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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM THAIZA GRACIELLE CÉSAR DA SILVA MEDEIROS

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Academic year: 2022

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THAIZA GRACIELLE CÉSAR DA SILVA MEDEIROS

AVALIAÇÃO DA FECUNDIDADE E MORTALIDADE DE MULHERES EM IDADE FERTIL

SANTA CRUZ – RN

2016

(2)

THAIZA GRACIELLE CÉSAR DA SILVA MEDEIROS

Avaliação da Fecundidade e Mortalidade de Mulheres em Idade Fértil

Artigo Científico apresentado a Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Orientador: Profª Drª Thaiza Xavier

SANTA CRUZ – RN 2016

(3)
(4)

THAIZA GRACIELLE CÉSAR DA SILVA MEDEIROS

Avaliação da Fecundidade e Mortalidade de Mulheres em Idade Fértil

Artigo Científico apresentado a Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Aprovado em: ____ de ______________ de _______.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________, Nota: _________.

Profª Drª Thaiza Teixeira Xavier Nobre - Orientador Universidade Federal do Rio Grande do Norte

__________________________________________________, Nota: _________.

Profª Drª Julliane Tamara de Araujo Mello – Membro da banca Universidade Federal do Rio Grande do Norte

__________________________________________________, Nota: _________.

Profª Héllyda de Souza Bezerra - Membro da banca Universidade Federal do Rio Grande do Norte

(5)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 6

2 METODOLOGIA ... 7

3 RESULTADOS ... 8

4 DISCUSSÃO ... 12

5 CONCUSÃO ... 16

REFRENCIAS ... 16

(6)

AVALIAÇÃO DA FECUNDIDADE E MORTALIDADE DE MULHERES EM IDADE FERTIL1

Thaiza Gracielle César da Silva Medeiros1 Thaiza Teixeira Xavier Nobre2

1Orientanda. Acadêmica do Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA) / Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

E-mail: thaiza.gracielle@hotmail.com

2Orientadora. Fisioterapeuta. Doutora em Ciências da Saúde. Professora Adjunto IV da FACISA/UFRN. E-mail: thaizax@hotmail.com

RESUMO: A população feminina vem passando por várias transformações tanto na vida familiar quanto em sociedade. Essa desigualdade entre os gêneros tem reflexos na saúde, em especial, sobre a mulher. A vigilância da morbidade e mortalidade das mulheres é uma das prioridades do Ministério da Saúde. Este trabalho tem por objetivo avaliar a fecundidade e mortalidade de mulheres em idade fértil, de 10 a 49 anos, na região do Trairi/RN. Trata-se de um estudo descritivo, ecológico, de série temporal, cuja análise é baseada nos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, num período de 5 anos (2010 – 2014), da V° Unidade Regional de Saúde Pública (URSAP), que abarca a região do Trairi, composta por 21 municípios, no estado do Rio Grande do Norte. Para o processamento e análise dos dados, foi utilizado o programa SPSS. Observou-se o coeficiente de mortalidade com uma queda a partir de 2011 (0,84) e volta de crescimento em 2014 (0,94), além de uma associação entre óbito e escolaridade. Isso revela a necessidade de melhores ações de saúde e monitoramento de outros fatores que possam interferir na saúde da mulher.

PALAVRAS-CHAVE: Mortalidade. Saúde da Mulher. Epidemiologia.

1 Artigo apresentado como requisito obrigatório em Trabalho de Conclusão de Curso, no curso de Graduação em Enfermagem, a ser submetido na revista Open Journal of Nursing.

(7)

INTRODUÇÃO

A população feminina está em acessão social há alguns anos, adquirindo seus direitos no trabalho, estudo e política, além de desempenhar, na maioria das vezes, as atividades do lar. Por essa razão, as mulheres podem se sentir sobrecarregadas e, com isso, colaborarem para que os fatores do adoecimento venham a atingi-las, principalmente se estiverem em idade fértil, considerada uma idade produtiva, o que vem contribuindo para o aumento dos índices de morbidade e mortalidade em mulheres.

A população feminina vem passando por várias transformações tanto na vida familiar quanto em sociedade. Apesar de todos os avanços, a mulher ainda é colocada em desvantagem social em relação ao homem. Essa desigualdade entre os gêneros tem reflexos na saúde, em especial, sobre a mulher1.

Diante desse reflexo na saúde da mulher, é necessária uma atenção maior.

Para isso, o Ministério da Saúde (MS) desenvolveu programas para assegurar que estas mulheres sejam assistidas e monitoradas diante das doenças que venham a acometê-las, principalmente, as Mulheres em Idade Fértil (MIF). As mulheres em idade fértil são aquelas que estão na faixa etária entre 10 a 49 anos;

internacionalmente, a faixa entre 15 a 49 anos. No Brasil, essa estimativa de idade foi feita com base nos registros de óbito materno e, em casos de gravidez, em menores de 15 anos2.

Esse acompanhamento das mulheres na idade reprodutiva e ativa na sociedade se faz necessário por entender que essa clientela necessita ser atendida, uma vez que tem o direito de acesso à informação e à saúde.

A partir disso, foram criados programas de saúde financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e voltados para a mulher, a fim de dar o direito à saúde e a garantia de ser assistida em qualquer serviço de saúde da rede pública. Isso permitira a prevenção de doenças, principalmente os programas voltados para o rastreamento de Cânceres (mama, útero e ovários) e pré-natal, diminuindo as chances de descobrir uma doença em estado avançando.

A vigilância da morbidade e mortalidade das mulheres é uma das prioridades do MS para verificar a melhoria da qualidade de vida. As pesquisas e estudos vêm evoluindo na busca de compreender os determinantes relacionados à saúde da mulher, porém poucos permitem um diagnostico ampliado sobre o perfil de morbidade e mortalidade das MIF1.

(8)

De acordo com a Organização das Nações Unidas no Brasil (ONUBR), no Brasil, uma das dez principais causas de mortalidade é a morte materna entre mulheres de 10 a 49 anos; no entanto 90% dos casos eram evitáveis. Os índices de morbidade e mortalidade feminina têm apresentado maiores taxas nos últimos anos, levando em consideração que a maioria dos óbitos maternos se enquadra nas MIF3.

Os problemas de saúde mais frequentes nessa clientela são as neoplasias malignas, principalmente os cânceres do colo do útero e da mama; acidente vascular cerebral; pneumonias, transtornos mentais e comportamentais; doenças do coração; hipertensão; infarto, entre outras causas4.

As principais causas de morte de MIF nas capitais brasileiras, no ano de 2002, em ordem decrescente, foram: Acidente Vascular Cerebral, AIDS, homicídios, neoplasias de mama, acidentes de transporte, doenças hipertensivas, neoplasias de órgãos digestivos, diabetes, doença isquêmica do coração e neoplasia de colo de útero, respectivamente. Essas causas, quando analisadas em locais específicos, mudam a proporção5.

Nesse sentido, deve-se acompanhar as causas de adoecimento e mortalidade das mulheres, para que haja prevenção de doenças e agravos a partir da oferta de ações de saúde nos serviços que compõe a rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

Outro aspecto importante está ligado ao aspecto da natalidade, pois havendo maiores óbitos nessa faixa etária, haverá redução no crescimento populacional.

Nessa perspectiva, a mortalidade materna é considerada um desafio de saúde que fez o Brasil, no ano de 2000, assinar um compromisso de reduzir a taxa de mortalidade até o ano de 2015, o que não foi alcançado, sendo necessário rever as estratégias, já que o número de mortes constitui um bom indicador da realidade social6.

Considerando a necessidade de investigação dos indicadores de mortalidade e fecundidade de mulheres em idade fértil, esse estudo objetiva avaliar a fecundidade e mortalidade em mulheres em idade fértil de 10 a 49 anos, na região do Trairi, estado do Rio Grande do Norte, dos anos de 2010 a 2014.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo, ecológico, de série temporal, no qual se fez a análise dos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, num período de 5

(9)

anos (2010 – 2014), da V° Unidade Regional de Saúde Pública (URSAP), que compõe a região do Trairi, composta por 21 municípios, localizada no estado do Rio Grande do Norte.

A população do estudo refere-se aos óbitos ocorridos no período de 2010 – 2014, contidos e disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As informações contidas no DATASUS dependem das Declarações de Óbitos devidamente preenchidas e enviadas à secretaria de saúde.

Os dados populacionais utilizados foram os censitários (2010-2012), disponíveis no DATASUS.

Para o processamento e análise dos dados, foi utilizado o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 22.0, com número de série:

10101141047, por meio do qual foram analisadas as variáveis de fecundidade, mortalidade de Mulheres em Idade Fértil, idade, escolaridade, estado civil e as causa dos óbitos, avaliando o índice de mortalidade em Mulheres em Idade Fértil (de 10 a 49 anos). O coeficiente de mortalidade foi calculado com a razão entre óbitos em MIF/ população de mesma faixa etária e mesmo sexo com uma base de 1.000, além de adotar um Intervalo de Confiança de 95% e nível de significância de p<0,05.

Esse estudo, por utilizar dados secundários, de domínio público, não necessitou de apreciação por Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).

RESULTADOS

No presente estudo, observaram-se os municípios da V Região de Saúde (RS) do Rio Grande do Norte – Santa Cruz, considerando a série temporal 2010 a 2014, para análise da mortalidade de mulheres em idade fértil, que compreende a faixa etária entre 10 a 49 anos de idade.

Tabela 1. Distribuição do coeficiente de mortalidade e fecundidade de mulheres em idade fértil na V Região de Saúde do estado do Rio Grande do Norte, na série temporal 2010- 2014, V URSAP, estado Rio Grande do Norte, Brasil, 2016.

2010 2011 2012 2013* 2014*

Coeficiente de

mortalidade 0,69 0,84 0,74 0,61 0,94

Coeficiente de

fecundidade 48,08 46,14 44,93 45,25 47,66

(10)

*Usado a população residente de 2012, pois a estimativa nacional não fazia fragmentação por sexo e faixa etária.

Na tabela 1, pode-se verificar que o coeficiente de mortalidade apresenta uma queda a partir de 2011 (0,84), voltando a crescer em 2014 (0,94). Já a fecundidade apresentou um comportamento semelhante à mortalidade, com uma leve queda a partir de 2011 (46,14) e subida em 2014 (47,66).

Tabela 2. Distribuição da média, mediana e desvio padrão de óbitos de mulheres em idade fértil na V Região de Saúde, na série temporal 2010-2014, V URSAP, estado Rio Grande do Norte, Brasil, 2016.

Ano do Óbito Média Mediana Desvio Padrão IC p

2010 1,90 1,00 2,38 0,82 - 2,99 0,002

2011 2,33 1,00 2,68 1,11 - 3,56 0,001

2012 2,05 1,00 2,35 0,98 - 3,12 0,001

2013 1,71 1,00 2,64 0,51 - 2,92 0,008

2014 2,62 2,00 2,69 1,39 - 3,84 0,000

A tabela 2 demonstra os valores de média, mediana, desvio padrão e Intervalo de Confiança (IC). No período desses anos, a média de maior relevância foi a do ano de 2014, com 2,62 e, em segundo lugar, o ano de 2011, com 2,33. A menor média foi em 2013, com 1,71.

Tabela 3: Distribuição dos óbitos por município das mulheres em idade fértil na V Região de Saúde, na série temporal 2010-2014, V URSAP, estado Rio Grande do Norte, Brasil, 2016.

Município 2010 2011 2012 2013 2014

Barcelona - 2,04% (1) - 2,78% (1) 1,82% (1) Bom Jesus 2,5% (1) 2,04% (1) 2,33% (1) - 3,64% (2) Campo Redondo 0,0% 6,12% (3) 6,98% (3) 5,56% (2) 5,45% (3) Coronel Ezequiel 2,5% (1) - - 2,78% (1) 3,64% (2) Jaçanã 5,0% (2) 4,08% (2) 6,98% (3) 5,56% (2) 3,64% (2) Januário Cicco(Boa saúde) 7,5% (3) 14,29% (7) 6,98% (3) 8,33% (3) 3,64% (2) Japi 2,5% (1) 2,04% (1) - - 5,45% (3) Lagoa de Velhos 2,5% (1) 2,04% (1) 2,33% (1) - - Lajes Pintadas 5,0% (2) - 13,95%

(6)

- -

Ruy Barbosa - 2,04% (1) 2,33% (1) - 1,82% (1) Pres.Juscelino(Serra 2,5% (1) - 2,33% (1) 2,78% (1) 1,82% (1)

(11)

Caiada)

Santa Cruz 27,5%

(11)

22,45%

(11)

20,93%

(9)

33,33%

(12)

21,82% (12) Santa Maria 5,0% (2) - 2,33% (1) 2,78% (1) 3,64% (2) São Bento do Trairí 5,0% (2) 2,04% (1) 2,33% (1) - - São José do Campestre 7,5% (3) 10,20% (5) 4,65% (2) 2,78% (1) 9,09% (5) São Paulo do Potengi 7,5% (3) 8,16% (4) 11,63%

(5)

5,56% (2) 12,73% (7) São Pedro - 6,12% (3) - 2,78% (2) 3,64% (1) São Tomé 5,0% (2) 6,12% (3) 9,30% (4) 13,89% (5) 5,45% (3) Senador Elói de Souza - 2,04% (1) 4,65% (2) 5,56% (2) 3,64% (2) Sitio Novo 2,5% (1) 2,04% (1) - 2,78% (1) 3,64% (2) Tangará 10,0% (4) 6,12% (3) - 2,78% (1) 5,45% (3)

Total 100%

(40)

100% (49) 100%

(43)

100% (36) 100% (55)

A tabela 3 demonstra como decorreu nesse período cada município, quais tiveram maior índice de óbitos e qual ano teve maior relevância. Entre 2010 e 2012, vinha mantendo o mesmo nível. Em 2013, esse índice caiu e, em 2014, elevou-se para 55 óbito. Nesse período, as cidades que mais se destacam são Santa Cruz, seguida por São Paulo do Potengi e Januário Cicco (Boa Saúde). O destaque para Santa Cruz/RN está relacionado ao fato de ser a cidade-sede de módulo.

Tabela 4. Distribuição dos óbitos de mulheres em idade fértil, segundo escolaridade e estado civil, na série temporal 2010-2014, estado Rio Grande do Norte, Brasil, 2016.

Escolaridade

2010 2011 2012 2013 2014 Total

Nenhuma 14,7%(5) 14,7%(5) 14,7%(5) 41,2%(9) 14,7%(5) 100%(34) 1 a 3 8,5%(4) 25,5%(12) 21,2%(10) 14,8%(7) 30%(14) 100%(47) 4 a 7 14,2%(4) 32,1%(9) 28,5%(8) 11%(3) 14,2%(4) 100%(28) 8 a 11 6,9%(2) 31,0%(9) 27,5%(8) 10,3%(3) 24,3%(7) 100%(29) 12 ou + 16,6%(1) 34,4%(2) 34,4%(2) 0%(0) 16,6%(1) 100%(06)

Estado Civil

Solteiro 19,5%(28) 24,4%(35) 17,4%(25) 17,4%(25) 21,3%(30) 100%(143 ) Casado 19,1%(9) 12,7%(6) 27,6%(13) 10,6%(5) 30%(14) 100%(47)

A tabela 4 demonstra que existe uma porcentagem em mulheres com menos instrução, principalmente entre as mulheres com escolaridade de 1 a 3 anos. Este valor é aumentado nos anos de 2011 e 2012, decaindo em 2013 e voltando a reincidir em 2014, totalizado deste grupo 47 mulheres, no período de 5 anos. No caso do estado civil, mostra que a taxa de mortalidade entre as solteiras é maior, o

(12)

que totalizou 143 óbitos pertencentes a este grupo. Desse modo, percebe-se que as mulheres com menos grau de escolaridade e solteiras morrem mais, fazendo observância à característica sociodemográfica deste grupo.

Tabela 5. Distribuição da razão de prevalência das causas dos óbitos de mulheres em idade fértil, na série temporal 2010-2014, V URSAP, estado Rio Grande do Norte, Brasil, 2016.

Agravo 2010 2011 2012 2013 2014 Total

Capítulo I - Algumas doenças infecciosas e parasitárias

25%

(2)

37,5%

(3)

12,5%

(1)

- 25%

(2)

100%

(8) Capítulo II - Neoplasias 13,72%

(7)

15,68%

(8)

25,49%

(13)

11,76%

(6)

33,33%

(17)

100%

(51) Capítulo III - Doenças do sangue,

hematopoéticos e imunitários

- 50%

(1)

50%

(1)

- - 100%

(2) Capítulo IV - Doenças endócrinas,

nutricionais e metabólicas

10%

(1)

20%

(2)

20%

(2)

40%

(4)

10%

(1)

100%

(10) Capítulo V - Transtornos mentais e

comportamentais

- - - 100%

(1)

- 100%

(1) Capítulo VI - Doenças do sistema

nervoso

- - - 100%

(1)

- 100%

(1) Capítulo IX - Doenças do aparelho

circulatório

18,75%

(6)

21,87%

(7)

15,62%

(5)

18,75%

(6)

25%

(8)

100%

(32) Capítulo X - Doenças do aparelho

respiratório

10%

(1)

40%

(4)

10%

(1)

10%

(1)

30%

(3)

100%

(10) Capítulo XI - Doenças do aparelho

digestivo

28,57%

(2)

14,28%

(1)

42,85%

(3)

- 14,28%

(1)

100%

(7) Capítulo XII - Doenças da pele e do

tecido subcutâneo

50%

(1)

- - 50%

(1)

- 100%

(2) Capítulo XIII - Doenças do sistema

osteomuscular e do tecido conjuntivo

- 50%

(1)

50%

(1)

- - 100%

(2) Capítulo XIV - Doenças do aparelho

geniturinário

- 33,33%

(1)

33,33%

(1)

- 33,33%

(1)

100%

(3) Capítulo XV - Gravidez, parto e

puerpério

25%

(1)

25%

(1)

- - 50%

(2)

100%

(4) Capítulo XVII - Malformações

congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas

50%

(1)

50%

(1)

- - - 100%

(2)

Capítulo XVIII - Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte

20%

(1)

- 40%

(2)

20%

(1)

20%

(1)

100%

(5)

Capítulo XIX - Lesões e algumas outras conseqüências de causas externas

83,33%

(10)

8,33%

(1)

- - 8,33%

(1)

100%

(12) Capítulo XX - Causas externas de

morbidade e de mortalidade

13,55%

(8)

25,42%

(15)

18,64%

(11)

15,25%

(9)

27,11%

(16)

100%

(59)

Na tabela 5, demonstram-se as 3 principais causas de mortalidade de cada ano, porém neste período destaca-se a relevância de 3 grupos. Em primeiro lugar, estão as causa externas de morbidade e de mortalidade com 59 óbitos, seguido por

(13)

Neoplasias malignas com 51 óbitos e, por último, as doenças do aparelho circulatório, com 32 dos óbitos.

DISCUSSÃO

No Brasil, quando o Ministério da saúde lançou o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, estabeleceu a vigilância de óbitos maternos e em MIF, organizando as investigações7. Desta maneira, incentivou a notificação de óbitos, a fim de evitar falsos dados e minimizar os erros.

Na tabela 1, pode-se ver que o coeficiente de mortalidade segue sempre abaixo de 1. Deste modo, mostra que, no período de 5 anos, morreu menos de 1 mulher a cada 1000 mulheres, o que significa um índice baixo. Já a taxa de fecundidade é mais elevada, cerca de 50 mulheres a cada 1000, demonstrando que estão nascendo mais do que morrendo.

No Brasil, os fatores que dificultam o real monitoramento do nível morte materna são a subinformação, que ocorre quando há a omissão da causa do óbito, e o sub-registro das declarações de óbito (D.O.), que acontece principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste, seja pela dificuldade de acesso ao cartório ou por desconhecimento da importância da D.O7.

Pode-se observar que os valores de média variaram de 1,71 a 2,62 neste período, em 2010 e 2014, respectivamente; a Medina se manteve estável com 1 e, em 2014, elevou para 2, e em todos os anos estudados, o percentil foi menor que 0,5, o que mostra grande importância para o estudo.

A morte materna, por um longo período, foi entendida como uma fatalidade, porém hoje ela está sendo vista como indicador sensível de qualidade de vida, por revelar que a maioria das mortes poderia ser evitada, além de a mortalidade não se distribuir de forma homogênea na população. As altas taxas de mortalidades encontradas são um grave problema de saúde pública e configuram-se como uma violação dos Direitos Humanos de Mulheres e Crianças, atingindo de formas distintas as regiões brasileiras7.

Sobre o coeficiente de fecundidade (tabela 1), foi percebida uma leve queda a partir de 2011 (46,14), voltando a subir em 2014 (47,66). No Brasil, observa-se que a fecundidade ainda mantém um diferencial bastante elevado entre as mulheres pertencentes às categorias extremas. Apesar de a taxa de fecundidade de período

(14)

ter alcançado nível abaixo da reposição entre 2000 e 2010, chegando de fato a 1,9 filho por mulher em média, em 2010, conforme dados do Censo Demográfico, não é surpreendente encontrar variações relevantes em torno dessa média nacional, diante da heterogeneidade de comportamentos e diferenças no acesso aos meios contraceptivos8.

É importante ressaltar que, em 2010, 34% das mulheres de 15 a 49 anos estavam com fecundidade bem acima da reposição, cerca de 27% encontravam-se na média nacional (e perto do nível de reposição) e quase 40% apresentavam fecundidade super baixa (inferior a 1,3 filho)8.

Historicamente, a saúde da mulher esteve relacionada apenas à saúde materna, paradoxalmente até o surgimento do Programa de Assistência Integral a Saúde da Mulher (PAISM), em 1983, pelo Ministério da Saúde, quando um novo paradigma de atenção à saúde da mulher foi construído pela aliança dos movimentos de mulheres e profissionais de saúde9,10. O PAISM seria responsável por executar ações de promoção e prevenção em saúde relacionadas à gravidez, métodos de contracepção, esterilidade, cânceres de mama e útero, diagnóstico e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, sexualidade, adolescência e climatério10.

De acordo com o protocolo de atenção básica – Saúde da mulher, o Ministério da Saúde desenvolveu ações com foco na prevenção de doenças e agravos, principalmente no rastreamento de câncer de colo de útero, para que se obter uma significativa redução da incidência e da mortalidade, já que estima-se que 12% a 20% das mulheres entre 25 e 64 anos nunca tenham feito o exame citopatológico, que é o exame de rastreamento11.

Na tabela 3, foi possível observar que estava havendo uma média de 44 óbitos, sendo que, em 2013, este valor decaiu e elevou-se em 2014 para 55, mantendo-se o maior índice dos óbitos registrados. Dentre os 21 municípios que compõem esta URSAP, nesse período de 5 anos, destacam-se Santa Cruz, com total de 55 óbitos; seguido por São Paulo do Potengi com 21 e Januário Cicco (Boa Saúde) com 18. Os municípios que se mantiveram foram Campo Redondo, Jaçanã e Tangará com 11 óbitos, e os municípios que tiveram o menor índice foram Barcelona, Lagoa de Velhos e Lajes Pintadas.

Pode-se perceber que alguns municípios não registraram nenhum óbito, o que pode sugerir subnotificação e, assim, comprometer os valores dos dados

(15)

apresentados, necessitando que as Declarações de Óbitos sejam preenchidas com todos os dados e repassadas para serem inseridas nos sistemas de informações.

Por outro lado, faz-se necessário investigar que essa ausência de óbitos se deve a uma qualidade de assistência à saúde prestada nos referidos municípios.

Sobre os óbitos registrados segundo os dados sociodemográficos de escolaridade e estado civil (tabela 3), percebeu-se que mulheres que estudaram de 1 a 3 anos tiveram o maior índice de mortalidade com total de 47 óbitos, destacando-se 2014 com 14 óbitos, e as que estudaram de 8 a 11 anos também se destacam com 29 óbitos.

De acordo com o estado civil, foi notório o índice de óbitos que, nesse período, destacou-se com 143 óbitos do total, sendo deste total 35 referentes ao ano de 2011, seguidos por 2014, com 30 óbitos de MIF solteiras. Desse modo, percebe- se que mulheres solteiras acabam sendo o público com maior risco de mortalidade em relação às de outro estado civil.

Segundo estudo do Brasil (2016), no tocante às vítimas com 15 ou mais anos de idade, no Brasil, 53% tinham até oito anos de estudo e 23% tinham oito ou mais anos de estudo. Todavia, destaca-se que, para 25% dos óbitos de mulheres com 15 anos ou mais de idade, a informação sobre escolaridade é ignorada. Proporção mais elevada de vítimas com menor escolaridade foi observada na região Nordeste (60%).

No tocante às causas de mortalidade, conforme apresentado na tabela 4, as principais causas de mortalidade em MIF estão no Capítulo XX - Causas externas de morbidade e de mortalidade, com 59 óbitos registrado nesse período. Dentro desse capítulo, estão englobadas as agressões, os eventos de causa indeterminada e os acidentes. Durante o processamento dos dados, notou-se que os acidentes eram responsáveis por aumentar o valor dos óbitos referentes a este capítulo. Em seguida, destacam-se as neoplasias malignas, com 51 do total de óbitos desse período, o que nos leva a pensar que mesmo com as políticas de saúde voltadas para as mulheres, principalmente em prevenção de doenças, elas ainda são muito incidentes, em especial, as neoplasias malignas e de órgãos específicos. As doenças do aparelho circulatório também se destacam com 26 dos óbitos, dentre as quais estão presentes as doenças do coração, doenças hipertensivas e cerebrovasculares.

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Faz-se necessário conhecer a amplitude da mortalidade de mulheres por agressões e sua distribuição nas regiões e estados para o desenvolvimento de subsídios a fim de que o Estado e a sociedade possam unir esforços no combate à violência contra a mulher no Brasil. Outro ponto importante diz respeito à utilização das informações existentes no país, com a finalidade de obter estimativas mais acuradas sobre esses eventos. Por outro lado, segundo determinados agravos, essas taxas ainda são subestimadas pelos sistemas de informação. Esses problemas são listados em má cobertura (subnotificação de óbitos), deficiência na qualidade (óbitos registrados com causas mal definidas ou não especificadas), o que contribui para a subestimação das taxas de mortalidade11.

Assim, tem-se que considerar gênero como um dos principais determinantes de saúde, necessário na formulação das políticas públicas12. Nesse sentido, o fortalecimento do movimento feminista possibilitou às mulheres o debate sobre seus direitos, independentemente das funções reprodutivas e maternais. Uma consequência disso foi a criação do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM), elaborado pelo Ministério da Saúde. O PAISM representou um marco para a assistência à saúde da mulher no país, ajudando a ampliar a atenção e o acesso das mulheres aos serviços de saúde, bem como a uma assistência que considere, além da condição de gestação, pré-natal e puerpério, outros aspectos da vida da mulher, como a saúde sexual, prevenção de câncer e saúde mental13.

No que concerne às discussões do gênero, é necessário dimensionar que às mulheres sempre foram reservados os espaços privados, quanto aos homens a esfera pública. O espaço da militância política, da produção de riqueza, da academia universitária, entre tantos outros, sempre foram destinados aos homens, desde o processo de socialização. Atrelado a isto, remete-se a trajetória das mulheres feministas que, durante essa história, foram protagonistas do processo de desnaturalização das relações de opressão que vivenciavam, seja pelo próprio gênero ou pela orientação sexual14.

Assim, faz-se necessário que os serviços de saúde estejam preparados para receberem as mulheres por meio de um acolhimento de qualidade, ferramenta que, quando incorporada ao processo de cuidado à saúde, pode contribuir para o seu sucesso. Portanto, a implementação do acolhimento nos serviços de saúde é incentivada, visando a obtenção de melhores resultados, observados através do

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bem-estar relatado pelos usuários e melhores indicadores dos serviços oferecidos nas unidades de saúde.

CONCLUSÃO

Com base nos dados abordados, pode-se observar que a saúde da mulher necessita de melhor acompanhamento dos serviços de saúde, considerando os agravos epidemiológicos, bem como os outros fatores sociodemográficos, inerentes ao processo saúde-doença.

Nesse sentido, como aspecto positivo, pode-se perceber a taxa de fecundidade em situação constante, refletindo o crescimento equilibrado da população da região do Trairi. Por outro lado, alguns elementos se relevaram negativos, como o coeficiente de mortalidade de mulheres em idade fértil, que revelou uma queda seguida de crescimento em 2014. Além disso, a associação com a baixa escolaridade das mulheres que vieram a óbito e o fato de na maioria dos casos serem solteiras revelam uma melhor investigação e sensibilização desses indicadores. Outro aspecto que chama atenção é o crescimento das causas externas dos óbitos.

Sabe-se que as políticas públicas têm melhorado esses indicadores, mas ainda são necessários mais incentivos que ultrapassem o aspecto da saúde, demostrando o entendimento da mortalidade de mulheres em idade fértil como uma questão multifatorial, que envolve um processo de educação social e comunitária, com o intuito de reduzir a violência contra a mulher e cumprir o direito integral de ser assistida nos serviços de saúde. Isso passa ainda por um entendimento inclusivo e acolhedor dos profissionais de saúde e das gestões municipal e estadual de saúde, tornando efetivo o direito universal, equitativo e integral preconizado pelo sistema de saúde brasileiro.

REFERENCIAS

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5. Ministério da Saúde (BR). Estudo da Mortalidade de Mulheres de 10 à 49 anos, com Ênfase na Mortalidade Materna. [online] Brasília: Ministério da

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6. Ferraz L; Bordignon M. Mortalidade Materna no Brasil: Uma Realidade que Precisa Melhorar. RBSP. 2012; 36(2):527-38.

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