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Avaliação do comportamento de leveduras do gênero Candida a fármacos antifúngicos

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Academic year: 2022

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Avaliação do comportamento de leveduras do gênero Candida a fármacos antifúngicos

Tábata Campos

Biomédica, Faculdade de Americana, tabata.mikaelec@gmail.com

Resumo

As leveduras são microrganismos frequentemente associados a infecções em hospedeiros que apresentam o sistema imunológico debilitado. Além disso, esses microrganismos apresentam resistência acentuada à determinadas terapias antifúngicas. Nos últimos anos tem se observado alto índice de recidivas em pacientes. Desta forma, o presente trabalho descreve o comportamento de leveduras do gênero Candida frente aos fármacos antifúngicos mais utilizados na clínica. A metodologia utilizada para a realização deste trabalho foi baseada em uma revisão bibliográfica, através da busca de artigos científicos eletrônicos encontrados nos sites PubMed, Scielo e Google Acadêmico.

Palavras-chave: Leveduras; Candida spp; candidíase, fármacos, recidivas, antifúngicos, resistência.

ABSTRACT

Yeasts are microorganisms often associated with infections in hosts that have weakened immune systems.

In addition, these microorganisms present marked resistance to certain antifungal therapies. In recent years a high rate of relapse has been observed in patients. In this way, the present work describe the behavior of yeasts of the genus Candida against the antifungal drugs most used in the clinic. The methodology used to perform this work was based on a bibliographical review, through the search of electronic scientific articles found in PubMed, Scielo and Google Scholar sites.

Keywords: Yeasts; Candida spp; candidiasis, drugs, relapses, antifungal, resistance.

Patrícia Ucelli Simioni

Bióloga, Mestre e doutora em Imunologia, Faculdade de Americana, patriciasimioni@fam.br

INTRODUÇÃO

Fungos são seres vivos ubíquos, eucarióticos, com um só núcleo como as leveduras ou multinucleados como fungos filamentosos ou bolores e cogumelos. É possível encontrá-los em vegetais, animais, detritos (restos/resíduos) e solo. Até 1969 eram considerados vegetais, porém estudos realizados demonstraram que os fungos apresentam características que permitem sua diferenciação das plantas, pois não sintetizam clorofila, não possuem celulose em sua parede celular (exceto fungos aquáticos) e não tem capacidade de armazenar amido como substância reserva. Após 1969, os fungos passaram a ser classificado em um reino específico denominado Fungi (1). Todos os fungos são heterotróficos.

Muitos são saprófitos (dependem de material morto ou em decomposição). Alguns são parasitas, obtendo nutrientes dos tecidos de outros organismos (2).

As espécies pertencentes ao gênero Candida, apesar de frequentemente relatadas como comensais humanos, podem provocar infecções

graves, principalmente em situações que envolvem imunodebilidade (3). Em grupos de pacientes hospitalizados ou imunocomprometidos, os fungos agem de forma oportunista e a incidência de infecções fúngicas invasivas tem aumentado consideravelmente.

Este aumento pode ter ligação direta com o constante crescimento de pacientes imunossuprimidos, por exemplo, indivíduos com AIDS, em terapia oncológica, transplantados ou submetidos a procedimentos invasivos devido a doenças de base graves (2). O estudo de mecanismos de resistência associados à Candida spp. e aos métodos de diagnóstico atuais podem trazer benefícios para a população afetada.

O uso de antifúngicos tem demonstrado relativa eficácia no controle de microrganismos patogênicos, sendo amplamente utilizado na medicina. Entretanto, tem-se observado um crescimento exponencial das formas de microrganismos resistentes a esta classe de medicamentos. Dessa forma, objetivamos em nosso trabalho elucidar as principais infecções provocadas por espécies do gênero Candida, as espécies pertencentes Cristal Cosentino

Biomédica, Faculdade de Americana, cristalmr.cosentino@hotmail.com

Leila Ugrinovich

Bióloga, Mestre e doutora em Microbiologia,

Faculdade de Americana, leila_ugrinovich@yahoo.com

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ao gênero que apresentam maior índice de resistência aos antifúngicos utilizados para seu controle, bem como os mecanismos através dos quais a resistência se estabelece. O presente estudo teve por objetivo realizar um levantamento bibliográfico abrangendo as principais espécies do Gênero Candida, as infecções associadas a esses microrganismos e os mecanismos de resistência ao tratamento antifúngico apresentado por esses patógenos.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para o desenvolvimento do presente estudo consistiu na realização de uma revisão bibliográfica, através da busca de artigos científicos eletrônicos tanto nacionais como internacionais. Os meios de pesquisa utilizados foram os sites PubMed, Scielo e Google Acadêmico. Foram utilizadas as palavras chaves: leveduras; Candida spp; candidíase, fármacos, recidivas, antifúngicos, resistência. Foram pesquisados artigos científicos nas bases de dados de 2008 a 2018. Entretanto, para explicações especificas de mecanismos, foram utilizados manuscritos de referência, de períodos anteriores aos referidos. Foram excluídos artigos que não se adequavam ao tema proposto.

DESENVOLVIMENTO

A imunidade do organismo compõe a defesa mais importante contra fungos, porém em graus variáveis. Os mecanismos de defesa são representados pelas barreiras primárias, como a pele e as mucosas intactas, barreiras secundárias como fatores celulares e humorais, terciárias como imunidade sorológica por anticorpos e a quarta linha de defesa é a imunidade

por células. No caso dos fungos, a ação bacteriana da flora normal compete com esses microrganismos por nutrientes e o uso de antibióticos interfere no equilíbrio (3). As respostas primárias a infecções fúngicas são promovidas pelas reações inflamatórias mediadas por Th1. No caso dos pacientes deficientes nestas respostas (como os portadores da AIDS) estão mais susceptíveis às infecções por oportunistas. Os macrófagos ativados pelo IFN-γ são importantes para eliminação dos fungos. A produção de proteínas catiônicas mediadas pelos neutrófilos e óxido nítrico pode ser importante em alguns casos. O anticorpo opsonina pode também auxiliar na depuração dos fungos (8).

Candida spp.

Candida é uma levedura que faz parte da microbiota normal dos seres humanos, colonizando pele, mucosas do trato digestivo, bucal, urinário e vaginal. Existem cerca de 200 espécies de leveduras pertencentes a este gênero , dentre elas cerca de 20 são responsáveis por infecções humanas (9). Quando ocorre desequilíbrio do sistema imune, ou flora normal do hospedeiro estas leveduras podem se tornar patogênicas, sendo consideradas oportunistas. A espécie mais frequente em seres humanos é Candida albicans. Infecções causadas por leveduras de gênero Candida são chamadas de candidíase ou candidose e podem ser classificadas em superficiais, profundas e disseminadas (3).

As espécies mais comuns associadas a infecções são a espécie albicans, representada pela C. albicans e as espécies não-albicans representadas pelas espécies C. tropicalis, C. parapsilosis, C. glabrata e C. krusei (10). Os fatores de virulência associados aos fungos ainda não estão totalmente elucidados. A tabela 1 apresenta de forma resumida os principais fatores virulência associados com Candida spp.

Fonte: Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (3).

Tabela 1: Fatores de virulência in vitro por espécies do gênero Candida (3).

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Candida albicans

É a espécie mais estudada do gênero devido ao seu potencial patogênico, pois apresenta grande quantidade de fatores de virulência. Foi o primeiro fungo zoopatogênico que teve seu genoma sequenciado possibilitando uma variedade de experimentos e um grande avanço na expressão de genes. É responsável por causar infecções superficiais e invasivas em múltiplos sítios corporais (11). Manifesta fatores de patogenicidade e virulência como a habilidade de aderir-se a mucosas e epitélios; o dimorfismo é outro fator de importância, ocorrendo formação de estruturas filamentosas que ajudam na invasão tissular e a produção de enzimas como proteinases e fosfolipases (12).

C. albicans é uma levedura do tipo diploide, com capacidade de se apresentar de várias formas morfológicas. Na fase unicelular leveduriforme pode gerar brotos e formar as hifas verdadeiras. Nas extremidades, pode gerar brotamento e filamentação e ainda pode apresentar as pseudo-hifas (leveduras alongadas). As condições ambientais, como pH e temperatura podem induzir a mudança na morfologia da fase leveduriforme para a filamentosa (13).

Candida tropicalis

É uma levedura diploide de reprodução assexuada, apresenta ampla potencialidade biológica como agente oportunista quando há supressão da flora bacteriana do hospedeiro devido à utilização de medicamentos como antibióticos e lesões em mucosas (14). Manifesta-se de forma mais virulenta que C.

albicans em pacientes com doenças hematológicas malignas, linfoma, diabetes, câncer e infecções disseminadas, apresentando os índices mais altos de letalidade (11). Os isolados clínicos demonstram que são espécies sensíveis a anfotericina B e aos triazólicos (14).

Candida glabrata

Candida glabrata é considerada como saprófita e não patogênica na microbiota natural de pacientes saudáveis e apresenta baixo grau de virulência. Em decorrência ao uso de drogas imunodepressoras associadas ao tratamento de doenças como AIDS e neoplasias, apresenta elevado índice de infecções em mucosa oral nesses indivíduos quando se correlaciona com C. albicans (11). As avaliações em isolados clínicos nesta espécie demonstram menor suscetibilidade ao fluconazol e anfotericina B, e também aumento considerável nos índices de colonização e graves problemas terapêuticos de infecções quando agregados aos azólicos (14).

CANDIDÍASE VULVOVAGINAL

É uma enfermidade causada pelo crescimento anormal de leveduras comensais que fazem parte da mucosa vaginal. Seu desenvolvimento no sítio de colonização do hospedeiro torna-se favorável devido

a alterações fisiológicas ou patológicas (12). Trata-se de uma das mais comuns vulvovaginites e estima-se que três quartos da população feminina apresenta a infecção em alguma fase da vida e em muitas, a doença é recorrente (10).

A fundamental fonte de leveduras vaginais é o trato gastrointestinal e a transmissão ocorre através de um processo endógeno, no qual elas são “levadas” para a vagina por auto inoculação e através de enzimas como proteases e hidrolases que favorecem a penetração no epitélio superficial da vagina causando distúrbios imediatos ou reinfecções posteriores quando o meio se torna oportuno a proliferações (12). O alto índice de glicogênio das células epiteliais da vagina, a gravidez, o uso de contraceptivos, antibióticoterapia, vestimenta íntima inadequada, uso de imunossupressores, entre outros, são condições predisponentes ao surgimento da doença (10).

Cerca de 80 a 90% dos casos de candidíase vulvovaginal são relacionados a espécie Candida albicans e o restante por espécies não-albicans (C.

tropicalis, C. glabrata, C. krusei e C. parapsilosis).

Estas espécies não-albicans tendem a apresentar maior resistência aos antifúngicos (15).

O diagnóstico inicial é realizado através da presença de sinais clínicos, como: prurido vulvar, presença de secreção vaginal com aspecto de leite coalhado, vermelhidão local, ardor e em casos mais graves pode ocorrer edema vulvar e/ou vaginal, com presença de fissuras. Distintas doenças, sejam elas de causas infecciosas ou não, podem apresentar os sintomas muito semelhantes, sendo assim, é necessário realizar a confirmação do diagnóstico através do exame de microscopia que comprove a presença do fungo (leveduras e pseudo-hifas) e somente em casos severos e recorrentes no qual se suspeita que a doença esteja sendo causada por espécies não-albicans é necessário realizar cultura e antifungigrama (16).

CANDIDÍASE ORAL

A cavidade oral é provocada por diferentes espécies do gênero Candida, que habitam a mucosa bucal como elemento da microbiota normal, mas podem adquirir a forma patogênica invasiva levando a aparição de lesões em condições favoráveis. Não é caracterizada como doença fatal, mas pode provocar diferentes graus de lesões que comprometem o paladar e a deglutição, principalmente em pacientes imunodeprimidos (11).

A candidíase oral pode ser observada em diferentes graus que variam de quadros localizados como é o caso das estomatites, à formas graves como as candidíases hiperplásica crônica. Deste modo as apresentações clínicas podem ser classificadas em: Pseudomembranosa (mais comum, conhecida popularmente como “sapinho”); atrófica aguda

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(apresenta eritema no dorso da língua); hiperplásica crônica (caracterizada por aparecimento de placas esbranquiçadas fortemente aderidas à cavidade oral); queilites angular e candidósica (popularmente conhecida como “boqueira”, tem surgimento na junção do lábio superior com o inferior, formando crostas) e língua negra pilosa (apresentam coloração escurecida, causam sensação de queimadura e boca seca) (10).

CANDIDÍASE CUTÂNEA

A candidíase cutânea é uma infecção superficial que pode se tornar severa e de difícil tratamento.

Ocorre a manifestação quando há condições de umidade e temperatura, em localizações anatômicas como dobras da pele (axilas, virilha, prega submamária e na prega supra-púbica em casos de obesos). Estas manifestações frequentemente incidem em lugares onde o clima é tropical e principalmente durante os meses de verão, sendo fatores predisponentes o calor e a umidade (11).

CANDIDÍASE SISTÊMICA OU VISCERAL

As infecções da corrente sanguínea (candidemia) são altamente graves, apresentando altas taxas de mortalidade. Estudo recente demonstrou a importância das leveduras do gênero Candida como agentes de sepse (17).

É considerado um grande problema nos hospitais, principalmente em pacientes hospitalizados por muito tempo e que estão expostos a tratamento por longos períodos com antibióticos e terapias imunodepressiva (11).

As espécies mais comumente relacionadas a este tipo de candidíase são a C. albicans, C. tropicalis, C.

parapsilosis e C. glabrata. Possuem um mecanismo de transmissão da candidemia que ocorre por via exógena, principalmente pelo contato das mãos dos profissionais da saúde que cuidam dos pacientes. Também estão relacionadas a materiais hospitalares como cateteres e soluções intravenosas contaminadas (17).

MÉTODOS LABORATORIAIS E DIAGNÓSTICOS Realizar antissepsia antes da coleta, bem como coletar a quantidade suficiente da amostra são fatores básicos importantes para o sucesso do diagnóstico; o tipo de amostra empregada é definido mediante ao quadro clínico do paciente. Podem ser utilizados fragmentos de pele e unhas, secreção de mucosa oral, vaginal, anal, do trato respiratório e fluidos como sangue, líquor, urina e fezes (11). É possível a visualização do fungo através de procedimentos de coloração específica, análise de formação do tubo

germinativo, testes de termotolerância, cultura e isolamento em ágar fubá e ágar Sabouraud e provas bioquímicas (14).

As colônias apresentam-se de forma pastosa, pequenas, brancas ou branco-amareladas, moles, com crescimento de 48 a 72 horas, com cheiro de fruta fermentada. Na microscopia observam-se células leveduriforme, com brotamento. No ágar-fubá formam- se células soltas, filamentos e Candida albicans produz clamidósporo (5).

O meio de cultura mais utilizado em laboratório para crescimento de fungos é o ágar Sabouraud.

Geralmente utiliza-se antibiótico como o cloranfecinol para evitar crescimento de bactérias que possam prejudicar o crescimento dos fungos (18). Meios seletivos foram desenvolvidos e são comercializados para casos específicos (5). Os meios ditos seletivos contêm cicloheximida que é responsável pela inibição parcial ou total de fungos anemófilos. Estes meios são indicados para cultivos de materiais coletados de lesões com suspeita de dermatofitose, para aumentar a sensibilidade no isolamento de dermatófitos. Deve-se ressaltar que esta substância pode inibir o isolamento de fungos oportunistas, não sendo indicado para o gênero Candida. Existem ainda meios presuntivos, por reação colorimétrica, de espécies de Candida spp (Candida Medium, ChromAgar, Biggy Agar, etc.). São meios de cultura caros e sua maior aplicação se dá no isolamento primário de leveduras, a partir de amostras biológicas bastante contaminadas, como: secreção vaginal, urina e fezes (19).

A levedura pode ser identificada por análise microscópica direta corada por metodologia de Gram, Giemsa, prata Gomori, hidróxido de potássio e branco calcoflúor (14). O exame direto indica presença de blastoconídios e pseudo-hifas (11).

A prova de microcultivo é baseada na incubação das leveduras em meio ágar fubá, estimulando a produção de conídios e filamentação o que possibilita a identificação da espécie através da presença e disposição dos blastoconídios e pseudo- hifas. A presença de pseudo-hifas é indicativa de crescimento do gênero Candida, mas se for observado o desenvolvimento de clamidoconídios é indicativo do gênero C. albicans (11).

FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS

Atualmente, a terapia antifúngica vem sofrendo alterações referentes ao uso exclusivo de fármacos como anfotericina B e 5-fluorocitosina, que eram tóxicos e difíceis de usar. O tratamento das enfermidades causadas por fungos tem avançado pela disponibilidade de novos agentes ativos sistemicamente e novas transformações de agentes antigos que proveem eficácia comparável ou superior e risco de toxicidade inferior. Novas categorias de agentes antifúngicos como nistatina, triazólicos,

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esquinocandinas, inibidores da síntese de quitina e derivados da sordarina e azarsordarina apresentam formulações lipossômicas o que resulta em mecanismo de ação com propriedade farmacocinética alterada, com liberação controlada (20).

Com relação a candidíase vulvo vaginal (CVV), os agentes utilizados para tratamento tem sido os imidazólicos e triazólicos (fluconazol, cetoconazol, clotrimazol, intraconazil, miconazol); os poliênicos (fórmulas contendo anfotericina B e nistatina) (16).

O tratamento geralmente é realizado com cremes de uso tópico, porém as recidivas e a falta de resposta de muitos pacientes à terapia inicial, demonstram uma preocupação com relação à eficácia destes tratamentos (16). Esses tratamentos não tem relação somente com a suscetibilidade das leveduras aos fármacos, pois há uma tendência das espécies não albicans de dependerem de concentrações mais elevadas de antifúngicos para inibição de crescimento, como no caso da C. glabrata, bastante associada a resistência aos antifúngicos em infecções sistêmicas e urinárias (4).

Estudos demonstram ainda a exibição de crescimento na presença de altas concentrações de antifúngicos, corroborando com esses dados. Por outro lado, tem-se uma boa expectativa ao fluconazol, que se apresenta bastante eficiente mesmo em baixas quantidades. Em contrapartida, é encontrada alta frequência de leveduras resistentes a nistatina, necessitando de doses terapêuticas maiores para chegar a resposta satisfatória (15).

ANFOTERICINA B

Trata-se do antifúngico mais bem-sucedido no mercado, porém apresenta alta toxicidade, tornando-se restrito a infecções sistêmicas (16)

Atua ligando-se aos esteróis da membrana, causando uma efusão dos componentes celulares e a morte da célula. Não é um medicamento absorvido pelo trato gastrintestinal, o qual se deve administrar por via intravenosa. É contraindicado para pacientes com insuficiência renal e resultam em complicações, como distúrbios gastrointestinais, hepatotoxicidade e neurotoxicidade (14).

NISTATINA

Trata-se de um antibiótico antifúngico poliênico, obtido a partir do Streptomyces noursei. O mecanismo de ação consiste na ligação aos esteroides existentes na membrana celular dos fungos susceptíveis, resultando na alteração da permeabilidade na membrana celular e consequentemente extravasamento do conteúdo citoplasmático. O uso não é indicado para pacientes com histórico de hipersensibilidade a nistatina. Geralmente é bem tolerada mesmo em casos de terapia prolongada, desta forma é o fármaco de primeira escolha na maioria dos casos (21).

MICONAZOL

É um imidazol de uso tópico devido a sua alta toxicidade, considera-se menos ativo contra as leveduras, mas o mais ativo para fungos filamentosos.

Seu uso é indicado nas dermatofitose, malasseziose e nas candidoses mucocutâneas, pois penetra rapidamente na camada córnea da pele, persistindo por quatro dias após sua aplicação (22).

CETOCONAZOL

É um medicamento de uso tópico ou por via oral, que possui um amplo potencial terapêutico para o tratamento de infecções fúngicas superficiais e sistêmicas. A resposta ao tratamento oral é relativamente lenta, sendo menos indicada para tratamentos de infecções graves e agudas (22).

FLUCONAZOL

Antifúngico triazólico, que atua na inibição da síntese de esteroide fúngico e não altera a síntese do ergosterol. Possui menor toxicidade e melhor absorção do que os outros azóis. Nos últimos anos tem sido o mais utilizado em pacientes com micoses superficiais e sistêmicas, em pacientes cujas estirpes se apresentem resistentes, em especial pacientes imunossuprimidos, e portadores de candidoses causadas por Candida krusei, Candida glabrata e Candida tropicalis (22).

FLUCITOCINA (5-FLUOROCITOSINA)

Trata-se de antimetabólico que promove a desorganização do DNA e RNA, interrompendo a atividade da ação fungistática. Este medicamento é dificilmente utilizado isoladamente. Combinado com a anfotericina atua de forma sinérgica, potencializando sua ação contra vários fungos (23).

RESISTÊNCIA A FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS O número crescente de casos apresentando resistência fúngica frente as drogas utilizadas têm causado considerável preocupação médica. O aumento da resistência frequentemente tem sido atribuído ao aumento de pacientes imunocomprometidos; uso frequente de procedimentos médicos mais invasivos e o tratamento desordenado com antifúngicos (24).

A resistência dos fungos aos fármacos pode ser classificada em resistência microbiológica e resistência clínica (25). A resistência microbiológica trata-se de fenômeno no qual o agente etiológico apresenta capacidade de desenvolver-se mesmo na presença de concentrações terapêuticas dos antifúngicos. Pode ser

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de forma intrínseca quando nenhum membro da espécie se apresenta sensível; primária quando encontramos cepa resistente em uma espécie normalmente sensível a antifúngico; secundária ou adquirida quando uma cepa previamente sensível desenvolve resistência após exposição ao fármaco devido a alterações fenotípicas ou genotípicas (26).

A resistência clínica é definida como a persistência ou progressão de uma infecção, apesar da administração do fármaco apropriado (25). O mecanismo de resistência em ambos os casos, está envolvido com respostas celulares, moleculares e/ou bioquímicas. No mecanismo celular ocorre troca de cepas ou espécimes sensíveis, por endógenas resistentes; alteração genética que garante resistência secundária; expressão genética transitória e alteração no tipo celular. No caso do mecanismo bioquímico, ocorrem alterações fenotípicas nos fungos, permitindo que a absorção do fármaco seja mais lenta e que altere o sítio alvo aumentando a excreção da droga. Do ponto de vista molecular, ocorre uma ampliação gênica, mutações e outras alterações nos genes envolvidos na defesa contra o antifúngico. Outra alternativa molecular de resistência é a capacidade de formar os biofilmes (27).

As espécies do gênero Candida, juntamente com o aumento da resistência de cepas aos fármacos antifúngicos, tem papel de destaque como problema clínico. As diferentes espécies desta levedura variam com relação a sua sensibilidade as drogas disponíveis no mercado atualmente. De acordo com este aspecto, o desenvolvimento de métodos padronizados de sensibilidade “in vitro” é de extrema importância e servem como indicativo para a escolha terapêutica e monitorização da eficácia da droga de escolha e diminuição da formação de cepas resistentes (28).

Atualmente o parâmetro mais utilizado para determinar a sensibilidade aos antifúngicos é a concentração inibitória mínima (CIM), definida como a menor concentração de antifúngico que inibe o crescimento do agente etiológico. A partir deste parâmetro, a amostra de levedura é classificada segundo os pontos de corte estabelecidos pelos comitês internacionais, que permite a caracterização do fungo em sensível, intermediário, sensibilidade dependente a dose e resistente (28).

O Comitê Nacional de Padronização Laboratorial - NCCLS publicou em 1992 o documento M27A, para testes de sensibilidade “in vitro” para leveduras do gênero Candida e Cryptococcus neofarmans. Em 2002 o documento passou por alterações, sendo aprovado o documento M27-A2 que estabelece valores de referência por métodos de macro e microdiluição em caldo (29) (30). O documento define também a interpretação da CIM (Concentração Inibitória Mínima). Em 2008, o documento M27-A3 foi publicado pelo Clinical and laboratory standard institute - CLSI, que inclui os valores de sensibilidade e resistência às drogas caspofungina e anidulafungina para os ensaios de sensibilidade para

Candida spp e Cryptococcus spp, diante dos antifúngicos anfotericina B, 5-flurocitosina, cetoconazol. fluconazol, itraconazol, voriconazol, posaconazol, ravuconazol (31).

A determinação da sensibilidade de um fungo aos fármacos pode ser determinada também por métodos comerciais, pelos quais podem ser determinados parâmetros para as variáveis como: tamanho do inóculo, duração da incubação, temperatura, critério de leitura e meio de cultura (24).

O teste de sensibilidade para leveduras não é simples por conta dos diferentes fatores relacionados às drogas, métodos e organismos. Os métodos de determinação precisam ser reprodutíveis, econômicos, fáceis, rápidos, com boa correlação clínica, utilizando tecnologia executável na rotina laboratorial (24).

Estudos realizados em 2004 e 2005 apresentam resultados importantes com relação a identificação das cepas resistentes aos fármacos antifúngicos. Apesar de Candida albicans ser o patógeno mais comum nas candidíases, em países como Estados Unidos, as espécies de Candida não-albicans tem aumentado em número e importância no cenário nacional. A amostra estudada acaba refletindo grande parte da rotina laboratorial, onde 50% dos casos avaliados foram de espécies não-albicans. Como já observado em grande estudo multicêntrico realizado por Colombo e colaboradores, diferente dos resultados encontrados nos Estados Unidos, no Brasil as espécies não-albicans prevaleceram (24).

Na maior parte dos estudos analisados, observou-se, de forma geral, boa aceitação e concordância entre os métodos de determinação de sensibilidade para Anfotericina B (24).

CONCLUSÃO

De acordo com a literatura consultada pudemos concluir que o aumento dos casos de resistência fúngica aos fármacos antifúngicos tem causado grande preocupação entre a classe médica. Embora a espécie Candida albicans seja bastante comum na maioria das infecções, as espécies não-albicans tem se destacado em número de casos em nosso país. O fármaco mais efetivo para o tratamento é o Anfotericina B que apesar de sua eficácia, não é a droga de primeira escolha devido a sua alta toxicidade.

O aumento da resistência fúngica tem relação a capacidade dos fungos de mutação gênica, troca de cepas sensíveis por endógenas resistentes, expressão gênica transitória e alteração celular, que dificulta bastante os mecanismos de ação das drogas comumente utilizadas.

O uso indiscriminado de medicamentos antifúngicos e interrupção do tratamento também tem grande responsabilidade no aumento do número de espécimes resistentes, portanto, além dos estudos laboratoriais e desenvolvimento de novas drogas, a correta orientação médica tem extrema importância na diminuição de casos de recidivas e resistência fúngica.

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