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177) ESSE PERU NÃO MORREU NA VÉSPERA

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Academic year: 2022

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177) ESSE PERU NÃO MORREU NA VÉSPERA

Faz um ano que a Alemanha impôs ao Brasil a goleada de 7x1 no Mineirão (8/7/14), pela Copa do Mundo de 2014. Até hoje isso revela que o fato escancarou a Seleção Brasileira que passou a andar, cada vez mais, na contramão das melhores equipes do mundo.

Justamente o Brasil, sinônimo de futebol bonito e vencedor. É notório que a Seleção comandada pelo técnico Dunga foi eliminada da Copa América Centenário, após não conseguir marcar um gol nas seleções do Equador e Peru, ambas, se muito, são de pequeno a mediano porte no contexto do futebol mundial. Bem de se ver, a culpa da desclassificação do Brasil da Copa América Centenário não foi em si o gol de mão do peruano Ruidíaz. É, com certeza, o continuísmo das más gestões da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no mínimo, a partir dos três últimos presidentes (R.Teixeira, J.M.Marin e Marco Polo Del Nero). A CBF passou a acolher muito mais interesses clientelistas e, por assim dizer, paroquiais do que melhorar o futebol brasileiro. Tem recorrido a fórmulas avessas aos usos e costumes vigentes em outros grandes centros esportivos, enquanto as melhores seleções do mundo têm uma identidade definida. Confira-se as seleções que disputaram a Eurocopa-2016, em especial, as seleções de Portugal e França!

Diante delas, o Brasil está desgovernado, confuso e perdido. Só restou dizer “Tchau, Dunga!”, talvez o menos culpado no nosso futebol angu de caroço. Entretanto, “há um clima de rebelião na Seleção. Ao menos quatro jogadores, que defendem o Brasil na Copa América e passaram pelo vexame da eliminação na primeira fase, não aguentam mais o técnico Dunga nem Marco Polo Del Nero como presidente da CBF. A revolta contra a Confederação por parte do estafe dos atletas é grande. Eles se sentem abandonados e acham que Dunga não tem visão de jogo ou esquema tático. A péssima gestão da CBF deu no que deu...Que caiam todos; não apenas Dunga e Gilmar Rinaldi. Chegou a hora de refundar a entidade. Pelo jeito os 7x1 não serviram para nada. Os da Alemanha contra e os do Haiti a favor do Brasil. Não dá para dizer que a equipe canarinho é propriedade do povo brasileiro. Há muitos anos foi privatizada e virou produto de um grupo pequeno que dá as cartas no futebol. E ganha muito dinheiro com isso. As denúncias contra dirigentes são pesadas e o torcedor brasileiro acabou dissociado da

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Seleção. Roubaram a paixão popular, desvalorizaram a imagem de um dos principais símbolos nacionais, terceirizaram os amistosos do Brasil, além de enfraquecerem nossos campeonatos internos e os clubes a ponto de virarmos piada mundial depois dos 7x1 da Alemanha. Enfim, a Seleção teria sido roubada por um grupinho que enriqueceu explorando a imagem e o poder que tinha sobre nosso futebol. Trata-se de enriquecimento ilícito, segundo as denúncias, porque dinheiro com origem legal tem que ser diferenciado daquele usado para pagar propinas e outras coisas mais. Quando o Brasil entra em campo o que vemos atualmente é diferente daquilo que se via nos anos 70, p.e., que dava gosto ver o time dentro das quatro linhas. Hoje há um sentimento de indiferença, provocado pela própria CBF. A Seleção devia ser do Brasil, um patrimônio público nacional, não da CBF e do grupo que comanda a entidade há décadas. Cada vez mais a Seleção é da Confederação. É só dela!

Assim como temos de reformar o sistema político brasileiro, precisamos passar a limpo a CBF. Ela não pode seguir nos moldes em que está. Devia sofrer intervenção estatal. De lembrar que a Confederação administra o que devia ser um patrimônio público. Só que ela age como se estivesse acima do bem e do mal. Devia ser comandada por um colegiado com representantes de clubes, jogadores, árbitros, integrantes da sociedade civil e do governo.

Devia ser refundada, inclusive recebendo outro nome, porque a si gl a CBF, apesar de a enti dade ser mi l i onári a, está tão desvalorizada e desrespeitada como a FiFa ou a própria Seleção Brasileira. E a Seleção faz parte de nossa identidade. Devia nos representar, mas há tempos parece um balcão de negócios. Basta conferir a era J.M.Marín, que segue em prisão domiciliar nos EUA”

– escreveu J.C.Assunção, colunista. Por opção da CBF para disputar a Rio-2016, Neymar esteve ausente da Copa América Centenário. Após a derrota para o Peru, o craque usou as redes sociais para se pronunciar sobre a eliminação do Brasil da competição continental nos Estados Unidos. Capitão dos últimos jogos em que esteve com a amarelinha, Neymar apoiou os jogadores e saiu disparando sua metralhadora verbal contra os críticos. “Ninguém sabe o que vocês sofrem para estar aí e defender a Seleção, vestir essa camisa é um orgulho e vocês fazer isso é AMOR. Agora, vai aparecer um monte de babaca para falar merda, f....-se. Faz parte, futebol é isso. Sou brasileiro e tô fechado com vocês” – escreveu o craque, abusando dos palavrões. O próprio

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Neymar e a CBF tentaram junto ao Barcelona (ESP) a liberação para a Copa América e Olímpiada, mas o clube espanhol só permitiu que ele disputasse uma competição com a Seleção antes do começo da temporada. A opção foi pela Olímpiada. É incrível, mas Neymar escapou dos três últimos vexames da Seleção Brasileira: 0 7x1 na Copa do Mundo-2014 e duas eliminações das edições 2015 e 2016 da Copa América. T odavia, “a eliminação do Brasil na Copa América Centenário dos EUA talvez seja o nosso verdadeiro 7x1. E seus desdobramentos poderão trazer concretos impactos para o futuro do futebol brasileiro. Quando o Brasil foi humilhado pela Alemanha no Mineirão no famoso 7x1, o comando da Seleção chamou nossa maior derrota de apagão. No entanto, o verdadeiro 7x1 aconteceu em Boston (EUA). Ser eli minado na pri meira fase de uma competição em grupo que contava com Peru, Equador e Haiti é o verdadeiro fundo do poço. Equivale a mais uma goleada da Alemanha...” (A.Somiggi, colunista). Em 26/6/16 aconteceu a partida final da Copa América Centenário entre Argentina e Chile. No tempo normal e prorrogação 0x0. Na cobrança de pênaltis, Chile 4x2 Argentina. Chile campeão, aliás bi das Américas. Decepcionado Li onel Messi decl arou que não pretende mai s defender a Albiceleste. Foi o suficiente para todos os “hermanos” começarem a correr atrás do megacraque para que reconsidere a decisão, inclusive, Maradona, o que rendeu uma estátua no “Passeo de La Gloria”, em Buenos Aires (ARG), num espaço destinado exclusivamente a homenagear desportistas do país. A causa da deliberação de Messi foi perder um pênalti na decisão final desta Copa América e a quarta disputa final pela Argentina em outras competições, isto é, jogou a toalha após perder a referida Copa para o Chile. Todavia, os argentinos sempre reclamaram dele porque não joga pela Argentina o mesmo do que pelo Barcelona (ESP). Isso aconteceu três dias antes dos 30 anos do título argentino no Mundial de 1986 no México, com gol de mão de Maradona contra a Inglaterra. O episódio passou para a história como “gol à la mano de Dios”. Opiniões são quase unânimes de que Messi é melhor que Maradona. Seria o melhor jogador da história depois de Pelé, por certo não admitido pelos próprios argentinos que o tratam como filho pródigo, vez que deixou o país na adolescência (13 anos de idade).

Partiu para a Espanha por não conseguir na Argentina o hormônio de crescimento para expandir o talento que lhe brotava dos pés. A imagem do megacraque, que sofre Síndrome de Asperger (a pessoa

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se fecha e parece insensível), é de um tango comovente. Até a mídia brasileira se comoveu com a renúncia de Messi e foi incisiva: “Caro Messi, nós brasileiros também ficamos comovidos com sua dor na noite de domingo (26/6). Rivalidade à parte com vocês argentinos.

Que maldade a bola fez com você, subindo tanto na cobrança de pênalti. Pedimos para você repensar a decisão de abandonar a seleção argentina. Queremos você jogando a Copa do Mundo de 2018! Queremos ver seus gols na fase de classificação. Queremos ouvir os hinchas cantando que Maradona é melhor do que Pelé.

Queremos que o hexa do Brasil marque oficialmente o encerramento de sua carreira em 2018. Fica”. (L!). Por outro l ado, nenhum clube de primeira divisão se mostrou favorável à saída da Inglaterra da União Europeia, embora jogadores e ex-jogadores acharem que o futebol inglês ficará mais forte. Ou pelo menos a seleção nacional, que foi eliminada da Eurocopa-2016 já na fase de grupos. E os ingleses não conseguem ganhar um Mundial há 50 anos porque abriga muitos estrangeiros em suas equipes. Segundo o ex-craque Sol Campbell, em vez de priorizar a compra de jogadores estrangeiros os times vão ficar nas categorias de base e na formação de bons futuros atletas. Isso alimenta as ondas nacionalistas contrárias à imigração e que são vistas não só pelo Reino Unido, mas em outros países europeus também. E com reflexos nas torcidas de futebol, muitas das quais cantam músicas contra estrangeiros, alimentando ainda mais a xenofobia em alguns cantos do Velho Continente. Na realidade, o mundo precisa de pontes não de muros. Pontes para ligar a festa entre as torcidas nas arquibancadas como acontecido na Eurocopa-2016, lindíssima na maioria dos jogos, para não dar lugar para gritos racistas, xenófobos e outros mais. Enfim, mais uma Eurocopa chega ao final (10/7/16).

Realmente, uma competição de primeiro mundo. Com algumas seleções tidas como de menor expressão, eliminando seleções tradicionais dada a espantosa evolução do futebol daquelas. Em partida memorável França e Portugal disputaram a final no Stade de France, em Saint-Denis (FRA). Sem abertura de contagem no tempo normal, Eder, um crioulo de Guiné-Bissau, naturalizado português, sai do banco de reservas para marcar o gol do título de Portugal, aos 4’/2ºT da prorrogação. Desde que Cristiano Ronaldo surgiu no futebol, acompanho sua carreira. Considero-o jogador de clube, até mesmo pelo pouco que tem realizado em termos de Seleção de Portugal, inclusive, tendo sido fracasso na Copa do

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Mundo-2014 aqui no Brasil. Na partida final da Eurocopa, o megacraque português levou uma pancada no joelho aos sete minutos, mas saiu sem condições de jogo, aos 24’/1ºT. No banco de reservas e à beira das quatro linhas foi deveras útil ao selecionado português pelo incentivo e orientação aos seus companheiros dentro de campo. Se Cristiano Ronaldo tivesse permanecido na partida com condições de jogo, dada a rígida e implacável marcação e o time só jogando para ele, Portugal, talvez, não conseguisse o triunfo e ser campeão dada a excelente performance da seleção francesa. Foi um lindíssimo torneio europeu (51 jogos), estando de parabéns Portugal pela primeira conquista da Eurocopa. Assim também à França pelo vice (já é bi da competição) pela brilhante campanha, mormente porque também tem um timaço. Louve-se as torcidas pelos emocionantes espetáculos proporcionados em todas partidas. Show de bola! Oxalá, em algum tempo a América também chegue lá. (in L! nºs 6769, 6783 a 6785; Michaelis/2000, vol. 1 e 2).

Escrita por: Martins Sebastião Kreusch

Autor dos livros: Oh, Morena! - Melhores e Piores Crônicas Dr.

Kreusch -Historíolas Sem Retoque de Photoshop.

Idealizador do site: www.narrativasdabola.com.br

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