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Prova escrita sobre texto

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Academic year: 2018

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Texto

(1)

PROVA ESCRITA

SOBRE TEXTO

':'

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Tânia Maria Batista Lima e Sousa

ONMLKJIHGFEDCBA

I . O que lhe sugere o autor ao levantar estas

ques-tões?

Com o presente texto acredito o que o autor

VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

q u l mostrar uma fotografia da educação inserida no

(Ol1texto de uma sociedade desigual onde apenas

"mi-florias reduzidas chegam ao seu limite superior" e

I Him o faz levantando questionamento extremamente

p'r inentes no que diz respeito à relação

educa-IO-sociedade.

Inicialmente, o autor sugere que a "educação é

dit rminada fora do poder de controle comunitário

do educandos e educadores em que o sistema escolar

; controlado pelo sistema político dominante". Ou

'1 , o que ele quis dizer foi que, estando a

edu-lição inserida dentro de um dado modelo de

socieda-d ( · . uma dada estrutura social, esta (educação)

aca-hl por ser determinada por esta estrutura o que

le-V I a instituição escolar a se amoldar no

fortaleci-I"'"to das relações geradas por tal modelo.

Entre-I l"tO, o autor não nos fala de um modelo

ahist6ri-("o de sociedade. Ele explicita claramente a que

ti-po de sociedade ele se refere, quando cita a exí . s

-I \lcia das desigualdades sociais e o esforço dado

[ l · 1 educação à ascenção de uma minoria no patamar

I I p rior do poder. O modelo a que se refere o autor

da sociedade capitalista que tem como

caracte-I f . ica marcante a luta de classes sociais

antagô-• I I 1 1 < 1s e d e u m e x c e r t o d o c a p í t u lo in t it u la d o " A E s p e r a n ç a n a E d u c a ç ã o " d a o b r a

t i C o r lo s R . B r a n d ã o . O Q U E ~ E D U C A Ç Ã O ? S ã o P a u lo . E d . B r a s ilie n s e . 1 9 8 1 .

1 1

(2)

_Outra conclusão interessante a que chega o

au-tor e a de que a educação "reproduz e consagra a

desigualda~e social~. Esta reprodução das

desigual-dades se da porque e a educação(1) um instrumento

i~por:ante na consolidação do modo de produção

ca-pltallsta, na medida em que torna as pessoas dentro

do se~so comum da ideologia de sobrevivência a

do-minaçao capitalista.

n~cas; sendo que uma minoria de capitalista,

atra-ve~ d~ poder do capital, da explor~ção da grande

malorla trabalhadora pela apropriaçao da mais -

va-lia, acaba por determinar os rumos desta sociedade.

Vale _ressaltar que a determinação de tais rumos não

se da de forma unilateral; esta ocorre exatamente

no movimento dialético gerado pelo conflito

exis-tente entre as classes'sociais fundamentais o que

acaba por determinar cada momento histórico.

Em seguida, o autor afirma que a educação na

d'd" ,

me

VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1 a em que reproduz e consagra a desigualdade"

a~a~a por pe~mitir que apenas minorias cheguem no

llmlt: superlor da sociedade. Ou seja, este faz uma

relaçao entre a formação educativa e a ascenção ao

po~er. Num segundo m~mento (2§ questão)

aprofunda-rel melhor tal relaçao estabelecida pelo autor.

_ "No final, o autor sugere que, já que a

educa-çao pensa e faz pensar o oposto do que é a

reali-da ed " por que nao- "colocar em pratica- uma outra

educaçao?" Ou seja, já que a educação é determinada

pelo poder dominante e este não tem nenhum

interes-se num modelo de educação que leve as pessoas a

desvendar a rea~idade e _as razões para as

injusti-ç~s, pelo contrario, ate buscam camuflá-Ia, por que

nao implementar uma outra educação?

Estas são as idéias centrais esboçadas pelo

autor. que, repito, são muito relevantes para o

questlonamento que os educadores devam fazer sobre

o processo educativo, na medida em que tocam fundo

nos limites e possibilidades da educação nos marcos

deste sistema.

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a respeito destas questoes.

-

ONMLKJIHGFEDCBA

"

-I I I unpreende rmo s os "porques de a educaçao

I 111I111Ida "fora do poder de controle

comuni-d"

u praticantes" é preciso que

compreen-() que determina em "última instância" o

ferida educação é a infra-estrutura

que, numa relação dialética com a

su-da mesma, determinam as funções e

ob-ti I instituições que trabalham na

manuten-" I u . u s quo" e no fortalecimento e

reprodu-I l ções sociais capitalistas.

I I orma, não é de se admirar que a

educa-I terminada dentro dos objetivos da classe

'. Entretanto, ao analisarmos estas

deter-, podemos cair em 0 3 (três) erros: 1) De

I I I I I II l i relação infra-estrutura/superestrutura

1111111I m cânica e estanque sem perceber o

movi-I movi-I movi-I I I I I I (r' ação) dialético estabelecido entre tais

I I I 11111'1 ; 2) De institucionalizar sobremaneira o

ducativo compreendendo-o como sendo

ape-11\11l realizado no âmbito da instituição

esco-l) orno consequência de analisarmos a escola

I I Interior para a sociedade e não o contrário;

111110inclusive a ilusão de que a escola possa

I II mudanças de fundo no seio da sociedade; de

111..11m rmos as raízes sociais para tal fenômeno

11l t l l • rmos, de uma forma angustiante até,

refor-ti unho didático, metodológico, etc, sem tocar

1\11'tão central do poder estabelecido.

I ' rcebendo tais possíveis "deslizes"

podería-11111I Iirmar que a a s c e n c á o social a que se refere o

111101' stá muito mais determinada pela ap ropí . a ç á o

1(11 I z a classe dominante dos meios de produção da

I -ncia do homem do que propriamente pela

fàrma-'ducativa como talvez quis sugerir o autor.

1s-11 p que o que determina a apropriação do saber

I.fL pela classe dominante é a posição ocupada

pe-II 11I ma no modo de produção e não o inverso como

Iclvogam,algumas tendências pedagógicas.

(3)

~aí que poderíamos também nos questionar: "por

que nao colocar em prática uma outra educação?" Eu

responderi~ que, apesar de a questão do poder e da

socializaçao dos meios de produção com a

consequen-te socialização do saber produzido e sistematizado

ser a questão mais de fundo e, desta forma, mais

determinante no estabelecimento de uma nova prática

educativa, devemos enfatizar que, por ser a escola

uma instância da sociedade civil onde se trava a

luta ideológ~ca entre as classes, cria-se um espaço

de contradiçao que deve ser trabalhado com vistas

ao fortalecimento da

VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

c o r r t estacáo às estruturas

ca-pitalistas que geram as desigualdades.

Acredito pois que é trabalhando esse conflito

na escola, tenho muito claro os limites da mesma,

que estaremos contribuindo para a construção de

su-jeitos conscientes e capazes de subverter esta

or-dem estabelecida na busca da transformação radical

da sociedade.

PROVA ESCRITA

SOBRE TEMA

A FORMAÇÃO

E A PRÁTICA

SOCIAL DO EDUCADOR

Para discorrermos sobre a temática da formação

e da prática social do educador é preciso que

te-nhamos claros alguns pressupostos que devam nortear

essa formação dentro da visão de homem de sociedade

e de educação que se tenha. Para tanto, é

necessá-rio caracterizarmos a sociedade capitalista em que

estamos inseridos que é uma sociedade dividida em

classes sociais antagônicas com objetivos e

inte-resses distintos onde uma minoria, que compõe a

class: dominante, detendo o poder a partir da

apro-pria~ao do capital, explora a grande maioria que

compoe a classe trabalhadora. Nesta perspectiva, o

homem que se forma a partir deste modelo de

socie-dade se caracteriza como sendo a força de trabalho,

acrítica e alienada do próprio processo de produção

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xi tência, força esta necessária

à

manuten-

ONMLKJIHGFEDCBA

I l sistema de produção. ~ neste contexto que

II o processo educativo.

A

ducação, pois, se constitui como um dos

I I 11I1IIl'ntosde perpetuação desta dominação sendo

11I ' cola, mesmo sendo esta também um aparelho

t i terminado e também utilizado com este fim,

I Jl duzem (de f0rma não mecânica) os conflitos

1 " I dão entre as classes sociais fundamentais em

t i l I mte luta, criando-se espaços onde se

manifes-I 1111I contradições que podem ser trabalhados com

I I I à formação de sujeitos cônscios da

necessi-I l d l d superação desta estrutura classista

exclu-I 111 que gera a seletividade social através,

den-II outros fatores, da apropriação do saber

elabo-1 Ido sistematizado historicamente.

e

a partir desta realidade que se formam os

dllcldores que terão como missão, isso dentro de

1111I1lógica capitalista, a tarefa de bem administrar

" processos educativos com vistas a consolidação

dI ordem estabelecida.

Entr~tanto, é preciso que reforcemos a

impor-I 111ia de se ter como referencial norteador dos

IlIrROS de formação de educadores uma visão crítica

d I realidade, onde o homem 3eja visto como sujeito

I 011'trutor da história capaz de mudar, junto com

011 ros sujeitos, a situação de opressão a que está

ubmetido.

Delineando-se melhor a sociedade em que o

edu-.udo r irá atuar, o modelo de homem que se quer

for-lII'r,como também os limites e possibilidades da

'ducação podemos então explicitar melhor que

refe-r nciais teóricos devem nortear a formação deste

i d u c a d o r ,

Vale ressaltar que atualmente, apesar da

atué'.-ção de um grupo de educadores·na consolidação da

visão crítica que citei anteriormente, os cursos de

formação de educadores têm se configurado, na sua

grande maioria, como sendo cursos muito

fragmenta-dos em relação aos referenciais sociológicos,

filo-sóficos e até psicológicos, referenciais estes que

deveriam, em tese, nos instrumentalizar para um

(4)

nhecimento científico da realidade. Isso porque

du-rante muito tempo a formação do educador brasileiro

foi muito pautada por uma visão positivista e

con-servadora que, dentre outros fatores, só reforça a

dicotomia existente entre o pensar o fazer, a

teo-ria e a prática, o que só fragilizou ainda mais

tais cursos. E é extamente essa dicotomia, também

inerente ao capitalismo, que gera a não percepção

dos fenômenos de uma forma global, total.

Outra face que também reforça em muito e$sa

percepção parcial da realidade, é o tecnicismo

exa-cerbado, fruto da visão tecnicista que, por muito

tempo, orientou hegemonicamente algumas tendências

do pensamento pedagógico brasileiro.

Entretanto, incorreríamos num erro

se tratássemos da fcrmação do educador

nível dos cursos de formação.

Acredito, que, além da .educação recebida no

âmbito de tais cursos, existe ainda um espaço

fun-damental para uma possível negação desta visão

po-sitivista que é exatamente o espaço da prática

so-cial do educador que extrapola os muros da escola.

E essa prática social se torna fundamental na

superação da formação positivista e fragmentada que

temos, na medida em que exista um compromisso

polí-tico por parte desse educador com a transformação

radical desta sociedade a partir de uma

contribui-ção

VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

à organização da classe trabalhadora.

Essa contribuição se dá desde a

instrumentali-zação do educando a partir do trabalho com

conteú-dos críticos que o ajudem a desvelar a realidade

até a própria atuação do educador na construção da

identidade de classe dos explorados através de sua

atuação nos movimentos sociais gerados pelo

antago-nismo das lutas entre as classes sociais.

É lógico que todos estes posicionamentos advêm

de uma opção política clara em favor destes que,

mesmo sendo os produtores das riquezas, são os mais

explorados dentro do sistema capitalista de

produ-ção. E é dentro desta visão, desta perspectiva que

me coloco como educadora.

gravíssimo

apenas ao

208 E d u c a ç ã o e m D e b a t e , F o r t . 1 5 - 1 6 j a n . j d e z . 1 9 8 8

( 1 1 1 1 t i ,: q u i d e v e s e r c o m p r e e n d i d a c o m o a l g o m a i s a m p l o d o q u e a .

1 1 1 1 1 '1 1 l n u u ç ã o e s c o l a r . N ã o a p e n a s a e s c o l a m a s t a n t o s o u t r o ~ a p : r e l h ~ s

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 c o t a i s c o m o a f a m í l i a , a I g r e j a , o s m e i o s d e c o r n u r u c a ç a o , s a . o I I t l l I / , , 1 0 0 m e s s e f i m . C o m o t a m b é m , e f u n d a m e n t a ~ e n t e , a p r ó p r i a I 1 1 1 1 1

ONMLKJIHGFEDCBA

td u c a ç ã o - t r a b a l h o a c a b a d e t e r m i n a n d o a f o r m a ç a o d o t r a b a l h a d o r

I " I t l l d o m o l d e s d o m o d o d e p r o d u ç ã o c a p i t a l i s t a .

Referências

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