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Palavras-chave: Estado, instituições, políticas públicas, plano diretor.

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Academic year: 2022

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TRAJETÓRIAS DO PLANEJAMENTO URBANO NO MUNICÍPIO DE ARARAQUARA: do centralismo decisório ao desenvolvimento sustentável (33)

TOLEDO, Rodrigo Alberto prof.rodrigotoledo@hotmail.com Aluno do curso de Doutorado em Sociologia do Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara

RESUMO

No ano de 1950, o Rotary Club, a Associação de Engenharia e o Centro de Pesquisas e Estudos Urbanísticos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP atuaram efetivamente na sensibilização da população local para a elaboração do plano diretor de Araraquara. A elaboração desse plano diretor teve como referência teórica os estudos produzidos por urbanistas da FAU-USP, dentre eles destacando-se o Prof. Luís Ignácio de Anhaia Mello. O poder público local optou por romper sua principal característica, o centralismo decisório, e, com a participação dessas instituições, concretizam-se na década de 1950 as primeiras etapas de elaboração do plano diretor, que findará apenas no ano de 1977. As décadas de retalhamento e descumprimento desse plano diretor tornaram sua aplicabilidade irreal em 1999. Assim sendo, Araraquara inicia os debates para a elaboração de um novo plano diretor sob a égide participativa na formulação e implementação de políticas públicas. As análises desses dois processos suscitam questionamentos que orientarão o procedimento metodológico desse projeto de pesquisa de doutorado. Para respondê-los, recorreremos à sistematização de dados de fontes documentais, incluindo artigos em jornais e revistas, decretos, leis e projetos de lei, dados em arquivos históricos da cidade de Araraquara, da FAU-USP e em entrevistas realizadas com os principais atores participantes dos dois processos de elaboração dos planos diretores.

Palavras-chave: Estado, instituições, políticas públicas, plano diretor.

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Descrição da pesquisa

Pretendemos produzir análises das forças sociais, políticas e econômicas em dois momentos fundamentais para a cidade de Araraquara: o processo de elaboração do plano diretor iniciado na década de 1950 e o iniciado no ano 2000.

Primeiramente nossas análises se fundamentarão na contextualização histórica do processo de elaboração do plano diretor da cidade iniciado em 1950. Como sabemos, Araraquara passava por um ciclo intenso de desenvolvimento na década de 1950. Basicamente esse ciclo se vincula ao desenvolvimento da agroindústria sucro-alcooleira e à diversificada produção industrial com a instalação de indústrias ligadas à fabricação de máquinas e implementos agrícolas e de empresas produtoras de equipamentos hidráulicos.

Essa nova dinâmica econômica fortaleceu as associações de serviços e de classes:

Associação Comercial, Sindicato do Comércio Varejista, Associação de Engenharia e Rotary Club. O histórico de Araraquara desde o início do século XX demonstra que a necessidade de planejar urbanisticamente a cidade, devido aos desafios impostos pelo combate às epidemias, como a da febre amarela, criara massa crítica suficiente para que a Associação de Engenharia e o Rotary Club capitaneassem os debates a respeito de instrumentos eficazes para ordenamento da ocupação e do uso do solo. Há, portanto, uma centralização dos debates sobre o planejamento da cidade na Associação de Engenharia e no Rotary Club, que orientaram a Prefeitura Municipal no processo de elaboração do plano diretor de Araraquara iniciado em 1950.

O que nos chamou atenção foi a rede de contatos que foi estabelecida para conduzir esse processo de construção do plano diretor. Essa rede contou com a participação de personalidades formuladoras do pensamento urbanístico paulista durante o século XX: Professor Prestes Maia, Anhaia Mello e Geraldo Horácio de Paula Souza, ícones da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Esse fato suscita alguns questionamentos que nortearão o procedimento de pesquisa deste projeto de tese de doutorado, tais como:

Quais eram as características sociais, políticas e econômicas que, a partir da década de 1950, engendraram a criação de espaço privilegiado de debate centrado nos integrantes da Associação de Engenharia, no Rotary Club, com profícua participação de peritos, pesquisadores e estudiosos da FAU-USP?

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Quais forças políticas e sociais compunham o contexto da cidade de Araraquara, em um momento de característico centralismo decisório com tanta influência, que serviram de instrumento de pressão para criar as condições necessárias para compartilhamento entre Prefeitura e Associação de Engenharia e Rotary Club na elaboração do plano diretor?

E, por fim, em que medida houve efetiva influência das principais correntes do pensamento urbanístico paulista do século XX no processo de elaboração e posterior concretização do plano diretor iniciado na década de 1950?

Em segundo lugar, focalizaremos o movimento iniciado em 1950 e estabeleceremos uma análise comparativa com o iniciado no ano de 2000. Pretendemos compreender que influências a cidade teve no processo de elaboração do plano diretor em 1950 e sua consequente sedimentação em uma lógica na elaboração de planos, a ponto de ser replicada na metodologia proposta para a elaboração do iniciado no ano de 2000. Pretendemos também caracterizar o contexto mundial de reorganização do conceito e das práticas democráticas em países em desenvolvimento como o Brasil na criação de imposições à metodologia de elaboração do novo plano diretor no ano de 2000 na cidade de Araraquara.

Referencial teórico

Em pesquisa realizada anteriormente1 foi identificada, na elaboração do primeiro plano diretor de Araraquara – 1950-1977 –, uma participação efetiva do Rotary Club local, da Associação de Engenharia e do Centro de Pesquisas e Estudos Urbanísticos da FAU-USP.

Naquele momento, provavelmente, essas associações dispunham de forças econômicas e políticas suficientes para mobilizar a sociedade local em torno da proposta do plano diretor para a cidade de Araraquara. O que norteou esse debate foi o processo de desenvolvimento urbano pelo qual a cidade estava passando. Além desse aspecto, a proximidade que essas associações mantinham com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP possibilitou um amplo debate que se arrastou por cerca de dez anos – de 1950, quando ocorrem os primeiros encontros em Araraquara, com a participação de personalidades políticas e intelectuais paulistas, até o início da década de 1960, quando é iniciado o processo de elaboração do plano diretor.

1 Referimo-nos à pesquisa de Mestrado desenvolvida no período de 2004-2006 com título “O desenvolvimento sustentável na formulação de políticas públicas e sua proposta de gestão cidadã em Araraquara no período de 2001- 2004”, sob orientação da Profa Dra Maria Teresa Miceli Kerbauy.

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O debate em torno da metodologia levou em consideração estratégias que pudessem mobilizar a população e setores sociais em torno do tipo de cidade que seria planejada para o processo de desenvolvimento a que assistiam. É possível identificarmos como pano de fundo desses debates as divergências entre as concepções e propostas urbanísticas de Anhaia Mello e Prestes Maia, que deram a tônica do debate sobre o planejamento urbano, sobretudo entre os profissionais da época, na década de 1950.

Anhaia Mello e Prestes Maia foram, muito provavelmente, os dois estudiosos que mais se destacaram a partir de meados dos anos 1920 no urbanismo paulistano. Ambos exerceram enorme influência na difusão de ideários urbanísticos, na formação de quadros técnicos, na divulgação de teorias e na prática política de adoção de zoneamento. Eles foram, certamente, os principais representantes do urbanismo e das políticas de zoneamento na cidade de São Paulo, naquele período. Destarte, podemos afirmar que suas teorias e propostas para a cidade representaram os ideais urbanísticos entre os profissionais – engenheiros e arquitetos, sobretudo – que atuaram nessa área.

Na década de 1950, os discursos de Anhaia Mello e Prestes Maia distanciaram- se e passaram a liderar duas correntes de pensamento distintas sobre a cidade e capitanearam diferentes propostas e métodos de intervenção estatal no espaço urbano e regional paulistano.

Para podermos caracterizar com precisão esse período, produziremos levantamento bibliográfico e documental que nos permita visualizar claramente as propostas urbanísticas de Anhaia Mello e Prestes Maia, principais ícones do conhecimento urbanístico da época.

Ao analisarmos esse período e as principais correntes teóricas que o influenciaram, produziremos uma caracterização minuciosa do papel do Rotary Club e da Associação de Engenharia de Araraquara, principais interlocutores entre a administração pública local e estudiosos urbanistas da FAU-USP. Essa caracterização vincular-se-á à análise das forças políticas do Estado de São Paulo durante o período de 1950 a 1970. Anhaia Mello e Prestes Maia foram importantes políticos que chegaram a ser prefeitos da cidade de São Paulo em determinados momentos; mas esses pensadores urbanistas também tinham uma atuação político- partidária efetiva no estado.

Além desse aspecto, especificamente com relação a Anhaia Mello, pretendemos realizar análises documentais e entrevistas para construirmos um quadro interpretativo que nos

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permita compreender seu engajamento em questões políticas e sociais. Ou seja, pretendemos compreender os laços que Anhaia Mello possuía com o Rotary Club para ter estabelecido um contato tão próximo com o de Araraquara. E este, por sua vez, com o poder público local. Em outras palavras, quais eram as características sociais, políticas e econômicas que engendraram, a partir da década de 1950, a criação de espaço privilegiado de debate centrado nos integrantes do Rotary Club, da Associação de Engenharia e do Centro de Pesquisas e Estudos Urbanísticos da USP? Pretendemos analisar o traço específico do poder político local do período: centralismo decisório com participação do Rotary Club e da Associação de Engenharia. Quais forças econômicas, políticas e institucionais compunham esse momento histórico da cidade de Araraquara que permitiu uma mobilização de setores da sociedade em torno da elaboração de um plano diretor com provável envolvimento de peritos da FAU-USP e setores da sociedade local?

Em um segundo momento, pretendemos caracterizar a nova proposta de elaboração do plano diretor em 1999 com os mesmos procedimentos metodológicos adotados na análise do período de 1950-1977. Há um novo contexto histórico-social que teria criado condições de imprimir uma nova dinâmica no processo de elaboração do plano diretor? Ou seja, em um momento de exaltação das propostas democráticas participativas de governos no âmbito local, qual a relação dessa nova proposta com o processo de elaboração do plano diretor de Araraquara em 2000? O primeiro recorte a ser feito para compreensão desse processo será o confronto da proposta participativa do governo local do PT com um redesenho da gramática social na recomposição de forças sociais no processo político decisório em democracias de países emergentes como o Brasil. Ao analisarmos esse processo, provavelmente será possível definirmos quais raízes históricas da proposta de administração de parte dos investimentos públicos foram decididos em fóruns locais. O segundo recorte partirá da análise desse novo contexto mundial de reorganização de práticas democráticas – que pressupõe práticas democráticas participativas amplas e complexas, que englobam diversos atores e segmentos sociais – com o também complexo processo de elaboração de instrumentos técnicos de regulamentação do uso e exploração do solo urbano, como o plano diretor. Buscaremos responder a seguinte questão: como conjugar a criação de um instrumento técnico como o plano diretor de uma cidade que depende da intervenção direta de peritos com a ampla participação de atores e segmentos sociais com interesses específicos?

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Nesse momento, faz-se necessário a apresentação de um conceito de participação. Se partirmos do pressuposto de que a participação ampliada de atores sociais diversificados implica a inclusão de demandas ignoradas pelo sistema político, resta-nos compreender como essa participação se organiza nesse sistema.

Dentre os níveis de participação já estudados, basicamente existem dois extremos em que a participação assume matizes diferenciados: a participação dirigida e a participação discutida (Mantovaneli Jr., 2001). Entre esses dois extremos, a participação pode assumir, qualitativamente, os conteúdos de um simples processo de informação e, intermediariamente, um processo consultivo.

O processo consultivo, por sua vez, se subdivide em três níveis, a saber: consulta facultativa, consulta obrigatória e elaboração/recomendação de propostas e medidas. A partilha do poder ocorre em um nível mais qualificado, diretamente relacionado com o processo de elaboração/recomendação de propostas e medidas, que permite gradações que vão ascendentemente da co-gestão, passando pela delegação e culminando na auto gestão (Boterf, 1982, citado por Rosa, 1989; Bordenave, 1992). Em suma, o tipo de participação chamada aqui de dirigida se efetiva na medida em que alguém, aprioristicamente, expõe o que é certo e errado.

Por outro lado, já na participação do tipo discutida, os saberes dos participantes são discutidos gerando convergências de conhecimento.

Desses dois níveis apresentados, podem surgir ainda variações que se consubstanciam nos processos: de informação, quando as decisões são tomadas e os indivíduos apenas são informados sobre elas e suas ocorrências; ou de consulta, em que existe possibilidade de consulta anterior à tomada de decisão. Dentro desse processo de consulta evidenciam-se, ainda, três outras subvariações: a consulta facultativa, quando a administração solicita, se quiser, críticas, dados e sugestões; a consulta obrigatória, em que embora a decisão final pertença a alguns, devem existir obrigações de consulta aos subordinados em determinado momento; e, por fim, a elaboração/recomendação, na qual os subordinados elaboram propostas e recomendam medidas, a administração aceita ou rejeita, porém deve justificar sua posição.

Por último, existe um formato de participação denominada de partilha de poder, em que as decisões são diretamente compartilhadas. Esse nível, por sua vez, se subdivide em outros três, a saber: a co-gestão, que se dá pela institucionalização da representação na direção efetiva de um arranjo institucional por mecanismos de administração compartilhada e colegiada;

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a delegação, em que os administrados através de delegados, recebem alguma autonomia de atuação sem necessidade de consulta; e a auto gestão, quando se dá a prática coletiva de poder para decidir sobre temas distintos.

Evidentemente, em um arranjo organizacional de caráter público, algumas especificidades têm que ser levadas em conta, tais como a multiplicidade de externalidades ambientais, a racionalidade de objetivos absolutamente diferentes dos mercadológicos e a sobrevivência organizacional e a satisfação dos atores. Tais especificidades não possuem caráter mercantil preponderante, sendo melhor explicadas tanto pelo senso de identidade como pela luta pelo poder.

Os processos de libertação e os de democratização tendem a ser objeto de disputa política. Sobretudo nas sociedades capitalistas, em países centrais que consolidaram a concepção hegemônica de democracia, procurava-se estabilizar a tensão entre democracia e capitalismo por duas vias: pela prioridade dada à acumulação de capital em detrimento da redistribuição social e pela restrição da participação cidadã, individual ou coletiva, com o intuito de não “sobrecarregar” demais o regime democrático com demandas sociais que pudessem colocar em perigo a prioridade da acumulação sobre a redistribuição (Santos, 2003). Essa concepção de “sobrecarga democrática” foi formulada em 1975 no relatório da Comissão Trienal por Crozier, Huntington e Watanuki (1975). Esses autores afirmavam que a sobrecarga era causada pela inclusão política de grupos sociais anteriormente excluídos e pelas demandas

“excessivas” que geravam ao sistema democrático. Para Santos (2003), esse é o ponto de análise central das críticas surgidas nos processos de descolonização ou de democratização nos países do Sul analisados. Por combaterem, necessariamente, interesses e concepções hegemônicos, esses processos são muitas vezes combatidos ferozmente pela via da cooptação ou da integração. Sheth (1995) dirá que esses processos de contestação dos interesses das classes subalternas são promovidos pelas “elites metropolitanas”, ou excludentes.

Para Santos (2003), a vulnerabilidade da participação e sua conseqüente descaracterização, quer por cooptação por grupos sociais superincluídos, quer pela integração em contextos institucionais que lhe retiram o seu potencial democrático e de transformação das relações de poder, está presente em todos os casos estudados em seu projeto.

As aspirações revolucionárias de participação democrática no século XIX foram se reduzindo, ao longo do século XX, às formas de democracia de baixa intensidade. Isso levou a

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uma perversão dos objetivos de inclusão social e de reconhecimento das diferenças, transmutando-os ao seu contrário; ou seja, possibilitou o surgimento de teorias como a da

“sobrecarga democrática” que poderia inviabilizar o sistema político democrático. Não queremos afirmar que a democracia do tipo participativa reúne em si todos os antídotos necessários à perversão e cooptação. Democracias do tipo participativas visam a ampliar o cânone político e, certamente, o espaço público e os debates e demandas sociais que compõem esse espaço. Nesse sentido, podem ser cooptadas por interesses de atores sociais hegemônicos para, no limite, legitimar a exclusão social e a opressão da diferença.

Santos (2003) aponta, no entanto, outras vias para ocorrer à perversão, tais como: a burocratização da participação, a reintrodução de clientelismo sob novas formas, a instrumentalização partidária, a exclusão das instituições participativas. Vale lembrar que, no domínio da democracia participativa, a democracia é um princípio sem fim e as tarefas de democratização só se concretizam por processos democráticos cada vez mais exigentes.

Parece-nos que um dos grandes pontos dessa análise reside fundamentalmente na solução dada pela teoria hegemônica de democracia para o problema da relação entre democracia representativa e democracia participativa. A solução de escalas, ou seja, de ampliação da democracia pela extensão do direito do voto, deixa intocado o problema das gramáticas sociais na medida em que oferece uma resposta simplista à conflitante combinação entre participação e representação. Em outras palavras, a capacidade de lidar com a complexidade cultural e administrativa não aumenta com o aumento das escalas (Santos, 2003). Existe, no limite, um processo de pluralização cultural e de reconhecimento de novas identidades2 que promovem, por conseguinte, profundas redefinições da prática democrática, redefinições que vão além do processo de agregação própria do modelo de democracia representativa.

No entanto, Santos aponta duas formas possíveis de combinação entre democracia participativa e democracia representativa: coexistência e complementaridade. A primeira implica uma convivência das diferentes formas de procedimentalismo, organização administrativa e variação de esboço institucional. Dito de outra forma, significa afirmar que a democracia representativa na esfera nacional (constituição de governos, aceitação do formato vertical burocrático como forma exclusiva da administração pública) coexiste com a democracia participativa na esfera local.

2 Somos tributários à concepção sobre identidade de Santos (2003), que a coloca como o princípio do reconhecimento da diferença.

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Já a segunda forma de combinação, a complementaridade, pressupõe uma articulação mais consistente entre democracia representativa e democracia participativa. Ela parte da premissa do reconhecimento pelo governo de que o procedimentalismo participativo, as formas públicas de monitoramento dos governos e os processos de deliberação pública podem substituir parte do processo de representação e deliberação concebidas no modelo hegemônico de democracia. Tem por objetivo, ao contrário do que pretende o modelo hegemônico, associar ao processo de fortalecimento da democracia local formas de renovação cultural ligadas a uma nova institucionalidade política, que faz emergirem as questões da pluralidade cultural e da necessidade da inclusão social.

Essa discussão promoverá a construção de novas metodologias participativas que tentarão construir canais de comunicação com as camadas sociais excluídas do processo democrático. As questões da pluralidade cultural e a necessidade de construção de um novo modelo de desenvolvimento que se vincule à questão social será o enfoque dessas propostas.

Nasce, no final do século XX, a idéia de sustentabilidade do desenvolvimento econômico- industrial. Surgem ações em diversos campos que visam a minimizar os impactos sociais e ambientais do desenvolvimento capitalista. Há uma projeção futura do modelo de desenvolvimento em curso e verifica-se que ele, num futuro próximo, levará a um esgotamento dos recursos naturais com visíveis impactos na vida das comunidades.

O processo de reflexão sobre teorias democráticas e novas formas de combinações que permitam o aumento do cânone democrático ao longo do século XX está presente em diversas intervenções do poder público na realidade social. A formulação de um plano diretor – importante instrumento que regulamenta o uso e a ocupação do solo -, também passará por mudanças em seu formato de elaboração. Evidentemente, um instrumento que tenha o poder de intervir no modo como os grupos sociais conduzem suas demandas será alvo de gestões dos denominados grupos sociais superincluídos, em detrimento de camadas sociais que emergiram do processo de aumento da complexidade social pelo qual a cidade de Araraquara passou.

Pretendemos, finalmente, construir um quadro interpretativo que nos permita traçar as semelhanças e distanciamentos entre os dois processos de elaboração do plano diretor de Araraquara, no período de 1950 a 2000. Pesquisaremos em que medida houve influência das principais correntes do pensamento urbanístico do século XX, representadas por Anhaia Mello e

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Prestes Maia, na elaboração desses planos. E mais; em que medida as intervenções criadas por ações diretas do Rotary Club e da Associação de Engenharia não foram replicadas nos termos da elaboração do plano diretor vigente.

Assim, essas interpretações pretendem, no limite, responder a uma questão ainda mais complexa: a mudança no quadro político de Araraquara ocorrida no ano de 1999, com a vitória do PT, representou mesmo uma ruptura na práxis política local? Em outros termos, dentro do discurso partidário do PT há indícios de um dirigismo na elaboração de propostas de normatização do uso e ocupação do solo urbano que distorce o conceito democratizante de elaboração de políticas públicas participativas, sua principal proposta política?

Metodologia de pesquisa

Pretendemos produzir análises das forças sociais, políticas e econômicas em dois momentos fundamentais para a cidade de Araraquara: o processo de elaboração do plano diretor iniciado na década de 1950 e o iniciado no ano 2000.

Primeiramente nossas análises se fundamentarão na contextualização histórica do processo de elaboração do plano diretor da cidade iniciado em 1950. Como sabemos, Araraquara passava por um ciclo intenso de desenvolvimento na década de 1950. Basicamente esse ciclo se vincula ao desenvolvimento da agroindústria sucro-alcooleira e à diversificada produção industrial com a instalação de indústrias ligadas à fabricação de máquinas e implementos agrícolas e de empresas produtoras de equipamentos hidráulicos.

Essa nova dinâmica econômica fortaleceu as associações de serviços e de classes:

Associação Comercial, Sindicato do Comércio Varejista, Associação de Engenharia e Rotary Club. O histórico de Araraquara desde o início do século XX demonstra que a necessidade de planejar urbanisticamente a cidade, devido aos desafios impostos pelo combate às epidemias, como a da febre amarela, criara massa crítica suficiente para que a Associação de Engenharia e o Rotary Club capitaneassem os debates a respeito de instrumentos eficazes para ordenamento da ocupação e do uso do solo. Há, portanto, uma centralização dos debates sobre o planejamento da cidade na Associação de Engenharia e no Rotary Club, que orientaram a Prefeitura Municipal no processo de elaboração do plano diretor de Araraquara iniciado em 1950.

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O que nos chamou atenção foi a rede de contatos que foi estabelecida para conduzir esse processo de construção do plano diretor. Essa rede contou com a participação de personalidades formuladoras do pensamento urbanístico paulista durante o século XX: Professor Prestes Maia, Anhaia Mello e Geraldo Horácio de Paula Souza, ícones da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Esse fato suscita alguns questionamentos que nortearão o procedimento de pesquisa deste projeto de tese de doutorado, tais como:

Quais eram as características sociais, políticas e econômicas que, a partir da década de 1950, engendraram a criação de espaço privilegiado de debate centrado nos integrantes da Associação de Engenharia, no Rotary Club, com profícua participação de peritos, pesquisadores e estudiosos da FAU-USP?

Quais forças políticas e sociais compunham o contexto da cidade de Araraquara, em um momento de característico centralismo decisório com tanta influência, que serviram de instrumento de pressão para criar as condições necessárias para compartilhamento entre Prefeitura e Associação de Engenharia e Rotary Club na elaboração do plano diretor?

E, por fim, em que medida houve efetiva influência das principais correntes do pensamento urbanístico paulista do século XX, representado pelos pesquisadores Prestes Maia, Anhaia Mello e Paula Souza, no processo de elaboração e posterior concretização do plano diretor iniciado na década de 1950?

Em segundo lugar, focalizaremos o movimento iniciado em 1950 e estabeleceremos uma análise comparativa com o iniciado no ano de 2000. Pretendemos compreender que influências a cidade teve no processo de elaboração do plano diretor em 1950 e sua conseqüente sedimentação em uma lógica na elaboração de planos, a ponto de ser replicada na metodologia proposta para a elaboração do iniciado no ano de 2000. Identificamos indícios de que há uma continuidade na proposta de elaboração do novo plano diretor. No entanto, esse processo, de certa forma, teve que se moldar à nova roupagem exigida pela dinâmica social atual que pede metodologias democráticas participativas na elaboração de instrumentos de planejamento urbano que impactem a vida na cidade. O contexto mundial de reorganização do conceito e das práticas democráticas em países em desenvolvimento como o Brasil teria criado imposições à metodologia de elaboração do novo plano diretor no ano de 2000? Como estabelecer um processo de elaboração de um instrumento complexo e que prescinde de peritos,

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como é o plano diretor, vinculando-o à nova gramática social que pede ampliação do cânone democrático?

O procedimento de pesquisa buscará identificar diferentes aspectos da composição de um contexto histórico-social em que se formataram os principais debates sobre a questão urbana no Estado de São Paulo. Assim, esse projeto de tese de doutorado estará em sintonia com os debates que vêm ocorrendo na História, em torno da chamada Nova História, desde os anos de 1970 (Pallares-Burke, 2000), da emergência da denominada história das mentalidades, das discussões no campo da história urbana e da renovação por que passa hoje a história da ciência no Brasil. Aplicaremos essa metodologia de pesquisa na análise dos estudiosos da questão urbana no Estado de São Paulo que fundaram as principais correntes interpretativas do século XX: Francisco Prestes Maia, Luís Ignácio de Anhaia Mello e o Médico Sanitarista Geraldo Horácio de Paula Souza.

Pretendemos, com essa proposta de metodologia de pesquisa compreender o plano individual dos profissionais (Costa, 2000:137), focalizando suas relações com as estruturas administrativas do Estado e de outras instituições por meio das quais suas propostas foram difundidas. E buscaremos, por outro lado, entender o desenvolvimento de tais propostas a partir da compreensão do funcionamento das estruturas administrativas.

Optamos por dividir em três frentes de pesquisa o projeto de tese de doutorado para que pudéssemos, partindo dos principais formuladores da proposta de planejamento urbano do Estado de São Paulo no início do século XX, centrar nossas análises nos atores que concretizaram tal proposta na cidade de Araraquara, no formato de planos diretores.

Na primeira frente, produziremos uma análise dos estudiosos que cristalizaram concepções urbanísticas no Estado de São Paulo com a metodologia de pesquisa descrita anteriormente. A coleta de dados também demandará extenso levantamento bibliográfico sobre os temas tratados por esses estudiosos: urbanismo, cidade de São Paulo, higiene e saúde pública.

Posteriormente, buscaremos dados em fontes documentais e em entrevistas a serem realizadas com os principais atores sociais envolvidos nos processos de elaboração dos planos diretores da cidade, o iniciado na década de 1950 e o de 2000. Pelo fato de conduzirmos nesse momento uma pesquisa que não pretende identificar correntes formuladoras de teorias urbanísticas que teriam influenciado os processos de planejamento urbano cristalizados na cidade de Araraquara nos planos diretores, não aplicaremos a metodologia da história das mentalidades.

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Ou seja, produziremos entrevistas no sentido de identificarmos como e por quais caminhos a elite local foi influenciada pelo pensamento urbanístico formatado, basicamente, nos centros de pesquisas da capital, São Paulo. O Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal, CEPAM, hoje Fundação Faria Lima, será importante referência para coleta de dados sobre o processo, amplamente difundido no Estado de São Paulo, de elaboração de planos diretores a partir da década de 1950.

Após as análises concluídas, teremos condições suficientes para produzirmos levantamento de dados a respeito do processo de elaboração do novo plano diretor de Araraquara, iniciado no ano de 2000. Nesse momento, pretendemos produzir as interpretações necessárias à luz das teorias democráticas atuais e elaboração de análise interpretativa, tendo como referência o processo de construção do plano diretor ocorrido em 1950.

As fontes sobre dados de Geraldo Horácio de Paula Souza conhecidas estão divididas em diversos arquivos institucionais; destacamos três maiores conjuntos documentais: a Faculdade de Saúde Pública, a Biblioteca da FAU-USP e o arquivo particular de Ada Celina Paula Souza de Anhaia Mello. Também merece destaque a dissertação de mestrado produzida por Cristina Campos, São Paulo pelas lentes da higiene: as propostas de Geraldo de Paula Souza para a cidade (1925-1945), São Carlos, Editora Rima, 2002, pois apresenta de forma privilegiada dois momentos importantes por que passou a sociedade paulista: a mudança na concepção de saúde pública, conseqüência da Reforma do Código Sanitário, e a mudança do urbanismo em São Paulo, quando a cidade, em plenos anos 1920, se transforma em metrópole.

Face à importância que o primeiro Rotary Club de Araraquara, fundado em 1949, teve no contexto histórico de elaboração do plano diretor da cidade a partir de 1950, elaboraremos uma pesquisa minuciosa nos seus arquivos, documentos e atas das reuniões e palestras por ele promovidas. Objetivamos com isso, levantar dados suficientes para contextualizar a importância que essa instituição teve no intenso intercâmbio de professores e técnicos da FAU-USP na fase de debates sobre o futuro plano diretor. O mesmo procedimento será adotado para análise da Associação de Engenharia, importante organismo que teve papel significativo na condução dos debates acerca do planejamento urbano de Araraquara.

Os arquivos disponibilizados para consulta do jornal O Imparcial serão fundamentais para a elaboração do contexto histórico de Araraquara em torno dos debates sobre o plano diretor local. Pretendemos realizar visitas a esses arquivos para coleta de dados em

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reportagens e coberturas jornalísticas produzidas sobre os eventos promovidos pelo Rotary Club, Associação de Engenharia e Prefeitura para difundir na sociedade local a necessidade de elaboração do plano diretor de Araraquara com a presença constante do Professor Anhaia Mello e demais estudiosos da questão urbana. Em virtude de muitos desses eventos terem sido realizadas no Clube 22 de Agosto, pretendemos verificar se houve alguma sistematização das informações transmitidas ou registro documental dos encontros.

Com o objetivo de dar mais concretude às análises produzidas, realizaremos um conjunto de entrevistas com personalidades que participaram dos debates realizados na cidade de Araraquara na década de 1950 ou que de forma direta ou indireta os tenham influenciado.

Pretendemos localizar os familiares dessas personalidades para solicitarmos colaboração no fornecimento de dados, como fotografias, diários, documentos e demais fontes possíveis para produzirmos as análises a respeito dos discursos e das propostas para o planejamento urbano de Araraquara.

Posteriormente analisaremos o processo de instauração do COMPUA.

Realizaremos entrevistas com o Ex-Secretário de Desenvolvimento Urbano, Sr. Lincoln Ferri do Amaral, com o atual Secretário Sr. José Antonio Nigro Falcoski, com os Ex-Coodenadores de Meio Ambiente, Sr. Marco Aurélio e Sr. Almir Zancul. Escolhemos apenas esse Conselho por tratar especificamente de questões voltadas para o meio ambiente e a política urbana, com nítidas influências do conceito de sustentabilidade. Objetivamos percorrer o processo de construção e implementação de políticas públicas sustentáveis e seu arcabouço jurídico institucional edificado pelo poder local, bem como colher demais informações relevantes sobre a política de planejamento urbano e ambiental.

Bibliografia

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CDROM CLIQUE RIO+10, Coordenação Geral: Fábio Feldmam, produzido com apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), por meio de Carta de Acordo entre o MMA e o PNUMA no âmbito do Projeto BRA/00/01 – Apoio às Políticas Públicas na Área Ambiental – Agenda 21, 2002.

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Referências

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