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ECOS do ATLÂNTICO. Editorial do Boletim. Fiquei assustada! Não percebia. bem o que estava a acontecer.

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ECOS do

ATLÂNTICO

CASA DE SAÚDE CÂMARA PESTANA Nº 80 Setembro/Outubro2020

Editor ial do B oletim

E

is-nos a chegar ao Outono e na atual situação de pandemia, os desafios são a cada dia mais exigentes e implicam o cuidado uns dos outros e a união de esforços.

No mês de Outubro em que é celebra- do, (se bem que em 2020 de forma bem distinta…) o Dia Mundial da Saúde Mental – 10 de Outubro, é indispensá- vel focarmo-nos todos no ser, na pes- soa, naquele que precisa de ser cuida- do, mas também naquele que cuida. A pessoa assistida é o centro da missão hospitaleira e a razão de ser da nossa Instituição. Para ela se orientam e a ela estão subordinados todos os recursos institucionais: assistenciais, organizaci- onais, administrativos e humanos.

Como refere o Papa Francisco na re- cente Encíclica “Fratelli Tutti” (Todos Irmãos), este momento pandémico mostra que “ninguém se salva sozinho e que chegou realmente o momento de sonhar como uma única humanida- de, na qual somos todos irmãos”.

Estes momentos difíceis colocam-nos por isso a cada dia, a cada minuto, em alerta permanente, mas que sirva para crescermos com isso, que seja um aler- ta por mim e pelo outro, que tenhamos sempre um olhar de esperança, que sejamos responsáveis, mas confiantes, no abraçar da missão pelo carisma hos- pitaleiro que nos deve caracterizar. Pe- las pessoas que assistimos, mas em sentido global, por todos, porque to- dos precisamos de todos, e agora , ho- je!

Ricardo Gomes

‘Não percebia bem a gravidade da

situação.’

‘Fiquei assusta- da! Não percebia

bem o que esta- va a acontecer.’

‘Foi muito triste não podermos realizar o Arraial

Hospitaleiro.’

‘Senti falta do abraço do meu

filho.’

‘Devagarinho a nossa vida aqui na

Casa de Saúde vai voltando à norma-

lidade.’

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FESTA DE SÃO RAFAEL

N

o dia 29 de Setembro celebrou-se a Festa de São Rafael. Neste dia todas nos levantámos cedo e sem rabugices porque era um dia especial, dia do Arcanjo São Rafael. A missa foi às 11h00. A igreja estava muito bonita, bem enfeitada. E também foi melodiosa com as cantigas do coro que animou a eucaristia.

Depois chegou a hora do almoço. E adivinhem o que foi a comida? Claro que não sabem, mas eu vou dizer: Bacalhau com Natas e estava um delícia.

Na parte da tarde, às duas horas, tivemos direito baile. Dançámos muito e a auxiliar mais divertida era a Sra. Salete. Brincámos umas com as outras, com balões. Com tanto movimento a barriga começou a dar horas e fomos lanchar. Como todos os anos, em dia de festa temos direito a bolo mas, este ano em vez de um tivemos dois bolos! Um de ananás e outro de chocolate com queijo Filadélfia.

Depois do lanche dançámos e divertimo-nos mais um pouco. E depressa chegou a hora de terminar a festa. Em nome de todas as colegas agradeço a todos os que contribuíram para este dia muito feliz.

Lisandra Aguiar

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Ainda sobre o Confinamento...

D evagarinho a nossa vida aqui na Casa de Saúde vai voltando à normalidade, se assim podemos dizer. No mês de Setembro já assinalámos algumas datas importantes. No- meadamente, o dia Mundial da Prevenção Contra o Suicídio. O GAR marcou este dia com a divulgação de um vídeo, onde algumas personalidades da nossa ilha apelam para que as pessoas com problemas a este nível, falem deste assunto com alguém especializado, não sintam vergonha porque todos nós algum dia e em alguns momentos também duvidamos das nossas capacidades, ninguém é perfeito. O importante e fundamental é falar sobre o assunto, não sentir-se culpado e lembrar-se que ninguém está sozinho.

Durante este mês foram ainda destacados o dia Nacional do Psicólogo e o dia Mundial da Se- gurança do Doente.

Outro aspeto importante é que Setembro trouxe consigo a reabertura de outras atividades, sempre com o cumprimento das devidas regras de segurança. Voltámos à escola, ao atelier de trabalhos manuais, às sessões de catequese… e é muito bom voltar a esta ‘normalidade’.

Isabel Brazão

Pelo Mês de Setembro...

O momento de confinamento a que estivemos sujeitas, este foi um período muito com- plicado devido ao facto de ficarmos sem a maioria das nossas ocupações diárias, prin- cipalmente fora da Unidade.

Sem podermos sair da Unidade, sem podermos receber visitas e vermos a nossa família, senti- mo-nos assustadas e sem saber muito bem o que se estava a passar, assim de repente.

Não poder receber a visita da família foi para mim a situação mais dura pois, para mim e muitas das minhas colegas este momento é muito importante. Falar com quem gostamos muito, abra- çar quem amamos é onde conseguimos ir buscar forças para encarar o nosso dia-a-dia.

Felizmente que neste momento, mesmo sem poder dar o abraço há tanto tempo desejado, já recebemos visitas.

Isabel Brazão

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Dia Mundial da Saúde Mental

A

Organização Mundial de Saúde definiu este ano como lema para o Dia Mundial da Saúde Mental, MAIOR INVESTIMENTO, MAIOR ACESSO, num pedido claro de investi- mento concreto na área dos cuidados de saúde mental. A verdade, é que segundo a OMS os países gastam em média apenas 2% dos seus orçamentos de saúde em saúde mental, continuando a ser uma das áreas mais negligenciadas e pouco desenvolvi- das. O estigma, a discriminação, o desrespeito pe- los direitos humanos, continuam a marcar a vida de muitas pessoas que sofrem de doença mental. É determinante aumentar em todos nós a conscien- cialização da importância da saúde mental, partin- do do pressuposto de que o ser humano é uma unidade biopsicossocial, cultural e espiritual.

De forma a potenciar a saúde mental dos seus Co- laboradores, a Casa de Saúde Câmara Pestana irá desenvolver uma ação de formação orientada pela Drª Margarida Cordo, Psicóloga, com larga experi- ência na área da saúde mental. Esta formação será dirigida aos seus técnicos e chefias intermédias, com o tema CUIDAR COM CONSCIÊNCIA EMOCI- ONAL, abordando a questão do burnout, fases de progressão, categorias de sintomas e sintomas mais frequentes, diagnóstico, tratamento e evita- mento.

Para as utentes, decorrerá hoje, dia 9 de outubro, uma sessão com fantoches, “Mikropodium Family Puppet Theatre” do artista húngaro Andràs Lénart, com o apoio da Associação Nuvem Aquarela. Em saúde mental a arte é também um cuidado.

“Maior Investimento, Maior Acesso”, é um desa- fio que se coloca a cada um de nós e às políticas de saúde mental em todo o mundo, que continua- mente deverão estar ao serviço de quem sofre e precisa de respostas

.

Délia Gomes

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SEMANA MISSIONÁRIA HOSPITALEIRA DE 12 A 18 OUTUBRO 2020 Tecedores da Hospitalidade

Eis-me aqui, envia-me”: é este o título da Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões de 2020, publicada na Solenidade de Pentecostes. O Papa destaca a ligação entre o Espírito Santo e a missão na Igreja e, no contexto da pandemia que ainda persiste, recorda que a humanidade é chamada a «remar junta» e que Deus quer chegar a todos com o seu amor.

A expressão faz parte da narração bíblica da vocação do pro- feta Isaías. À pergunta do Senhor: Quem enviarei, Isaías res- ponde, prontamente: Eis-me aqui, envia-me. “Este apelo – escreve o Papa Francisco – surge do coração de Deus, da sua misericórdia que interpela tanto a Igreja como a humanidade na atual crise mundial”. "Somos chamados a remar juntos, todos a precisar reciprocamente de encorajamento”.

Compreender o que Deus nos diz nestes tempos de pande- mia torna-se um desafio também para a missão da Igreja.

Somos interpelados pela doença, pelo sofrimento, pelo me- do, pelo isolamento, pela pobreza de quem morre em soli- dão, de quem está abandonado a si mesmo, de quem perde o emprego e o ordenado e de quem não tem casa nem co- mida… Neste momento, todos podemos adoecer, tornar-nos frágeis, ter medo. Em qualquer caso, devemos ser “curados”

e devemos também fortalecer a nossa fé, compartilhá-la e ajudar os mais necessitados. Na Congregação das Irmãs Hos- pitaleiras do Sagrado Coração de Jesus sofremos também as consequências desta pandemia. Mas isso não nos impediu de permanecer fiéis ao nosso carisma e de continuar a evan- gelizar o mundo da dor e do sofrimento em todas as par- tes do mundo onde estamos presentes.

Esta situação, anómala para todos, fez com que nos sentísse- mos mais próximos e solidários, principalmente com os que estão mais longe e dispõem de menos recursos. Esta proxi- midade, fraternidade e partilha daquilo que temos ainda está a acontecer atualmente. Por isso é com um enorme alegria que o Serviço de Pastoral da Saúde da CSCP vem informar que o nosso “Cantinho Solidário Hospitaleiro” que decorreu durante a Semana Missionária Hospitaleira de 12 a 18 de outubro 2020 para a apoiar O PROJETO DE MISSÃO DAS IR- MÃS HOSPITALEIRAS EM MOÇAMBIQUE, foi positivo e que rendeu cerca de 1000.50 euros. Aproveito a oportunidade para agradecer a toda a comunidade hospitaleira o contribu- to que todos deram, especialmente a todos os colaborado- res, familiares e algumas pessoas assistidas. Sem ele não se- ria possível proporcionar os cuidados básicos de saúde a tan- tas crianças. Mais uma vez um muito obrigada a todos pela grande generosidade e sensibilidade pelos mais pobres. O que nós fazemos é uma gota de água no oceano das neces- sidades destas crianças, mas a nossa ação faz a diferença nas suas vidas! Somos todos Tecedores de Hospitalidade!

Ir. Mariana Camacho, hsc

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SABIA QUE….

M

aria Josefa Récio morreu no dia 30 de Outubro de 1883. Depois de toda uma vida de amor elevado a Deus, vivi- do com uma caridade sem limites para com os pobres, os marginalizados e todos os que sofrem, o Senhor sabia que estava pronta, desde sempre, e chama-a para ir ao Seu encontro, Josefa, fundadora e a

primeira madre superi- ora da Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus morre antes de conseguir concretizar um dos seus desejos:

viver até que as Irmãs possuíssem sete casas

em honra das sete dores da Virgem Maria.

Quando menina era conhecida por

‘Pepita’ diminutivo carinhoso de Josefa, em espanhol. ‘Pepita’ em português designa também, o pequeno fragmen- to de ouro que a corrente dos rios ar- ranca às rochas e que os procuradores de ouro esperam encontrar.

‘Pepita’ em português, significa tam- bém pevide, semente, e Maria Josefa foi a pequena sementinha confiada por Deus a um jardineiro de exceção, São

Bento Menni, que com ela fundou esta Congregação.

Desde muito cedo, quando ainda era costureira, o caracter sereno de ‘Pepita’

conquistou o coração de numerosas senhoras, suas clientes, que lhe confia- vam várias tarefas de benevolência. E assim, quase sem reparar, Maria Josefa transforma-se num ‘bom samaritano’ e inaugura desde lo- go a missa da cari- dade e de serviço aos infelizes, missão que levará por di- ante a vida toda.

Possuía ainda a vir- tude essencial para saber amar e servir, a humildade, cujo símbolo é a pequena violeta. Por isso estas pequenas e frágeis flores são desde muito cedo associadas à sua imagem.

No seu testemunho espiritual Josefa diz que “no céu rezarei por todos e di- zei aos que vierem a fazer parte da nossa Congregação, que eu os amo a todos, tanto ao primeiro como ao últi- mo a entrar no nosso Instituto”.

Que Maria Josefa continue a rezar por todos nós para que continuemos a praticar a Hospitalidade todos os dias.

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Dia Mundial da Terapia Ocupacional

E m modo de comemoração do dia Mundial da Terapia Ocupacional que se realizou no dia 27 de Outubro, o serviço de terapia ocupacional organizou uma atividade de de- monstração de busca e salvamento e de terapia assistida por animais, em parceria com a equipa cinotécnica dos Bombeiros Sapadores do Funchal.

Esta atividade foi realizada no pátio exterior do auditório Bento Menni, sendo dinamizadas vá- rias sessões de modo abranger um maior número pessoas assistidas de longo internamento.

As participantes tiveram a oportunidade de interagir com o cão terapeuta de diversas formas, desde a realização de carinhos, jogos de interação com o co-terapeuta e de alimentação do mesmo. Numa segunda fase tiveram a oportunidade de assistir a uma demonstração do traba- lho efetuado pela equipa cinotécnica em situações de busca e salvamento de pessoas desapa- recidas. Nesta exibição foram ainda presenteadas com atividades de salto e ultrapassagem de obstáculos e atividades de educação canina. De um modo global as participantes gostaram muito desta atividade, destacando-se dois pontos fortes: a proximidade e interação com ani- mal, e as exibições dos saltos de ultrapassagem de obstáculos. Esta atividade tornou-se num momento de descompressão, num ano tão atípico que se está a viver.

Joana Neves

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FESTA MARIA JOSEFA

N

o passado dia 30 do mês de Outubro decorreu a festa da Unidade de Maria Josefa. Este dia teve início com o pequeno almoço diferente dos outros dias, um pequeno almoço de festa.

Seguiu-se a celebração da eucaristia em honra de Maria Josefa, fundadora da Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus e padroeira da Unidade.

Depois do alimento da alma chegou o momento do alimento do corpo com um almoço e mais tarde um lanhe bem recheados.

No que diz respeito à decoração da Unidade, este ano foi realizada com uma semana de antecedência da festa com o intuito de captar a atenção das pessoas assistidas nesta unidade para o dia importante que se adivinhava.

A comemoração deste dia dedicada à Maria Josefa terminou com muita alegria e diversão com um momento de cantoria protagonizado pelas pessoas assistidas e profissionais da unidade.

Conceição Beno

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