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AGRAVO DE INSTRUMENTO RECURSO DE REVISTA DA RECLAMANTE ASSÉDIO MORAL NÃO CONFIGURADO 1- O assédio moral somente fica configurado quando há atos

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Academic year: 2021

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DANO MORAL – ASSÉDIO MORAL – ATO ISOLADO – NÃO CONFIGURAÇÃO – O assédio moral possui, especialmente, como elementos conceituais, a intensidade da violência psicológica e o prolongamento no tempo, capazes de ocasionar um abalo moral no empregado a ponto de marginalizá-lo no seu ambiente de trabalho, causando-lhe graves danos psíquicos. No caso, trata-se de uma atitude isolada por parte do superior da reclamante e não configura o assédio moral, que pressupõe um tratamento ofensivo contínuo. Recurso ordinário da reclamada a que dá provimento. (TRT 13ª R. – RO 0208300-98.2013.5.13.0009 – Relª Juíza Ana Paula Azevedo Sa Campos Porto – DJe 15.09.2014 – p. 43)

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – ASSÉDIO MORAL – NÃO CARACTERIZAÇÃO – Hipótese em que não há como atribuir qualquer responsabilidade à empresa reclamada pela desventura suportada por sua empregada, seja por comissão ou omissão. O assédio apontado pela reclamante foge do desdobramento do poder diretivo do empregador, não havendo qualquer indício de prova acerca de eventual conduta ilícita praticada pelo reclamado, conforme deixou claro a única testemunha apresentada pela própria reclamante. Logo, é de se concluir que o reclamado, no que concerne à obrigação de promover um ambiente do trabalho saudável, observados os limites impostos ao seu poder diretivo de empregador, não merece qualquer repreenda. (TRT 13ª R. – RO 0001000-38.2014.5.13.0008 – Rel. Des. Francisco de Assis Carvalho e Silva – DJe 08.09.2014 – p. 13)

ASSÉDIO MORAL – AUSÊNCIA DE PROVA DA OCORRÊNCIA – INDEFERIMENTO DO PEDIDO – Como se sabe, a cobrança de metas não se traduz em ato ilícito do empregador. A competitividade dos dias atuais conduz a adoção de técnicas gerenciais que fixam o estabelecimento de diretrizes a serem alcançadas, sendo certo que tal fenômeno, hodiernamente, alcança até a administração da Justiça. No caso presente, não demonstrada cobrança excessiva e desmedida, voltada diretamente à reclamante, não há espaço para o deferimento de indenização por danos morais. (TRT 13ª R. – RO 0172300- 14.2013.5.13.0005 – Rel. Des. Leonardo Jose Videres Trajano – DJe 02.09.2014 – p. 15)

EXERCÍCIO DE ATRIBUIÇÕES CORRELATAS – INEXISTÊNCIA DO ACÚMULO DE FUNÇÕES – DIFERENÇA SALARIAL INDEVIDA – É indevido o pagamento de plus salarial decorrente de acúmulo de funções quando o desempenho de diferentes atribuições, além de compatíveis e correlatas entre si, são realizadas durante a jornada de trabalho contratada. DANO MORAL – ASSÉDIO MORAL – AUSÊNCIA DE PROVA DA OCORRÊNCIA – INDEFERIMENTO DO PEDIDO – Como se sabe, a cobrança de metas não se traduz em ato ilícito do empregador. A competitividade dos dias atuais conduz à adoção de técnicas

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gerenciais que fixam o estabelecimento de diretrizes a serem alcançadas, sendo certo que tal fenômeno, hodiernamente, alcança até a administração da Justiça. No caso presente, não demonstrada cobrança excessiva e desmedida, voltada, diretamente ao reclamante, não há espaço para o deferimento de indenização por danos morais. DANO MORAL – CONDUTA DISCRIMINATÓRIA – NÃO CONFIGURAÇÃO – Não restando provado que a empregadora praticou condutas discriminatórias no transcurso do pacto laboral ou por ocasião da demissão, afigura-se indevida a indenização por danos morais. (TRT 13ª R.

– RO 0026500-12.2014.5.13.0007 – Rel. Des. Leonardo Jose Videres Trajano – DJe 29.08.2014 – p. 7)

ASSÉDIO MORAL – CONCEITO – Assédio moral é um distúrbio da personalidade dissocial, um tipo de violência moral ou psicológica que se perfaz na perseguição sistemática, predatória, deliberada e perversa, dirigida a um ou mais trabalhadores, isoladamente ou em grupo, com o fim específico de segregá-los e de consumi-los física, emocional ou psicologicamente, a ponto de destruí-los, fragilizá-los ou constrangê-los a ceder a interesses lascivos ou de outra índole qualquer, ou, simplesmente, fazê-los desinteressar- se do emprego, demitir-se ou cometer falta grave que permita a sua dispensa motivada.

O assédio moral constitui abuso do direito de dirigir o contrato de trabalho e configura ato ilícito que fere a dignidade do trabalhador, degrada o meio ambiente de trabalho, constitucionalmente assegurado, deixa sequela psicofísica e causa dano moral reparável.

(TRT 01ª R. – RO 0000205-83.2011.5.01.0521 – 2ª T. – Rel. José Geraldo da Fonseca – DOERJ 25.04.2014)

RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELA RECLAMADA – 1- ASSÉDIO MORAL – DANOS MORAIS – VALOR DA INDENIZAÇÃO – O Tribunal Regional constatou que a Autora sofreu perseguição na empresa (mediante a alteração de horários de trabalho e de funções contratuais) em razão da suspeita de envolvimento da trabalhadora no furto de cheques havido no estabelecimento empresarial, razão pela qual deferiu à Reclamante indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00. Considerando que a Corte de origem ponderou a gravidade do fato, as circunstâncias pessoais da vítima e da ofensora e a necessidade de efeito pedagógico da medida, não se considera elevado o valor arbitrado para a indenização por danos morais. O arbitramento foi feito de acordo com o princípio da razoabilidade e proporcionalidade e não viola o art. 5º, V, da Constituição Federal. Recurso de revista de que não se conhece. (TST – RR 1848900- 34.2007.5.09.0004 – Rel. Min. Fernando Eizo Ono – DJe 16.05.2014 – p. 1403)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – RECURSO DE REVISTA DA RECLAMANTE – ASSÉDIO MORAL NÃO CONFIGURADO – 1- O assédio moral somente fica configurado quando há atos

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reiterados e abusivos, uma atitude de contínua e ostensiva perseguição, um processo discriminatório de situações humilhantes e constrangedoras. O assédio moral, em tese, pressupõe repetição sistemática, intencionalidade, direcionalidade, temporalidade e degradação deliberada das condições de trabalho. 2- No caso, contudo, os fatos consignados no acórdão recorrido não demonstram a configuração do assédio moral, porquanto: a) foram ouvidas apenas duas testemunhas, as quais afirmaram exatamente o oposto da outra, sobre a alegação da reclamante de que era chamada de lanterninha quando ficava em último lugar nas vendas; B) as razões essenciais invocadas pelo TRT na fundamentação do acórdão recorrido (rationes decidendi) foram as de que Não há, efetivamente, prova capaz de fundamentar uma condenação de reparação por danos morais, pois o assédio moral não foi configurado e de que A utilização eventual' do termo lanterninha (...) não é suficiente para tanto (veja-se que o caso, segundo a Corte regional, não era de habitualidade nem de reiteração). 3- Não se ignora que a empresa tem responsabilidade por manter um ambiente de trabalho civilizado, no qual os trabalhadores, especialmente aqueles que representam a própria empregadora, como os prepostos, zelem pela urbanidade no tratamento recíproco. Porém, ante o modo como foi proferida a decisão recorrida, não há como se avançar no exame da controvérsia nesta instância extraordinária para concluir de modo contrário ao do acórdão do TRT, ante a vedação da Súmula nº 126 do TST. 4- Agravo de instrumento a que se nega provimento. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – INADIMPLÊNCIA PATRONAL – CONDENAÇÃO FUNDADA NO CÓDIGO CIVIL – INOBSERVÂNCIA DOS PARÂMETROS FIXADOS NA LEI Nº 5.584/70 – No processo do trabalho, não tem aplicação subsidiária a legislação civil quanto a honorários advocatícios (art. 389 e 404 do CCB), pois não há lacuna na legislação trabalhista sobre a matéria, e deve ser observada a Lei nº 5.584/70, cujos requisitos não foram preenchidos no caso dos autos. Agravo de instrumento a que se nega provimento. (TST – AIRR 0001652-65.2010.5.15.0032 – Relª Minª Kátia Magalhães Arruda – DJe 09.05.2014 – p. 2789)

RECURSO ORDINÁRIO – ASSÉDIO MORAL – OCORRÊNCIA – Os elementos da responsabilidade civil (da obrigação de indenizar), da qual o dano moral/assédio moral é mera espécie, são: a) a prática de um ato ilícito; B) o dano causado por este ato ilícito e c) o nexo de causa e efeito entre o ato e o dano. Havendo prova de que a empresa cometeu ato ilícito em ofensa à dignidade daquele que lhe presta serviços, impõe-se o pagamento de indenização por danos morais. (TRT 01ª R. – RO 0001314-78.2012.5.01.0075 – 5ª T. – Rel. Marcelo Augusto Souto de Oliveira – DOERJ 09.05.2014)

ASSÉDIO MORAL – VALOR DA INDENIZAÇÃO – A indenização por assédio moral deve guardar uma relação de proporcionalidade com a lesão sofrida pelo indivíduo, de modo a cumprir seus objetivos, qual seja, punitivo e pedagógico pelo lado do ofensor e,

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compensatório, para a vítima. (TRT 01ª R. – RO 0001206-21.2012.5.01.0052 – 3ª T. – Relª Patricia Pellegrini Baptista da Silva – DOERJ 11.04.2014)

RECURSO ORDINÁRIO – ASSÉDIO MORAL – INSULTOS – A conduta do gerente que desfere insultos contra os seus subordinados no ambiente de trabalho viola a dignidade dos empregados, ensejando o pagamento de indenização por dano moral. (TRT 01ª R. – RO 0000065-49.2013.5.01.0078 – 6ª T. – Rel. Nelson Tomaz Braga – DOERJ 15.04.2014)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – INDENIZAÇÃO – ASSÉDIO MORAL – ÔNUS DA PROVA – 1- Com base nas provas angariadas, o e. TRT concluiu que a preposta da reclamada, como superior hierárquica da reclamante, lhe destinava tratamento rude e diferenciado em várias oportunidades, de forma sistemática e frequente, perturbando o exercício de seus trabalhos, tendo inclusive solicitado a dispensa por justa causa, fatos que inequivocamente ensejam a indenização por dano moral deferida em sentença. 2- Na hipótese, o Tribunal Regional não dirimiu a controvérsia à luz dos princípios disciplinadores da repartição do ônus da prova, resultando inconcebível a vulneração dos artigos 818 da CLT e 333, I, do CPC, uma vez que o litígio foi solucionado com base na prova efetivamente produzida, sobretudo na prova testemunhal. 3- Convém destacar que, de acordo com a doutrina e a jurisprudência, o dano moral é um dano in re ipsa, que prescinde de comprovação, bastando a demonstração do ato ilícito e do nexo causal, os quais restaram evidenciados no caso. Aplicação do art. 896, a, da CLT, da OJ 111-SDI- 1/TST e das Súmulas 296 e 337/TST. Agravo de instrumento conhecido e não provido.

(TST – AIRR 1305-05.2011.5.15.0062 – Rel. Min. Hugo Carlos Scheuermann – DJe 07.02.2014 – p. 310)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – RECURSO DE REVISTA – ASSÉDIO MORAL – DECISÃO DENEGATÓRIA – MANUTENÇÃO – Assédio moral é a conduta individual ou coletiva, praticada de modo continuado e sistemático, de exacerbação de poder e de desrespeito à higidez emocional e psíquica de alguém, mediante a prática de atos ou omissões congêneres ou diferenciados entre si, embora logicamente convergentes. Configurada a conduta irregular pelo superior hierárquico do empregado (assédio moral vertical descendente), responde o empregador pelos efeitos do comportamento ilícito. Dessa maneira, não há como assegurar o processamento do recurso de revista quando o agravo de instrumento interposto não desconstitui os fundamentos da decisão denegatória, que subsiste por seus próprios fundamentos. Agravo de instrumento desprovido. (TST – AIRR 258-39.2011.5.02.0391 – Rel. Min. Mauricio Godinho Delgado – DJe 07.02.2014 – p. 597)

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RECURSO DE REVISTA – ASSÉDIO MORAL E SEXUAL – INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL – FIXAÇÃO DO VALOR – A subjetividade da valoração do dano, uma vez que não há, na legislação, norma aplicável, faz com que os julgadores a quantifiquem, levando em conta o contorno fático-probatório, em observância a critérios de proporcionalidade e adequação, de forma a garantirem uma compensação razoável pelos danos sofridos, nos exatos termos do art. 944 do Código Civil. No caso dos autos, considerando-se os princípios da extensão e da proporcionalidade, tem-se que o valor atribuído à indenização por dano moral se revela adequado, satisfatório e sem abuso. Recurso de Revista não conhecido. (TST – RR 325-69.2012.5.09.0004 – Relª Minª Maria de Assis Calsing – DJe 07.02.2014 – p. 836)

RECURSO ORDINÁRIO – DANO MORAL – ASSÉDIO MORAL – REBAIXAMENTO DE FUNÇÃO – VIOLAÇÃO DO ART. 468 DA CLT – Provado nos autos o rebaixamento de função, de enfermeira auditora para analista de documentos de prontuário, faz jus a autora à indenização por danos morais. O rebaixamento de função é capaz de causar dor íntima, não pelo trabalho a ser exercido, mas pelo que deixou de sê-lo, pelo rompimento do sinalagma contratual, onde o empregado se dispôs, pelo contrato, a uma determinada tarefa e o empregador a lhe reconhecer essa distinção. Afinal, o empregado, quando da contratação, se obriga a exercer qualquer atividade determinada pela empresa. Isso decorre do poder diretivo, do poder de comando empregatício. Porém, há um limite a esse poder patronal: a exigência deve observar a condição pessoal do empregado. E condição pessoal tem a ver com a qualificação profissional do empregado. (TRT 01ª R. – RO 0000164-18.2013.5.01.0531 – 8ª T. – Rel. Marcelo Augusto Souto de Oliveira – DOERJ 19.03.2014)

Referências

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