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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

Introdução

PRO F. J O SÉ RO BE RTO BARBO SA

FA CE /UFGD

PRINCIPAIS ASPECTOS

No exercício de seu poder, o Estado necessita de meios materiais e pessoais para cumprir seus objetivos institucionais, garantindo a ordem jurídica, a segurança, a defesa, a saúde pública e o bem-estar social de todos.

Para cumprir essas tarefas, que têm valor econômico e social, o Estado, por sua atividade financeira, precisa obter, gerir e aplicar os recursos indispensáveis às necessidades que assumiu.

Essa atividade é fonte de estudo da Ciência das Finanças, e sua regulamentação, por intermédio de um quadro de princípios e normas, é feita pelo Direito Financeiro – Considera um ramo específico do Direito Público.

TRIBUTÁRIA

PRINCIPAIS ASPECTOS

Dentro do Direito Financeiro temos a Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, que foi recepcionado pela CF/88 de forma integral, elevada a status de Lei Complementar, que se trata da Lei que estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

Esta Lei conjugou duas técnicas utilizadas em dois sistemas de informações para o controle: o orçamento e a contabilidade.

Recentemente foi complementada pela Lei Complementar 101/2000, definida como a Lei de Responsabilidade Fiscal, que não alterou a Lei 4.320, trazendo inovações e melhorias na gestão pública, nos que diz respeito ao planejamento e controle.

TRIBUTÁRIA

PRINCIPAIS ASPECTOS

Dentro do Direito Financeiro, temos uma subdivisão que é definida como Direito Tributário, considerado ramo autônomo do Direito Público, por conter princípios e institutos próprios, relacionando-se com os demais ramos do Direito, dado sua unicidade.

O Direito Financeiro estuda e normatiza as relações as relações entre Estado e contribuinte. Relações essas relativas a criação, fiscalização e arrecadação da receita pública derivada específica dos tributos.

TRIBUTÁRIA

SISTEMA TRIBUTÁRIO

Sistema Tributário é o conjunto estruturado e lógico dos tributos que compõe o ordenamento jurídico, bem como as regras e princípios normativos relativos à matéria tributária.

Os conceito e institutos que o compõem jamais devem ser vistos de forma estática, mesmo porque eles devem ser aplicados em um conjunto dinâmico constituído pela realidade social, sistema econômico e critério de justiça.

O Direito Tributário, através de seu ordenamento jurídico, serve para frear o ímpeto, uma vez que o Estado, dotado de poder de império, necessita respeitar a existência de princípios e imunidades garantidos, tornando tal poder limitado.

TRIBUTÁRIA

SISTEMA TRIBUTÁRIO

O Estado necessita, em sua atividade financeira, captar recursos materiais para manter sua estrutura, disponibilizando ao cidadão- contribuinte os serviços que lhe compete, como autêntico provedor das necessidades coletivas.

A cobrança de tributos se mostra como a principal fonte das receitas públicas, voltadas ao atingimento dos objetivos fundamentais, insertos no art. 3º da Constituição Federal, tais como a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a garantia do desenvolvimento nacional, a erradicação da pobreza e da marginalização, tendente à redução das desigualdades sociais e regionais, bem como a promoção do bem-estar da coletividade.

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TRIBUTÁRIA

SISTEMA TRIBUTÁRIO

Daí haver a necessidade de uma positivação de regras que possam certificar o tão relevante desiderato de percepção de recursos – o que se dá por meio da ciência jurídica intitulada Direito Tributário, também denominado Direito Fiscal.

Para Rubens Gomes de Sousa, o Direito Tributário é “(...) o ramo do direito público que rege as relações jurídicas entre o Estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado no que se refere à obtenção de receitas que correspondam ao conceito de tributos”.

TRIBUTÁRIA

SISTEMA TRIBUTÁRIO

Nos dizeres de Paulo de Barros Carvalho, “o Direito Tributário é o ramo didaticamente autônomo do Direito, integrado pelo conjunto de proposições jurídico-normativas, que correspondam, direta ou indiretamente, à instituição, arrecadação e fiscalização de tributos”

Direito Tributário é o “ramo do direito que se ocupa das relações entre fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra os abusos desse poder”.

Vale dizer que “o Direito Tributário é o conjunto de normas que regula o comportamento das pessoas de levar dinheiro aos cofres públicos”.

TRIBUTÁRIA

SISTEMA TRIBUTÁRIO

Quanto à sua natureza, é imperioso destacar que o Direito Tributário é ramo que deriva do Direito Financeiro, sendo deste a parte mais destacada e desenvolvida, “porque abrange todas as relações jurídicas entre a Fazenda Pública e o contribuinte, a que estão vinculados interesses essenciais do Estado e dos cidadãos”.

Enquanto o Direito Financeiro regula, em todos os momentos, a chamada atividade financeira do Estado, aquele – o Direito Tributário – trata da relação jurídica existente entre o Fisco e o contribuinte ou das

“relações fático-econômicas indicativas de capacidade contributiva”, no concernente ao conjunto das leis reguladoras da arrecadação dos tributos, bem como de sua fiscalização.

TRIBUTÁRIA

SISTEMA TRIBUTÁRIO

Ademais, o Direito Tributário pode ser classificado como ramo jurídico pertencente ao direito público, com a figura do Estado sempre presente em um dos polos da relação jurídica – e sempre em situação de superioridade jurídica perante o particular –, haja vista o interesse tutelado ser socialmente coletivo (o interesse público), o que dota suas normas jurídicas de compulsoriedade.

Enquanto o Direito Financeiro – núcleo de derivação do Direito Tributário – é uma ciência jurídica que registra normativamente toda a atividade financeira do Estado, na busca de uma aplicação prática, o Direito Tributário, por sua vez, é a ciência jurídica que, disciplinando o convívio entre o “tesouro público e o contribuinte”.

TRIBUTÁRIA

SISTEMA TRIBUTÁRIO

O Direito Tributáriodedica-se à receita tributária, isto é, à parte mais desenvolvida disciplinado no Direito Financeiro.

Ademais, o Direito Financeiroe o Direito Tributáriose comunicam quando tratam de receitas públicas, entre outros temas.

O Direito Tributário é capítulo desgarrado do Direito Financeiro, entretanto, à semelhança da máxima segundo a qual “o filho bom a casa torna”, o Direito Tributário mantém íntimo elo com o Direito Financeiro, pelo fato de “terem princípios gerais comuns e, afinal, um e outro disciplinarem setores da mesma atividade: a atividade financeira”.

TRIBUTÁRIA

SISTEMA TRIBUTÁRIO

No Brasil, o sistema tributário vigente encontra sua pedra angular nos artigos 145 a 162 da CF/88, onde ficaram definidos os princípios gerais da tributação nacional (arts. 145 a 149), as limitações ao poder de tributar (arts. 150 a 152) e os impostos dos entes federativos (arts. 153 a 156), bem como a repartição das receitas tributárias arrecadadas (arts.

157 a 162) (repartição do bolo).

Na Constituição ficou assegurada a recepção das normas tributárias anteriores à sua promulgação, desde que não sejam incompatíveis, recepcionando, com isso, o Código Tributário Nacional – CTN, publicado pela Lei nº 5.172 de 1966, que dispõe sobre normas gerais de Direito Tributário, não havendo incompatibilidade, permanecendo vigente até o

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SISTEMA TRIBUTÁRIO

No artigo 145 da CF/88, foram definidas as espéciesde tributos, definidas como impostos, taxas e contribuições de melhoria:

I -impostos;

II -taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

III -contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

SISTEMA TRIBUTÁRIO

No artigo 16 do CTN:

Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

Pela definição do CTN, o imposto é pago pelo contribuinte que não recebe nenhuma contraprestação direta ou imediatado Estado, sendo essa característica principal desse tributo para a distinção dos demais.

A receita arrecadada não pode esta vinculada por lei a nenhuma despesa específica, fundo ou órgão predeterminado, salvo as exceções previstas na própria Constituição Federal.

TRIBUTÁRIA

SISTEMA TRIBUTÁRIO

Ou seja, precisa estar vinculada ao “bolo do orçamento”, de onde será repartida, segundo os critérios da lei orçamentária anual.

O imposto é uma obrigação que só pode ser exigido da sociedade pelos entes que tiverem a competência atribuída pela CF (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), visando o financiamento das despesas de interesse geral, a cargo desses entes.

A receita, advinda do imposto, se transformará na receita que permitirá o desenvolvimento das atividades e a realização dos investimentos necessários para a realização dos serviços e atividades estatais.

TRIBUTÁRIA

SISTEMA TRIBUTÁRIO

Com relação às taxas, diferentemente dos impostos, são definidas como tributos vinculados.

Nesse caso, o Estado oferece uma contrapartida, uma contraprestação de imediato ao contribuinte em função de sua cobrança.

Sua cobrança é pelo uso efetivo ou potencial de algum serviço público ou pelo exercício do poder de polícia pelo Estado, podendo ser instituída por qualquer um dos entes federativos.

TRIBUTÁRIA

SISTEMA TRIBUTÁRIO

Conforme o artigo 77 do CTN:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Os serviços públicos passíveis da cobrança de taxas são aqueles essenciais de Estado, ou seja, sua não prestação por parte do Estado prejudica a coletividade.

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TRIBUTÁRIA

SISTEMA TRIBUTÁRIO

Exemplos de taxas cobradas:

- Taxa de Fiscalização, Localização e Funcionamento de Estabelecimento ou atividade econômica;

- Taxa de Expediente;

- Taxa de Análise de Projeto;

- Taxa de Habite-se;

- Taxa de coleta de lixo;

- Taxa de Publicidade, etc.

TRIBUTÁRIA

SISTEMA TRIBUTÁRIO

As contribuições de melhoria caracterizam-se como tributos, que se destinam a fazer face ao custo de obras públicas que decorram valorizações direta ou indireta de um imóvel.

O limite para a cobrança da contribuição de melhoria corresponde à despesa total pela realização da obra pública e o limite individual pelo acréscimo do valor do imóvel que foi beneficiado com a obra.

TRIBUTÁRIA

LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA

Entendida como uma forma qualificada ou especial de não incidência na qual a limitação ao poder de tributar é prevista pela Constituição Federal.

A imunidade é o obstáculo decorrente de regra da Constituição à incidência da regra jurídica de tributação, o que é imune não pode ser tributado;

A imunidade impede que a lei defina como hipótese tributária aquilo que é imune, sendo uma limitação da competência.

TRIBUTÁRIA

LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA

Definida como um instituto de natureza constitucional, representando restrição ao exercício do poder impositivo do Estado.

Não se pode confundir esse instituto de índole eminentemente constitucional com a isençãoque, por sua vez, sempre ocorre mediante uma lei que a especifique, delineando todas as condições para sua concessão, logo, possuindo caráter infraconstitucional.

A isenção consiste em uma exceção à regra de tributação, em uma parcela suprimida do âmbito da hipótese de incidência.

TRIBUTÁRIA

LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR

A isenção tributária decorre de lei e ela é definida como forma de exclusão do crédito tributário, considerado como dispensa legal do tributo.

Há o entendimento, também, de que a isenção é uma forma de exclusão de parcela das hipóteses de incidência da norma tributária.

Na isenção, não se impede a instituição de tributo sobre os fatos previstos na norma isentiva. Dessa forma, tem-se a ocorrência do fato gerador e, consequentemente, a formação da obrigação tributária e depois seu crédito que, por sua vez, é excluído.

TRIBUTÁRIA

LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR

A diferença entre isenção e imunidade tributária deve considerar que: a imunidade decorre diretamente da Constituição Federal e apenas dela, representando uma não competência tributária.

No caso da isenção, existe uma norma tributária do próprio ente tributante eximindo o recolhimento de determinado tributo. Não se trata de garantia constitucional.

O ente tributante institui o tributo, mas isenta de seu recolhimento determinadas entidades (isenção subjetiva) ou atividade (isenção objetiva). (Vale destacar que a competência para legislar sobre a isenção é exclusiva do ente que tem competência para instituir o tributo).

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LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR

Quanto à não-incidência, tem-se que é o não enquadramento normativo a uma conduta, isto é, quando a conduta fática não encontra respaldo ou identificação com nenhuma hipótese normativa, não provocará o nascimento de relação jurídico-tributária.

Assim, na “não-incidência,o fato não pode ser contemplado legalmente como gerador de determinado tributo, como é o caso de lavagem de roupas que não constitui fato gerador do IPI”.

Na isenção há oexercícioda competência, e cria, assim como a imunidade, relação jurídico-tributária, já a não-incidêncianão provoca efeitos jurídicos, obrigações e deveres, pois não há enquadramento da conduta à norma padrão de incidência tributária.

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Conjunto de Princípios Constitucionais Tributários:

Os princípios constitucionais tributários prevalecem sobre todas as demais normas jurídicas, as quais só têm validade se editadas em rigorosa consonância com eles:

Legalidade (CF, art. 150, I): qualquer alteração nos termos tributários deve ser estabelecida em lei para que o pagamento possa ser exigido do contribuinte. É a garantia de que nenhum tributo será instituído ou aumentado a não ser através da lei.

TRIBUTÁRIA

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Conjunto de Princípios Constitucionais Tributários:

Isonomia/Igualdade (CF, art. 150, II): não deve haver tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situações equivalentes. Ex.: no caso dos impostos progressivos, quem tem mais capacidade contributiva deve pagar um imposto maior, pois assim será

“igualmente” tributado, em termos proporcionais.

Irretroatividade (CF, art. 150,III, “a” – exceção art. 106, CTN): a lei nova, que cria ou aumenta tributos, alcança somente os fatos ocorridos posteriormente à sua publicação. Admite-se a retroatividade da lei tributária quando ela beneficia, de alguma forma, o contribuinte.

TRIBUTÁRIA

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Conjunto de Princípios Constitucionais Tributários:

Anterioridade (CF, art. 150, III, “b” – exceção do art. 150, § 1º e 195 § 6º): qualquer alteração em termos de impostos só pode ser exigida do contribuinte a partir do 1º dia do próximo ano, com exceção de:

• Empréstimos compulsórios para atender despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou de sua eminência;

• Impostos sobre importação de produtos estrangeiros e exportação para o exterior de produtos nacionais ou nacionalizados;

• Produtos industrializados e;

TRIBUTÁRIA

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Conjunto de Princípios Constitucionais Tributários:

Anterioridade (CF, art. 150, III, “b” – exceção do art. 150, § 1º e 195 § 6º): qualquer alteração em termos de impostos só pode ser exigida do contribuinte a partir do 1º dia do próximo ano, com exceção de:

• Operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas à títulos ou valores mobiliários;

• Impostos extraordinário de eminência de caso de guerra;

TRIBUTÁRIA

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Conjunto de Princípios Constitucionais Tributários:

Capacidade Tributária/Contributiva (CF, art. 145, § 1º): os tributos devem ser graduados segundo a capacidade tributária do contribuinte.

Proibição de Confisco (CF, art. 150, IV): os tributos não devem ser utilizados para efeito de confisco. Esse princípio determina que o tributo deve ser instituído a um nível racional, ou seja, a sua rigorosa cobrança não deve acarretar assimilação do valor total do objeto tributado.

Liberdade de Tráfego (CF, art. 150, V): não é permitido estabelecer tributos pelo trânsito de pessoas entre estados/municípios (salvo cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público).

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TRIBUTÁRIA

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Conjunto de Princípios Constitucionais Tributários:

Imunidade (CF, art. 150, VI): não há tributação sobre:

• Patrimônio, renda ou serviços entre União, Estados, Distritos Federais e Municípios (ex.: o município não pode cobrar IPTU do Governo do Estado);

• Templos de qualquer culto;

• Patrimônio, renda ou serviços de partidos políticos, sindicatos e instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos;

• Livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão;

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS Elementos Fundamentais do Tributo:

Obrigação tributária:

Uma obrigação tributária é a relação de Direito Público na qual o Estado (sujeito ativo) pode exigir do contribuinte (sujeito passivo) uma prestação (objeto) nos termos e nas condições descritas na lei (fato gerador).

A obrigação tributária é principal ou acessória:

Principal (CTN, art. 113, § 1º): tem por objeto o pagamento do tributo ou penalidade pecuniária (em dinheiro). É a prestação à qual se obriga o sujeito passivo, é de natureza patrimonial.

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS Elementos Fundamentais do Tributo:

Obrigação tributária:

Uma obrigação tributária é a relação de Direito Público na qual o Estado (sujeito ativo) pode exigir do contribuinte (sujeito passivo) uma prestação (objeto) nos termos e nas condições descritas na lei (fato gerador).

A obrigação tributária é principal ou acessória:

Acessória (CTN, art. 113, § 2º): é uma obrigação não patrimonial que decorre da legislação tributária. É uma obrigação de fazer, não fazer ou de tolerar.

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS Elementos Fundamentais do Tributo:

Obrigação tributária:

Exemplos:

• Emitir nota fiscal, escriturar um livro, inscrever-se no cadastro de contribuintes (de fazer);

• Não receber mercadorias desacompanhadas da documentação legalmente exigida (não fazer);

• Admitir o exame de livros e documentos pelo fiscal (tolerar).

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS

Obrigação tributária Acessória:

Exemplos:

• Emitir nota fiscal, escriturar um livro, inscrever-se no cadastro de contribuintes (de fazer);

• Não receber mercadorias desacompanhadas da documentação legalmente exigida (não fazer);

• Admitir o exame de livros e documentos pelo fiscal (tolerar).

As obrigações acessórias têm como finalidade comprovar a existência e o limite das operações tributadas e a exata observância da legislação

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Elementos básicos da obrigação tributária:

São três os elementos básicos da obrigação tributária:

• A lei: é o principal elemento da obrigação, pois cria os tributos e determina as condições de sua cobrança (Princípio da Legalidade);

• O objeto: representa as obrigações que o sujeito passivo (contribuinte) deve cumprir, segundo as determinações legais. Basicamente, as obrigações consistem em principais (pagamento do valor em dinheiro referente ao tributo devido ou à multa imposta pelo não atendimento à determinação legal) e acessórias (cumprimento de formalidades complementares);

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ELEMENTOS BÁSICOS

Elementos básicos da obrigação tributária:

São três os elementos básicos da obrigação tributária:

• O fato gerador:

• Fato Gerador da Obrigação Principal (CTN, art. 114): fato gerador da obrigação tributária principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

• Fato Gerador da Obrigação Acessória (CTN, art. 115): é qualquer situação que, na forma de legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

ELEMENTOS BÁSICOS

Elementos básicos da obrigação tributária:

São três os elementos básicos da obrigação tributária:

• O fato gerador:

Ex.: o comerciante realiza a vende de mercadorias em seu estabelecimento e faz nascer, ao mesmo tempo, a obrigação de pagamento de ICMS (obrigação principal) e também a obrigação de emitir nota fiscal correspondente (obrigação acessória).

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Contribuinte ou responsável:

As partes da obrigação tributária são, de um lado, o sujeito ativo, que é o ente público (União, Estado ou Município), criador do tributo, e, de outro lado, o sujeito passivo, que, segundo o CTN, pode ser o contribuinte ou o responsável.

O contribuinte é aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.

Já o responsável, é aquele que sem revestir a condição de contribuinte, ou seja, sem praticar o ato que enseja a ocorrência do fato gerador, vê a obrigação de pagar o tributo nascer por força de dispositivo legal.

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Base de Cálculo:

É o valor sobre o qual se aplica o percentual (ou alíquota) com a finalidade de se apurar o montante a ser recolhido.

A base de cálculo, conforme a CF, deve ser definida em lei complementar, estando sua alteração sujeita aos princípios da legalidade (mudança somente por outra lei); da anterioridade (a lei deve estar vigente antes de iniciada a ocorrência do fato gerador) e da irretroatividade (a norma não pode atingir fatos passados).

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Alíquota:

É o percentual definido em lei que, aplicado sobre a base de cálculo, determina o montante do tributo a ser recolhido.

Assim como a base de cálculo, a alteração da alíquota também está sujeita aos princípios constitucionais da legalidade, da anterioridade e da irretroatividade.

Ex.: No caso do ISSQN a alíquota varia de 2% a 5% do valor da prestação de serviço.

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Exercícios:

1) Um dispositivo legal que defina nova hipótese de incidência tributária do Imposto sobre a Renda entra em vigor no seguinte momento:

( a ) no mesmo dia de sua publicação.

( b ) trinta dias após a respectiva assinatura.

( c ) no primeiro dia útil seguinte ao de sua edição.

( d ) quarenta e cinco dias após lhe ser dado publicidade.

( e ) no primeiro dia do exercício seguinte ao de sua publicação.

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TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Exercícios:

2) Assinale a alternativa que corresponda, na mesma ordem, às expressões respectivas:

• Prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção ao ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

• Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

• Tem por fato gerador a prestação de limpeza pública urbana.

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Exercícios:

2) Assinale a alternativa que corresponda, na mesma ordem, às expressões respectivas:

( a ) preço público, tributo, taxa

( b ) imposto, taxa por potencial de prestação de serviço, preço público

( c ) tributo, contribuição de melhoria, imposto municipal

( d ) tributo, imposto, taxa

( e ) contribuição de melhoria, imposto, preço público

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Exercícios:

3) Assinale a alternativa que completa os espaços em branco no texto a seguir:

O Código Tributário Nacional chama de ___________________ quem tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador da obrigação tributária principal, e de ___________________

aquele cuja obrigação de pagar o tributo decorre de disposição expressa na lei. Em ambos os casos, recebe o nome de ___________________ da obrigação tributária principal.

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Exercícios:

3) Assinale a alternativa que completa os espaços em branco no texto a seguir:

( a ) obrigado, contribuinte legal e coobrigado

( b ) sujeito passivo, devedor solidário, sub-rogado

( c ) sujeito passivo, responsável ex lege, devedor

( d ) contribuinte, responsável, sujeito passivo

( e ) sujeito passivo, responsável, contribuinte

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Exercícios:

4) Sendo:

i. imposto de importação

ii. imposto sobre a transmissão de causa mortis

iii. imposto sobre a transmissão de imóveis intervivos

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Exercícios:

4) Sendo:

Os impostos acima competem, respectivamente:

( a ) à União, aos Municípios e aos Estados

( b ) aos Municípios, aos Estados e à União

( c ) aos Estados, à União e aos Municípios

( d ) aos Estados, aos Municípios e à União

( e ) à União, aos Estados e aos Municípios

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ELEMENTOS BÁSICOS

Exercícios:

5) Assinale a alternativa que combina, respectivamente, com as quatro afirmações a seguir (1, 2, 3 e 4) com os respectivos princípios tributários constitucionais relacionados (w, x, y e z):

1. É proibido exigir ou aumentar o tributo sem que lei o estabeleça.

2. É vedado instituir tratamento desigual entre os contribuintes que estejam em situação equivalente.

3. É vedado cobrar tributo em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei.

ELEMENTOS BÁSICOS

Exercícios:

5) Assinale a alternativa que combina, respectivamente, com as quatro afirmações a seguir (1, 2, 3 e 4) com os respectivos princípios tributários constitucionais relacionados (w, x, y e z):

4. É vedado cobrar tributo no mesmo exercício em que se tenha publicado a lei que o instituiu ou aumentou.

w) anterioridade

x) isonomia

y) legalidade

z) irretroatividade

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Exercícios:

5) Assinale a alternativa que combina, respectivamente, com as quatro afirmações a seguir (1, 2, 3 e 4) com os respectivos princípios tributários constitucionais relacionados (w, x, y e z):

Alternativas:

( a ) w, x, y, z

( b ) x, y, z, w

( c ) y, x, z, w

( d ) y, w, x, z

( e ) w, y, x, z

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Exercícios:

6) A competência para instituir e arrecadar o Imposto sobre Propriedade Territorial Rural é:

( a ) dos Estados e do Distrito Federal

( b ) dos Municípios

( c ) da União

( d ) da União e dos Estados

( e ) dos Municípios e da União

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Exercícios:

7) Cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou fere o princípio da:

( a ) uniformidade tributária

( b ) imunidade tributária

( c ) anterioridade

( d ) tutela jurídica

( e ) Capacidade tributária

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Exercícios:

8) A ocorrência do fato gerador de um tributo:

( a ) determina o nascimento da obrigação tributária acessória

( b ) impede o pagamento do crédito tributário

( c ) suspende a exigibilidade da obrigação tributária principal

( d ) causa o surgimento da obrigação tributária principal

( e ) exclui o nascimento do crédito tributário

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TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Exercícios:

9) Assinale as alternativas corretas:

( a ) Fato gerador da obrigação principal não é a situação definida em lei como necessária e suficiente a sua ocorrência.

( b ) Nasce uma Obrigação Tributária quando por meio de uma relação jurídica determinada pessoa (credor) pode exigir de outra (devedor) uma prestação (objeto), em razão de prévia determinação legal ou de manifestação de vontade.

( c ) Assim como a base de cálculo, a alteração da alíquota também não está sujeita aos princípios constitucionais da legalidade, da anterioridade e da irretroatividade.

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Exercícios:

9) Assinale as alternativas corretas:

( d ) De acordo com o princípio da legalidade, é vedado instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão da ocupação profissional ou função por eles exigida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.

( e ) De acordo com o art. 96 do CTN, a expressão legislação tributária compreende as leis, os tratados, as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Princípio da Anterioridade

O princípio da anterioridade nonagesimal, também conhecido apenas comoanterioridade nonagesimal, ou aindaanterioridade qualificada, é oprincípio de Direito Tributárioque estabelece que não haverá cobrança detributosenão decorridos no mínimo 90 dias após a promulgação daleique o instituiu.

Assim sendo, um tributo só poderá ser cobrado peloFiscoapós 90 dias (daí o nome) da publicação, noDiário Oficialda lei que o criou.

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Princípio da Anterioridade

Este princípio encontra seu fundamento legal naConstituição Federal, em seu art. 150, III, "c":

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aosEstados, aoDistrito Federale aosMunicípios:

III - cobrar tributos:

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;

TRIBUTÁRIA

ELEMENTOS BÁSICOS

Princípio da Anterioridade

Assim como outros princípios tributários, como alegalidadee airretroatividade, a anterioridade nonagesimal se caracteriza comodireito fundamentaldo cidadão, e que, portanto, se reveste da qualidade decláusula pétreada Constituição, não podendo ser suprimida, tampouco por meio deemenda constitucional.

Referências

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