01 - intro
Esta primeira música, apenas uma preparação para o estranho rosto do disco, conta com a ilustríssima
participação de um ex-imigrante ilegal que não quis se identificar. Depois de deixar a sua (nossa) cidade natal, Governador Valadares, por dois anos, sentiu saudade
demais e resolveu voltar. Ganhou muito dinheiro. Usou de todo tipo de drogas. Demonstra no vocal da canção
perfeitamente tudo que aprendeu de inglês. Dotada de um repertório verbal vastíssimo, a eloquência anglo-saxônica exibida por nosso conterrâneo é tão marcante e
significativa, tão ligada à fugidia linha do tempo, que se iguala à própria arte. Um inglês extravagante, quase que absolutamente individual. Cunhado sobre ombros
carregando tábuas, sentindo saudades de casa, e o mais extremo e absoluto ódio, misturado com um ingênuo
encanto, pelo resto do mundo, cheio apenas de idiotas que falam outras línguas.
02 - mil novecentos e dois mil e cem
Tambores cibernéticos criados em teclados antiquados, primitivos e tribais, chamam a guerra à vida. Chega de sentar na sala assistindo televisão. Aceitando a revolta dos outros para apaziguar a nossa. Rebeldia maquiada e contida nos outdoors. Comprando camisas do Che Guevara.
COMPRANDO camisas e discos sobre o Che Guevara, puta que pariu. Daqui a cem anos não haverá mais teto. E você vai gostar, filho da puta, porque você é um bosta. Eles vão passar na televisão e você vai acreditar. Está na moda ser roubado, e aceitar calado com um sorriso idiota na cara.
Letra:
mil novecentos armas de fogo
aniquilamento
subindo arranha-céu estradas de ferro atropelamento
bonde elétrico em cima dos ossos australopitecos
os carros matavam como os médicos vestindo jalecos
mil novecentos e dois mil e cem não tem pra ninguém
o homem moderno urbano metropolitano
ano dois mil computador tecnologia
cheia de dentes filha mais velha da velha mais valia
o pós-modernismo e todas as gangues do cyber-espaço
anabolizante baço de silicone o neo-palhaço
mil novecentos e dois mil e cem não tem pra ninguém
o homem moderno urbano metropolitano
daqui a cem anos não haverá mais teto pro seu
tatataraneto
o mundo pós-nuclear terá macacos baratas e ruínas de concreto
cabos pelo corpo, no seu pinto, na buceta e no seu reto
cultura civilização subdialeto
a extinção a morte
o fim do mundo será nosso trajeto
03 - McPeople
É inútil falar do futuro sem lembrar do passado e,
principalmente, sem prestar atenção ao presente. Há uma nova Roma. Feroz, apesar da cara palerma. Eles governam.
Atiram hereges na fogueira. Contra os leões. E se vestem bem.
Letra:
vá tomar no cu você
você
vá tomar no cu com seu jeitinho blasé
mais um debilmental acreditando que é foda comprou óculos sem grau e uma alma da moda
só mais um babaca nuniverso virtual querendo ser pedante antintelectual
pra cuspir quatro palavras e um ponto final.
vá tomar no cu você
você
vá tomar no cu com seu bloguinho deprê
tentando ser profundo com uma camisa do che filho de novela
com um bug do icq
só mais um babaca nuniverso virtual querendo ser pedante antintelectual
pra cuspir quatro palavras e um ponto final.
McDonnalds, segundo o dicionário Aurélio, é um estabelecimento que serve comida atraente, mas sem substância. São lanches preparados com uma forte ornamentação estética, valorizados por seu paladar epicurista, e pela velocidade incomum em que ficam
preparados. Mas eles, necessariamente, não satisfazem o apetite, danificam a saúde, e custam muito mais caro do que seria sensato pagar por eles.
04 - quatro ou cinco
Mas onde está, então, a solução? Afinal, estamos por demais acostumados com o Che pra saber que quem quer quebrar tem outra qualquer coisa proposta. Nós não. Essa é a nossa proposta. Nós também já estamos cansados demais de presenciar o que acontece com essas "outras coisas". E nada muda, apenas um número maior de tristezas e manchas Históricas de sangue em tantos corpos mortos torturados.
Não. Há um caminho do não caminho, do esgrimista que luta sem espada, ouvindo o som de uma mão, apenas, batendo palmas.
Letra:
quatro ou cinco forças de um mesmo lugar você cuspiu em mim o sistema solar
e o clamor do silêncio que não para de gritar ela canta ele atira, ela pára de cantar
faça o boato de que deus esta vivo faça o olho seguir as linhas do livro faça o vinho circular entre os mendigos faça coisas estranhas sem nenhum sentido
quatro ou cinco putas pra gente enrabar dedo no cu, dedo pro ar
a noite passa ordeira e onde é que eu fui parar?
com vinte camisinha e um quarto pra arrumar
faça o boato de que deus esta vivo faça o olho seguir as linhas do livro faça o vinho circular entre os mendigos faça coisas estranhas sem nenhum sentido
quatro ou cinco freiras pra gente matar uma por uma sob o olhar de Ravengar superstição, pra não dar sorte pro azar
eu mordi minha língua e não consigo mais andar
faça o boato de que deus esta vivo faça o olho seguir as linhas do livro faça o vinho circular entre os mendigos faça coisas estranhas sem nenhum sentido
05 - fantasma
Uma breve pausa para pensar nos mortos. Principalmente nos sonhos que partiram para nunca mais voltar.
06 - ainda um segundo quase tarde demais
Aonde estão os amigos? Aonde mesmo, no sentido de "pra onde eles foram?". Geograficamente. Moralmente.
Intelectualmente. Sorridente. Tridente. Infelizmente.
Decadente. Sempre mente. Ataca. Corta. Chora. Nunca sente.
Letra:
enquanto você olhar pro papel vê padrões no mar
e sinais no céu
fora do seu quarto tudo sempre igual
com a família esperando ver um cara normal
eu queria ver
numa trilha de dvd making of do picasso making of do monet
mas os calhorda só me dão anúncio de televisão
microchip coca-cola e o beijo de um brasão
o mundo é uma guerra e é matar ou morrer
corte o pulso de um amigo só pra merecer
um emprego vagabundo pra você crescer são bilhões de canalhas esperando você
não adianta correr não adianta
não adianta correr
não adianta se esconder não adianta correr
não adianta
não adianta correr
não adianta se esconder
são bilhões de canalhas esperando você são bilhões de canalhas esperando
são bilhões de canalhas esperando você são bilhões de canalhas esperando
são bilhões de canalhas como você
agora eu sofro tanto...
tanto faz
ainda um segundo quase tarde demais
agora eu sofro tanto tanto faz
ainda um segundo quase tarde demais
agora eu sofro tanto tanto faz
ainda um segundo quase tarde demais
agora eu sofro tanto tanto faz
ainda um segundo quase tarde demais
agora eu sofro tanto tanto faz
ainda um segundo quase tarde demais
agora eu sofro tanto tanto faz
ainda um segundo quase tarde demais
agora eu sofro tanto tanto faz
ainda um segundo quase tarde demais
07 - antes e depois
Quando Jim Morrison cantou "father, yes son, i want to kill you. Mother, i want to... fuck you all night", ele chocou algumas pessoas. Quando, alguns anos mais tarde, o Cazuza dizia "nem nunca quis comer a sua mãe. Comer a sua mãezinha, num quartinho escondido, enquanto seu pai está
na cama com uma faca nos dentes", ninguém nem prestou muita atenção. Mas a verdade é que, para ter o direito de se continuar dizendo tudo aquilo que se quer e que não seja verdadeiramente mau, mesmo que seja de mau gosto, é um direito que precisa ser praticado para que ele seja mantido. Quero ter o direito, apenas, de dizer aquilo que eu quiser. Se eu fiz pacto ou não, não interessa. Já
estou cansado dessa história. E repudio, inclusive, com repúdio, as mentiras caluniosas publicadas por alguns órgãos de imprensa. Só poderia mesmo ser a invenção do mais ensandecido jornalista, essa afirmação de que eu contrabandeava papel reciclado para fins imorais. Tudo foi devidamente explicado ao júri que me ABSOLVEU, e eu não quero mais falar sobre isso.
Letra:
chegue aqui mais perto e sente do meu lado
só vou contar uma história juro que eu não sou veado
eu era um cara estranho nunca tomava banho
todo mundo me batia e a vida era vazia
meu carma era uma bosta eu era um tapado
quando via uma mulher ficava desmoralizado eu não tinha dinheiro sempre endividado mas tudo isso mudou
depois do encontro com o diabo
o diabo meu deu grana, fama, pinga e mulé
o diabo é mão aberta com tudo que a gente quer então eu fiquei rico
tem festa todo dia so cheio dos paparico e eu nem sinto azia não tenho mais ressaca meu dente não tem placa dei adeus pra timidez
e say hello pra tchaca-tchaca eu era um fodido
sempre na labuta perdi grana no jogo
ainda engravidei uma puta agora eu sou alegre
o capeta me ajudou ganhei na loteria e a puta abortou
o diabo meu deu grana, fama, pinga e mulé
o diabo é mão aberta com tudo que a gente quer
fiz tudo que eu queria eu não me arrependo eu te recomendaria
qualquer trato com o demo e sempre me magoa
o que falam de satan o cara é gente boa
e nem cantou a minha irmã queria ele pra sogro
amigo de primeira
depois do nosso acordo eu curti pela vida inteira
então eu disse "aê, chifrudo, pó levá a minha alma"
ele disse "meu amigo, eu te ajudei só pela farra"
o diabo meu deu grana, fama, pinga e mulé
o diabo é mão aberta com tudo que a gente quer
08 - o nome da rosa
O mundo virou de ponta-cabeça. O asno toca lira, os bois dançam. A História vive girando o homem de ponta-cabeça.
E cada geração vê seu inverso na outra. E vê suas semelhança com gerações passadas. É assim que a coisa vai. E os computadores e mentes vão se tornando menores e mais ágeis. O que é bom por um sentido - o da produção.
No sentido pessoal, isso não é nada bom. O Homem anda de carros, mas precisa lidar com as mazelas da poluição.
Conforto e caprichos não são fundamentais para a
realização e para a felicidade, portanto, é inaceitável que ergamos sobre elas os pretensiosamente sólidos
alicerces de nossa sociedade. Não estamos levando,
realmente, a vida que escolheríamos viver, tivéssemos a chance. Mas o fogo é atraente e sedutor, principalmente quando você não sente que está sendo queimado.
Letra:
o asno toca lira os bois dançam
o fogo é sedutor
pra quem nunca se queimou e facada é gostoso
em quem tem pele de leproso
09 - casal boçal
Hoje qualquer um capaz de assimilar um determinado tipo de estética - tão marcadamente divulgado pela Mtv - e com dinheiro pra trocar de guarda-roupa é um eminente
intelectual. Todo mundo faz cinema, ou jornalismo.
Entende de filosofia, psicologia, vídeo, performance, high-tech, punk, dark, computador, heavy-metal e o
caralho. Vivemos numa época de ouro, na qual o mais toiço dos moderninhos poderia dar aulas a Einstein sobre a
relatividade de ouvir The Strokes nos dias quentes, e
Belle and Sebastian nos frios.
Letra:
ela é má, rouba, avacalha e mente ele é sujo, e não escova o dente todo dia pegam no batente
pra fazer uma merda diferente
ela é mala e diz que é style usa uma saia toska pra caralho ele é manco e fei que mete medo diz que é punk e ainda chupa o dedo
ela inventa que leu saramago ele arrota e ainda coça os bago ela ronca e ele é muito gago ele é tonto e ela tem lumbago
o casal boçal o casal boçal o casal boçal o casal boçal
um casal que fala mais do que devia quer discutir arte e filosofia
sempre vêm com a mesma teoria que o teatro é uma mais-valia
tanta intelectualidade
pra contar sua grande novidade o princípio da não-identidade que inventaram olhando pra cidade
também curtem mito da caverna contraposto à dívida externa
ela empolga e mostra mais as perna diz "Meu Deus, como ele é palerma!"
o casal boçal o casal boçal o casal boçal o casal boçal
10 - o movimento underground night club disco show
John Constable disse que "o grande vício da atualidade é a bravura, uma tentativa de fazer algo além da verdade".
Ele fala sobre a atualidade, mas o interessante é que ele disse isso em 1802. O mundo não muda muito, e isso está ficando cada vez mais óbvio. Os jovens têm se comportado como o mundo. E o mundo não muda muito. Apenas troca de roupa.
Letra:
eu sou eu, você é você já é motivo pra meter
eu não me importo com o amor porque já popularizou
a gente pode ficar aqui assistindo mtv
pra decorar umas parada e aumentar nosso k-ô
do movimento underground night club disco show
eu vou fazer uma tatoo mais style que a da Tchu
a minha camisa é sem igual e todo mundo paga pau
até meu vô lá no asilo tem um piercing no mamilo
você tem que ser bonito descolado e sedutor
no movimento underground night club disco show
eu cheiro pó e fumo um
eu curto um lança e sou bebum
eu como propimetileno
desde de que alguém fique sabendo
e canto alto toda vez
só porque eu sei falar inglês
sou muito mais do que eu soul e é por isso que eu estou
no movimento underground night club disco show
11 - carta ao MacGuyver
Você não pode sentir falta da infância, de fato, enquanto continua fazendo pirraça pra que alguém - mesmo que seja o seu patrão - te compre mais uma bala, ou chiclete, ou camisa, ou automóvel. Não. Eu sinto falta é da inocência.
Daquela tênue sensação de descoberta. São válidos os planos mirabolantes. Qualquer qualquer coisa, para apaziguar o medo.
Letra:
Querido MacGuyver.
Envio lhe em anexo:
Uma borrachinha,
Um canudinho de plástico, E um clipe de papel.
Por favor,
Traga minha infância de volta
12 - atrás dos olhos das meninas sérias
Todos os garotões de colégio, com suas bermudas, seus bonés e escapulários - caminhonetes do ano -
provavelmente morrerão sem ter verdadeiramente conhecido uma mulher, apesar de comerem tantas. Seria como sexo de coelhos, se os coelhos fossem tão estúpidos. Putas na rua. Namoradinha santa dentro de casa. Pra respeitar.
Boquinha que vai beijar os filhos. Eles se olham nos olhos, mas nada atravessa além dos cartazes e anúncios publicitários. Filosofia de programas de auditório.
Letra:
atrás dos olhos das meninas sérias atrás dos olhos das meninas sérias
carruagens, edifícios, morte e linhas férreas pecados inquietos como bactérias
atrás dos olhos das meninas sérias atrás dos olhos das meninas sérias
13 - lembrança
A graça é bela, mas nem toda beleza é engraçada. Algumas belezas são trágicas. Nem todas as belezas são
desejáveis. A piada é bela, mas nem tudo é uma piada.
Infelizmente, a vida fica muito sem graça, às vezes. Ele deitou, naquela noite quente, a cabeça de olhos úmidos sobre os trilhos frios. E nenhum de nós, que pretendemos respirar nos próximos dois minutos, será jamais capaz de julgar, ou mesmo compreender, a intensidade do seu desejo e o nome de sua fuga.
14 - você vai morrer
O peito se contrai e pela primeira vez vemos as coisas
que nos rodeiam tais quais realmente são: congeladas em silêncio e de beleza inefável, mas a caravana não pára. E me explicar pra quê? Tergiversar pra quê? Se houver um inferno, eu te encontro lá.
Letra:
eu vou brigar pra quê?
eu sei que vou morrer
eu sei que vou morrer vou me matar pra quê?
vou me guardar pra quê?
e programar pra quê?
e quanto a você?
e quanto a você?
você vai morrer (é certo)
você vai morrer (é certo)
você vai morrer (é certo)
você vai morrer (é certo)
me debater pra quê?
você quer me fuder
me debater pra quê?
eu sei que vou morrer
não vou comprar você não vou vender você me preocupar pra quê?
e acumular pra quê?
acumular pra quê?
(você vai morrer) acumular pra quê?
(você vai morrer) você vai se foder (e não é só você) todos vão morrer (é certo)
15 - apocalípticos desintegrados
Apocalípticos desintegrados são os apocalípticos integrados. Ou apenas integrados. Como um ponche sem álcool. Sangue diluído em água, onde do sangue só restou a tinta. Mas por aí, escondida em sites obscuros e peitos solitários, a resistência ainda existe. O grito. Mas se uma árvore cai na flores e não há ninguém para ouvir, ela realmente faz barulho? É claro que sim. E esta música é uma materialização sonora do último suspiro de rebeldia.
Um "vai tomar no seu cu" para todos os apocalípticos desintegrados, gravado em alto e bom som.
16 - lado b (super normal)
Se coletivamente o Homem segue com pressa para o inferno, individualmente ainda existem saídas. E todas elas passam pela estrada do amor. Um amor sem caretices.
Incondicional. E vá se foder pra lá, se acha isso tudo barango. Você também deve achar que comprar roupas
agressivas é uma atitude agressiva. E que comprar roupas com frases de revolta é uma atitude revolucionária.
Letra:
dizem alguns que toda vida é amarga
e que o amor pra virar chaga nunca tarda
dizem que o beijo de um romance mais que terno é uma taça com o sangue do inferno
e que pior do que uma peste virulenta é o tormento de uma mente ciumenta se o que é doce de repente fica azedo, e a afeição enquanto cresce vira medo como encontrar entre este mundo miserável motivação para um minuto agradável?
quando a tristeza tem o coração cativo descobre alívio num pensar alternativo se toda gente encontra alento na maldade procuro a paz numa profunda intimidade quando me enlaça e me afoga a aflição
languidamente eu sempre lembro de um peitão me mostre agora uma emoção quase perdida que eu revelo qual a chave desta vida
anal não faz mal
anal é anticoncepcional anal é normal
anal é super legal
anal não faz mal
anal é anticoncepcional anal é normal
anal é super legal
anal não faz mal
anal é anticoncepcional anal é normal
anal é super legal
anal não faz mal
anal é anticoncepcional anal é normal
anal é super legal
rebola no clube, rebola na rua
chega na cama fica gemendo frescura
todo dia pede alguma coisa especial tenho o remédio na cabeça do meu pau só porque você fica com medo de doer
passo lubrificante e você nem vai perceber hoje eu preparei uma surpresa pra você vem aqui benzinho eu vou tocar seu lado b
por que
(anal é legal!) você
(anal é legal!) não quer
(anal é legal!) fazer?
(anal é legal!) por que
(anal é legal!) você
(anal é legal!) não quer
(anal é legal!) fazer?
rebola no clube, rebola na rua
chega na cama fica gemendo frescura todo dia pede alguma coisa especial tenho o remédio na cabeça do meu pau só porque você fica com medo de doer
passo lubrificante e você nem vai perceber hoje eu preparei uma surpresa pra você vem aqui benzinho...
17 - coprólogos anônimos
À medida que a vulgaridade aumenta, é preciso uma
desculpa para ela. Um argumento. Uma explicação. Não é vulgaridade despropositada, mas com fins científicos e enobrecedores de cunho ativista social.
Coprologia - S.f. [De copr(o)- + -logia.]:
1. Emprego de expressões obscenas, imundas, em literatura.
2. O versar temas imundos em obras literárias.
3. Estudo dos adubos orgânicos.
4. Estudo das fezes.
Letra:
uma música de funk
diz que vai chupar o seu grelinho mas o meu som é punk
e te trata com carinho música de funk
chupar o seu grelinho o meu som é punk
e começa nos peitinho
e não precisa ser cachorra que eu não sou tigrão
eu sinto tesão
por bombinha de asma qualquer coisa
eu como até fantasma um pardal calado me deixa excitado qualquer objeto com o maior afeto eu gozo até no teto
mas se você é funkeiro te encontra nas quebrada te quemá com meu isqueiro te dá umas porrada
porrada yeah
18 - give me those tits (and i'll show you what the life is made of)
Um certo profeta desconhecido disse com sabedoria: "Me dê apenas uma nesga de luz, que minhas pernas seguirão o caminho". A imaginação e a criação humanas não podem ser semeadas no vácuo. E a caridade pede apenas um pouco de boa vontade, para pedir licença e entrar na sua casa.
Para pegar sua mão e te levar. Mostrar tudo que há de terrível e encantador nos mistérios simples, absolutos e imutáveis da Verdade divina, escondidos nas trevas
superluminosas daquele silêncio que se revela em segredo.
Letra:
give me those tits
and i'll show you what the life is made of give me those tits
and i'll show you what the life is made of give me those tits
and i'll show you what the life is made of show you what the life is made of
show you what the life is made of show you what the life is made of show you what the life is made of shoyo!