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Vida de GESTÃO EM SAÚDE. SAÚDE Conheça profissionais que aliam a prática esportiva ao seu dia a dia

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ano 2 | número 10 | julho e agosto | 2010 | www.revistadoc.com.br G E S T Ã O E M S A Ú D E w w w .re vis ta d o c .c o m .b r an o 2 | n úm er o 1 0 ju lh o e a g o st o | 2 0 1 0 V ID A D E P R E S ID E N T E

SAÚDE | Conheça profissionais

que aliam a prática esportiva ao seu dia a dia

ACUPUNTURA | Especialidade

cresce, mas está no meio de uma polêmica

VALORIZAÇÃO | AMB lança

campanha para incentivar o título de especialista

10 | julho e agosto | 2010 | www.revistadoc.com.br 10 | julho e agosto | 2010 | www.revistadoc.com.br

Vida

de

Presidente

Como se dividem entre a rotina profissional, a vida pessoal e a gestão de suas carreiras os presidentes de seis grandes sociedades médicas brasileiras

IS S N 1 9 8 4 -8 8 9 7

A partir do topo, em sentido anti-horário: Omar Lupi, Jorge Ilha, Modesto Jacobino, Cláudio Santili, Ricardo Meirelles e Guilherme Pitta

Para o tratamento das afecções

respiratórias causadas por

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INDICAÇÃO: para o tratamento das afecções respiratórias caracterizadas por hipersecreção densa e viscosa. CONTRAINDICAÇÃO: Contraindicado em casos de alergia a acetilcisteína e/ou a qualquer um dos componentes da formulação. Nº M.S. 1.0084.0075. (202763 Fluimucil/anun.efev.rx/mar2010).

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EDUCAÇÃO MÉDICA

Por Marcello Manes | Fotos de Drika Barbosa e Divulgação

“Uma cadeira de

Gestão em Saúde

seria um grande

ganho para o sistema

de saúde. É preciso

haver a preocupação

em formar alunos

preparados

para entender e

contribuir para o

desenvolvimento da

gestão”

Jéssica Bistafa

para uma carreira

master

Um início

júnior

O

mercado da Saúde exige hoje dos profissionais atri-butos que ultrapassam os conhecimentos técnicos. É cada vez mais comum o médico exercer também o papel de gestor, seja em um ambiente particular, como no consultó-rio, ou em instituições maiores, como clí-nicas e hospitais. Mas como o profissional pode adquirir este novo conhecimento, já que ele não faz parte da maioria dos currí-culos das universidades brasileiras?

Uma alternativa crescente é a busca por cursos de Gestão em Saúde. Com as salas de aula cheias, esta vem se mostran-do uma boa opção. Porém, ela funciona mais como uma “medicação”, ou seja, so-mente quando o médico se depara com a dificuldade no dia a dia é que ele busca essa especialização. Qual seria, então, o melhor método para a “prevenção”? Em-bora incipiente no país, já é possível ob-servar o número crescente das empresas juniores nas faculdades de Medicina. Elas buscam levar ao estudante universitário a real vivência de um gestor de saúde. Com a experiência adquirida durante o proces-so de formação do profissional, este chega ao mercado de trabalho mais capacitado para enfrentar os novos desafios.

Carência nas faculdades

A primeira empresa júnior de Me-dicina no país foi criada em 2003, na Universidade de São Paulo (USP). Para Jéssica Bistafa, atual diretora-pre-sidente da empresa da USP, a carência de uma cadeira sobre Gestão em Saú-de nas faculdaSaú-des brasileiras é um dos principais motivos pelo movimento crescente das empresas juniores no país. “Não temos muito contato du-rante a graduação com a área adminis-trativa e de gestão. O profissional de Saúde só se depara com esse assunto quando já está inserido no mercado de trabalho. Acredito que ter uma cadeira de Gestão em Saúde entre as titulares seria um grande ganho para o sistema de saúde. É preciso haver a preocupa-ção em formar alunos preparados para entender e contribuir para o desenvol-vimento da gestão”, esclarece Jéssica.

Outro representante de empresa jú-nior que concorda com esta opinião é Vitor Asseituno, da Universidade Fe-deral de São Paulo (Unifesp). “Faltam cadeiras fortes e interessadas em ensi-nar o assunto dentro das universidades, bem como reitores sensibilizados para

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aprovar a inclusão de tais disciplinas no curso médico. Por ser um assunto que destoa da técnica usual ensinada no curso de Medicina, a didática tem que ser ainda maior, senão a sensibi-lização só ocorrerá no final do curso, quando já é tarde para procurar uma empresa júnior”, enfatiza Vitor.

Para Leonardo Rocha-Carneiro, diretor da empresa júnior da Univer-sidade Federal de Goiás (UFG), é im-portante deixar claro que a ausência de uma cadeira nas faculdades sobre o tema é um agravante, porém, mes-mo que elas existissem, o mes-movimento das empresas juniores seria o mesmo. “Houve por muito tempo certo desca-so dos médicos com a área administra-tiva. É inegável que o médico precisa saber administrar, mesmo que em um ambiente reduzido. É evidente que a falta dessa cadeira impulsionou o sur-gimento dessas empresas juniores, mas mesmo com a sua presença esse movi-mento não seria reduzido. A disciplina traria o conhecimento teórico e a em-presa júnior permitiria ao acadêmico aplicá-lo na prática. O que acontece é que hoje a teoria e a prática estão sen-do exercidas ao mesmo tempo”, relata.

Passo a passo para entrar em

uma empresa júnior:

• Seleção semestral;

• Realização de palestra, em que os candidatos entendem a missão da empresa júnior, seu funcionamento, o dia a dia de trabalho e quais são a visão, os valores e o plano de carreira;

• Aplicação de dinâmica para avaliar as características e os potenciais dos candidatos;

• Características principais avaliadas: pró-atividade, responsabilidade, comunicação, liderança, inovação, ética e compromisso;

• Entrevista individual; • Após a entrevista, cada candidato recebe um projeto a ser desenvolvido. Aqueles que o entregam dentro do prazo e de maneira satisfatória são efetivados pela empresa júnior.

Fonte: Universidade de São Paulo (USP) Jéssica Bistafa se reúne com os alunos da empresa júnior da USP

A prática aplicada

Após entrar na empresa júnior, o estudante tem um grande desafio pela frente: vivenciar e desenvolver projetos reais, seja ele uma consultoria, um pro-jeto de responsabilidade social, cursos ou palestras. Segundo Jéssica Bistafa, a ideia da empresa júnior é colocar os alu-nos em contato com a realidade, a fim de eles vivenciarem os problemas que os profissionais da Saúde enfrentam todos os dias. “Realizamos reuniões semanais, em que apresentamos o trabalho da di-retoria, conversamos sobre as tendências e abrimos espaço para a discussão de no-vas ideias. Já as reuniões de projeto de consultoria e de responsabilidade social acontecem de acordo com o andamento de cada um”, explica Jéssica.

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Alunos de Medicina da Unifesp que integram a empresa júnior

saúde de cidades menos favorecidas. A empresa júnior é responsável pela ava-liação da saúde da região, por avaliar o sistema de saúde e criar soluções ou prá-ticas que melhorem o atendimento para a população local. É como se fosse uma consultoria bem grande. Temos também o projeto para os próprios alunos da fa-culdade, pois através do nosso conheci-mento de administração, podemos aju-dar nas gestões de suas atividades”.

Segundo Leonardo Rocha-Carnei-ro, para obter resultados satisfatórios nos projetos, é muito importante a empresa júnior possuir uma boa es-trutura, com departamentos bem di-vididos. “Temos os departamentos de Marketing, Recursos Humanos e Proje-tos, entre outros. As responsabilidades de cada setor dependem muito do que está sendo feito no momento. Durante a realização de palestras, por exemplo, dividimos as tarefas conforme as carac-terísticas dos departamentos, ou seja, o Marketing fica com a elaboração de cartazes e pela divulgação, o Jurídico-financeiro se responsabiliza pelas ins-crições e pelo movimento do caixa, e por aí vai”, conta Leonardo.

Nem sempre, porém, a empresa jú-nior possui um projeto externo. “As empresas juniores são cíclicas, oscilando entre períodos de muitas atividades com períodos de treinamento apenas. Entre

“Entre os cursos de

treinamento que

oferecemos estão

os de gestão de

consultórios e clínicas,

que abordam temas

como inovação e

empreendedorismo”

Vitor Asseituno

Presidência

Vice-presidência

Departamentos

RH

Projetos

Jurídico-financeiro

Administrativo

Responsabilidade social

Eventos

Marketing

Qualidade

Fonte: Universidade de São Paulo (USP)

Estrutura de uma empresa júnior

Objetivos de uma

empresa júnior

• Desenvolver o espírito

empreendedor, crítico e analítico do aluno;

• Complementar a formação teórica fornecida pela instituição de ensino superior com uma aplicação prática, além de proporcionar contato direto com a gestão de uma empresa;

• Intensificar o relacionamento empresa/instituições de ensino superior;

• Facilitar o ingresso de futuros profissionais no mercado;

• Contribuir com a sociedade através do desenvolvimento de estudos;

• Proporcionar aos seus clientes um trabalho de qualidade;

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os cursos de treinamento que oferece-mos, estão os de gestão de consultórios e clínicas, que abordam temas como inovação e empreendedorismo. Estes são muito procurados não só por aqueles que querem complemento acadêmico, mas por aqueles que realmente querem ser gestores”, elucida Vitor Asseituno.

Futuro profissional

Por ser um fenômeno recente, os pri-meiros acadêmicos que passaram pelas empresas juniores estão saindo agora das faculdades ou das residências. Não há ainda como mensurar um resultado ou utilizar um profissional como exemplo. Para Vitor Asseituno, o mais interessan-te é que mesmo sem uma análise mais concreta em mãos, é possível perceber o tom empreendedor dos alunos ainda na graduação. “O contato com os maiores gestores do país possibilita o despertar do espírito empreendedor nos estudan-tes, mesmo fora da área da Saúde. Estou sabendo, por exemplo, que uma das me-ninas que trabalha conosco aqui na em-presa júnior está montando uma empre-sa de peças arteempre-sanais para decoração. Ela já vendeu algumas peças, todas com alto valor agregado. Outro grupo está criando um projeto na área da Saúde envolvendo várias empresas. É esse movimento que procuramos estimular”, defende Vitor.

Para se aproximar da realidade do mercado de trabalho, a empresa júnior da UFG convida professores e especia-listas para debaterem suas experiências com os acadêmicos. “Cada médico fala sobre o seu mercado de trabalho e sobre as oportunidades e concorrência da espe-cialidade. O médico que não se atualiza sobre essa realidade nem entende como se promover está fadado a não ascender na carreira, já que, a cada dia, aumenta a relação de médicos por habitante”, enfa-tiza Leonardo Rocha-Carneiro.

Participar de uma empresa júnior de Medicina traz benefícios não somente para o profissional que deseja abrir o seu próprio consultório ou gerir uma institui-ção de saúde, mas é possível enxergar, em alguns anos, uma qualificação no sistema de saúde como um todo. “Os profissionais que passaram por uma empresa júnior ainda são novos, estão agora terminando a residência. Todavia, está bem claro de que participar da empresa júnior fará muita diferença na carreira desses profissionais. O contato com a realidade da gestão pos-sibilita o desenvolvimento inclusive do Sis-tema Único de Saúde (SUS). Não tenho dúvidas de que muitos futuros gestores que passaram pela empresa júnior trabalharão no SUS, a fim de melhorar o acesso e o atendimento da população, além de con-tribuir para integrar melhor todos os níveis de atenção”, finaliza Jéssica Bistafa.

“O médico que não

se atualiza sobre

a realidade e nem

entende como se

promover está fadado

a não ascender na

carreira, já que, a

cada dia, aumenta a

relação de médicos

por habitante”

Leonardo Rocha-Carneiro

Professores e alunos da UFG: empresa júnior aprimora conhecimentos

Uma história de 43 anos

O Movimento Empresa Júnior (MEJ) nasceu em Paris, em 1967. Na Escola Superior de Ciências Econômicas e Comerciais, foi criado um tipo de

empresa ou associação civil, sem fins lucrativos, na qual os alunos de graduação prestariam serviços e desenvolveriam projetos para outras empresas e/ou a sociedade em geral. O MEJ chegou aqui a partir da difusão do conceito de empresa júnior, sendo criada a primeira empresa júnior do Brasil na

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