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INCONTINÊNCIA URINÁRIA COM PREVALÊNCIA EM MULHERES IDOSAS

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Academic year: 2022

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OLIVEIRA, Ludimila dos Santos RODRIGUES, Maria Eduarda3

VARGAS, Sabrina Cunha4

INTRODUÇÃO

A incontinência urinária (IU) é considerada um distúrbio do trato urinário inferior na fase de armazenamento, sendo caracterizada por qualquer perda involuntária de urina de acordo com a International Continence Society (ICS) (ABRAMS et al., 2010). Ela afeta homens e mulheres em diferentes faixas etárias e é considerada um problema social e de higiene, afetando significativamente a qualidade de vida dos pacientes (ABRAMS et al., 2010; MINASSIAN; BAZI; STEWART, 2017).

A fisioterapia exerce um grande papel na prevenção e tratamento da IU, por meio da educação da função miccional, o uso adequado da musculatura do assoalho pélvico, exercícios e técnicas para o fortalecimento muscular. Na maioria dos casos de IU está presente a fraqueza da musculatura do assoalho pélvico, e para o tratamento é utilizado biofeedback; a eletroestimulação neuromuscular; os cones vaginais e cinesioterapia. A população idosa tem aumentado cada vez mais e com isso consequentemente tem o aumento da prevalência de IU, utilizando recursos fisioterapêuticos pode melhorar o controle esfincteriano através do fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, reduzindo assim os sintomas da perda urinária e consequentemente a melhora da qualidade de vida. Oliveira et al., 2011.

1 Graduanda do curso de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo-ES ingridmachadosilva2@gmail.com.

2 Graduanda do curso de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo-ES –lu-di-santos@hotmail.com.

3 do curso de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo-ES – eduardamerof@gmail.com

4Professor Orientador Titulação. Centro Universitário São Camilo-ES – e-mail@email.com.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada nesse estudo é de caráter bibliográfico descritivo exploratório, e a produção de dados se deu através de pesquisa em artigos, buscando por informações sobre esta temática.

A análise fundamentou-se em literatura nacional recente e relativa. Os resultados estão organizados em função dos objetivos em quatro categorias:

A) Conceito de incontinência urinária (IU);

B) Tipos de incontinência urinária;

C) Fatores condicionantes para o desenvolvimento da patologia;

D) Prevalência de IU em mulheres idosas.

DISCUSSÃO

Conforme a Sociedade Internacional de Continência (ICS) a incontinência urinária (IU) pode ser definida como qualquer perda involuntária de urina, menos para crianças. Este termo foi padronizado para a urologia com intuito de facilitar a compreensão dos protocolos de diagnóstico e tratamentos pelos profissionais, como nos casos da anamnese, exame clínico e imagens urodinâmicas. Pode ser classificada em IU de esforço (IUE), quando a perda urinária ocorre associada a esforços, atividade física, tosse ou espirro; IU de urgência, quando a perda urinária é associada à urgência, ou seja, a um desejo de urinar repentino e difícil de adiar; e IU mista, quando a perda urinária ocorre tanto com urgência quanto com esforços (SOUZA, 2011).

As causas de IU em idosos são diversas, e nas mulheres estão mais associadas à idade, ao índice de massa corporal, à paridade, ao tabagismo, à histerectomia, à hipertensão, ao diabetes e à menopausa. Em homens, pode surgir devido à idade, à hiperplasia prostática benigna ou no pós-cirúrgico de cirurgias, como resseção transuretral, prostatectomia aberta e radical retro púbica (BORGES 2019).

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da IU, os efeitos colaterais de medicamentos; distúrbios que afetam a mobilidade ou causam confusão mental; idade; consumo excessivo de bebidas que contêm cafeína e/ou álcool; e, as condições que irritam a bexiga ou a uretra como a vaginite e/ou constipação grave.

O maior predomínio de IU entre as mulheres também foi encontrado em outros estudos – Menezes, Hashimoto e Santos (2009); Borges et al. (2008) –, dado que pode ser explicado pela multiplicidade de fatores de risco no sexo feminino além da idade, como a paridade e menopausa (MINASSIAN; STEWART; WOOD, 2008). Nos homens, a IU é mais comumente atribuída a alterações na próstata (Chapple;

Roehrborn, 2006). Além disso, considerando que a idade é um fator de risco importante para o surgimento das perdas urinárias, o fato de as mulheres terem maior expectativa de vida que os homens podem justificar essa maior prevalência de IU no sexo feminino quando avaliadas populações idosas.

Dentre os fatores de risco para o surgimento da IU, a idade é um deles, sendo considerada um fator de risco não modificável, bem como raça e paridade. Dessa forma, o avanço da idade é um forte preditor de IU, especialmente a IU de urgência e IU mista, diferente da IU de esforço que é mais comum principalmente em mulheres após duas décadas de um parto vaginal (MINASSIAN; BAZI; STEWART, 2017).

No que diz respeito aos fatores causais desencadeantes da IU, a idade é o principal fator de risco, conforme encontrado nos estudos de Oliveira et al. (2010) e Higa, Lopes e Reis (2008) corroborando com a revisão sistemática.

Porém, outro ponto a ser destacado são os fatores relacionados ao envelhecimento, como a diminuição da capacidade de reserva da bexiga, diabetes, hipertensão e o aumento do índice de massa corpórea. Para as mulheres, a redução dos níveis de estrogênio após a menopausa, a via de parto e seus aspectos envolvidos contribuem para taxas elevadas de IU entre as idosas no Brasil (Oliveira et al., 2010;

Higa; LOPES; REIS, 2008; Thom; Rortveit, 2010; Suskind et al., 2017).

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Por fim, com relação à obesidade e/ou sobrepeso, o estudo de Richter et al. (2010) destacou que mulheres nessas condições possuíam mais episódios de IU e com maior gravidade, sendo a IUU duas vezes mais frequente entre elas (SUSKIND et al., 2017). Estes fatores podem ser relacionados a alta pressão intra-abdominal devido ao acúmulo de gordura na região da cintura e quadril, consequentemente, uma alteração do trato urinário na região pélvica (HIGA et al., 2008). Outro fator para a relação entre IMC e IU é que estes indivíduos, frequentemente, desenvolvem doenças como a hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus e doença cardiovascular, que também se relacionam com uma maior predisposição à IU (RASIA et al., 2007).

CONCLUSÃO

Conclui-se, aproximadamente oito milhões de brasileiros sofrem com a incontinência urinária, faz-se necessária a importância do tratamento para o indivíduo, o qual acaba por ter sua vida social acometida, ao passo que acaba deixando de se relacionar com outras pessoas e de sair de casa, na maioria das vezes, por terem medo do odor ou pelo fato do uso de fraldas ou absorventes íntimos.

Uma vez que o uso de fraldas, absorventes ou roupa íntima é um paliativo, e não um tratamento, é preciso que ocorra a investigação e o tratamento, visando encontrar a cura para tal problema.

Dessa forma, buscando evitar a obesidade, o sedentarismo, dentre outras atitudes que podem ser tomadas pela própria pessoa acometida pela IU, existem também os medicamentos antimuscarínicos,que aumentam a capacidade de conter a urina na bexiga e, outros que propiciam a diminuição da contração vesical, ajudando na perda por urgência.

No entanto, como não são soluções totalmente eficazes, faz-se tão importante a realização de fisioterapia, propiciando, assim, o fortalecimento da musculatura da região, bem como fora mencionado anteriormente neste trabalho, o que pode, ao passo que bem efetuada, sanar tal distúrbio de maneira definitiva, evitando-se, assim, uma possível cirurgia.

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Referências

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