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Comunicado Conjunto dos Estados Partes do MERCOSUL e Estados Associados

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Academic year: 2022

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Tradução do espanhol realizada pela SM

Comunicado Conjunto dos Estados Partes do MERCOSUL e Estados Associados

As Presidentas e os Presidentes dos Estados Partes do MERCOSUL e Estados Associados, reunidos na cidade de Montevidéu, República Oriental do Uruguai, no dia 8 de dezembro de 2009, por ocasião da XXXVIII Reunião do Conselho do Mercado Comum:

1. Reafirmaram que o MERCOSUL se embasa em uma decisão estratégica que permitiu consolidar a vigência dos sistemas democráticos de governo;

fortalecer os laços históricos e culturais; conformar uma zona de paz na região;

promover o respeito irrestrito dos direitos humanos nos Estados Partes e Associados; superar a pobreza; a desigualdade; fortalecer o desenvolvimento econômico com justiça social; e melhorar a qualidade de vida de suas populações.

2. Expressaram seu pleno apoio aos processos democráticos na região sobre a base do respeito à ordem constitucional, ao Estado de direito, às autoridades democraticamente eleitas e salientaram os valores da solidariedade, a convivência pacífica e o respeito irrestrito dos direitos humanos. Em tal sentido, manifestaram seu beneplácito pelas recentes eleições na República Oriental do Uruguai e no Estado Plurinacional da Bolívia, e destacaram que as próximas eleições na República do Chile inscrever-se-ão neste contexto.

3. Reiteraram seu compromisso com o aprofundamento do processo de integração em matéria política, social, econômica, comercial, judicial, migratória, de segurança, sanitária, educacional e cultural, dentre outras matérias.

4. Manifestaram sua decisão de impulsionar a participação e o protagonismo social no processo de integração regional, com o objetivo de avançar no aprofundamento de sociedades mais inclusivas e equitativas na região.

5. Renovaram seu compromisso com o desenvolvimento regional integrado, não excludente e equitativo, levando em conta a importância de assegurar um tratamento favorável às economias pequenas e mais vulneráveis.

Comprometeram-se a outorgar todo o apoio necessário aos países em desenvolvimento sem litoral marítimo, levando em conta que as características especiais destes merecem um enfoque adequado para atender a suas necessidades, vulnerabilidades e problemas específicos, facilitando-lhes o trânsito, pelo território dos países de passagem e por qualquer meio de transporte, em conformidade com as regras aplicáveis do direito internacional, as convenções internacionais e os convênios bilaterais vigentes.

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6. Reafirmaram seu compromisso em garantir que a promoção e o respeito irrestrito dos Direitos Humanos é um eixo central do processo de integração. Neste contexto, destacaram os avanços registrados na reunião de Altas Autoridades em Direitos Humanos do MERCOSUL para a implementação do Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do MERCOSUL.

Ainda, sublinharam a importância de promover o intercâmbio de experiências na área dos direitos da mulher, das crianças e adolescentes, bem como a promoção dos direitos das pessoas idosas e pessoas com deficiência.

Acordaram promover, no âmbito das Nações Unidas, um tratamento da temática dos Direitos das Pessoas Idosas, com o objetivo de contar com um instrumento internacional juridicamente vinculante que assegure os direitos dos mesmos, bem como uma velhice com dignidade.

Reafirmaram o compromisso dos Estados com a plena observância dos direitos da infância e a adolescência, como eixo prioritário nas políticas públicas de combate à pobreza; saúde; educação; promoção da cultura e proteção contra todas as formas de exploração trabalhista e sexual, enquadrado nos princípios do interesse superior das crianças e adolescentes, entendido como a máxima satisfação integral e simultânea dos direitos e garantias reconhecidos.

7. Saudaram o Primeiro Encontro da Reunião Especializada de Redução de Riscos de Desastres Socionaturais, a Defesa Civil, a Proteção Civil e a Assistência Humanitária do MERCOSUL, e instaram as áreas competentes de seus países a desenvolver ações concretas visando ao estabelecimento de mecanismos de coordenação e cooperação, bem como a atuação conjunta e consensual em foros relacionados com a temática, priorizando a construção de espaços de diálogo e concertação com, dentre outros, o Comitê Andino para a Prevenção e Assistência de Desastres (CAPRADE).

8. Destacaram os resultados registrados na IX Conferência Sul-Americana de Migrações, em particular aqueles relativos à conformação de uma posição comum regional em matéria migratória e à intenção de avançar rumo a uma definição de um Plano Sul-Americano de Desenvolvimento Humano para as Migrações. Reiteraram sua preocupações e seu desacordo com o endurecimento das políticas migratórias que vulneram os direitos fundamentais das pessoas migrantes, como é o caso da política europeia na matéria, seu compromisso com a luta contra a xenofobia, a discriminação, o racismo e seu rechaço à criminalização dos migrantes, bem como à consideração destes como simples variáveis de ajuste econômico.

Reafirmaram, também, o compromisso assumido na Declaração de Quito, encorajando as iniciativas unilaterais e os acordos bilaterais para facilitar e regularizar as condições de residência dos migrantes na região; saudaram a entrada em vigência do Acordo de Residência de Nacionais de Estados Partes e Associados do MERCOSUL e exortaram os países que ainda tivessem procedimentos e processos pendentes a realizá-los sob o princípio de coerência, sem mediar qualquer outra consideração alheia a este propósito.

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9. Reafirmaram seu compromisso com o combate ao crime organizado transnacional e, nesse sentido, expressaram seu beneplácito pelos avanços registrados na Reunião de Ministros da Justiça do MERCOSUL relativos ao projeto de “Acordo-Quadro de Cooperação para a Criação de Equipes de Investigação Conjunta”.

Destacaram a recopilação de instrumentos de cooperação jurídica, policial e administrativa entre os países da região e o projeto de elaboração de uma posição do MERCOSUL visando ao 12° Congresso da ONU sobre Prevenção ao crime e a Justiça Penal.

10. Tomaram nota das atuações da Reunião de Ministros do Interior do MERCOSUL, em particular da decisão de iniciar os estudos preliminares para integrar os sistemas de consulta da Organização Internacional da Polícia Criminal (INTERPOL) e o Sistema de Intercâmbio de Informações de Segurança do MERCOSUL, passo transcendente na luta contra o Crime Organizado Transnacional em total sintonia com a Convenção de Palermo.

Manifestaram a necessidade de propiciar estratégias e programas de colaboração para a prevenção do comércio de pessoas e o tráfico ilícito de migrantes, a perseguição penal dos autores de tais delitos, o atendimento às vítimas e a restituição de seus direitos.

11. Destacaram as conquistas alcançadas pelo Setor Educacional do MERCOSUL durante o segundo semestre de 2009, especialmente os avanços produzidos nos processo de credenciamento de cursos universitários e o impulso da educação de pessoas jovens e adultas no continente, no âmbito da cultura do aprendizado ao longo da vida.

12. Tomaram nota das deliberações dos Ministros da Cultura em relação com a necessidade de garantir o exercício dos direitos culturais para construir cidadania, criar condições de igualdade e equidade e fomentar a inclusão e a coesão social, bem como a consecução dos objetivos colocados na Conferência da UNESCO realizada em Estocolmo em 1998.

Comprometeram-se a desenvolver estratégias de bloco para a participação em organismos internacionais e multilaterais em matéria de cultura.

Decidiram acompanhar, do MERCOSUL, as agendas dos países que celebram seus respectivos bicentenários a partir de 2010, como uma contribuição ao reconhecimento dos processo de emancipação da região.

13. Tomaram nota da proposta apresentada pela República Oriental do Uruguai para explorar modalidades e mecanismos para uma eventual e gradual articulação de instituições e foros do MERCOSUL e a UNASUL, com o objetivo de fortalecer o processo de integração regional.

14. Manifestaram sua satisfação pela consolidação do processo da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) como mecanismo regional de encontro, consultas, concertação política e cooperação, em um clima de respeito e tolerância em relação com os temas que se revestem de maior interesse para nossa região.

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Destacaram os resultados das Cúpulas de Quito e de San Carlos de Bariloche, bem como a recente criação dos Conselhos Sul-Americanos de Luta contra o Narcotráfico; de Infraestrutura e Planejamento; de Desenvolvimento Social; e de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Inovação.

15. Saudaram a Resolução aprovada pelos Ministros das Relações Exteriores e de Defesa da UNASUL, na reunião extraordinária celebrada em Quito em 27 de novembro passado, em cumprimento do Mandato Presidencial consignado na Decisão de Bariloche, pela qual se estabeleceu um mecanismo de medidas de fomento da confiança e segurança, incluindo medidas concretas de implementação e garantias destinadas a fortalecer a América do Sul como uma zona de paz.

Em tal sentido, salientaram o acordo de incumbir ao Conselho de Defesa Sul- Americano a elaboração de um Protocolo de Paz, Segurança e Cooperação da UNASUL, que venha a constituir também uma Arquitetura de Segurança e sirva de Código de Conduta para a região.

A esse respeito, assinalaram que os Estados membros da UNASUL garantirão formalmente que os acordos de cooperação em matéria de defesa dos quais sejam Partes e envolvam algum grau de presença em seus territórios de pessoal militar ou civil e/ou de armamento e de equipes provenientes de Estados da região ou extrarregionais não serão utilizados de forma tal que atentem contra a soberania, a segurança, a estabilidade e a integridade territorial dos Estados Sul-Americanos. Garantirão que as atividades emanadas de tais acordos não produzirão efeitos de qualquer natureza sobre o território e o espaço soberano de outro Estado da UNASUL.

16. Saudaram a criação do Banco do Sul, no convencimento de que o mesmo poderia servir para ampliar as possibilidades de desenvolvimento econômico e social dos países membros desse Banco, especialmente em face da atual crise financeira internacional, bem como para impulsionar e consolidar projetos para o bem-estar de seus povos.

17. Celebraram a realização da XXVIII Reunião Ministerial do Mecanismo Permanente de Consultas e Concertação Política (Grupo do Rio) em Jamaica.

Expressaram, ainda, sua satisfação pela celebração da Reunião Ministerial da América Latina e Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (CALC) e pela adoção do Plano de Ação de Montego Bay, o qual permitirá avançar para a implementação dos compromissos assumidos na Declaração de Salvador da Bahia.

18. Congratularam-se pela realização, na Ilha Margarita, da II Cúpula de Chefes de Estado da América do Sul e África (ASA), a qual colheu o compromisso de uma maior aproximação entre ambos os continentes. Ainda, permitiu fortalecer o aprofundamento dos laços de integração e cooperação entre nossos povos, e manifestou o espírito do diálogo Sul-Sul com que se rege este relacionamento.

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De igual maneira, manifestaram sua satisfação pelos avanços alcançados na Cúpula ASA, em nível institucional, o estabelecimento da Secretaria Permanente na Venezuela do referido foro, bem com a criação da Mesa Presidencial Estratégica e dos Grupos Ministeriais de Trabalho nas distintas áreas da cooperação birregional.

19 Expressaram sua satisfação pela recente aprovação, no 64º período de sessões da Assembleia Geral das Nações Unidas, por histórica maioria, da resolução em repúdio do bloqueio econômico, comercial e financeiro a que se encontra submetida a irmã República de Cuba, por entender que é contrário aos princípios da Carta das Nações Unidas e contravém as regras do direito internacional. Reiteraram seu chamado ao imediato levantamento do mesmo, assim como a deixar sem efeito as leis e medidas contrarias ao Direito Internacional que limitem ou impeçam o livre comércio e a livre navegação.

20. Reafirmaram os termos da “Declaração dos Presidentes dos Estados Partes do MERCOSUL, a República da Bolívia e da República do Chile”, assinada em 25 de junho de 1996 em Potrero de los Funes, República Argentina, denominada Declaração sobre as Malvinas, e reiteraram seu respaldo aos legítimos direitos da República Argentina na disputa de soberania relativa à questão das Ilhas Malvinas.

Do mesmo modo, destacaram que a adoção de medidas unilaterais não é compatível com o resolvido pelas Nações Unidas, e recordaram o interesse regional em que a prolongada disputa de soberania entre a República Argentina e o Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte sobre as Ilhas Malvinas, Geórgias do Sul e Sandwich do Sul, bem como sobre os espaços marítimos circundantes, alcance o quanto antes uma solução, em conformidade com as resoluções das Nações Unidas e as declarações da Organização dos Estados Americanos, do MERCOSUL e de outros foros regionais e multilaterais.

Reiteraram, ainda, que a pretensão de considerar as Ilhas Malvinas, Geórgias do Sul e Sandwich do Sul como países e territórios aos quais possam se aplicar a Quarta Parte do Tratado de Funcionamento da União Europeia e as Decisões de Associação de Ultramar da União Europeia resulta incompatível com a existência de uma disputa de soberania sobre tais arquipélagos.

21. Expressaram sua satisfação pela avaliação efetuada no Conselho do Mercado Comum sobre os acordos de complementação econômica assinados entre os Estados Partes do MERCOSUL y Estados Associados, no âmbito do Tratado de Montevidéu de 1980. Sublinharam sua incidência no incremento do intercâmbio comercial entre as partes, em particular de bens de maior valor agregado, contribuindo, nesta conjuntura, a mitigar em nossos países os efeitos da crise financeira internacional.

Revalidaram seu firme compromisso de adotar as ações necessárias para estimular os fluxos comerciais intrarregionais, entre elas a não adoção de medidas não tarifárias incompatíveis com a normativa internacional, permitindo assim compensar a queda registrada no intercâmbio com o resto do mundo.

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22. Ressaltaram a necessidade de uma conclusão satisfatória e equilibrada para as negociações multilaterais da Rodada de Doha, que contemple especialmente os interesses e necessidades dos países em desenvolvimento, em conformidade com o Programa de Doha para o Desenvolvimento da Organização Mundial do Comércio (OMC).

23. Salientaram seu interesse em aprofundar a cooperação Sul-Sul e, nesse sentido, reconheceram a alta importância da conclusão do acordo entre vinte e dois países da América Latina, África e Ásia, sobre modalidades básicas de acesso a mercados para produtos agrícolas e industriais, no âmbito da Rodada São Paulo do Sistema Global de Preferências Comerciais entre Países em Desenvolvimento (SGPC).

24. Fizeram votos para o êxito na Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP15), que está ocorrendo em Copenhague. Nesse sentido, reiteraram que a Mudança Climática é um dos desafios ambientais mais importantes do Século XXI.

25. Saudaram a realização do III Foro da Aliança de Civilizações no Brasil, no primeiro semestre do ano 2010, visando a promover a tolerância, o respeito e o diálogo entre as diferentes culturas e civilizações.

26. Tomaram nota da iniciativa nacional empreendida pelo Equador, denominada “Yasuni-ITT”, que busca, entre outros aspectos, a exploração e desenvolvimento de fontes alternativas de obtenção de renda, reduzir a exploração não sustentável de recursos naturais e otimizar a conservação da diversidade biológica.

27. Tomaram nota da X Conferência das Partes na Convenção sobre Diversidade Biológica, que terá lugar em Nagoya, em outubro de 2010, com o objetivo de adotar um regime internacional juridicamente vinculante sobre esta matéria.

28. Tomaram nota da recente aprovação no 64º Período de Sessões da Assembleia Geral das Nações Unidas, da Resolução denominada “Harmonia com a Natureza”.

29. Levando em conta a reivindicação dos valores dos povos, reconheceram que a mastigação da folha de coca é uma manifestação cultural ancestral do povo da Bolívia que deve ser respeitada pela Comunidade Internacional.

30. Destacaram o compromisso de seus Governos com o fortalecimento do multilateralismo, com a reforma integral das Nações Unidas e com a democratização das instâncias decisórias internacionais e manifestaram a importância de continuar envidando esforços no sentido de promover a necessária reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), tornando-o mais democrático, representativo e transparente.

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Reafirmaram seu apoio ao fortalecimento das instituições multilaterais a fim de torná-las mais eficientes, legítimas e representativas da realidade global contemporânea. Consideraram urgente a reforma da Organização das Nações Unidas para a revitalização da Assembleia Geral e do Conselho Econômico e Social, bem como a expansão, a democratização e a reforma dos métodos de trabalho do Conselho de Segurança.

31. Comprometeram-se a continuar avançando na realização dos objetivos de desenvolvimento do milênio, tanto no âmbito nacional e sub-regional, quanto na próxima Cúpula sobre a matéria, a celebrar-se nas Nações Unidas durante o ano 2010.

32. Reafirmaram seu compromisso na luta contra o terrorismo em todas suas formas e manifestações e na cooperação para a prevenção dos atos de terrorismo, evitar a impunidade para quem os cometa e proteger as vítimas de tais atos. O combate contra este flagelo se desenvolverá em conformidade com o direito interno e as normas do direito internacional —com pleno respeito à soberania e integridade territorial dos Estados—, o direito internacional humanitário, o direito internacional dos refugiados e o direito internacional dos direitos humanos, bem como os compromissos emanados dos convênios e instrumentos internacionais sobre a matéria, as Resoluções pertinentes do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral das Nações Unidas.

33. Tomaram nota da adoção do “Consenso de Santo Domingo sobre Segurança Pública”, no âmbito da segunda Reunião de Ministros em Matéria de Segurança Pública das Américas, realizada em 5 de novembro de 2009 na República Dominicana.

34. Destacaram a necessidade de fortalecer o diálogo, a cooperação e as ações conjuntas dos Estados Partes do MERCOSUL e Estados Associados em nível regional e global, para combater o problema mundial das drogas, seus precursores e delitos conexos, com um enfoque integral e dentro do princípio de responsabilidade compartilhada e o respeito do Direito Internacional.

35. Destacaram seu compromisso com o desarmamento e a não proliferação de armas de destruição em massa. Neste se contexto, assinalaram a importância de que na Conferência de Exame do Tratado de Não-Proliferação de 2010 se consiga avançar nos compromissos previamente estabelecidos na matéria, bem como nos novos acordos que favoreçam o uso pacífico da energia nuclear, os objetivos do desarmamento nuclear e as metas de não proliferação de armas nucleares para garantir a paz e a segurança internacionais.

36. Tomaram nota dos trabalhos em curso no Grupo de Trabalho sobre Armas de Fogo e Munições e no Grupo de Trabalho sobre Prevenção de Proliferação de Armas de Destruição em Massa.

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37. Renovaram seu compromisso de continuar impulsionando as recomendações emanadas da Organização das Nações Unidas em matéria de controle de armas pequenas e leves em todos seus aspectos.

Também, salientaram a vontade dos Estados Partes do MERCOSUL e Estados Associados de avançar na harmonização das normativas nacionais em matéria de armas de fogo, incluídas as pequenas e leves, bem como de munições com a finalidade de contar em um futuro próximo com legislações que permitam desenvolver iniciativas e projetos de cooperação regional sobre o tema.

38. Expressaram sua maior disposição para trabalhar juntos nos preparativos, consultas prévias e no âmbito da IV Reunião Bienal de Estados do Programa de Ação das Nações Unidas para prevenir, combater e eliminar o tráfico ilícito de armas pequenas e leves em todos seus aspectos, que se celebrará em Nova Iorque de 14 a 18 de junho de 2010, com o fim de apresentar posições comuns e conseguir que esta reunião seja bem sucedida.

39. Ademais, expressaram sua vontade de trabalhar, conjuntamente com todos os Estados Partes da Convenção sobre a Proibição do Emprego, Armazenamento, Produção e Transferência das Minas Antipessoal e sua Destruição (Tratado de Ottawa), a comunidade internacional e setores da sociedade, para o cumprimento dos compromissos acordados no Plano de Ação de Cartagena 2010–2014 e a Declaração de Cartagena 2009, documentos adotados durante a Segunda Conferência de Exame da Convenção de Ottawa, que se celebrou em Cartagena das Índias, de 30 de novembro a 4 de dezembro de 2009.

40. Celebraram a bem-sucedida realização da Terceira Conferência dos Estados Partes da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção e expressaram sua satisfação pela aprovação de um Mecanismo de acompanhamento e avaliação que permitirá um maior compromisso dos Estados, a Comunidade Internacional e setores da sociedade na luta contra o fenômeno da corrupção.

Ainda, salientaram a vontade dos Estados Partes do MERCOSUL e Estados Associados de continuar trabalhando conjuntamente na harmonização das respectivas normativas nacionais em matéria de luta contra a corrupção e a aplicação das recomendações e diretrizes no âmbito da Convenção das Nações Unidas contra a corrupção.

41. Saudaram a Senhora Presidenta da República do Chile, Doutora Michelle Bachelet, e o Senhor Presidente da República Oriental do Uruguai, Doutor Tabaré Vázquez, por ocasião do término de seus respectivos mandatos presidenciais, e reconheceram seus valiosos esforços em prol de fortalecer o processo de integração regional.

42. Expressaram seu reconhecimento e agradecimento à Presidência da República Oriental do Uruguai, a seu Presidente Doutor Tabaré Vázquez, ao governo e povo uruguaio pela sua hospitalidade e pela realização da XXXVIII Cúpula do MERCOSUL e Estados Associados.

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