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RELATÓRIO E CONTAS. Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Cantanhede e Mira, CRL. Relatório e Contas 2015/CCAM Cantanhede e Mira CRL

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RELATÓRIO E CONTAS

2015

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Cantanhede e Mira, CRL.

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Folha propositadamente

em branco

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Convocatória e Ordem de

Trabalhos

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Folha propositadamente

em branco

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Cantanhede e Mira, C.R.L.

Assembleia Geral Ordinária Convocatória

Nos termos do Art.º 24.º dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral desta Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, para reunir no próximo dia 22 de Março de 2016, pelas 16 horas, na sua Sede, na Rua dos Bombeiros Voluntários, n.º 6, em Cantanhede, com a seguinte

Ordem de Trabalhos:

1.

Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2015 e do relatório anual do Conselho Fiscal;

2.

Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados;

3.

Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual da implementação das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola;

4.

Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola;

5.

Apreciação, para aprovação, dos pedidos de exoneração dos associados que a solicitaram até trinta e um de Outubro de dois mil e quinze;

6.

Deliberação sobre as propostas de exclusão de sócios, de acordo com o n.º 1 do Art.º 14º dos Estatutos da CCAM;

7.

Permitir o pagamento de Títulos de Capital, pedidos pelos Tribunais, desde que se respeite o previsto nos Estatutos em termos de redução de capital, Artigo 8º, número 8, alínea a);

8.

Designação do Revisor Oficial de Contas, efectivo e suplente, para o triénio 2016/2018;

9.

Qualquer outro assunto de interesse para a Instituição.

Se à hora marcada não estiver presente número suficiente de associados, a Assembleia Geral funcionará uma hora depois, em segunda convocatória, com qualquer número de associados, nos termos do n.º 2 do Art.º 25.º dos mesmos Estatutos.

Cantanhede, 01 de Março de 2016

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Folha propositadamente

em branco

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Índice

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Folha propositadamente

em branco

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Índice

I. Enquadramento económico e Mercado bancário 11

II. Evolução recente do Grupo Crédito Agrícola 23

III. Actividade da CCAM de Cantanhede e Mira 33

1. Introdução 35

2. Actividade financeira 36

2.1. Crédito concedido 37

2.2. Recursos financeiros 39

2.3. Outros indicadores 40

2.3.1. Margem financeira, margem complementar e produto bancário

41

2.3.2. Custos de estrutura 42

2.3.3. Recursos humanos e balcões 43

2.3.4. Fundos próprios e solvabilidade 44

IV. Proposta para aplicação de resultados 45

V. Demonstrações financeiras e anexo 49

Balanço 51

Demonstração de Resultados 52

Demonstração da Alteração do Capital Próprio 53

Demonstração do Rendimento Integral 54

Demonstração dos Fluxos de Caixa 55

Anexo às Demonstrações Financeiras 56

VI. Estrutura e práticas de governo societário 101

VII. Considerações finais 115

VIII. Parecer do Conselho Fiscal 119

IX. Certificação Legal de Contas 123

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Folha propositadamente

em branco

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I. Enquadramento económico e

Mercado bancário

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Folha propositadamente

em branco

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1. Economia Nacional

Após um crescimento de 0,9% em 2014, a economia portuguesa apresentou maior dinamismo que justifica a perspectiva de crescimento de 1,6% em 2015, o que reflecte um crescimento ligeiramente superior ao verificado na média da Zona Euro.

Fonte: Banco de Portugal – Boletim Económico Dezembro 2015

I. Enquadramento económico e Mercado bancário

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Para a aceleração da actividade em 2015 contribuiu, em maior grau, a evolução das exportações portuguesas, que aumentaram 5,3% e que beneficiaram, em grande medida, da evolução da procura externa dirigida à economia portuguesa. Este dinamismo esteve associado à recuperação económica de alguns dos principais parceiros comerciais da Zona Euro, em particular Espanha, França e Itália. As exportações para países fora da Zona Euro beneficiaram da depreciação do euro e do crescimento da procura externa oriunda de alguns parceiros comerciais relevantes, em particular o Reino Unido e os EUA.

O crescimento do consumo privado (2,7% em termos homólogos, o que compara com o crescimento de 2,1% registado em 2014) esteve associado a uma melhoria das perspectivas quanto à evolução do rendimento permanente das famílias, conjugada com um quadro de condições monetárias e financeiras favoráveis.

A taxa de desemprego cifrou-se em 11,8% em 2015, ficando 2,1 p.p. abaixo do verificado em 2014, num contexto de diminuição da população activa. Não obstante esta diminuição, a percentagem de desempregados continua historicamente elevada, agravada pela existência de um elevado nível de desemprego de longa duração.

O défice orçamental deverá atingir os 4,2% do PIB em 2015, devido, em grande medida, à resolução do Banif ocorrida no final do ano findo. Estima-se que o impacto desta medida nas contas públicas venha a ser de 2.255 milhões de euros (1.766 milhões de euros numa injecção de capital no banco e 489 milhões de euros na transferência para o Fundo de Resolução), fazendo aumentar o défice em 1,2 p.p. do PIB, sendo que, excluindo este impacto, o défice orçamental seria de 3% em 2015.

O valor de 4,2% encontra-se acima do previsto no Orçamento de Estado de 2015 para o conjunto do ano (2,7%), mas traduz uma melhoria homóloga de 0,3 p.p. decorrente de um aumento da receita superior ao da despesa.

1.2 Mercado Bancário Nacional

O ano de 2015 revelou-se um ano de alguma turbulência no sistema bancário Português, com a venda do Banif e a permanência de indefinição quanto ao destino do Novo Banco.

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Portugal: The Way Forward

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A aquisição do Banif pelo Banco Santander Totta foi finalizada a 20 de Dezembro de 2015, pelo valor de €150 milhões.

É de referir que, ainda em 2013, o Banif foi recapitalizado pelo Estado português no montante de €1.100 milhões, sendo que o plano de recapitalização incluía, adicionalmente, um aumento de capital por investidores privados de €450 milhões, o qual foi concluído em Junho de 2014. O Banif revelou não ter capacidade para reembolsar a totalidade do montante, acabando este por vencer em Dezembro de 2014. Com a venda do banco, a generalidade da actividade do Banif foi transferida para o Banco Santander Totta, tendo-se criado um regime de excepção para os activos problemáticos (transferência para um veículo de gestão de activos específico). Os clientes do Banif foram transferidos para o Banco Santander Totta e as respectivas agências foram alvo de renovação de imagem.

Relativamente ao Novo Banco, a situação desta instituição continua instável, sobretudo devido à indecisão do processo de privatização e à decisão do Banco de Portugal, tomada a 29 de Dezembro de 2015, de transferir a dívida sénior de institucionais do Novo Banco para o Banco Espírito Santo (BES). Em 15 de Janeiro de 2016, o Banco de Portugal relançou o processo de venda da participação do fundo de resolução do Novo Banco, em linha com o acordado entre as autoridades nacionais e a Comissão Europeia.

2. Evolução do mercado nacional

2.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 – Dezembro 2015)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal (Dezembro 2015), o volume de depósitos aumentou 3,1% em Dezembro de 2015 face ao mesmo período de 2014. Para esse crescimento contribuíram a evolução positiva de 3,8% dos depósitos de particulares (+2,3 p.p. que em 2014) e um crescimento menos acentuado nos depósitos de empresas de 0,2% (-2,8 p.p. que em 2014).

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2.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 – Dezembro 2015)

Ao invés, o crédito bruto total registou decréscimo homólogo de 4,2% em Dezembro de 2015. A quebra foi mais significativa no crédito a empresas (-5,0%) do que no crédito a particulares (-3,6%), ambos em termos homólogos.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre 2014 e 2015, o crédito total reduziu 4,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viseu, Vila Real e Faro. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 60% da quebra registada no país.

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Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,9% em 2015 face ao período homólogo) que representa 82% do total do crédito a particulares.

Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 4,2%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito.

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Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,4%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser a construção, as actividades imobiliárias e o comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

3. Mercados Financeiros

No ano de 2015 a atenção dos investidores esteve centrada, fundamentalmente, na actividade dos Bancos Centrais, na situação de incerteza quanto à evolução da Grécia, no progresso das economias emergentes e na cotação das commodities. Em Portugal, o ano ficou marcado pelas eleições legislativas, pela incerteza em relação à formação do novo Governo, pelas perdas geradas com a queda do Banco Espírito Santo, e, por fim, pela resolução do Banif com a alienação da sua actividade e abertura do processo de investigação sobre o auxílio estatal concedido em 2013.

Na Europa, o 1º semestre de 2015 ficou marcado pelo anúncio do início do programa de Quantitative Easing por parte do BCE, programa criado com o propósito de aumentar os níveis de inflação na Zona Euro, e pelo processo negocial tenso entre a Grécia e a Troika (BCE, CE e FMI) quanto à aplicação de reformas na economia, o que conduziu a um aumento da incerteza entre os investidores e, consequentemente, a um aumento da volatilidade nos mercados accionistas e de dívida pública.

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Na China, no final do 1º trimestre, o People Bank of China (PBOC), por forma a dinamizar a economia, cortou as taxas de juro e baixou as taxas de remuneração dos depósitos em 0,25 p.p.

O 2º trimestre iniciou-se com a decisão por parte da Reserva Federal Americana em manter a política monetária inalterada, conservando o intervalo objectivo das taxas dos “fed funds” em 0% – 0,25%.

Do lado da Zona Euro, o trimestre ficou marcado pela passagem da taxa Euribor a 3 meses para terreno negativo (-0,001%) resultante da política seguida pelo BCE.

No mercado accionista começou também a verificar-se a queda do mercado chinês, com o índice Shanghai Composite a desvalorizar 11% só no mês de Junho. Este crash ocorreu após uma corrida às acções, com os chineses a recorrerem a crédito para colocarem na bolsa. Como tal, o Banco Central chinês reduziu por duas vezes (uma em Maio e outra em Junho) a taxa de juro de referência e a taxa de depósitos em 0,25 p.p..

No 3º trimestre assistiu-se a uma grande volatilidade no mercado accionista. Como as desvalorizações registadas pelas acções chinesas indiciavam que as medidas de Pequim não estavam a aliviar os receios dos investidores, o regulador chinês e o PBOC avançaram com medidas expansionistas adicionais, principalmente (i) a proibição de venda de acções por investidores com posições qualificadas, (ii) a desvalorização do “yuan” em 1,9% e (iii) a redução das taxas de juro e de depósito em 0,25 p.p. Estas medidas alertaram os investidores para o abrandamento da segunda maior economia do mundo contagiando os índices europeus e norte-americanos e também as commodities.

Em termos de política monetária, tanto o BCE como a Reserva Federal mantiveram as suas políticas inalteradas nas reuniões de Setembro.

No 4º trimestre, a atenção dos investidores esteve centrada nas decisões dos Bancos Centrais, na evolução das commodities e nas eleições realizadas na região ibérica.

Na Zona Euro, o BCE tomou medidas adicionais na sua reunião de Dezembro, em particular: (i) corte da taxa de juro dos depósitos em 10 p.b. para -0,30%, mantendo a taxa de juro de referência e a taxa de cedência de liquidez inalteradas; (ii) alargamento do programa de compra de activos até, pelo menos, Março de 2017 (iiI) reinvestimento dos juros obtidos com os activos comprados e (iv) inclusão da dívida dos governos regionais e das administrações locais no âmbito das aquisições de dívida do BCE.

Por sua vez, nos EUA, a Reserva Federal subiu a taxa de juro de referência pela primeira vez desde 2006, passando o

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Na China, o Banco Central cortou as taxas de juro dos empréstimos à banca e a taxa de juro dos depósitos dos bancos no Banco Central, tendo ainda sido diminuídos os requisitos de reservas de capital dos bancos em 50 p.b. e injectados 150 mil milhões de “yuan” na economia com o objectivo de elevar o nível de liquidez da banca chinesa.

O ano em análise fica também marcado por uma certa instabilidade política em função da dispersão de votos pelos vários partidos nas eleições de Portugal e Espanha, criando incerteza no processo de formação de Governo nesses países.

No mercado das commodities, o destaque vai claramente para o petróleo, cuja cotação desvalorizou cerca de 18% no 4º trimestre e 31% ao longo de 2015, graças ao excesso de oferta existente no mercado e ao aumento dos conflitos entre os países produtores. Em relação aos produtos agrícolas, a queda foi de cerca de 2,4% no último trimestre e de 12% no ano.

A evolução do preço das matérias-primas teve também um impacto directo nos níveis de inflação dos principais países, a saber: (i) nos EUA a taxa YoY foi de 0,5% no mês de Novembro, enquanto que a taxa core1 foi de 1,4%; e (ii) na Zona Euro, segundo o Eurostat, a taxa YoY foi de 0,1% em Dezembro, o mesmo valor registado em Outubro e a taxa de inflação core mensal caiu inesperadamente 0,2 p.b. para 0,9%.

Em termos cambiais, no 4º trimestre, assistiu-se a uma apreciação de 2,8% do USD face ao EUR, com o EUR/USD a fechar o ano nos 1,086. No acumulado do ano, o EUR perdeu 10,2% face ao USD.

Principais focos em 2016:

A evolução das economias emergentes constitui o grande foco de análise em 2016. Para além da desaceleração da economia chinesa, a situação nestes países encontra-se ainda penalizada pelo início da subida das taxas de juro nos EUA, pela depreciação ocorrida nas respectivas moedas, e pela acentuada queda dos preços das matérias-primas. Um enfraquecimento mais acentuado do que o esperado da procura interna na China poderá afectar a confiança nos mercados financeiros e, dessa forma, comprometer as perspectivas de muitas outras economias, tanto emergentes como avançadas. A evolução dos mercados estará assim dependente da resposta dos Bancos Centrais à situação na China, bem como à forma de conciliar este tema com a tentativa de chegar a níveis de inflação de 2%.

Factores como os conflitos no Médio Oriente, actos terroristas e a consequente variação do preço do petróleo serão também fundamentais para a evolução dos mercados no ano de 2016.

Em Portugal, a execução orçamental e a decisão da DBRS, única agência que coloca o rating de Portugal no nível investment grade e como tal possibilitando a aquisição de dívida pública por parte do Banco Central Europeu, assumem carácter decisivo quanto à situação política e económico-financeira do país em 2016.

1

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4. Principais riscos e incertezas para 2016

O ano de 2016 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP).

No início de 2016, o Banco Central Europeu divulgou as cinco prioridades em matéria de supervisão das instituições financeiras europeias, que se centrarão (i) no risco associado ao modelo de negócio e à rendibilidade, (ii) no risco de crédito, (iii) na adequação dos fundos próprios, (iv) na governação do risco e qualidade de dados e (v) nos novos requisitos de liquidez, sendo certo que serão realizadas diversas iniciativas de supervisão para cada uma das prioridades elencadas e, em alguns casos, a implementação de algumas medidas estender-se-á por mais de um ano, exigindo dedicação e orçamento acrescidos.

Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA2, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola.

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Folha propositadamente

em branco

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II. Evolução recente do Grupo

Crédito Agrícola

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Folha propositadamente

em branco

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1 Resultado e Balanço

1.1 Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2015, constituem valores provisórios e não auditados.

II. Evolução recente do Grupo Crédito Agrícola

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Após 3 anos de depressão económica em Portugal, entre 2011 e 2013, o ano de 2015 veio confirmar a fase de recuperação e crescimento iniciada em 2014, sendo que em 2015 o crescimento do PIB foi de 1,6%. Para 2016 e 2017, o Banco de Portugal prevê um crescimento de 1,7% e 1,8% respectivamente.

Apesar do aumento em 2015 da procura interna, assistiu-se a uma redução do nível de alavancagem das famílias e das empresas não financeiras e consequente redução do crédito em 4,2%, sendo nas famílias de -3,6% e nas empresas de -5,0%.

O Crédito Agrícola (SICAM) apresentou no final de Dezembro de 2015 um aumento do resultado líquido do negócio bancário de 32 milhões de euros face a 2014 (56,5 milhões de euros vs. 24,5 milhões de euros), para o qual contribuiu o aumento do crédito bruto em 3,5%.

Apesar do resultado líquido do SICAM ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 9,3%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda, justificado pela redução das mais-valias, que em 2014 alcançaram 169,1 milhões de euros e em 2015 somente 99,3 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 41%. Este efeito foi parcialmente compensado através do aumento dos outros resultados de exploração em 334%, em resultado da alienação da participação financeira das Caixas Associadas no capital da CA Vida e da CA Seguros, no âmbito da constituição de uma holding seguradora (CA SeP), operação que resultou no registo de uma mais-valia de 19,8 milhões de euros que será anulada em termos consolidados nas contas do Grupo.

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A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1,2%, passando de 248 milhões de euros em 2014 para 245 milhões de euros em 2015. Esta quebra resulta essencialmente:

i. Do efeito preço negativo da redução de spreads na concessão / renovação de crédito a empresas;

ii. Do efeito volume resultante do acréscimo de depósitos de clientes, não compensada pela redução das taxas de remuneração dos novos depósitos e das renovações;

iii. Da pressão sobre as margens resultantes das reduzidas taxas indexantes do crédito (Euribor), em particular, no que se refere ao crédito com maturidades longas; e

iv. Da redução dos proveitos com juros da carteira de títulos.

É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2015 um esforço de remuneração dos recursos das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado.

De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2016, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas.

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Globalmente, mesmo com a descida da margem financeira em 1,2% e do produto bancário em 9,3%, o resultado líquido aumentou 131%, passando de 24,5 milhões de euros, para 56,5 milhões de euros, resultante fundamentalmente de dois factores: (i) da mais-valia criada com a venda das acções da CA vida e CA seguros à nova holding e (ii) da redução de 200,5 milhões de euros para 126,7 milhões de euros (-36,8%) das provisões e imparidades do exercício.

Quanto aos custos de estrutura verificou-se um ligeiro aumento de 0,1% (363 mil euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,5 milhões de euros (+0,9%). Esta subida contudo foi atenuada com uma quebra ligeira nos gastos gerais administrativos (-0,1%), fruto das negociações centralizadas de contratos e da estratégia de contenção dos custos já iniciada no ano anterior e pela redução das amortizações em 7,2%.

Nas contas provisórias de 2015, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no valor de 127 milhões de euros, o que representa uma redução de 73 milhões de euros face a 2014. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um aumento, passando de 124,7% em 2014 para 130,8% em 2015, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente.

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Relativamente à estrutura de balanço, registou-se uma redução de 1,6% no activo total do SICAM que passou de 13.267 milhões de euros em 2014 para 13.057 milhões de euros em 2015. Em 2015 apesar do aumento do crédito a clientes de 3,5% (282 milhões de euros), este não foi suficiente para compensar a redução no valor das aplicações em títulos de 12,4% (-529 milhões de euros face a 2014).

O crédito a clientes consolidado aumentou 3,5% com o crédito a empresas a subir 8,9% e o crédito a particulares a reduzir 2,6% face a 2014. Em termos líquidos, o crédito aumentou 3,4%, o que representa um aumento de 246 milhões de euros, que inclui um reforço de imparidade de 36,4 milhões de euros (4,3%).

O passivo total do SICAM reduziu cerca de 214 milhões de euros, muito por conta do reembolso ao Banco Central Europeu (491 milhões de euros), enquanto o capital próprio registou um aumento de 4 milhões de euros.

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1.2 Outros Factos Relevantes

Nos últimos 3 anos a marca CA assumiu um papel relevante junto dos consumidores, pois conseguiu demonstrar os valores e as iniciativas que esta instituição desenvolve junto da sociedade. O reconhecimento perante os portugueses tem sido evidente, e ficou patente nos resultados obtidos não só pelo estudo promovido pela Aximage em 2014, que revelou que o Crédito Agrícola é o segundo banco em quem os portugueses mais confiam, mas também pelo prémio de 5 Estrelas recebido em 2015 e que classificou o Crédito Agrícola na categoria do “Atendimento ao Cliente” como a instituição mais bem classificada.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam:

 O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 2ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

 O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;

 A homenagem às 193 empresas clientes CA (mais 105 empresas face ao ano anterior) com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2014, realizada pelo segundo ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

 O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo segundo ano consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na FIL, em Lisboa, no “Portugal Agro” e na “Alimentaria &

Horexpo Lisboa 2015”;

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 A associação à Academia do Centro de Frutologia Compal, pela 4ª vez consecutiva, tendo, em 2015, sido desenvolvida uma acção de formação e apoio à instalação frutícola destinada a empreendedores agrícolas que se pretendem instalar, aumentar ou reconverter a sua exploração agrícola.

Quanto ao reconhecimento público em 2015, o Crédito Agrícola foi galardoado com seis distinções em diversas áreas: banca, seguros e fundos de investimento. O Banco foi considerado, pela revista britânica The Banker, no seu estudo “Top 1000 World Banks”, o terceiro mais sólido a operar em Portugal e o primeiro de capitais exclusivamente nacionais.

A CA Seguros, a seguradora não vida do Grupo Crédito Agrícola, foi eleita, pela quinta vez, a Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento.

Esta distinção resulta de um estudo realizado pela revista EXAME, em parceria com a Deloitte e com a Informa D&B.

O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações CA Rendimento, gerido pela Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. (CA Gest), foi distinguido com o prémio “Gestão Nacional de Organismos de Investimento Colectivo”, na categoria “Fundos de Obrigações de Taxa Indexada”.

Em 2015, o serviço Balcão 24 terminou com 249 balcões em funcionamento, o que representa um crescimento de 6% face a 2014 (236 balcões). É ainda de salientar a evolução semestral do volume de

transacções realizadas no serviço Balcão 24, que registou um crescimento de 6% face a igual período de 2014.

No ano 2015, registou-se um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola de 2,2%, passando de 1.465 máquinas em 2014 para 1.497 em 2015, contrariando a tendência de decréscimo verificada no mercado (-2,1% face a 2014) e permitindo um reforço da quota de mercado em 0,5 p.p. O número de transacções em ATM do Crédito Agrícola subiu 3%

em 2015.

A instalação de terminais de pagamento automático (TPA) continuou a registar uma evolução positiva, verificando-se um aumento do número de equipamentos (+10,5% face a 2014) e do número de transacções efectuadas (+24,5% face a 2014). O serviço Rede CA & Companhia continua a consolidar a sua posição, tendo apresentado em 2015 um crescimento de 33,5%, estando instalado em 49% dos terminais de pagamento automático do Crédito Agrícola.

Durante o ano de 2015 verificou-se um aumento da carteira global de cartões de pagamento, sendo que a carteira de cartões de pagamento a débito cresceu 10,4% e a carteira de cartões de pagamento a crédito aumentou 2,6%. Esta evolução originou um crescimento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,7 p.p. nos cartões de débito e 0,4 p.p.

nos cartões de crédito. À semelhança do crescimento da carteira de cartões, o ano 2015 evidenciou igualmente um aumento do número de transacções com cartões (+8,1%), assim como, um aumento do volume de transacções em valor (+6,3%).

No âmbito da estratégia de estabelecimento de parcerias com entidades do segmento institucional, o Crédito Agrícola celebrou um protocolo de parceria com a Associação Portuguesa de Imprensa no final de 2015, aproveitando igualmente para assinar um protocolo comercial que permite aos colaboradores dos 400 órgãos de comunicação social associados aceder à oferta do Crédito Agrícola em condições favoráveis. Ainda ao nível da assessoria de imprensa, foram realizadas diversas acções junto dos meios de comunicação social, de âmbito nacional e regional, bem como a realização de entrevis- tas individuais concedidas pelo Presidente do CAE da Caixa Central em diversos meios de comunicação.

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Quanto ao nível de comunicação externa foram realizadas 2 novas macro-campanhas:

 “Planos você já tem, só precisa do Banco certo”, que teve por objectivo promover as soluções de crédito pessoal disponibilizadas pelo CA; e

 “CA Destino”, que desafiou os jovens a poupar de modo a habilitarem-se a ganhar passagens áreas duplas para a Europa.

O Crédito Agrícola começou a sua pegada nas redes sociais da melhor forma, iniciando a sua presença no Facebook, Instagram e Youtube, com o objectivo de aproximar o Grupo ao target mais jovem e ao público dos centros urbanos. De referir que o Banco terminou o ano com mais de 55.000 seguidores na sua página oficial de Facebook.

Em 2015 registaram-se 19.192.755 visitas ao site institucional do Grupo Crédito Agrícola (+28% face a 2014), o que repre- senta uma média de 1.599.396 visitas/mês realizadas por 5.499.609 visitantes únicos.

Em 2009, o Crédito Agrícola integrou no seu Plano de Meios de Comunicação, o patrocínio a um programa televisivo inovador, denominado “1 Minuto de Economia”. Tratando-se de um programa sobre a actualidade financeira com um formato diferenciador transmitido diariamen- te no canal SIC, permitido impactar mais de 1.300.000 telespectadores, alavancando assim a notoriedade da marca CA.

Em 2015 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como:

 Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014;

 Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no Rali Dakar 2016, em motociclismo;

 João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I;

 Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes por ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na categoria de cadetes;

 33ª Volta ao Alentejo em Bicicleta;

 Expofacic — Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Cantanhede;

 Entre outros eventos e atletas.

Ao longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre as quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction e Festa dos Santos Populares em Paris.

(33)

III. Actividade da CCAM de

Cantanhede e Mira

(34)

Folha propositadamente

em branco

(35)

1. Introdução

No cumprimento da Lei e dos Estatutos, vem a Caixa de Crédito Agrícola de Cantanhede e Mira apresentar o seu Relatório e Contas relativo ao exercício de 2015.

Os indicadores macroeconómicos publicados pelo Banco de Portugal colocam a economia nacional num maior dinamismo em 2015 se comparado com o período homólogo.

Independentemente desta melhoria, o mercado bancário nacional registou no exercício de 2015 diversos factores de alguma turbulência provocada essencialmente pela instabilidade e indefinição quanto ao futuro de alguns Bancos nacionais.

No entanto, a CCAM de Cantanhede e Mira terminou o exercício de 2015 com um resultado líquido superior ao alcançado em 2014.

Num mercado altamente concorrencial, a Caixa registou em 2015 um aumento do valor dos depósitos bem como nos empréstimos a Clientes.

É de registar o sucesso alcançado, essencialmente, na margem complementar e no produto bancário em 2015, que alavancaram os resultados finais.

A política implementada pela Caixa segue o percurso de segurança e solidez historicamente demonstrado, acompanhando a evolução permanente dos mercados onde se insere.

III. Actividade da CCAM de Cantanhede e Mira

(36)

2. Actividade Financeira

Os valores totais de Balanço apresentam, relativamente a 2014, um aumento de 5,61%. No activo, destacam-se as aplicações em Instituições de Crédito e o crédito a clientes. No passivo, os recursos de Instituições de Crédito e de clientes.

Os recursos de clientes aumentaram sensivelmente o mesmo, em valores absolutos, que o crédito concedido, aproximadamente 3 milhões de euros. Estas rubricas serão abordadas com maior profundidade no ponto 2.1. e 2.2..

Terminamos 2015 com mais 6 milhões de euros aplicados em depósitos a prazo na Caixa Central que em 2014 (ver nota 10 do anexo às DF). Este aumento de excedentes explica-se maioritariamente pelo aumento dos recursos obtidos através da linha de refinanciamento do BCE (TLTRO), cujo aumento foi de aproximadamente 6 milhões de euros (ver nota 25 às DF).

Este ano, a rubrica activos financeiros disponíveis para venda, para além dos instrumentos de capital, maioritariamente, unidades de participação no Fundo de Investimento Imobiliário “CA Arrendamento Habitacional”, incorpora também instrumentos de dívida, no valor de 1.086.905 euros, correspondentes a obrigações da CA Vida, adquiridas em 21/12/2015 (ver nota 9 do anexo às DF).

Dado que, nos últimos anos, o valor dos imóveis adquiridos em processos de recuperação de crédito tem vindo a aumentar, importa destacar, este ano, a redução, embora ligeira, verificada na rubrica dos activos não correntes detidos para venda. Para tal contribuíram a redução dos imóveis adquiridos e o aumento dos imóveis vendidos (ver nota 15 do anexo às DF).

(37)

2.1. Crédito concedido

O crédito a clientes representa 55% do total do activo. A repartição da carteira de crédito pelas diversas linhas de financiamento, mantem, no essencial, a sua estrutura. No entanto foi na linha “outros financiamentos” que se verificou um aumento de 2,3 milhões de euros, responsável pelo acréscimo de 3,15% da rubrica crédito a clientes.

Apesar de todos os esforços, o crédito vencido sofreu um aumento de 382 mil euros. O grau de cobertura do crédito vencido por provisões foi, em 2014, de 89,38%, tendo reduzido em 2015, para 80,49%.

De realçar que, por questões de segurança, foram reforçadas 733 mil euros as provisões extra-regulamentares.

(38)

Crédito activo, crédito vencido e rácio de crédito vencido há mais de 90 dias

(39)

2.2. Recursos financeiros

Os recursos totais de clientes apresentam um crescimento de 2,23%.

As descidas verificadas nas taxas de juro pagas pelos depósitos a prazo, explicam a redução de 5,7 milhões de euros, verificada nos valores aplicados neste tipo de produtos.

Os valores aplicados à ordem, atingiram em 31/12/2015, os 51 milhões de euros.

Continua a verificar-se, este ano, embora menos que no ano anterior, um aumento da procura por investimentos alternativos aos tradicionais depósitos a prazo, nomeadamente, fundos e seguros de capitalização. De facto, os recursos de clientes aplicados em produtos fora de balanço tiveram, em 2015, um aumento 17% quando, em 2014, tinha aumentado 34,55%.

105.581.440 € 104.591.213 € 107.458.046 € 111.066.703 €

149.761.324 € 149.629.717 € 152.795.380 € 155.936.778 €

84,26% 82,06%

75,18% 73,72%

Crédito, recursos e rácio de transformação

(40)

Apesar da importância crescente dos recursos aplicados fora do balanço, o rácio de transformação continua a evidenciar uma boa relação entre os recursos e as aplicações apresentando, em 2015, um valor de 73,72%, cumprindo largamente o valor recomendado para o SICAM (< 85%).

2.3. Outros indicadores

(41)

2.3.1. Margem financeira, margem complementar e produto bancário

A margem financeira, que nos últimos anos tem vindo a decrescer, apresenta, este ano, um crescimento de 6,72%. Este resultado é fruto de uma gestão cautelosa e equilibrada quer das taxas aplicadas nas operações activas, quer das taxas aplicadas nas operações passivas.

A margem complementar, que cada vez assume maior importância, cresceu 22,66%. Os ganhos com serviços e comissões, que são 85% da margem complementar, aumentaram 3,11%. De destacar aqui as comissões recebidas por colocação de produtos fora de balanço, da CA Vida e da CA Seguros, nos valores de 218 mil euros e 150 mil euros, respectivamente.

O aumento da margem complementar deveu-se, também, ao registo das mais-valias obtidas com a transferência das 7.500 acções da CA Vida para a Crédito Agrícola Seguros & Pensões, SGPS, SA., no âmbito do aumento de capital em es- pécie desta última (ver nota 49 do anexo às DF). As referidas acções, registadas no activo por 43.716,15 euros, foram tran- saccionadas por 202.950,00 euros, originando mais-valias no valor de 159.234 euros.

O produto bancário, que corresponde aos ganhos conseguidos directamente com a actividade bancária, apresenta um crescimento de 11,73%, atingindo valores próximos dos obtidos em 2012.

O crescimento do produto bancário, não teve o impacto esperado no resultado obtido. De facto, o aumento de 571 mil euros no produto bancário, foi absorvido pelo aumento dos custos com a criação e/ou reforço de provisões e imparidade, onde se destacam as provisões para riscos específicos de crédito, que foram reforçadas no montante de 498 mil euros; a imparidade referente à desvalorização das unidades de participação do fundo CA Arrendamento Habitacional, que durante 2015, foi de 56,5 mil euros e os activos não correntes detidos para venda que obrigaram a um reforço de perdas

3.988.879 €

3.531.420 €

3.344.741 € 3.569.626 €

1.509.455 € 1.560.618 € 1.530.254 €

1.877.042 €

2012 2013 2014 2015

Margem Financeira Margem Complementar 5.498.334 €

5.092.038 € 4.874.995 €

5.446.668 €

Margem financeira, margem complementar e produto bancário

Produto Bancário

(42)

2.3.2. Custos de estrutura

Relativamente aos custos de estrutura não se verificaram alterações significativas:

1.974.794 € 1.997.737 € 2.073.765 € 2.141.103 €

1.629.037 € 1.669.993 € 1.702.778 € 1.696.761 €

137.750 € 125.204 € 131.971 € 123.853 €

2012 2013 2014 2015

Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Amortizações do exercício

3.741.581 € 3.792.934 €

3.908.514 € 3.961.718 €

Custos de estrutura

(43)

2.3.3. Recursos humanos e balcões

Em qualquer organização, o capital humano deve ser encarado como o mais importante. Na Caixa de Cantanhede e Mira, as pessoas estão em primeiro lugar. Por isso, é constante a preocupação em obter a melhor racionalização e harmoniza- ção das capacidades e aptidões, com vista a um melhor e mais eficiente desempenho de cada um.

O facto de 83% dos funcionários terem concluído os estudos no ensino superior, não invalida a constante preocupação em manter actualizados os conhecimentos e ajustadas as aptidões às tarefas que desempenham.

A CCAM de Cantanhede e Mira, mais do que uma obrigação legal, vê na formação profissional um investimento nos seus funcionários de modo a que estes estejam preparados para os constantes desafios desta actividade e possam correspon- der com qualidade às expectativas dos nossos clientes e associados.

Assim, através do Centro de Formação do DRH da Caixa Central, do IFB, da OTOC, entre outros, todos os funcionários tiveram formação no ano 2015, tendo sido frequentadas 32 acções de formação que proporcionaram um total de 5.377 horas de formação.

18/29 2%

30/39 32%

40/49 43%

50/59 21%

> 60 2%

Estrutura etária

< 4 8% 5/9

9%

10/14 30%

> 15 53%

Antiguidade

4 4

14

25

Ens . Ba s i co Ens .Secundári o Ba cha relato Li cenci a tura

Habilitações

(44)

Todos os rácios de produtividade que têm por base o produto bancário apresentam um bom desempenho, devido ao aumento do produto bancário perante a manutenção da quantidade de funcionários.

2.3.4. Fundos próprios e solvabilidade

O capital social registou os seguintes movimentos:

-Por entrada de 329 novos sócios e/ou reforço de títulos: 240.165 euros -Por demissão e exclusão de 68 sócios: 32.715 euros

O Rácio de solvabilidade mantem-se em 21% e contínua bastante acima do recomendado (≥8%).

Nº de s óci os 6.056 6.035 6.247 3,51% 6.508 4,18%

Ca pi ta l Soci a l 8.733.345 € 8.769.825 € 8.962.585 € 2,20% 9.170.035 € 2,31%

Ca pi ta i s Própri os 18.748.508 € 19.198.603 € 19.781.204 € 3,03% 20.332.204 € 2,79%

Rá ci o de Sol va bi l i da de (Avi s o 7/96) 17,20% 18,00% 21,00% 16,67% 22,00% 4,76%

Rá ci o Core Ti er I (Avi s o 6/99) 17,20% 18,30% 21,00% 14,75% 21,00% 0,00%

Sócios e Capital Social 2012 2013 2014 Var. % 2015 Var. %

(45)

IV. Proposta para aplicação de

resultados

(46)

Folha propositadamente

em branco

(47)

IV. Proposta para aplicação de resultados

De acordo com os Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Cantanhede e Mira CRL, congregados com o Código Cooperativo, nomeadamente o artigo 33º e 34º e o previsto no artigo 44º do Regime Jurídico do Crédito Agrícola, propõe o Conselho de Administração que o resultado apurado no exercício de 2015, no montante de €492.363,94 seja distribuído nos seguintes moldes:

Para Reserva legal (art.33ºa)): 20% mínimo: €438.846,56

Para Reserva para Formação (art. 33º b)): máximo 2,5% €12.300,00 Para Reserva para Mutualismo (art. 33ºc)): máximo 2,5% €3.000,00 Para Distribuição sob forma de remuneração de Títulos de capital (art.34º1)): €38.217,38*

* Refere-se a 1,5% sobre o total do capital dos Associados

(48)

Folha propositadamente

em branco

(49)

V. Demonstrações Financeiras e Anexo

Balanço

Demonstração de Resultados

Demonstração de Alterações no Capital Próprio

Demonstração do Rendimento Integral

Demonstração dos Fluxos de Caixa

Anexo às Demonstrações Financeiras

(50)

Folha propositadamente

em branco

(51)

Provisões,

Activo imparidade e Activo Activo

ACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 1.368.916 1.368.916 1.445.870

Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 818.408 818.408 2.770.546

Activos financeiros detidos para negociação 7 - - -

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 - - -

Activos financeiros disponíveis para venda 9 2.184.442 -102.002 2.082.440 1.510.123

Aplicações em instituições de crédito 10 61.715.124 61.715.124 53.770.934

Crédito a clientes 11 111.066.703 -9.330.002 101.736.700 98.626.312

Investimentos detidos até à maturidade 12 - - -

Activos com acordo de recompra 13 - - -

Derivados de cobertura 14 - - -

Activos não correntes detidos para venda 15 5.587.313 -815.560 4.771.753 4.814.414

Propriedades de investimento 16 - - -

Outros activos tangíveis 17 5.681.826 -2.280.110 3.401.716 3.443.690

Activos intangíveis 18 419.614 -419.614 - -

Investimentos em filiais, associadas e empreendim/conjuntos 19 5.945.587 5.945.587 5.786.354

Activos por impostos correntes 20 62.390 62.390 -

Activos por impostos diferidos 20 1.898.233 1.898.233 1.792.843

Outros activos 21 1.500.878 -87.145 1.413.733 1.408.078

Total do Activo 198.249.434 -13.034.433 185.215.000 175.369.163

PASSIVO E CAPITAL Notas

Recursos de bancos centrais 22 -

Passivos financeiros detidos para negociação 23 -

Out.passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24 -

Recursos de outras instituições de crédito 25 6.559.335 385.481

Recursos de clientes e outros empréstimos 26 155.936.778 152.795.380

Responsabilidades representadas por títulos 27 - -

Passivos financeiros associados a activos transferidos 28 - -

Derivados de cobertura 14 - -

Passivos não correntes detidos para venda 29 - -

Provisões (RGC) 30 923.245 887.522

Passivos por impostos correntes 20 - 179.819

Passivos por impostos diferidos 20 - -

Instrumentos representativos de capital 31 - -

Outros passivos subordinados 32 - -

Outros passivos 33 1.463.438 1.339.756

Total do Passivo 164.882.797 155.587.959

Capital 35 9.170.035 8.962.585

Prémios de emissão 35 - -

Outros instrumentos de capital 36 - -

Reservas de reavaliação 36 81.442 168.916

Outras reservas e resultados transitados 36 10.588.363 10.304.290

Lucro do exercício 36 492.364 345.413

RUBRICA 2015 2014

2015 2014

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE CANTANHEDE E MIRA, C.R.L.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014 (Montantes expressos em Euros)

(52)

Notas

Juros e rendimentos similares 37 5.189.807 5.474.426

Juros e encargos similares 38 (1.620.181) (2.129.685)

Ma rge m fina nc e ira 3.569.626 3.344.741

Rendimentos de instrumentos de capital 39 2.504 2.503

Rendimentos de serviços e comissões 40 1.812.768 1.758.108

Encargos com serviços e comissões 41 (225.137) (245.780)

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 42 - -

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 - (11.859)

Resultados de reavaliação cambial 44 5.918 5.560

Resultados de alienação de outros activos 45 9.358 23.459

Outros resultados de exploração 46 271.632 (1.736)

Produto ba nc á rio 5.446.668 4.874.995

Custos com pessoal 47 (2.141.103) (2.073.765)

Gastos gerais administrativos 48 (1.696.761) (1.702.778)

Amortizações do exercício 17 e 18 (123.853) (131.971)

Provisões líquidas de reposições e anulações 30 (35.723) (51.866)

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 30 (776.570) (7.279) Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 (56.439) (45.702) Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 (43.294) (232.286)

Re sulta do a nte s de impostos 572.924 629.348

Impostos

correntes 20 (204.144) (217.127)

diferidos 20 123.584 (66.808)

Re sulta do líquido do e xe rc íc io 492.364 345.413

(Montantes expressos em Euros)

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE CANTANHEDE E MIRA, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

RUBRICA 2015 2014

(53)

Reservas de Outras Resultados Resultado do Capital reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Sa ldos e m 31 de De z e mbro de 2013 8.769.825 26.909 9.507.748 439.747 9.947.495 454.374 19.198.603

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota …IAS19) - - - (28.110) (28.110) - (28.110)

Fundo de Pensões - ganhos/perdas actuariais - desvios (Ver IAS 19):

Pela transf. dos desvios actuariais, do activo(cnt 502), para reservas (em 2014): - 88.176 - - - - 88.176

Perdas actuariais (variação negativa) no ano 2014 - - - - - - -

Aplicação do resultado do exercício de 2013:

Transferência para resultados transitados - - - - - - -

Constituição de reservas - - 454.374 - 454.374 (454.374) -

Distribuição de dividendos - - (33.103) - (33.103) - (33.103)

Utilização de Reserva para formação e educação cooperativa em 2014 - - (1.025) - (1.025) - (1.025)

(…)

Aumento de capital 229.445 - - - - - 229.445

Reembolso de capital (36.685) - - - - - (36.685)

Alterações de justo valor líquidas de imposto - 35.637 - - - - 35.637

Resultados transitados - perdas anteriores a 2014, líquidas de imposto, nas UP´s (610…) - 18.194 - (35.341) (35.341) (17.147)

Resultado liquido do exercício de 2014 - - - - - 345.413 345.413

Sa ldos e m 31 de De z e mbro de 2014 8.962.585 168.916 9.927.994 376.296 10.304.289 345.413 19.781.204

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota …IAS19) (20.944) (20.944) (20.944)

Fundo de Pensões - ganhos/perdas actuariais - desvios (Ver IAS 19):

Ganhos/Perdas actuariais (variação positiva/ negativa) no ano 2015 (69.280) - (69.280)

Aplicação do resultado do exercício de 2014:

Transferência para resultados transitados - -

Constituição de reservas 345.413 345.413 (345.413) -

Distribuição de dividendos (39.122) (39.122) (39.122)

Utilização de Reserva para formação e educação cooperativa em 2015 (1.274) (1.274) (1.274)

(…)

Aumento de capital 240.165 - 240.165

Reembolso de capital (32.715) - (32.715)

Alterações de justo valor líquidas de imposto - -

Resultados transitados - perdas anteriores a 2014, líquidas de imposto, nas UP´s (610…) (18.194) - (18.194)

Resultado liquido do exercício de 2015 - 492.364 492.364

Sa ldos e m 31 de De z e mbro de 2015 9.170.035 81.442 10.233.011 355.352 10.588.362 492.364 20.332.204

Outras Reservas e resultados transitados CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE CANTANHEDE E MIRA, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Montantes expressos em Euros)

(54)

Re sulta do individua l 492.364 345.413 Diferenças de conversão cambial

Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:

Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda (580...) - 35.341

Impacto fiscal (59…) - (8.659)

Transferência para resultados por alienação (580...) - 11.859

Impacto fiscal (59…) - (2.906)

Resultados transitados - perdas anteriores a 2014 nas UP´s (610…) 35.341 (35.341)

Impacto fiscal (59…) (7.952) 7.952

Impacto fiscal (59…) s/ 45.522,68 (perdas levadas a custos 2014) (10.243) 10.243

Pensões - regime transitório (612…) (20.944) (28.110)

Outros movimentos

Tota l Outro re ndime nto inte gra l do e xe rc íc io (3.797) (9.620)

Re ndime nto inte gra l individua l 488.567 335.793

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE CANTANHEDE E MIRA, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014 (Montantes expressos em Euros)

RUBRICA 2015 2014

(55)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de juros e comissões 7.002.575 7.232.534

Pagamentos de juros e comissões (1.845.319) (2.375.465)

Pagamentos ao pessoal e fornecedores (3.837.864) (3.776.543)

Contribuições para o fundo de pensões - -

(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (80.560) (283.935)

Resultados cambiais e outros resultados operacionais 277.550 3.824

Recuperação de créditos incobráveis - -

Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional - -

Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 1.516.382 800.415 (Aumentos) / diminuições de activos operacionais:

Aplicações em instituições de crédito 7.944.190 (10.063.307)

Activos financeiros detidos para negociação -

Activos financeiros disponíveis para venda 628.757 (3.012.825)

Créditos a clientes 3.886.959 2.893.274

Derivados de cobertura -

Activos não correntes detidos para venda 5.058 606.939

Outros activos 160.812 (119.039)

12.625.776 (9.694.959)

Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:

Recursos de instituições de crédito 6.173.854 (11.846.293)

Passivos financeiros detidos para negociação -

Recursos de clientes e outros empréstimos 3.141.398 3.165.663

Derivados de cobertura -

Passivos não correntes detidos para venda -

Outros passivos (56.137) 162.894

9.259.115 (8.517.736)

Ca ixa líquida da s a c tivida de s ope ra c iona is (1.850.279) 1.977.638

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Variação de activos tangíveis e intangíveis 80.719 -389.322

Dividendos recebidos (2.504) (2.503)

Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas 159.235 2.735.500

Ca ixa líquida da s a c tivida de s de inve stime nto 237.450 2.343.675

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Aumento de capital 207.450 192.760

Dividendos pagos - -

Variação de passivos subordinados - -

Variação de reservas e resultados (148.815) 44.428

Ca ixa líquida da s a c tivida de s de fina nc ia me nto 58.635 237.188

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE CANTANHEDE E MIRA, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014 (Montantes expressos em Euros)

RUBRICA 31-12-2015 31-12-2014

(56)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Cantanhede e Mira, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM) é uma instituição de crédito constituída em 11 de Janeiro de 1979 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade ban- cária, nos termos previstos na legislação aplicável.

A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

Em 31 de Dezembro de 2015, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua dos Bombeiros Voluntários n.º 6, em Cantanhede e através de uma rede de dez balcões situados nos concelhos de Cantanhede e Mira.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

Anexo às Demonstrações Financeiras

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De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2006, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2011, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2016.

Em 2007 a Caixa apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com as NCA, sendo o impacto da introdução destas normas apresentado na Nota 3.

As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2015 estão pendentes de aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2.2. Comparabilidade da informação

Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96.

Em 2007 a Caixa apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com as NCA. Com o objectivo de assegurar a comparabilidade com o ano anterior, as demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2006 foram convertidas para NCA (demonstrações financeiras proforma).

2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing"

da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial.

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o

Referências

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