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Rev. Bras. Hematol. Hemoter. vol.31 número3

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Academic year: 2018

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A relação do JUNB com prognóstico e patogênese da LMC ainda necessita de estudos adicionais, e talvez possa contribuir no entendimento da evolução da doença para as fases mais avançadas e no desenvolvimento de futuras terapêuticas.

Referências Bibliográficas

1. Lord KA, Abdollahi A, Hoffman-Liebermann B, Liebermann DA. Proto-oncogenes of the fos/jun family of transcription factors are positive regulators of myeloid differentiation. Mol Cell Biol. 1993;13(2):841-51.

2. Passegué E, Jochum W, Schorpp-Kistner M, Möhle-Steinlein U, Wagner EF. Chronic myeloid leukemia with increased granulocyte progenitors in mice lacking junB expression in the myeloid lineage. Cell. 2001;104(1):21-32.

3. Yang MY, Liu TC, Chang JG, Lin PM, Lin SF. JunB gene expression is inactivated by methylation in chronic myeloid leukemia. Blood. 2003;101(8):3205-11.

4. Pena MCR, Pardini MIMC, Colturato VAR, Pinheiro NA. Methylation status of the SOCS 1 and JUNB genes in chronic myeloid leukemia patients. Rev Bras Hematol Hemoter. 2009; 31(3):147-152. 5. HHoshino K, Quintás-Cardama A, Radich J, Dai H, Yang H,

Garcia-Manero G. Downregulation of JUNB mRNA expression in advanced phase chronic myelogenous leukemia. Leuk Res. 2009;33(10): 1361-6.

O gene JUNB é um regulador fundamental da mielo-poese e sua expressão tem papel na iniciação, progressão e manutenção da diferenciação mieloide.1,2 A inativação do

JUNB em camundongos transgênicos resulta numa doença mieloproliferativa semelhante à leucemia mieloide crônica (LMC) em humanos, inclusive na evolução para uma fase blástica.2 Estudos iniciais de Yang et al. mostraram uma baixa

expressão desse gene em fases avançadas de LMC.3

Inicial-mente foi feita a hipótese de que a metilação de seu promotor seria responsável pelo silenciamento do gene. Na avaliação de 32 pacientes com LMC, a maioria apresentava metilação do JUNB.

No artigo apresentado neste número da RBHH intitu-lado "Padrão de metilação dos genes SOCS-1 e JUNB em pacientes com leucemia mielóide crônica", os autores avalia-ram o status de metilação do gene JUNB e SOCS-1 (região promotora e éxon 2) de pacientes com LMC pré e pós-transplante de medula óssea.4

Recentemente, Hoshino et al, 2009, na análise de meti-lação de 62 pacientes com LMC, não observaram nenhum caso com metilação do JUNB, utilizando o mesmo método de Yang et al. Através de outro método, denominado COBRA (combined bisulfite PCR restriction analysis), a metilação do JUNB foi observada em 3% dos pacientes. Através de PCR em tempo real, também demonstraram que, tanto em linhagens celulares como em pacientes com LMC, ocorre a perda progressiva de expressão do JUNB à medida que a doença avança para as fases acelerada e blástica.5 Esses

resultados foram validados numa outra coorte de 82 pacientes, através da análise de microarranjos, mostrando que a hiporre-gulação do JUNB na LMC ocorre por um mecanismo inde-pendente da metilação. Uma outra observação interessante é que, em nove pacientes com LMC em fase crônica, observou-se um aumento na expressão de JUNB após tratamento com imatinibe, sugerindo que sua expressão poderia ser regulada pela atividade da quinase BCR-ABL, inibida pelo imatinibe.

No estudo publicado nessa edição, os autores não encontraram diferenças no padrão de metilação do JUNB entre pacientes com LMC e controles normais, e, em concor-dância com o trabalho de Hoshino et al,4 observaram que

metilação do JUNB é pouco frequente na LMC. Houve uma mudança não significativa no padrão de metilação do JUNB em cinco pacientes no pós-transplante. No entanto, não foi feita a avaliação da expressão do JUNB nessa população, o que poderia acrescentar dados interessantes, principalmente se relacionados à resposta com imatinibe ou na alteração da expressão, comparando-se pré e pós-transplante.

Editoriais Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2009;31(3):123

Metilação e expressão do gene

JUNB

na leucemia mieloide crônica

JUNB methylation and expression in chronic

myeloid leukemia

Katia B. B. Pagnano

Avaliação: O tema abordado foi sugerido e avaliado pelo editor.

Recebido: 24/05/2009 Aceito: 20/05/2009

Médica Hematologista

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Campinas-SP.

Correspondência: Katia Borgia Barbosa Pagnano Hemocentro-Unicamp

Rua Carlos Chagas, 480

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