.219.507 28.448.692

78 Chá Namae, Lda. 1.500 300 20,0%

79 Companhia Pipeline Moçambique - Zimbabwe, Lda. 80.000 40.000 50,0%

80 ENOP - Engenharia e Obras Públicas, Lda. 20.000 2.906 14,5%

81 Interelectra, Lda. 2.008 402 20,0%

82 GRAPHIC - Comércio Industrial, Lda. 7.346 500 6,8%

83 LOUMAR, Lda. 5 2 43,1%

84 MALER, Lda. 1.361 272 20,0%

85 METRO, Lda. 1.692 677 40,0%

86 MEXTUR, Lda. 60 15 25,0%

87 MIL - Metalúrgica Industrial, Lda. (ex-COMEC, E.E.) - - 20,0%

88 Padaria Benfica, Lda. 100 20 20,0%

89 PLASMEX, Lda. 3.000 600 20,0%

90 Projecta - Arquitectura, Urbanização e Engenharia, Lda. 525 105 20,0%

91 Saba Trading, Lda. (Delegação de Nacala, ex-ENCATEX, E.E.) - - 98,5%

92 SOTIL, Lda. 4.026 3.965 98,5%

93 TECNAUTO - Empresa de Assistência Técnica Auto, Lda. 3.446 1.637 47,5%

94 Tecnomecânica, Lda. 130 26 20,0%

95 Tipografia Clássica Comercial da Beira, Lda. - - 20,0%

- Sub-total de Sociedades Por Quotas 125.199 51.427 -

96 Fundação Malonda 25.000 25.000 100,0%

25.000 25.000

56.369.706 28.525.120 Total

Sub-total das Fundações

Socidades por Quotas

Fundações

(Em mil Meticais)

N.º Empresas Capital

Social

Participação do Estado

Sociedades Anónimas

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IX-7

9.4.2 – Empresas Participadas Pelo IGEPE

No exercício em análise, o IGEPE participou no capital social das sociedades anónimas com 1.095.549 mil Meticais, que representam 1,8% do valor global das participações do Estado.

Destas, 188.722 mil Meticais são de empresas participadas apenas pelo IGEPE e 906.827 mil Meticais, daquelas em que o Estado também detém participações.

Quadro n.º IX.4 – Participações do IGEPE nas Sociedades Anónimas

Capital Social

Peso (%)

1 Auto-Gás, S.A. 40.604 8.933 22,0%

2 Carteira Móvel, S.A. 125.000 37.500 30,0%

3 Cervejas de Moçambique (Ex-MAC-MAHON), S.A. 224.178 3.990 1,8%

4 Coca-Cola Sabco (Moçambique), S.A. 223.500 64.323 28,8%

5 GAPI - Sociedade para Apoio a Pequenos Projectos de Investimentos, S.A. 41.000 12.300 30,0%

6 Mirco Holdings, S.A. 1.500 675 45,0%

7 Mozaico do Índico, S.A. 60.000 29.400 49,0%

8 MOZRE - Moçambique Resseguros, S.A. (Ex-ZIMRE, S.A.) 33.000 6.600 20,0%

9 SOGIR - Sociedade de Gestão Integrada de Recursos, S.A. 25.000 25.000 100,0%

773.782,03 188.721 31,5%

59.881.724 1.095.549 1,8 Fonte: IGEPE.

Sub-total Total

(Em mil Meticais) Capital

Social Empresas

N.º

Participação do IGEPE

9.4.3 – Participações do Estado e do IGEPE no Capital Social das Empresas

É de referir que, para além das 9 sociedades apresentadas no quadro anterior, há registo de que o Estado e o IGEPE participaram, em conjunto, em 8 empresas com um capital de 2.275.235 mil Meticais, cabendo ao Estado um valor de 1.368.408 mil Meticais (2,3%) e ao IGEPE, 906.827 mil Meticais (1,5%), conforme detalha o Quadro IX.5, a seguir.

Quadro n.º IX.5 – Participações do IGEPE e do Estado no Capital Social das Empresas

Capital Social

Peso

(%) Capital Social Peso (%)

1 CAIC - Complexo Agro-Industrial de Chókwè, S.A. 500.000 100.000 20,0% 350.000 70,0%

2 CIM - Companhia Industrial da Matola, S.A. 168.000 7.997 4,8% 4.234 2,5%

3 DOMUS - Socieade de Gestão Imobiliária, S.A. 500 70 14,0% 400 80,0%

4 EMATUM - Empresa Moçambicana de Atum, S.A. 15.000 9.900 66,0% 5.100 34,0%

5 EMEM - Empresa Moçambicana de Exploração Mineira, S.A. 2.000 1.000 50,0% 700 35,0%

6 EMOSE - Empresa Moçambicana de Seguros, S.A. 157.000 61.230 39,0% 48.670 31,0%

7 PETROMOC, S.A. 1.800.000 1.080.000 60,0% 360.000 20,0%

8 STEMA - Silos e Terminais Graneleiro da Matola, S.A. 245.935 108.211 44,0% 137.724 56,0%

2.888.435 59.881.724

100,0 2,3 1,5

Fonte: CGE de 2015.

Total Representatividade (%)

Sociedades Anónimas

Sub -total

(Em mil Meticais)

N.º Empresas Capital

Social

Participação do Estado

Participação do IGEPE

1.368.408 906.827

Da informação das empresas com participação do Estado fornecida pelo IGEPE, apurou-se que na carteira do IGEPE constam algumas sociedades apenas com a informação do peso da

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IX-8

participação do Estado, estando em falta o valor do capital social e o montante correspondente à participação do Estado, como se detalha no quadro a seguir.

Quadro n.º IX.6 - Sociedades Participadas pelo Estado sem informação do Capital Social e da Participação do Estado

N.º

Ordem Sociedades Capital Social Participação do

Estado Peso

1 CEPAM- Centro de Produção Apícola de Moçambique, S.A. - - 20,0%

2 Hotel Inhassoro, SA (ex-organizações Joaquim Alves) - - 45,45%

3 PINTEX - Fábrica de Tintas de Ultramar- Beira, S.A. - - 40,0%

4 Projecto Inhassune Ramalhusca, S.A. - - 20,0%

5 Têxtil de Mocuba, S.A. - - 100,0%

6 MIL - Metalúrgica Industrial Lda. (ex-COMEC, E.E.) - - 20,0%

7 SABA TRADING, Lda. (Delegação de Nacala - ex-ENCATEX, E.E.) - - 20,0%

8 Tipografia Clássica Comercial da Beira, Lda. - - 20,0%

Fonte: CGE de 2015.

Sociedades Anónimas

Sociedades por Quotas

No que concerne a esta questão, os gestores do IGEPE, em sede do Contraditório do relatório preliminar de auditoria, pronunciaram-se nos seguintes termos:

CEPAM - Centro de Produção Apícola de Moçambique, S.A. - Esta empresa foi privatizada em 80,0%, tendo o Estado permanecido com 20,0%, para posterior alienação aos GTT´s.

Contudo, por falta de subscrição e ao abrigo do número 1 do artigo 3 do Decreto n.º 19/2011, de 26 de Maio, que visa conferir maior celeridade aos processos de transmissão das participações sociais detidas pelo Estado e reservadas aos Gestores, Técnicos e Trabalhadores (GTT`s), a reserva foi anulada. É de referir que nunca foi regularizada a constituição da sociedade, estando em curso negociações com a administração, com vista à alienação dos 20,0% detidos pelo Estado.

Hotel Inhassoro, S.A. - O património foi herdado das Ex-Organizações Joaquim Alves, sendo que, actualmente, se encontra em regime de cessão de exploração.

Têxtil de Mocuba, S.A. - Por decisão do Conselho de Ministros, a parte fabril foi entregue ao GAZEDA - Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado e encontra-se em curso o processo de transferência da parte habitacional para o INATUR – Instituto Nacional do Turismo. Após a conclusão do processo a Têxtil de Mocuba será retirada da carteira.

PINTEX – Fábrica de Tintas de Ultramar – Beira, S.A. - Através da UTRE, a PINTEX-Beira foi privatizada em 60,0%, tendo o Estado permanecido com 40,0%, dos quais 20,0% estavam reservados para os GTT´s. Entretanto, a reserva foi anulada pois, as actividades da sociedade se encontram interrompidas por um período superior a 3 anos. Até ao término da auditoria decorriam negociações com o accionista maioritário, com vista à alienação dos 40,0% detidos pelo Estado, não obstante nunca ter sido regularizada a constituição da sociedade.

Projecto Inhassune Ramalhusca, S.A.; MIL – Metalúrgica Industrial, Lda.; Saba Trading, Lda.; Tipografia Clássica da Beira, Lda. - Estas 4 sociedades foram alienadas pela entidade de tutela em 80,0% do seu património, não tendo sido, até à data, constituída a sociedade, entre o adjudicatário e o Estado. No entanto, já foram iniciadas negociações com o adjudicatário da Tipografia Clássica da Beira com vista à alienação dos restantes 20,0%.

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IX-9

Para estas 4 empresas houve alienação do património, mas não houve constituição de sociedade. Não tendo havido constituição de sociedade, não há capital social. O que existe é o valor do património alienado.

9.4.4 – Variação das Participações do Estado nas Sociedades

Durante o exercício económico de 2015, não se registou entrada, na carteira de participações, de novas sociedades, nem variação do capital social.

Outrossim, foram alienadas participações do Estado em 6 sociedades, como é ilustrado no quadro a seguir.

Quadro n.º IX.7 – Variação das Participações do Estado nas Sociedades

Capital Social

Participação

do Estado Peso Capital Social

Participação do

Estado Peso Capital Social

Participação do Estado Peso

1 Aero - Serviços (ex-T.T.A.) S.A. 6.800 1.360 20,0% 6.800 0 0,0% 0 -1.360 -100,0%

2 Interelectra, Lda. 2.008 402 20,0% 2.008 0 0,0% 0 -402 -100,0%

3 NAVIQUE - Empresa Moçambicana

de Navegação, S.A. 29.000 5.800 20,0% 29.000 0 0,0% 0 -5.800 -100,0%

4 PINTEX - Fábrica de Tintas de

Ultramar - Maputo, S.A. 8.226 1.645 20,0% 8.226 823 10,0% 0 -823 -50,0%

5 PROJECTA - Arquitetura,

Urbanização e Engenharia, Lda. 525 105 20,0% 525 0 0,0% 0 -105 -100,0%

6 T.T.A. - Transportes e Trabalho Aéreo,

S.A. (ex-T.T.A.) 5.650 565 10,0% 5.650 0 0,0% 0 -565 -100,0%

52.209 9.877 52.209 823 0 -9.054

Fonte: CGE de 2015.

(Em mil Meticais)

Total N.º

Ord em

Empresas

2014 2015 Variação

Verifica-se, no quadro supra, que nas 6 sociedades anónimas listadas, o capital social das mesmas não sofreu qualquer alteração, porém, no global, as participações do Estado registaram uma diminuição de 9.054 mil Meticais, ao passar de 9.877 mil Meticais, em 2014, para 823 mil Meticais, em 2015. A Navique, S.A. foi alienada em 100,0% das participações do Estado, a operadores privados, no valor de 5.800 mil Meticais, que representa 64,1% da diminuição, de 9.054 mil Meticais.

Conforme foi explicado pelos gestores do IGEPE, das 6 unidades indicadas no quadro anterior, a alienação da metade da parte reservada aos GTT´s da Pintex, Lda. (20%) foi feita ao abrigo do artigo 6 do Decreto n.º 19/2011, de 26 de Maio, que estabelece que os GTT´s, querendo, podem adquirir pelo preço simbólico de 1.000,00 Meticais, 50,0% do capital da participação social do Estado que se encontrava reservada, desde que abdiquem do remanescente da participação em causa a favor do Estado.

Ainda, segundo os responsáveis da entidade, as razões que levaram o IGEPE a retirar tais sociedades da sua carteira de participações foram: (i) implementação da Política de Reestruturação do Sector Empresarial do Estado, aprovada pela Resolução n.º 15/2001, de 10 de Abril, do Conselho de Ministros, que preconiza o desengajamento do Estado no sector empresarial e (ii) implementação do estabelecido na alínea e), número 1, do artigo 8, da Lei n.º 15/91, de 3 de Agosto, que prevê a alienação ou venda de participações aos gestores, técnicos e trabalhadores.

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IX-10

Assim, o IGEPE segmentou a sua carteira de participações em quatro grupos, nomeadamente:

a) empresas para a gestão, b) empresas para alienação, c) alienação para GTT´s e d) empresas para dissolução e liquidação.

Referiram, ainda, que as alienações efectuadas aos GTT´s das sociedades Aero-Serviços, S.A.R.L., Interelectra, Lda., Pintex, S.A., Projecta, Lda. e TTA, S.A.R.L. enquadram-se na alínea c) alienação para GTT´s, e a alienação da Navique, S.A., na alínea b) empresas para alienação.

9.4.5 – Evolução das Participações do Estado nas Sociedades

Seguidamente, apresenta-se o quadro resumo das participações do Estado nas sociedades anónimas, sociedades por quotas e fundações, no quinquénio.

Quadro n.º IX.8 - Participações do Estado nas Sociedades

IGEPE Peso (%)

Outras Instituições

do Estado

Peso

(%) Total IGEPE

Outras Instituições

do Estado

Total Peso (%)

2011 15 14,7 87 85,3 102 71.260.816 658.753 35.782.324 36.441.077 51,1

2012 18 17,6 84 82,4 102 74.097.026 658.753 44.911.903 45.570.656 61,5

2013 10 10,8 83 89,2 93 59.252.526 680.578 25.540.403 26.220.981 44,3

2014 11 11,7 83 88,3 94 61.393.035 1.601.151 30.601.869 32.203.020 52,5

2015 9 9,6 85 90,4 94 56.219.507 1.095.549 29.811.018 30.906.567 55,0

2011 - - 24 100,0 24 125.134 - 51.459 51.459 41,1

2012 - - 20 100,0 20 123.303 - 51.028 51.028 41,4

2013 - - 15 100,0 15 123.303 - 51.028 51.028 41,4

2014 - - 17 100,0 17 125.199 - 51.427 51.427 41,1

2015 - - 18 100,0 18 125.199 - 51.427 51.427 41,1

2011 - - - - - - - - - -

2012 - - - - - - - - - -

2013 - - - - - - - - - -

2014 - - - - - - - - - -

2015 - - 1 100,0 1 25.000 - 25.000 25.000 100,0

Fonte: IGEPE.

Sociedades Anónimas

Sociedades por Quotas

Fundações

(Em mil Meticais)

Anos

N.º de Sociedades

Capital Social

Participações

Verifica-se, no Quadro n.º IX.8 que, em 2015, entraram duas sociedades no conjunto das participadas pelo Estado, passando de 111 para 113.

Embora o número de sociedades tenha aumentado, o capital social diminuiu, ao passar de 61.518.2344 mil Meticais para 56.369.7065 mil Meticais, o que significou uma diminuição de 8,4%. No mesmo período, as participações do Estado nas sociedades anónimas diminuíram 2,5%, ao passar de 30.653.2966 mil Meticais para 29.887.4457 mil Meticais. Porém, o valor da participação do Estado nas sociedades por quotas não sofreu alteração, pese embora o número dessas tenha aumentado, ao passar de 17 para 18.

4 61.393.035+125.199

5 56.219.507+125.199+25.000

6 30.601.869+51.427

7 29.811.018+51.427+25.000

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IX-11

Seguidamente, apresentam-se os gráficos n.º IX.1 e IX.2, respectivamente, que ilustram a evolução das sociedades anónimas e por quotas, detidas pelo Estado no período 2011 a 2015.

Gráfico n.º IX.1 - Evolução das Participações do Estado e do Capital Social nas Sociedades Anónimas 2011-2015

Capital social

Participações do Estado

2011 71.260.816 36.441.077 2012 74.097.026 45.570.656 2013 59.252.526 25.540.403 2014 61.393.035 30.601.869 2015 59.881.724 30.609.567

71.260.816 74.097.026

59.252.526 61.393.035 59.881.724

36.441.077

45.570.656

25.540.403

30.601.869

30.609.567

0 10.000.000 20.000.000 30.000.000 40.000.000 50.000.000 60.000.000 70.000.000 80.000.000

2011 2012 2013 2014 2015

Capital social Participações do Estado

Gráfico n.º IX.2 - Evolução das Participações do Estado e Capital Social nas Sociedades por Quotas 2011-2015

capital social

Participaçoes do Estado

2011 125.134 51.459

2012 123.303 51.028

2013 123.303 51.028

2014 125.199 51.427

2015 125.199 51.427

2010 69.987.822 36.469.837 2011 71.260.816 36.441.077 2012 74.097.026 45.570.656 2013 74.054.822 45.616.229

2014 61.520.24151.459 32.254.84851.028 51.028 51.427 51.427 140.000

160.000 180.000 200.000

125.134 123.303 123.303 125.199 125.199

51.459 51.028 51.028 51.427 51.427

0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000

2011 2012 2013 2014 2015

capital social Participaçoes do Estado

9.4.6- Empresas Públicas

Nos termos do n.º 1 do artigo 2 da Lei n.º 6/2012, de 8 de Fevereiro, a Empresa Pública é uma pessoa colectiva dotada de personalidade jurídica e de autonomia administrativa, financeira e patrimonial.

Com base na informação constante do Anexo Informativo 4-a, da CGE de 2015, elaborou-se o quadro que se segue, que ilustra a variação do capital social das empresas públicas, em relação ao ano anterior.

(12)

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IX-12

Quadro n.º IX.9 - Mapa de Variação no Capital Social das Empresas Públicas

2014 2015 Variação

1 ADM - Aeroportos de Moçambique, E.P. 4.347.050 4.347.050 0

2 CFM - Caminhos de Ferro de Moçambique, E.P. 1.242.981 1.242.981 0

3 Correios de Moçambique, E.P. 5.718 5.718 0

4 EDM- Electricidade de Moçambique, E.P. 6.197.200 6.197.200 0

5 EMODRAGA- Empresa Moçambicana de Dragagens, E.P. 2.448.693 2.448.693 0

6 Empresa de Desenvolvimento de Maputo Sul, E.P. 60.000 60.000 0

7 ENH- Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, E.P. 749.001 749.001 0

8 HICEP- Hidráulica de Chókwè, E.P. 242.329 12.022 -230.307

9 Imprensa Nacional de Moçambique, E.P. 25.000 25.000 0

10 Parque de Ciência e Tecnologia em Maluana, E.P. 441.600 441.600 0

11 RBL - Regadio de Baixo Limpopo, E.P. 15.000 15.000 0

12 RM- Rádio Moçambique, E.P. 121.999 121.999 0

13 TPB- Transportes Públicos da Beira- E.P. 3.600 3.600 0

14 TVM- Televisão de Moçambique, E.P. 14.908 14.908 0

15.915.079 15.684.772 -230.307 Fonte: Anexo 4-a da CGE (2014-2015).

Capital Social

Ordem Empresa

(Em mil Meticais)

Total

Observa-se, no quadro, que o capital social da empresa da Hidráulica de Chókwè, E.P. teve uma variação negativa de 230.307 mil Meticais. O Governo, no seu Relatório sobre os Resultados da Execução Orçamental, não menciona as causas desta redução.

Porém, já em sede do Contraditório, o Governo, sobre isso, referiu que “nos anos anteriores à auditoria das contas de 2015 o valor de capital social reportado nos balanços anuais da empresa e assumido nas Contas Gerais do Estado incorporava equipamentos e infra- estruturas alocados pelo Estado à empresa, procedimento considerado incorrecto pela auditoria. Na sequência o auditor procedeu ao ajustamento tendo apurado o valor de 12.500.000,00 Meticais como capital social da empresa. Assim sendo, constitui verdade a redução do capital social desta empresa sendo resultado de ajustamentos pertinentes referidos acima.”

Desta feita, o Governo solicitou a correcção do valor inserido na Conta Geral do Estado para 12.500.000,00 Meticais.

9.5 – Saneamento Financeiro

De acordo com o disposto nas alíneas e) e i) do artigo 4 do Decreto n.º 46/2001, de 21 de Dezembro, compete ao IGEPE “promover a reestruturação financeira das empresas participadas pelo Estado, sempre que se mostrar necessário, com vista a um adequado dimensionamento financeiro das mesmas” e “gerir participações financeiras do Estado em sociedades ou entidades gestoras de participações sociais”.

Por sua vez, a DNPE é o órgão central do Ministério da Economia e Finanças que coordena e supervisiona toda a actividade relacionada com a contratação pública, inventariação, utilização e gestão de bens patrimoniais do Estado, bem como a sua normação e fiscalização, de acordo com n.º 1 do artigo 10 da Resolução n.º 7/2015, de 29 de Junho, da Comissão Interministerial da Administração Pública, que aprova o Estatuto Orgânico do Ministério da Economia e Finanças, e o artigo 3 do Regulamento Interno da DNPE, aprovado pelo Diploma Ministerial n.º 94/2012, de 14 de Junho, do Ministro das Finanças.

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IX-13

Segundo estipula o n.º 1 do artigo 25 da Lei n.º 15/91, de 3 de Agosto, “o produto da alienação ou privatização total ou parcial de empresas, estabelecimentos, instalações e participações sociais de propriedade do Estado, constituirá a receita de um fundo próprio a ser criado pelo Conselho de Ministros, depois de pagos os encargos com a mesma alienação ou privatização e as dívidas ou indemnizações que houver legalmente que satisfazer”.

Por seu turno, o n.º 2 do mesmo artigo, preceitua que após a criação do fundo, as receitas passarão a ser destinadas a:

 Estimular o investimento em actividades produtivas e de prestação de serviços;

 Criar emprego e introduzir novas tecnologias;

 Promover e dinamizar actividades do empresariado nacional de pequena e média dimensão; e

 Reinvestir no sector empresarial.

Nas auditorias realizadas a estas duas entidades, IGEPE e DNPE, foram apurados gastos do Estado no saneamento financeiro de empresas, no valor total de 631.022 mil Meticais, dos quais 628.676 mil Meticais, através do IGEPE, e 2.346 mil Meticais, através da DNPE, como se dará conta a seguir.

9.5.1 - Saneamento Financeiro através do IGEPE

O Mapa I-2 da CGE não apresenta quaisquer aplicações financeiras do IGEPE, enquanto, na auditoria realizada a este, relativa ao mesmo exercício económico de 2015, apurou-se que foram utilizados 628.676 mil Meticais, no saneamento financeiro de empresas, através do IGEPE, conforme se verifica no Quadro n.º IX.10, adiante.

Sobre esta questão, o Governo informou que o valor em alusão encontra-se no mapa em apreço, na designação “Aplicações ou Desembolsos”, nas Participações no Capital Social de Empresas, no valor de 816.876 mil meticais.

Sendo assim, verifica-se ainda, uma diferença entre os 816.876 mil Meticais apresentados no Mapa I-2 e os 628.676 mil Meticais apurados na auditoria ao IGEPE, em despesas de saneamento financeiro de empresas.

A inconsistência verificada entre os dados reportados na CGE e os apurados durante a auditoria constitui inobservância do estatuído no n.º 1 do artigo 46 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, segundo o qual a CGE deve ser elaborada com clareza, exactidão e simplicidade, de modo a possibilitar a sua análise económica e financeira.

No Quadro n.º IX.10, a seguir, apresentam-se, também, as despesas do Estado no saneamento financeiro de empresas e aumento de capital, ao longo do quinquénio 2011-2015. Observa-se, que foram disponibilizados 680.797 mil Meticais pelo Estado, no ano de 2015, no Orçamento do IGEPE.

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IX-14

Quadro n.º IX.10 - Despesas do Estado no Saneamento Financeiro de Empresas e Aumento de Capital, através do IGEPE

Valor Peso (%)

I. Saneamento Financeiro 148.653 310.559 149.522 359.615 146.978 23,4 1.115.327 53,9

1. Texmoque 0 2.360 0 0 0 0,0 2.360 0,1

2. Minas do Zambeze 0 0 8.027 0 0 0,0 8.027 0,4

3. Companhia do Búzi, S.A. 0 24.500 300 0 0 0,0 24.800 1,2

4. Vidreira e Cristalaria de Moçambique, S.A. 0 4.145 0 0 0 0,0 4.145 0,2

5. ADENA 69.837 355 0 0 0 0,0 70.192 3,4

6. ALC - African Leasing Company, S.A. (*) 12.973 0 2.472 0 0 0,0 15.445 0,7

7. Riopele, Têxteis de Moçambique, S.A. 0 13.935 0 0 0 0,0 13.935 0,7

8. ECMEP´s e EAE´s, S.A. 24.660 219.716 130.045 309.492 0 0,0 683.913 33,1

9. IMA - Indústria Moçambicana de Aço, S.A. 0 0 0 1.895 0 0,0 1.895 0,1

10. Mabor, S.A. 3.151 3.400 0 24.290 0 0,0 30.841 1,5

11. Conselho Municipal da Cidade de Maputo

- Projecto Polana Caniço 0 0 0 8.264 0 0,0 8.264 0,4

12. Mozaico do Índigo, S.A. 0 0 0 2.017 5.572 0,9 7.589 0,4

13. Sociedade Moçambicana de Medicamentos, S.A. 37.562 32.148 7.190 3.902 20.000 3,2 100.802 4,9

14. Autogás, S.A. 0 0 0 2.464 0 0,0 2.464 0,1

15. Sogir, S.A. 0 0 0 4.500 0 0,0 4.500 0,2

16. SCANMO 0 0 0 2.470 0 0,0 2.470 0,1

17. Complexo Industrial de Chókwè, 0 0 0 303 0 0,0 303 0,0

18. Magma 470 10.000 1.488 18 0 0,0 11.976 0,6

19. Banco Nacional de Investimentos (BNI), S.A. 0 0 0 0 105.934 16,9 105.934 5,1

20. EMOPESCA, S.A. 0 0 0 0 4.950 0,8 4.950 0,2

21. EMATUM, S.A. 0 0 0 0 6.489 1,0 6.489 0,3

22. Fundação Malonda 0 0 0 0 4.032 0,6 4.032 0,2

II. Operações Financeiras Activas 0 471.571 0 0 481.699 76,6 953.270 46,1

II.2-Aumento da Participação do Estado

no Capital Social 0 471.571 0 0 481.699 76,6 953.270 46,1

1. Banco Nacional de Investimentos (BNI), S.A. 0 471.571 0 0 456.599 72,6 928.170 44,9

2. EMATUM 0 0 0 0 25.100 4,0 25.100 1,2

Total Geral I+II 148.653 782.130 149.522 359.615 628.676 100,0 2.068.596 100,0

680.797 Fonte: IGEPE.

(*) Antiga ULC Moçambique, Lda.

Total de Recursos Disponibilizados pelo Estado

Peso

2011 2012 2014 (%)

(Em mil Meticais)

Empresas 2013

2015 Total

2011/15

Dos 628.676 mil Meticais despendidos, 72,6% destinou-se ao saneamento financeiro do Banco Nacional de Investimentos, SA e 4,0%, à EMATUM, S.A.

É de referir que os 456.599 mil Meticais que foram destinados ao Banco Nacional de Investimentos, SA correspondem ao pagamento das Obrigações do Tesouro e respectivos juros ao Millennium bim, resultantes do empréstimo de 471.571 mil Meticais, contraído pelo IGEPE, no ano de 2012, para a aquisição de parte de activos financeiros do capital social do BNI, S.A., detida pelo Banco Português (Caixa Geral de Depósitos). Relativamente a este assunto, a partir de 2012, o Estado Moçambicano passou a deter a totalidade do capital social do BNI, S.A.

O valor de 25.100 mil Meticais, desembolsado à EMATUM, S.A., foi aplicado na realização da participação do Estado no capital daquela empresa. Por sua vez, 6.489 mil Meticais foram destinados ao pagamento de suprimentos.

Foram transferidos 20.000 mil Meticais (3,2%) à Sociedade Moçambicana de Medicamentos (SMM, S.A.) para esta pagar 10.000 mil Meticais de despesas correntes caucionadas, vencidas em Agosto de 2015, 5.000 mil Meticais, de participação dos accionistas e 5.000 mil Meticais, para disponibilidade de caixa.

Referências

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