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EJA LÍNGUA PORTUGUESA

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EJA LÍNGUA

PORTUGUESA

ELAINE GALVÃO --- 1º SEM

2021

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Página 2 de 21

APOSTILA DE LÍNGUA PORTUGUESA 1º SEMESTRE

UNIDADE I : COMUNICAÇÃO - LINGUAGEM, TEXTO E DISCURSO 1 – Linguagem verbal e não verbal

2 – Língua 3 – Códigos

4 – Variedades Linguísticas 5 – Funções da Linguagem

6 – Textualidade, coerência e coesão

UNIDADE II : FONOLOGIA - SONS E LETRAS 1 – Classificação dos fonemas

2 – Sílaba

3 – Encontros Vocálicos 4 – Encontros Consonantais 5 – Dígrafos

6 – Divisão silábica

7 – Parônimos e homônimos 8 – Emprego do hífen

9 – Regras de acentuação gráfica

UNIDADE III : MORFOLOGIA - PALAVRA E SEUS PARADIGMAS 1 – Formação de palavras – processo

2 – Substantivo 3 – Adjetivo

4 – Artigo e numeral 5 –Pronome

6 – Verbo 7 – Advérbio

8 – Preposição e conjunção 9 – Interjeição

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Página 3 de 21 UNIDADE I : COMUNICAÇÃO - LINGUAGEM, TEXTO E DISCURSO

1 – Linguagem :

 A comunicação não se leva em conta apenas o que é dito, mas devemos considerar o contexto, quem fala, com quem se fala e outros elementos que fazem parte da linguagem.

 A comunicação ocorre quando há interação entre pessoas fazendo uso da linguagem.

 E o que é linguagem? É o processo de comunicação pelo qual as pessoas interagem entre si.

1.1 – Linguagem Verbal e Linguagem não verbal:

 A unidade básica é a palavra; quer escrita, quer falada.

 Contamos com as linguagens não verbais, citando algumas : música, dança, mímica, pintura, fotografia, escultura, etc.

 E ainda temos as linguagens mistas : histórias em quadrinhos, cinema, teatro e os programas de TV, que reúnem diferentes tipos de linguagens (como o desenho, a palavra, o figurino, a música, o cenário, etc.).

 E com o advento da informática, surgiu uma nova linguagem, a linguagem digital.

 Alguns componentes da linguagem :

a) interlocutor : são pessoas que participam do processo de interação por meio da linguagem.

b) locutor : é aquele que produz a linguagem; é quem fala, quem pinta, quem compõe, quem dança; quem promove o ato de produzir a linguagem em qualquer forma que ela se apresente.

c) locutário : aquele que recebe a linguagem

2 – Língua:

 Conjunto de sinais, de códigos (as chamadas palavras) e pelas combinações desses sinais (ou códigos), meio pelo qual as pessoas interagem e se comunicam.

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Página 4 de 21 3 – Códigos:

 É um conjunto de sinais estabelecidos por um grupo de pessoas ou por uma comunidade; é por meio deles que são construídas e transmitidas as mensagens.

 Podemos dizer que é mais comum do que pensamos encontrar códigos na rua, no trânsito, em rodoviárias, aeroportos, shoppings, etc. Observe os sinais de trânsito, os símbolos, o código Morse, as buzinas dos automóveis, as indicações de caixas em bancos, as indicações das vagas nos estacionamentos reservadas para idosos, gestantes e cadeirantes; tudo isso passa uma mensagem; são códigos linguísticos, códigos de linguagem.

4 – Variedades Linguísticas:

 São as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.

4.1 – Variedade padrão, também conhecida como língua padrão ou norma culta, é variedade linguística de maior prestígio social; é usada na maior parte dos livros, jornais e revistas, em alguns programas de televisão, nos livros científicos e didáticos; também é ensinada na escola.

4.2 – Variedades não padrão ou língua não padrão : são todas as variedades linguísticas diferentes da padrão; como a regional, a gíria, o jargão de grupos ou profissões (como exemplos podemos ter a fala dos policiais, metaleiros, surfistas, etc)

4.3 – Dialetos e registros :

 Dialetos são variedades originadas das diferenças de região ou território, de idade, de sexo, de classes ou grupos sociais e da própria evolução histórica da língua.

 As variações de registro ocorrem de acordo com o grau de formalismo existente na situação.

4.4 – Gíria :

 É uma das variedades que uma língua pode apresentar; quase sempre oriunda de um grupo social, pessoal ligado ao rap, funk, heavy metal, entre outros.

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Página 5 de 21 5 – Funções da Linguagem :

 A linguagem possui seis funções, conforme abaixo :

5.1 – Função emotiva (ou expressiva) – quando o locutor (ou emissor), se apresenta em destaque no texto.

5.2 – Função conativa (ou apelativa) – quando o locutário é posto em destaque, é estimulado pela mensagem.

5.3 – Função referencial – tem como foco informar ao leitor, esclarecer suas dúvidas sobre o tema em questão; nesta função, a linguagem é clara, direta e precisa com a finalidade de fornecer ao leitor a realidade com objetividade.

5.4 – Função metalinguística – quando o código é posto em destaque; quando a intenção do texto é esclarecer o sentido de uma palavra no contexto. A predominância da metalínguistica é encontrada nas aulas, nos livros de gramática e nos dicionários.

5.5 – Função fática – esta função acontece quando a intenção é de colocar o canal de comunicação em destaque. Observe como exemplos dessa função os cumprimentos diários, as conversas de elevador e as primeiras palavras de uma aula.

5.6 – Função poética – aqui a função se faz presente quando a mensagem tem o papel principal, ela é o destaque. Recursos literários na construção da linguagem evidenciam a função poética; um exemplo são os textos literários.

6 – Textualidade, coerência e coesão :

 Enunciado - tudo que o locutor enuncia.

 Texto verbal - unidade linguística, é percebido pela audição (na fala) ou Pela visão (na escrita)

 Discurso - um conjunto de atividades comunicativas; ou seja, textos e contextos discursivos reunidos.

 Um texto pode ser formado por um único tipo de linguagem, bem como pela mistura de mais de uma linguagem; pode ser só verbal, só visual; verbal e visual; verbal e musical; verbal, visual e musical e outras combinações.

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Página 6 de 21 6.1 – Coesão textual :

 São conexões gramaticais existentes entre palavras, orações, frases, parágrafos e partes maiores de um texto.

6.2 – Coerência textual :

 É a estruturação lógico-semântica de um texto, isto é, a articulação de ideias que faz com que numa situação discursiva palavras e frases componham um todo significativo para os interlocutores.

6.3 – Intertextualidade :

 É a relação entre dois textos caracterizada por um citar o outro.

6.4 – Interdiscursividade :

 É a relação entre dois discursos caracterizada por um citar o outro.

6.5 – Paródia :

 É um tipo de relação intertextual em que um texto cita outro geralmente com o objetivo de fazer-lhe uma crítica ou inverter ou distorcer suas ideias.

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Página 7 de 21 UNIDADE II : FONOLOGIA - SONS E LETRAS

1 – Classificação dos fonemas :

 Definimos palavra como a unidade básica de comunicação, podendo ser divida em unidades menores, como as sílabas e os sons.

1.1 – Fonema : unidade sonora que constitui uma palavra; é a menor unidade sonora das palavras.

 Exerce duas funções : constitui palavras, quando sozinho ou ao lado de outros fonemas e distingue uma palavra da outra.

1.2 – Letra : é a representação gráfica dos fonemas da fala.

 Classificam-se em vogais, semivogais e consoantes.

a) vogal : fonema produzido por uma corrente de ar que, vinda dos pulmões, passa livremente pela boca; funciona como base da sílaba.

b) semivogal : fonema produzido como vogal, porém pronunciado mais fraco, com baixa intensidade; por isso, não constitui sílaba sozinho e sempre acompanha uma vogal.

 Os fonemas vocálicos podem ser orais e nasais.

c) consoantes : a produção desses fonemas não encontra obstáculos.

2 – Sílaba :

 É um fonema ou grupo de fonemas pronunciados numa só emissão de voz.

 A base da sílaba é a vogal.

2.1 – Quanto a tonicidade ou a forma como são pronunciadas, a sua intensidade, as sílabas podem ser tônicas e átonas.

 Sílaba tônica - pronunciada com mais intensidade, podendo ser classificadas como : oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.

 Sílaba átona - pronunciada com baixa intensidade

2.3 – Quanto ao número de sílabas – quantas sílabas possuem, podendo ser classificadas como : monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas.

3 – Encontros Vocálicos :

 É a união de fonemas vocálicos em uma mesma sílaba ou em sílabas diferentes.

 Três tipos de encontros vocálicos : hiato, ditongo e tritongo.

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Página 8 de 21 3.1 – Hiato : é o encontro de duas vogais; porém, em uma sílaba só pode haver uma vogal, logo, as vogais dos hiatos ficarão em sílabas diferentes.

3.2 – Ditongo : é o encontro de uma vogal e uma semivogal; porém, uma semivogal sozinha não constitui sílaba, logo, o ditongo não pode ser dividido silabicamente.

3.3 – Tritongo : é o encontro de uma semivogal + uma vogal + uma semivogal, nesta ordem. Por conta de somente possuir uma vogal, o tritongo também não pode ser separado.

4 – Encontros Consonantais :

 É o encontro de consoantes em uma palavra.

5 – Dígrafos :

 É a combinação de duas letras que representam um único fonema.

6 – Parônimos e homônimos :

6.1 – Parônimas : são palavras semelhantes na escrita e na pronúncia

6.2 – Homônimas : palavras semelhantes na pronúncia, mas diferentes na escrita

7 – Emprego do hífen :

 De modo geral, usa-se o hífen para :

7.1 - ligar os elementos de palavras compostas ou derivadas a partir de um prefixo;

7.2 – unir pronomes átonos a verbos e 7.3 – separar palavras no fim da linha.

7.4 - Com o Acordo Ortográfico, implantado no Brasil a partir de 2009, o uso do hífen sofreu várias mudanças. Vejamos, a seguir, as regras principais :

7.4.1 – o hífen será usado :

a) nas palavras compostas por justaposição;

b) nos adjetivos compostos;

c) nos compostos sem elemento de ligação (exceto : girassol, pontapé, mandachuva, paraquedas, madressilva, etc);

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Página 9 de 21 d) nos compostos que designam espécies botânicas, zoológicas e afins (porém, não pertencendo a essas áreas não recebem o hífen);

e) as locuções já consagradas pelo uso, seguem com o uso do hífen;

f) nos compostos com uso de apóstrofo entre os elementos;

g) em compostos com elementos repetidos, com ou sem alternância vocálica e consonântica;

i) quando o 1º elemento terminar por vogal e o 2º elemento começar por vogal idêntica ou H;

j) quando o prefixo terminar em R e o 2º elemento iniciar por H ou R;

K) quando o prefixo terminar com B ou D e o 2º elemento é iniciado por B ou R (com exceção de adrenalina e adrenalite)

l) depois de elementos como pós, pré, pró, sota; soto; vie, ex e

m) nos compostos sem elemento de ligação quando o 1º elemento for representado pelas formas : além, aquém, recém, bem e sem.

8 – Divisão silábica :

 A divisão de uma palavra em sílabas tem seu uso mais comum em final de linha, mas pode, dependendo do contexto, criar efeitos de sentido.

 Ao dividir uma palavra em sílabas, é preciso lembrar que : 8.1 – Nunca se separam :

a) quando inicia uma palavra, a consoante não seguida de vogal fica junto da sílaba que a segue ;

b) no interior do vocábulo a consoante não seguida de vogal fica na sílaba que a precede e

c) nunca se separam : os ditongos, os tritongos, os encontros consonantais , desde que obedecendo a seguinte estrutura : consoante + R ou consoante + L;

entretanto, quando nos encontros BR ou BL o L ou R desses grupos for pronunciado separadamente, os mesmos serão separados nas sílabas (como nos casos de sublocar e sublinhar)

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Página 10 de 21 8.2 – Separam-se :

a) os hiatos;

b) os dígrafos : RR, SS, SC, SÇ, XC;

c) os encontros consonantais : CC e CÇ;

d) os prefixos : BIS, DIS, CIS, TRANS e EX quando seguidos de vogal.

9 – Regras de acentuação gráfica:

 Deverão ser acentuadas as seguintes classes de palavras :

9.1 – todos os monossílabos tônicos terminados em A/AS, E/ES, O/OS e em ditongos abertos, ÉI/ÉIS, ÉU/ÉUS, ÓI/ÓIS;

9.2 – todos as palavras oxítonas terminadas em A/AS, E/ES, O/OS, EM/ENS e nos ditongos abertos ÉI/ÉIS, ÉU/ÉUS, ÓI/ÓIS;

9.3 – todas as paroxítonas que terminarem em L, N, R, X,Ã/ÃS, ÃO/ÃOS, I/IS, EI/EIS, UM/UNS, US, OS;

9.4 – todas as proparoxítonas;

9.5 – I, U, tônicos, seguidos ou não de S em todos os hiatos que se formam nas palavras oxítonas e paroxítonas.

IMPORTANTE :

1 – EI e OI nas palavras paroxítonas assembleia, ideia, boia e heroico não são mais acentuadas.

2 – I e U nas palavras paroxítonas feiura e baiuca não são mais acentuadas.

3 – Quando seguida de NH na sílaba seguinte, a vogal I não é acentuada.

4 – OO e EE não são mais acentuados.

5 – O trema não existe mais na Língua Portuguesa.

6 – Acento diferencial :

a) pôr verbo com acento para diferenciar de por preposição;

b) pôde, no pretérito para diferenciar de pode, no presente do indicativo;

c) vir e ter, na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo, são acentuados (acento circunflexo) : eles vêm, eles têm;

d) os verbos derivados de ter e vir (deter, manter, reter, intervir, etc.), na 3ª pessoa do plural no presente do indicativo, são acentuados, com acento circunflexo, como

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Página 11 de 21 diferencial da 3ª pessoa do singular; também acentuados, porém com acento agudo.

e) já os verbos, CRER, LER, VER, DAR, são acentuados na 3ª pessoa do singular no presente do indicativo e não são acentuados na 3ª pessoa do plural, que passam a ter a vogal E duplicada.

10 - USO DA CRASE

 para ter crase tem que ter preposição

 a crase só poder ser usada com palavras femininas

REGRAS : 1º: USO OBRIGATÓRIO :

a) quando for possível substituir a palavra feminina por uma palavra masculina e, na substituição a mesma for precedida de AO.

Ex.: João voltou à cidade Natal x João voltou ao País natal.

b) Quando apresentar um nome de País ou Estado (um nome Geográfico), a melhor maneira de saber se a crase será usada e fazendo a frase no sentido de volta de, vir de; se ao substituir obter-se DA, então a crase será usada.

Ex.: Foi a França.

Mudando para o sentido de vir = Venho DA França, logo à França.

Ex.: Pedro foi a Bahia = Pedro veio DA Bahia, logo à Bahia.

Ex.: Joana foi a São Paulo = João veio DE São Paulo, logo a São Paulo sem crase.

c) Em locuções adverbiais femininas indicando modo, lugar, tempo, com crase.

Ex.: Seu pai saiu às pressas (às pressas = locução adverbial de modo)

Nota: algumas locuções adverbiais femininas :

 às vezes, à risca, à noite, à direita, à esquerda, à tarde, à moda de, à procura de, à mercê, à medida que, à proporção que, à espera de.

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Página 12 de 21 d) Sempre que for possível substituir o A por À MODA ou À MANEIRA, mesmo

antes de palavra maiúscula, USA-SE a crase.

Ex.: Bife à milanesa. ( à moda milanesa) Poesia à Camões. (à maneira de Camões)

e) AQUELE, AQUELA, AQUILO , quando puder ser substituído por A ESTE, A ESTA, e A ISTO, COM crase.

Ex.: Cheguei aquele lugar = Cheguei a este lugar, logo àquele.

f) Expressões “vendo a”, sempre com crase para evitar sentido dúbio.

Ex.: Vendo à vista. (vender alguma coisa à vista)

Vendo a vista. (vender a visão/olhos; vendar/tampar a visão;

vendo/observando a paisagem)

g) Após o pronome relativo A QUAL, a crase será usada se puder substituir por AO.

Ex.: Eis a moça à qual você se referiu = O rapaz ao qual você se referiu; logo, à qual com crase.

h) CASA e TERRA, quando especificadas, COM crase.

Ex.: Volte a casa cedo. (que casa? qualquer casa)

Volte à casa dos seus pais cedo (qual casa? a casa dos pais, especificada) Ex.: Eles chegaram a terra. (que terra? qualquer terra)

Eles chegaram à terra de seus avós.(que terra? a de seus avós, especificada)

i) Dentre os pronomes, só três admitem a crase : DONA, SENHORA, SENHORITA; pronomes de tratamento femininos.

2º: USO FACULTATIVO :

a) Antes dos pronomes possessivos femininos : MINHA, SUA, TUA. Ex.: Ele se refere à minha mãe/ Ele se refere a minha mãe.

b) Antes de nomes de mulheres.

Ex.: Eu me referi à Joana/Eu me referi a Joana.

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Página 13 de 21 Nota : quando o nome da mulher for uma mulher específica, a crase é

obrigatória.

Ex.: Eu me referi à Joana filha do Sr. José.

c) Depois da palavra ATÉ, desde que até venha seguida de A.

Ex.: Todos os alunos foram até à escola/Todos os alunos foram ate a escola.

3º: NUNCA :

a) Antes de palavra masculina.

b) Antes de verbo.

c) Antes de expressões repetidas.

Ex.: cara a cara; lado a lado.

d) Antes de expressões que exprimem ideias de tempo futuro ou distância.

Ex.: Sairá daqui a pouco.

e) Dias da semana.

Ex.: segunda a quinta

f) Antes de pronomes, tratamento ou pessoais (exceto Sra, Senhorita, Dona)

g) Com frases que o artigo seja só artigo A e não uma contração de artigo A + preposição A + palavra no plural.

Ex.: Não falo a pessoas estranhas. a no singular = artigo + pessoas estranhas no plural, sem crase.

Não falo às pessoas estranhas. as no plural + pessoas estranhas no plural, Logo, com crase.

Nota : horas, sempre com crase. Ex.: De 8 às 9h.

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Página 14 de 21 UNIDADE III : MORFOLOGIA - PALAVRA E SEUS PARADIGMAS

1 – Formação de palavras – processo :

 Sempre que houver a necessidade de criar uma forma de definir uma ideia ou um objeto novo, poderá ser criada uma nova palavra a partir de outros elementos que já existam em nossa Língua; podemos também importar termos de uma língua estrangeira ou alterar o significado de uma palavra antiga; a estas novas palavras chamamos de neologismos.

 A língua portuguesa apresenta muitos processos pelos quais as palavras são formadas, sendo os mais comuns, os mais estudados, os mais falados, a derivação e a composição.

1.1 – Derivação :

 É o processo de construir outras palavras, partindo de uma já existente, acrescendo elementos que alterem o sentido da palavra primitiva ou que lhe dê um novo sentido.

 Palavra formada passar a ser denominada como derivada e a que promove a formação, primitiva.

 A derivação pode ser : prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria.

1.1.1 – derivação prefixal : ocorre quando há o acréscimo de um prefixo a um radical.

1.1.2 – derivação sufixal : ocorre quando há o acréscimo de um sufixo a um radical.

1.1.3 – derivação parassintética : ocorre quando há acréscimo simultâneo de um prefixo e de um sufixo a um radical.

1.1.4 – derivação regressiva : ocorre quando há eliminação de elementos terminais.

1.1.5 – derivação imprópria : ocorre quando há mudança de sentido e de classe gramatical.

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Página 15 de 21 1.2 – Composição :

 É o processo de formação de palavras resultante da união de dois radicais.

 Conforme o processo como se dá a fusão dos elementos, a composição ocorre por justaposição ou por aglutinação.

1.2.1 – Composição por justaposição: as palavras associadas conservam sua autonomia fonética, isto é, cada componente conserva seu acento tônico e seus fonemas.

1.2.2 – Composição por aglutinação : as palavras associadas se fundem num todo fonético, e o primeiro componente perde alguns elementos; normalmente, o acento tônico, vogais e consoantes.

NOTAS:

1 – Hibridismos : palavras que se formam por elementos provenientes de línguas diferentes.

2 – Onomatopéias : palavras criadas para imitar sons e ruídos provocados por objetos, instrumentos, animais e outras fontes.

3 – Redução : criações com a finalidade de economizar tempo e espaço nas comunicações. Como tipos de redução encontramos as siglas, as abreviaturas e as abreviações.

4 – Empréstimos : palavras estrangeiras que entram na língua em função do contato entre os povos.

5 – Gírias : palavras ou expressões de criação popular que nascem em determinados grupos sociais ou profissionais.

6 – Estrangeirismo : influência de palavras ou expressões de uma cultura sobre outras.

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Página 16 de 21 2 – Substantivos :

 São palavras que identificam os seres, nomeiam os objetos que nos cercam, designam sentimentos, ações, etc.

 O substantivo aparece na frase como núcleo das funções das palavras que aparecem nas orações. A essa função das palavras nas orações chamamos de sintaxe. São elas: sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, predicativo do objeto, complemento nominal, adjunto adverbial, agente da passiva e aposto.

 Outras informações sobre os substantivos :

2.1 – Podemos classificar os substantivos em : comuns, próprios, concretos, abstratos e coletivos.

2.2 – Quanto à formação, os substantivos se dividem em : primitivos, derivados, simples e compostos.

2.3 – Na flexão de gênero, o substantivo pode ser classificado como masculino ou feminino.

2.4 – Flexão de número : é aquela que coloca os substantivos no plural.

2.5 – Flexão de grau : levam o substantivo a variar em diminutivo ou aumentativo.

3 – Adjetivos :

 É a palavra que caracteriza os seres. Refere-se sempre a um substantivo explícito ou subentendido na frase, com o qual concorda em gênero e número.

 Quanto à formação eles podem ser: primitivos, derivados, simples e compostos.

 Os adjetivos também se flexionam : gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (comparativo e superlativo).

4 – Artigo e numeral :

 Palavras que antecedem o substantivo com a finalidade de modificar-lhe o sentido, de especificar.

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Página 17 de 21 4.1 – artigo : é a palavra que antecede o substantivo, definindo-o ou indefinindo-o, particularizando-o ou generalizando-o.

4.1.1 – Os definidos são O, A,OS, AS, indicam que se trata de um ser conhecido ou que já foi mencionado antes.

4.1.2 – Os indefinidos são UM, UMA, UNS, UMAS; indefinem o substantivo, indicando um ser qualquer entre vários.

4.2 – numeral : é a palavra que expressa quantidade exata de pessoas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa determinada sequência.

4.2.1 – Cardinais, cuja finalidade é designar quantidade.

4.2.2 – Ordinais, que indicam série, ordem ou posição.

4.2.3 – Multiplicativos, expressam aumento proporcional a um múltiplo da Unidade.

4.2.4 – Fracionários, expressam diminuição proporcional a divisões, frações.

5 –Pronome :

 São palavras que substituem ou acompanham outras palavras, principalmente os substantivos; podem também remeter a palavras, orações e frases expressas anteriormente.

 Os pronomes podem funcionar como substantivos, são os chamados pronomes substantivos. Quando acompanham os adjetivos, chamamos de pronomes adjetivos.

5.1 – Pronome pessoal : designam, indicam, diretamente, uma das pessoas do discurso. As pessoas do discurso giram em torno de :

locutor - quem fala, 1ª pessoa, singular ou plural;

locutário - com quem se fala, 2ª pessoa, singular ou plural e

assunto ou referente - do que ou de quem se fala, 3ª pessoa, singular ou plural.

 Podem ser classificados em retos e oblíquos

5.2 – Pronome reflexivo: é o pronome oblíquo que se refere ao mesmo ser indicado pelo pronome reto.

5.3 – Pronome de tratamento : é aquele usado para tratar familiar ou cerimoniosamente o interlocutor.

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Página 18 de 21 5.4 – Pronome possessivos : é aquele que indica posse em relação às três pessoas do discurso.

5.5 – Pronome demonstrativo : é aquele que situa as pessoas ou coisas em relação às três pessoas do discurso; localização essa que pode se dar no tempo, no espaço ou no próprio texto.

5.6 – Pronome indefinido : se refere a substantivo de modo vago, impreciso ou genérico.

5.7 – Pronome interrogativo : são os pronomes indefinidos que, quem, qual e (o) que, quando empregados em frases interrogativos. Eles podem aparecer em perguntas diretas ou indiretas.

5.8 – Pronome relativo : tem a função de ligar orações e faz referência a um termo anterior, o antecedente.

6 – Verbo :

 São palavras que exprimem ação, estado, mudança de estado e fenômenos meteorológicos, sempre em relação a determinado tempo.

 Os verbos flexionam-se em número, pessoa, modo, tempo e voz.

6.1 – número : singular ou plural

6.2 – pessoa : 1ª pessoa, 2ª pessoa e 3ª pessoa.

6.3 – modo : indicativo, subjuntivo e imperativo 6.4 – tempo : indicativo e subjuntivo

6.5 – voz : ativa, passiva e reflexiva

 Apresentam as seguintes formas nominas: infinitivo, particípio e gerúndio.

 Classificam-se em : regulares e irregulares; anômalos, defectivos e abundantes.

 Apresentam três conjugações : 1ª, 2ª e 3ª

7 – Advérbio :

 São palavras que indicam as circunstâncias, o sentido em que ocorre a ação verbal.

 Alguns valores que estes advérbios assumem são : tempo, modo, lugar, dúvida, afirmação e negação.

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 Eles são invariáveis em gênero e número; entretanto, podem apresentar variação de grau (comparativo ou superlativo).

8 – Preposição e conjunção :

8.1 – Preposição : é a palavra que liga duas outras palavras, de forma que o sentido da primeira é completado pela segunda.

 As principais preposições são : a, ante, após, até com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

 As preposições a, de, em, por, para e com, podem ligar-se a outras palavras (artigo, pronome ou advérbio) formando combinações e contrações.

a) combinação : quando não há perda de fonema na ligação entre a preposição e o artigo ou entre a preposição e o advérbio.

b) contração : ocorre quando há perda de fonema na ligação entre a preposição e o pronome pessoal, entre a preposição e o pronome demonstrativo ou entre a preposição e o advérbio.

8.2 – Conjunção : é a palavra ou expressão que relaciona duas orações ou dois termos de mesmo valor sintático.

 Classificam-se em conjunções coordenadas ou subordinadas.

8.2.1 – Coordenadas : relaciona orações independentes; ligam palavras ou orações de mesmo valor sintático.

 Apresentam os seguintes valores semânticos : aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

8.2.2 – Subordinadas : inserem uma oração na outra, estabelecendo entre elas uma relação de dependência sintática. Ao ligar duas orações, uma delas passar a ser a oração principal e a outra subordinada; a subordinada completa a oração principal.

 Classificam-se em dois grupos : integrantes e adverbiais.

 As orações adverbiais se subdividem em : causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, proporcionais e temporais.

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Página 20 de 21 9 – Interjeição : palavra que expressa emoções, apelos, sentimentos, sensações ou estado de espírito.

 é uma palavra ou locução que exprime um estado emotivo, um sentimento súbito.

Ex.: “Caramba! Isto é que se chama talento.”

 Locução interjetiva : é uma expressão que vale por uma interjeição Ex.: “Meu Deus! Isto é que se chama talento.”

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Página 21 de 21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS :

1 – Gramática Reflexiva : volume único/William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães. 3ª edição. Editora Atual. São Paulo. 2009.

2 – Nova Minigramática da Língua Portuguesa : Domingos Paschoal Cegalla. 3ª edição.

Companhia Editora Nacional. São Paulo. 2008.

Referências

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