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Discalculia: uma proposta de avaliação eve skgonçalves

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DISCALCULIA: UMA PROPOSTA DE AVALIAÇÃO

GONÇALVES, Sarah Kubrusly

Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Ceará. Especialização em Psicopedagogiapela Universidade Estadual do Ceará. Atualmente, é aluna do Mestrado em Educação do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da

Universidade Estadual de Campinas. E-mail: sarahkubrusly@gmail.com

MAIA, Cristiane Corina Couto

Graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará. Bacharelado em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará. Mestrado em Psicologia da Educação pela PUC de São Paulo. Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional pelo Instituto Sedes Sapientiae em São Paulo. Especialização em Neuropsicologia pela Faculdade Unichristus,

em Fortaleza, Ceará. E-mail: criscoutomaia@hotmail.com

RESUMO

O desempenho escolar pode ser definido como o entrelaçamento entre o nível de conhecimento adquirido por alunos de determi-nada idade, suas habilidades cognitivas e a escolaridade

(FON-SECA, 2008; GOUVEIA et al., 2010; REBOLLO et al., 2007).

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avalia-ção clínica da discalculia, o protocolo elaborado pode auxiliar a prática psicopedagógica voltada à criança com o distúrbio de aprendizagem em questão.

Palavras-chave: Discalculia. Aprendizagem. Avaliação Psicope-dagógica.

ABSTRACT

The school performance can be defined as the links between the level of knowledge acquired by students of a certain age, their cognitive abilities and education (FONSECA, 2008; GOUVEIA et al, 2010; REBOLLO et al., 2007). For various reasons, many children do not reach the expected level of performance and theirs “not learn” makes room for negative labels that can gener-ate bad consequences for the self-image and motivation. A point that may be associated with stigma of the students is the lack of clarity on the part of some professional education about the process of acquiring knowledge, and learning disorders are ex-amples of factors that deserve to be explored, as interfering with school progress. The Dyscalculia is a disorder that affects the development of mathematical skills and has considerable im-pact – 3-6% of the general population. There are, however, few scientific publications and studies regarding its diagnosis. Thus, this article aims to: 1. address, briefly, knowledge and disorder in question and definitions; 2. present an evaluation protocol of it. It was done bibliographical and theoretical research, explor-atory and descriptive. It is concluded that, given the need for production and dissemination of more information on the clin-ical evaluation of dyscalculia, the protocol developed can help the psychopedagogic practice focused on the child with learning disorder in question.

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1 Introdução

A Discalculia é um distúrbio de aprendizagem que inter-fere na aquisição das habilidades matemáticas, prejudicando o rendimento escolar e a execução de atividades cotidianas que de-mandam a utilização de raciocínio lógico e outros conhecimen-tos matemáticos. Aparece com frequência como comorbidade da Dislexia e do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e se apresenta em, aproximadamente, 3 a 6% da popu-lação. Mesmo com ocorrência expressiva, há poucas investiga-ções científicas sobre o tema, notadamente no que se refere à avaliação diagnóstica. No Brasil, a representação desse assunto em periódicos acadêmicos ainda é parca, além de serem utili-zadas nomenclaturas diferentes designando o mesmo distúrbio, como Discalculia (BASTOS, 2008), Transtorno de Aritmética (KAPLAN; SADDOCK, 2010) ou Distúrbio de Aprendizagem na Aritmética (GARCÍA, 1998). Revela-se importante, portanto, maior pesquisa e divulgação de informações sobre essa temática.

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Assim, os dados expostos neste artigo referem-se a fato-res importantes associados à aprendizagem dos estudantes com Discalculia e podem ser úteis para o desenvolvimento de práticas que fomentem uma educação mais democrática. É válido salientar alguns pressupostos deste trabalho. Reconhece-se que, indepen-dentemente da diversidade cultural, social, cognitiva e psicológica que constitui o contexto escolar, toda criança tem capacidade de aprender. Acredita-se que essa diversidade engloba grande quan-tidade de desafios, entre os quais está a necessidade de o professor trabalhar as potencialidades e dificuldades de aprendizagem co-letivas e individuais. Por fim, enfatiza-se que o professor é agente protagonista no processo de ensino e aprendizagem, mas não pode trabalhar de forma isolada e, no caso específico da discalculia, re-força-se que uma reeducação matemática eficaz requer a presença de um profissional especializado na área psicopedagógica.

2 Referencial teórico

A Discalculia é classificada como um transtorno de apren-dizagem e não como dificuldade momentânea em matemática du-rante o processo educacional. Muito embora sejam conceitos bas-tante distintos, ainda são confundidos e utilizados inapropriada-mente em hipóteses diagnósticas, sendo relevante diferenciá-los.

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melhor tratar do tema, como Dunn (1997), Ohlweiler (2006) e do próprio Sisto (2012), que se referem às dificuldades de apren-dizagem como problemas na seleção, retenção ou expressão de informações que prejudicam atividades de leitura, escrita, sole-tração e cálculo e provocam resultados escolares abaixo da média esperada para o nível cognitivo do aluno.

Martín e Marchesi (1995), pautados em resultados de pes-quisas com correlação positiva entre programas de intervenção para o desenvolvimento metacognitivo e desempenho escolar, entendem as dificuldades de aprendizagem como consequências de ineficazes planejamento e regulação da aprendizagem.

Maia (informação verbal)1 destaca que situações

contex-tuais, culturais e emocionais não adequadas podem favorecer o aparecimento de dificuldades de aprendizagem. Elas também podem ser consequências de funções sensoriais, doenças crô-nicas, transtornos psiquiátricos, deficiência mental e doenças neurológicas. Podem ocorrer, igualmente, em decorrência de um distúrbio específico, o qual acomete pessoas sem qualquer tipo de lesão e provoca um conjunto de disfunções com sintomas tí-picos. Os distúrbios de aprendizagem são homônimos de disfun-ções e de transtornos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio da

Classificação Internacional de Doenças – 10 (CID-102 3, 2007),

assinalou que os distúrbios de aprendizagem acontecem quando:

1 Aula sobre Dificuldades e Distúrbios de Aprendizagem proferida por Cristiane

Corina Couto Maia, na Universidade Estadual do Ceará, para turma do curso de Especialização em Psicopedagogia, em 2012.

2 A OMS criou o CID-10 como o sistema classificatório de doenças e transtornos. Ao

total, são 21 capítulos, dentre os quais, o que aborda o termo “transtorno” é somente o que se refere aos transtornos mentais (cap. V). Em relação àqueles específicos da aprendizagem, encontram-se mais informações na parte dos “Transtornos do desen-volvimento psicológico”.

3 Nesse documento, a Discalculia está classificada na seção dos “Transtornos

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[…] as modalidades habituais de aprendizado estão al-teradas desde as primeiras etapas do desenvolvimento. O comprometimento não é somente a consequência da falta de oportunidade de aprendizagem ou de um retardo mental, e ele não é devido a um traumatismo ou doença cerebrais. [CID-10, 2007, p.365]

Assim, para que um atraso na aprendizagem seja reco-nhecido como transtorno, além da grande discrepância entre a capacidade do aluno e seus resultados, e a presença de dispari-dade inexplicável entre algumas áreas do conhecimento (GAL-LEGHER; KIRK, 1999), alguns sinais clínicos têm de ser des-cartados. Os principais são: deficiências mentais e sensoriais, lesões ou disfunções cerebrais, implicações emocionais graves e ausência de escolarização adequada (CID-10, 2007; JOHNSON; MYKLEBUST, 1987).

Em síntese, as duas terminologias diferenciam-se, pois as dificuldades de aprendizagem referem-se a um grupo heterogê-neo de problemas que interferem na aprendizagem, mas que não têm nenhuma implicação neurológica. Por sua vez, os transtor-nos englobam complicações primárias decorrentes de alterações no Sistema Nervoso Central (ROTTA, 2006).

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[…] habilidades linguísticas (como a compreensão e o emprego da nomenclatura matemática, a compreensão ou denominação de operações matemáticas e a codifica-ção de problemas representados com símbolos matemá-ticos), habilidades perceptivas (como o reconhecimento ou a leitura de símbolos numéricos ou sinais aritméti-cos, e o agrupamento de objetos em conjuntos), habi-lidades de atenção (como copiar figuras corretamente nas operações matemáticas básicas, recordar o número que transportamos e que devemos acrescentar a cada passo, e observar os sinais das operações) e as habilida-des matemáticas (como o seguimento das sequências de cada passo nas operações matemáticas, contar objetos e aprender as tabuadas de multiplicar). (GARCÍA, 1998, p. 211)

A Discalculia, como qualquer outro distúrbio específico do desenvolvimento, apresenta sintomas que evidenciam sua presença. Nem todos podem ser generalizados, mas conhecê-los e observar sua persistência ou ausência é crucial para uma boa avaliação. Pelas pesquisas de Johnson e Myklebust (1991), des-tacam-se cinco características da pessoa com o distúrbio: 1) dé-ficits na organização visual espacial e na integração não verbal, que prejudicam habilidades como a de distinguir com rapidez padrões de formato, comprimento, tamanho, entre outros. Além disso, também afetam a execução de estimativas e comparações de quantidades; 2) problemas para compreender textos de maior grau de complexidade; 3) podem apresentar consciência corpo-ral, de lateralidade e de sentido de direção falha; 4) concepção de distância e de tempo limitada e; 5) em testes padronizados de inteligência, apresentam desempenho superior nas funções verbais, em comparação com as não verbais.

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incapa-cidades para: estabelecer correspondência unívoca; contar com sentido; associar os símbolos auditivos e visuais; aprender os sistemas cardinal e ordinal de contagem; visualizar conjuntos de objetos de um grupo maior; compreender o princípio de con-servação de quantidade; executar operações aritméticas; com-preender o significado dos sinais de operação; comcom-preender a organização dos números na página; obedecer e recordar a sequ-ência dos passos que devem ser dados em operações matemáticas diversas; compreender os princípios de medida; ler mapas e grá-ficos e; escolher os princípios para solucionar problemas de ra-ciocínio aritmético (JOHNSON; MYKLEBUST, 1991). Bastos (2008) também elencou alguns déficits, como o erro na formação de números – que frequentemente ficam invertidos, a inabilida-de para efetuar somas simples, reconhecer sinais operacionais e usar separações lineares, a dificuldade para ler corretamente o valor de números com multidígitos e transportar números para local adequado na realização de cálculos, a memória pobre para fatos numéricos básicos e a ordenação e espaçamento inapropria-dos inapropria-dos números em multiplicações e divisões. Esses sinais, ape-sar de característicos, não ocorrem necesape-sariamente ao mesmo tempo e com a mesma intensidade. Assim, além da avaliação da presença do distúrbio, a identificação das especificidades do pa-ciente é igualmente necessária.

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Tabela 1 – Subtipos da Discalculia e suas manifestações

Subtipo Manifestações

Verbal Dificuldades de nomear as quantidades matemáticas, os núme-ros, os termos, os símbolos e as relações

Practognóstica Dificuldades para enumerar, comparar, manipular objetos reais ou em imagens, matematicamente

Léxica Dificuldades na leitura de símbolos matemáticos

Gráfica Dificuldades na escrita de símbolos matemáticos

Ideognóstica Dificuldades em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos

Operacional Dificuldades na execução de operações e cálculos numéricos

Fonte: Kosc (1974).

Mesmo de posse dos sintomas, das habilidades prejudica-das e da classificação da Discalculia, ela ainda pode ser confun-dida com dificuldades de causa secundária ou não-neurológica, que também afetam o rendimento do aluno em matemática. O esquema de Bastos (2008), apresentado na Figura 1, ilustra essa situação.

Figura 1 – Causas de dificuldade em matemática.

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Crianças com distúrbios de linguagem receptiva-auditiva podem ser muito boas em cálculos, por exemplo, e, no entanto, apresentar defasagens devido à compreensão do vocabulário arit-mético. Problemas de memória auditiva também comprometem o desempenho matemático, pois a criança apresenta uma dificul-dade de recordar números – mesmo quando sabe que está errada, não consegue lembrar qual o correto. Déficits auditivos também interferem, afinal, se a criança não ouve uma sentença completa, apresentará lacunas no conhecimento apreendido. Aqueles com distúrbios de leitura e de escrita também serão comprometidos, não por inabilidades matemáticas, mas por dificuldades em in-terpretar e manipular símbolos. Em síntese, essas complicações, apesar de afetarem o desempenho aritmético, não o fazem como a Discalculia, que interfere na compreensão dos princípios e pro-cessos matemáticos. (JOHNSON; MYKLEBUST, 1991).

3 Procedimentos metodológicos

Para a elaboração do presente artigo foi realizada pesqui-sa bibliográfica e teórica de cunho exploratório-descritivo, com o propósito de levantar as teorias atualmente mais aceitas em relação à identificação da Discalculia, assim como elaborar, de maneira consistente, um material de apoio à avaliação psico-pedagógica clínica. Parte das buscas foi feita em livros e outros materiais impressos de propriedade particular e localizados na Biblioteca da Universidade Estadual do Ceará e na Biblioteca da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Cam-pinas. Também foram selecionados trabalhos que abordam a te-mática da Avaliação da Discalculia. Esse levantamento ocorreu

nas bases de dados e periódicos eletrônicos disponíveis online do

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OnLine (SciElo) e na Plataforma CAPES. Na busca

internacio-nal foram utilizadas as seguintes palavras-chave: “dyscalculia”

e “assessment”. Para a pesquisa na literatura nacional os termos usados foram: “discalculia” e “avaliação”.

4 Resultados e discussões

A avaliação da Discalculia deve englobar mais que testes específicos de conhecimentos matemáticos. Ohweiler (2006) pontua características necessárias para aqueles que levantem suspeita em relação à presença de um transtorno que compro-meta a aprendizagem. Sua observação faz parte do início da ava-liação, pois são cruciais para que se possa chegar ao diagnóstico de transtorno de aprendizagem. São elas: “inteligência normal, ausência de alterações motoras ou sensoriais, bom ajuste

emo-cional e nível socioeconômico e cultural aceitável”. Ainda há

outros pontos que devem ser identificados:

1) O grau de comprometimento deve estar substancial-mente abaixo do esperado para uma criança com a mesma idade, nível mental e de escolarização; 2) o transtorno deve estar pre-sente desde os primeiros anos de escolaridade; 3) o transtorno persiste, apesar do atendimento específico adequado; 4) a avalia-ção cognitiva afastou retardo mental; 5) foram afastadas causas como dificuldades de percurso e/ou secundárias; 6) existe histó-ria de antecedentes familiares com dificuldade de aprendizagem. (OHWEILER, 2006. p.128)

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Destarte, sua função será a de checar as competências e pré-com-petências do paciente. Caso sejam obtidos resultados muito bai-xos e/ou a própria expressão corporal do aluno denuncie – contar nos dedos, demora exacerbada a chegar a resultados simples –, pode-se aplicar a Bateria de Aferição de Competências Matemá-ticas (Bacmat). Abordaremos, a partir de agora, cada um

des-ses instrumentos, além da WechslerIntelligence Scale for Children

(WISC) e Wechsler Adult Intelligence Scale (WAIS), que são dois

testes padronizados de uso específico de psicólogos.

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O WISC4Wechsler Intelligence Scale for Children e o WAIS

Wechsler Adult Intelligence Scale são testes designados a men-surar a inteligência de crianças (WISC), adolescentes e adultos (WAIS), fornecendo informações sobre os pontos fortes e fraque-zas cognitivas de um indivíduo em um período relativamente curto. Produzidos por Wechsler (1991, 1997), avaliam QI Verbal, QI de Execução, QI Total, Índice de Compreensão Verbal, Índice de Organização Perceptual, Índice de Resistência à Distração e Índice de Velocidade de Processamento. Aplicam-se a pessoas que, dentro do contexto clínico, necessitam de um parecer mi-nucioso em relação às habilidades cognitivas de crianças, adoles-centes e adultos. A aplicação dos testes é individual e exige que o profissional seja altamente treinado tanto para a aplicação quan-to para a correção. Eles apresentam, cada um, quaquan-torze subtestes que medem diferentes habilidades cognitivas e são agrupados nas seguintes categorias: 1) Conjunto Verbal: Informação, melhanças, Vocabulário, Compreensão, Aritmética, Dígitos, Se-quência de Números e Letras e; 2) Conjunto de Execução: Com-pletar Figuras, Arranjo de Figuras, Armar Objetos, Códigos, Cubos, Procurar Símbolos, Labirintos. Além dos acima citados, os testes proporcionam, ainda, quatro índices opcionais (deno-minados índices fatoriais), que avaliam a compreensão verbal, a organização perceptual, a resistência à distração e a velocidade de processamento. O WISC pode ser aplicado em crianças de 6 a 16 anos, enquanto o WAIS destina-se às pessoas de 16 a 89 anos.

A Bacmat, de Pereira e Rodrigues (2013) tem por princi-pal objetivo caracterizar o perfil matemático das crianças com

4 Não foi possível disponibilizar informações mais precisas em relação aos

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Tabela 2 – Itens avaliativos da Bacmat para os seis subtipos de Discalculia (continua)

Subtipo Itens avaliativos

Verbal

 Perceber uma sequência de objetos, conhecendo e utilizando os nú-meros ordinais;

 Entender a construção de números cardinais e nomeá-los;

 Perceber a construção dos numerais cardinais indicados numa régua desde a unidade de milhar até a centena de milhar;

 Reconhecer e ordenar a sequência numérica dos números racionais não negativos;

 Estabelecer relações de grandeza entre dois objetos utilizando símbo-los matemáticos;

 Nomear símbolos matemáticos;

 Identificar posições no espaço usando numerais ordinais;

 Estabelecer sequência decrescente.

Practog-nóstica

 Identificar e associar objetos pertencentes a um mesmo conjunto;

 Escutar e reconhecer números;

 Analisar e interpretar diagramas;

 Interpretar dados fornecidos por meio de diagramas;

 Estabelecer relação de grandeza entre números;

 Comparar quantidades por estímulo visual;

 Compreender relações espaciais.

Léxica

 Identificar figuras geométricas de uma imagem (quadrado, retângulo, triângulo e círculo) e nomear sua quantidade;

 Reconhecer e identificar o número de quadrados presentes em uma imagem;

 Reconhecer uma sequência de símbolos matemáticos;

 Reconhecer e identificar o número de triângulos presentes em uma imagem;

 Identificar a quantidade numérica associada a cada símbolo;

 A partir do exercício anterior, escrever o número representado em nu-merais cardinais;

 Associar numerais romanos aos respectivos numerais cardinais depois de ter resolvido mentalmente operações de adição e subtração apre-sentadas.

Gráfica  Encontrar os símbolos matemáticos necessários para tornar as opera-ções possíveis;

 Escrever com algarismos romanos os números cardinais apresentados;

 Desenhar um boneco utilizando diferentes figuras geométricas;

 Ler e escrever nos relógios as horas sugeridas;

 Representar um triângulo com as medidas sugeridas pelo teste;

 Ordenar por ordem crescente os números racionais não negativos na forma decimal, de fração e de percentagem;

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I d e o g -nóstica

 Colocar os números de 1 a 9, sem os repetir, em cada um dos círculos que formam os lados de um triângulo, de forma que a soma correspon-dente a cada um dos lados seja 20;

 Utilizar a adição dos números de 1 a 9, sem os repetir, de forma a obter o valor 20 na soma vertical, horizontal e diagonal do quadrado;

 Construir diferentes planificações sugeridas movimentando ou reti-rando palitos;

 Compreender e identificar as operações da adição e subtração, movi-mentando o traço necessário para que o resultado das operações cor-responda aos que estão nas figuras dadas;

 Ouvir e resolver uma situação-problema;

 Ler e interpretar um calendário;

 Interpretar a informação de um problema algébrico e representá-la;

 Compreender e conhecer números naturais até 1000 e a relação entre a classe e a ordem em que se situam, identificando o número associado ao nome de cada personagem.

O p e r a -cional

 Resolver problemas a partir de análise de pictograma;

 Interpretar e compreender o problema de raciocínio proporcional, identificando qual operação usar;

 Demonstrar domínio sobre a tabuada;

 Ler e interpretar problema matemático;

 Questão de mesma proposta da anterior;

 Resolver multiplicações com números de dois algarismos, representar as conta armada de adição e de subtração;

 Resolver expressão numérica com cálculo de fração.

Fonte: Pereira e Rodrigues (2013)

5 Considerações finais

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levan-tamento de informações em periódicos e outros materiais. Se há pouca pesquisa e poucos testes padronizados para aferir o conhe-cimento matemático, no tocante a medidas de ensino escolares e de intervenções clínicas para discalcúlicos a situação não é dife-rente. Faz-se, assim, necessário que se avolumem investigações relativas à avaliação e à intervenção psicopedagógica em pessoas com Discalculia.

Além desse fator, há também a necessidade de que as pesso-as, especialmente os profissionais que trabalham diretamente com a área educacional, não se conformem com baixos índices de de-sempenho dos alunos em Matemática. Afinal, não se trata de uma área do conhecimento menos importante e menos útil que a Lin-guagem Escrita. Os comprometimentos causados pela Discalculia evidenciam a importância de um diagnóstico preciso e tempestivo.

Em síntese, após a realização da pesquisa encontramos informações que nos levaram a concluir que a avaliação e a iden-tificação da Discalculia, como também intervenções pertinen-tes, são de extrema importância e necessidade para que crianças com o distúrbio específico da Matemática tenham amenizadas as dificuldades com que se deparam diariamente, melhorando sua qualidade de vida, autoestima e relação com a educação. Fruto dessa pesquisa também foi a conclusão de que, mesmo diante de tamanha importância, há pouquíssimas pesquisas e publicações que abordem o tema, e escassa quantidade de instrumentos afe-ridores da Discalculia.

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