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Onceavo Congreso Brasileiro de Higiene : Mesa Redonda de Bioestatistica

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Academic year: 2017

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XI CONGRESSO BRASILEIRO DE HIGIENE MESA REDONDA DE BIOESTATÍSTICA

(Reunido em Curitiba, de 15 a 21 de Novembro de 1953) A Mesa Redonda de Bioestatística, funcionando simultâneamente como Sub-Comissáo do Tema Livre para os trabalhos de bioestatística apresentados ao XI Congresso Brasileiro de Higiene, reunida sob a presidência do Dr. Eder Jansen de Mello, tendo como Secretário o Dr. Nelson L. de A. Moraes e como relator o Dr. Achilles Scorzelli Junior, e contando com a presenta de várias delegacões de representantes estaduais, chegou às conclusões adiante relacionadas.

Foram apresentados, no Tema Livre, 15 trabalhos sôbre bioestatística, II cujas conclusões foram aproveitadas como base para discussáo das

atividades da Mesa Redonda. .

CONCLUSóES

c (1) Para se obter melhor qualidade dos dados bioestatísticos, faz-se

indicada a colaboracao ativa das Unidades Sanitárias na coleta e crítica dos dados.

(2) Insistir na necessidade de efetivamente incluirem as Faculdades de Medicina, preferentemente, na cadeira de Higiene, o ensino do preenchimento das declaracões de óbito, a familiarizacao com as classi- ficacões nosológicas oficiais, assim como seja dada aos alunos suficiente impressáo da importância dêsses atos, para os trabalhos de medicina social.

(3) Realizarem rotineiramente os Servicos de Bioestatística regionais, campanha de esclarecimento dos médicos, visando a corrigir as falhas observadas em sua formacáo, através da elabora@0 e distribuicão de adequada literatura e cuidadosa assistência em suas dúvidas, assim como estimular-lhes a cooperacáo, inclusive pela distribuicáo de dados e comentários especialmente preparados.

(4) Intensificar a distribuicáo da Classifica@o Estatística Interna- cional de Doencas, Lesôes e Causas de Morte, entre médicos, estudantes, .*

hospitais e Unidades Sanitárias, interessando, para isto, inclusive as sociedades médicas.

(5) Incluir entre as atividades rotineiras dos Servicos regionais de Bioestatfstica o esclarecimento dos oficiais do registro civil, para que zelem pelo perfeito preenchimento das declarapóes de óbito, inclusive para que seja atestada a causa de morte, sempre que tiver havido assistência médica.

(6) Remeterem regularmente os Serviqos de Bioestatfstica regionais aos oficiais do registro civil resenhas dos resultados de seus levanta- A mentos, no sentido de estimular-lhes a cooperacão.

(7) Efetuarem regularmente as Unidades Sanitárias o levantamento

(2)

698 BOLETIN DE LA OFICINA SBNITARIA PANAMERICANA

complementar de dados relativos a nascimentos, visando a corrigir as falhas observadas no registro civil:

(a) basear êsse levantamento na at’ividade das visitadoras, desde que abranjam, em carat,er sistemático, a totalidade da área trabalhada.

(b) onde nao for possível dispor dêste recurso, utilizar outras medidas: (1) fontes vicariantes, preferentemente nas bases do inquérito elaborado pelo ServiGo Federal Bioestatfstica; (II) censo da populacão infantil ou estudo de amostras dessa populacáo, a fim de ser aferida a deficiência do registro civil de nascimentos, assim como do grau de perfeicáo al- cancado pela utilizaqão das fontes vicariantes.

(8) Condenar, in limine, a determinacão post-mortem da causa do óbito por investigacao verbal ou simple inspecão do cadaver.

(9) Incrementar a prática da verificacáo anátomo-patológica dos óbitos de individuos falecidos sem assistkncia médica, nas capit,ais e cidades maiores do país, interessando, para Me fim, todos os 6rgãos beneficiados com esta medida.

.

(10) Estabelecer, como condicão indispensável para recebimento pelos municípios das quotas que lhes caibam dos impostos federais ou esta- duais, que os mesmos mantenham servicos de assistência médica, com a existência de, pelo menos, um médico em carater permanente.

. r,

(ll) Efetuar, por intermédio do ServiGo Federal de Bioestatística, um inquérito sôbre os criterios de classificacão e selecão das causas de morte, abrangendo um grupo de 1000 atest’ados de óbito selecionados, do qual participaráo as reparticóes apura.dnras de bioestatística.

(12) Publicar, com base nos resultados dêsse inquérito, um roteiro para treinamento.

(13) Recomendar à Comissâo Kacional de Bioestat,ística e Estatística da Saúde que providencie junto aos órgãos competentes as medidas necessárias & criacáo de áreas de registro no país, firmadas no registro efetivo de mais de 90% dos fat,os vitais verificados e na ado$io de im- pressos e legisla@0 oficialmente recomendados. No que se relaciona aos óbitos, admitir como expressáo especial, áreas de registro de causas de morte, nas quais, no máximo, se verifiquem 10% de 6bitos de causas indeterminadas.

(3)

Junho 19541 CONGRESSO DE HIGIENE 699

L

sente, para serem apreciados pelos Servicos de Bioestatística regionais, modêlos de impressos e publicacões para uso no país.

(16) Recomendar, por mot,ivos técnicos e administrativos, aos Ser- vicos de Bioestatística regionais, que as declaracões de óbito e de morte fetal nao sejam utilizadas para inquéritos e;peciais.

(17) Recomendar, como mínimo necessário, as seguintes categorias de técnicos para os Serviqos de Bioestatística: (1) bioestatístico; (II) esta- tístico-auxiliar; (III) classificadores de causas de morte e de casos de doencas; (IV) cartógrafos; (V) mecanógrafos. Além dêstes, eventual- mente, pode fazer-se necessário haver estatístico matemático. Reconhecer que, dentre as categorias mencionadas, se deve cuidar específicamente da prepara@0 do bioestatístico, do estatístico auxiliar e do classifica- dor.

(18) Admitir, doravante, como condicões para forma&0 do bioesta- tístico, instrucáo de nível universitário, aprovacáo em curso básico de bioestatística ou estatística sanitária, feito em instituicão oficial ou reconhecida, e aprovacáo posterior em curso de especializa&o de mesmo modo ministrado, ou, então, aprovacáo em um só curso, de análogas características, que cubra as exigencias para a série de cursos menciona- dos.

(19) Admitir com condipáo para o encargo de classificador ser pre- ferentemente médico clínico, ao qual tenha sido ministrado curso especial ou proporcionado treinamento em ServiGo de Bioestatística.

(20) Admitir como condicão para ser estatístico-auxiliar apresenta o candidato instru@o de nível secundário e aprova@o em curso especial ministrado por ServiGo de Bioestatística.

(21) Salientar a imprescindível necessidade de serem preparados médicos anátomo-patologistas, para que possa ser incrementada a veri- fica@ío de óbitos.

(22) Sugerir às Escolas de Higiene e aos Cursos do Departamento Nacional de Saúde a instituicáo de cursos de especializa@0 em bioes- tatística, facultando o ingresso de elementos náo médicos, desde que portadores de diploma de nível universitário.

(23) Sugerir as cadeiras de Anatomia Patológica das Faculdades de Medicina, assim como as Escolas de Higiene e aos Cursos do Departa- mento Nacional de Saúde, a institui@o de cursos de pós-gradua@0 de anatomia patológica.

(24) Admitir como plenamente indicado que os Servicos de Bioesta- tística sejam subordinados aos órgáos incumbidos da saúde:

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700 BOLETIN DE LA OFICINA SANITARIA PANAMERICANA

(25) Recomendar a apura@0 e análise da dados de morbidade por parte dos Servicos de Bioestatística.

(26) Recomendar que os órgáos executores de inquéritos epidemiológi- cos consultem previamente os Servicos de Bioest,atística, a fim de con- seguirem sua colaboracáo desde a fase de planejamento.

(27) Recomendar que, tanto quanto possível, os dados bioestatísticos apurados sejam objeto de estudos especiais.

(28) Recomendar a utilizacão dos métodos de amostragem: (a) para apressar o conhecimento dos resultados de maior interêsse sanitário e (b) nas áreas em que náo houver suficientes recursos técnicos, para conseguir o levantamento total dos dados.

XI BRAZILIAN CONGRESS OF PUBLIC HEALTH ROUND TABLE ON VITAL STATISTICS

(Held in Curitiba, 15-21 November, 1953)

The Round Table on Vital Statistics, which also acted as the Free- 4 Topic Subcommittee for the papers on biostatistics presented at the

XI Brazilian Congress of Public Health, met under the chairmanship of Dr. Eder Jansen de Mello, with Dr. Nelson L. de A. Moraes acting as Secretary, and Dr. Achilles Scorzelli Junior as Rapporteur. Various State delegations were also present.

Fifteen papers on vital statistics were presented on the Free-Topic Agenda and the conclusions appearing therein were used as a basis for the discussions at the Round Table. The following conclusions were reached :

CONCLUSIONS

(1) To affirm, that, in order to obtain sound biostatistical data, the health units should collaborate actively in the collection and study of such data.

(2) To emphasize the need for the Schools of Medicine to include, preferably in their course on public health, instruction on the filling out of death certificates, to acquaint students with official disease classi- fications, and to impress upon them the importance of applying these procedures in social medicine.

(3) To include, in t’he routine activities of regional Vital Statistics Services, programs aimed at providing addit’ional information to physi- cians, through the preparation and distribution of suitable literature, and by giving special assistance to physicians in clearing up doubtful points, as well as encouraging their cooperation by distributing especially prepared statistical data and comments.

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