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MATERIAL DE APOIO AULA 01: SINAIS VITAIS E EXAME FÍSICO. Exame Físico Geral Conceito

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Academic year: 2021

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MATERIAL DE APOIO AULA 01:

SINAIS VITAIS E EXAME FÍSICO

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O exame físico geral é a primeira etapa do exame clínico. Ele complementa a anamnese e tem a função de fornecer uma visão do paciente como um todo, e não de forma segmentada. O exame físico é dividido em exame físico geral e específico.

Deve-se utilizar a inspeção e a palpação examinando o paciente nas posições sentada, decúbito e deambulando.

Finalidade

O exame físico geral tem a finalidade de:

• Avaliação diária de modo a possibilitar mensurar e definir uma evolução.

• Os dados colhidos subsidiam a construção do processo de enfermagem.

Para realizar um exame físico com eficiência deve-se ter conhecimento em diversas áreas como anatomia, fisiologia e processos propedêuticos.

O exame físico geral é dividido em:

Exame Físico Qualitativo – Avaliação subjetiva, ou seja, sintomas;

Exame Físico Quantitativo – Avaliação objetiva, sinais.

Exame Físico Qualitativo

Nesta etapa, serão avaliados o aspecto subjetivo do paciente, ou seja, serão coletadas todas as informações que não se pode mensurar como:

Estado Geral do Paciente;

Grau de palidez;

Grau de hidratação;

Presença de icterícia;

Presença de cianose;

Padrão respiratório.

• Avaliação do estado geral do paciente O paciente será avaliado em:

Bom estado geral (BEG);

Regular estado geral (REG);

Mau estado geral (MEG);

A avaliação do estado geral envolve a descrição de como o paciente se apresenta no momento em que ele se encontra com o enfermeiro. Neste sentido, serão avaliados o:

Nível de Consciência;

Fácies;

Fala;

Confusão mental;

Mobilidade e outros.

1. Nível de Consciência

No exame físico geral, a avaliação do nível de consciência é de extrema importância pois é através dele que é possível determinar a as necessidades assistenciais principalmente de pacientes com distúrbios neurológicos. Pacientes em coma necessitam de assistência em terapia intensiva por exemplo.

É importante mencionar que consciência pode ser definida como a capacidade de reconhecer a mesmo e aos estímulos externos. As alterações de nível de consciência podem variar desde uma desorientação no espaço e no tempo, até um coma profundo.

Neste sentido, podemos classificar o paciente em:

Consciente – responsivo;

Sonolento – quando não requisitado,dorme;

Obnubilado – Encontra-se sonolento e também desorientado;

Torporoso ou Estupor – Abre os olhos somente com estímulo doloroso;

Coma Superficial – Estado de consciência que o paciente não pode ser mais despertado – Estado de inconsciência em que mesmo após estímulos de diversas modalidade e intensidade, o paciente ainda se encontra de olhos fechados.;

Coma Profundo;

Coma com Decorticação – Coma provocado por lesão no tronco cerebral – Paciente encontra-se com flexão dos punhos e cotovelos, extensão dos membros inferiores e adução do ombro que podem aparecer espontaneamente ou com estímulos dolorosos;

Coma com Descerebração – Coma provocado por lesão nos núcleos da base – Paciente encontra-se com adução e rotação interna dos ombros, extensão bilateral dos membros inferiores e extensão dos cotovelos e punhos que podem aparecer espontaneamente ou após estímulos dolorosos.

• Avaliação do grau de palidez

A avaliação da palidez é de extrema importância no exame físico geral por identificar presença de anemia no paciente, pois o descoramento da pele e mucosas é

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provocada pela pouca quantidade de hemoglobina, fator característico desta disfunção hematológica.

A palidez pode ser verificada em todo o corpo, porém pode ser melhor verificado em locais onde os vasos sanguíneos são mais próximos da superfície, como em:

Saliências palmares;

Leitos ungueais e;

Mucosas como a conjuntiva ocular.

Conforme já mencionado, o exame físico geral qualitativo visa a busca de sintomas, dados que são subjetivos e que não podem ser quantificados, como por exemplo, a frequência cardíaca. No entanto, para realizar uma avaliação do estado de intensidade da palidez cutânea, podemos mensurar por meio de comparação utilizando cruzes, da seguinte maneira:

+/4 – Palidez leve;

++/4 – Palidez moderada;

+++/4 – Palidez intensa;

++++4 – palidez muito intensa.

Importante: A presença de palidez é indicativo de presença de anemia.

• Avaliação do grau de hidratação

Outra avaliação importante na realização do exame físico geral qualitativo é a avaliação do estado de nutrição do paciente. Desidratação pode ser definida como qualquer condição em que haja uma diminuição do volume de água no corpo superior à que o organismo consegue repor.

Para avaliar se há ou presença observar-se a umidificação da mucosa ocular, oral e turgor da pele classificando em cruzes, como:

+/4 – Desidratação leve;

++/4 – Desidratação moderada;

+++/4 – Desidratação grave;

++++4 – Desidratação muito grave.

• Avaliação da presença de icterícia.

No exame físico geral qualitativo, icterícia é o achado clínico evidenciado pela presença de uma coloração amarelada da pele, esclera ocular e membranas mucosas devido da concentração de bilirrubina no sangue devido á doenças hepáticas.

O paciente pode estar ictérito (cor amarelada) ou anictérico (sem icterícia). Caso esteja ictérico, deve-se classificar com cruzes (+/4, ++/4, +++4, ++++/4).

• Avaliação da presença de cianose

No exame físico geral, quando identificamos uma tonalidade azulada da pele, mucosas e leitos ungueias, temos um achado de cianose que é condição

provocada por quantidade excessiva de hemoglobina desoxigenada ou pigmentos hemoglobínicos anormais nos vasos sanguíneos epiteliais, especialmente nos capilares. Em outras palavras, cianose é indicativo de redução da perfusão sanguínea ou redução da oxigenação do sangue.

Temos 4 tipos de cianose:

Cianose central – provocada por baixa oxigenação pulmonar devido a problemas cardíacos e pulmonares ou baixa tensão de oxigênio inspirado nas grandes altitudes;

Cianose periférica – provocada por baixa oxigenação nos tecidos periféricos por vasoconstricção periférica (exposição á água ou ar frio), fenômeno de Raynaud, trombose, hipotensão grave ou obstrução arterial;

Cianose mista – causada por insuficiência cardíaca congestiva, sepse, embolia pulmonar e outros;

Hemoglobina anormal – meta-hemoglobinemia – Condição gerada devido á presença de molécula anormais.

Observação: O paciente pode apresentar cianose periférica devido á exposição ao frio. Neste caso, o aquecimento do paciente melhora o sintoma.

O paciente pode estar acianótico (ausência de cianose) ou cianótico (com cianose).

• Avaliação do padrão respiratório

Etapa primordial do exame físico geral, em que o enfermeiro poderá identificar necessidade de oxigenoterapia através da identificação de:

saturação de oxigênio insuficiente;

grau de desconforto (dispneia, retração do apêndice xifoide, retração intercostal e batimento de asa de nariz;

presença de gemidos;

perfusão insuficiente;

palidez cutânea;

cianose

O paciente poderá estar:

Eupneico – Respiração normal.

Dispneico – Respiração difícil, curta e trabalhosa. É um sintoma indicativo de doenças pulmonares e cardíacas.

A dispneia pode ser lenta, súbita e gradativa;

Ortopneia – Dificuldade de respiração facilmente, exceto quanto está na posição ereta;

Taquipneia – Incursões respiratórias rápidas, acima de 20 inspirações/min em adultos, 25 inspirações/min em crianças e 60 inspirações/min em recém-nascidos;

Apneia – Ausência de movimentos respiratórios;

Respiração de Biot – Respirações superficiais com 2 ou 3 ciclos, seguidos por um período de apneia;

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Respiração de Kussmal – Caracterizada por uma inspiração profunda acompanhada de apneia seguida de expiração suspirante. Característico de coma diabético;

Respiração de Cheyne-Stokes – Respiração em ciclos, ora com inspirações profundas, ora com respirações rasas, com períodos de apneia. Ocorre geralmente com a aproximação da morte;

Respiração sibilante – Sons parecido com um assobio provocado pela passagem do ar da árvore pulmonar ou em alguma região dela como ocorre na asma, DPOC, reações alérgicas graves.

Exame Físico Geral Quantitativo

Nesta etapa iremos colher dados mensuráveis do paciente como medidas da pressão arterial:

✓ Pressão arterial;

✓ Peso;

✓ IMC;

✓ Circunferência abdominal;

✓ Frequência cardíaca;

✓ Pulsação;

✓ Frequência respiratória.

✓ Pressão Arterial

A pressão arterial é definida como a pressão exercida pelo sangue sobre as paredes das artérias e veias.

Para aferir a PA, exige-se uma preparação do paciente e escolha do material adequado. Antes de aferir a PA, é importante fazer as seguintes perguntas para o paciente:

Fumou, bebeu café ou utilizou outros estimulantes há menos de 30 minutos?

Está sentindo dor?

Está com a bexiga cheia;

Está em repouso em menos de 3 minutos?

Caso a resposta para todas as perguntas for “não”, podemos iniciar o procedimento. Caso a resposta for

“sim”, a PA pode estar mais elevada devido aos fatores estimulantes. Neste último caso aguardar cerca de 30 minutos para iniciar a aferição.

Considerações importantes:

Paciente deverá estar sentado, com o braço apoiado sobre um suporte á altura do coração;

É importante que o braço do paciente em que for aferido a PA não esteja edemaciado ou ter fístula arteriovernosa;

O manguito deve ter largura de cerca de 40% da circunferência do braço e comprimento de cerca de 80% da circunferência do braço. Se for obeso, peça o

manguito de obeso. Se for muito magro, peça o manguito infantil;

Antes de iniciar a aferição da PA, é importante verificar se há pulso viável, o manguito correto deverá ser posicionado de acordo com a sinalização da “artéria braquial”.

✓ Aferição da PA

Após preparar o paciente, o enfermeiro promove a aferição da PA de acordo com os seguintes passos:

Palpe a artéria radial com uma das mãos e com a outra insufle o manguito. A pressão sistólica será estimada quando você deixar de sentir o pulso radial;

Coloque o estetoscópio sobre o local em que você verificou a artéria braquial. Insufle cerca de 30 mmHg acima do valor estimado da pressão sistólica;

Esvazie lentamente o manguito á razão entre 2 e 3 mmHg/seg atentando-se aos sons de Korotkoff.

Os sons de Korotkoff possui várias fases, no entanto é importante para nós saber que:

Fase I – Aparecimento do primeiro “TUM”. Momento em que a pressão do manguito se iguala á pressão exercida pelo sangue na artéria braquial durante a contração do ventrículo esquerdo do coração, correspondendo á pressão sistólica;

Fase V – Desaparecimento dos sons. Neste momento, a pressão do manguito se iguala á pressão exercida pelo sangue na artéria braquial durante o relaxamento do ventrículo esquerdo do coração.

A hipertensão arterial sistêmica é diagnosticada com valores de pressão arterial acima ou iguais a 140/90 mmHg, verificada no mínimo, em três dias diferentes com intervalo mínimo de uma semana entre as medidas. Em outras palavras, soma-se o resultado das três medidas e divide-se por três.

Observação:

A constatação da pressão elevada em apenas um dia, não é critério de diagnóstico de hipertensão;

O paciente uma vez com diagnóstico fechado e correto de hipertensão, sempre necessitará de acompanhamento, pois trata-se de uma condição clínica crônica e sem cura.

Frequência Cardíaca e Pulso

Importante passo do exame físico geral é a aferição das medidas de frequência cardíaca e pulso. Para aferir a:

Frequência cardíaca – Realiza-se a ausculta do coração e a contagem da frequência cardíaca em 1 minuto;

Pulso – Palpa-se a artéria radial, contando os batimentos em 1 minuto.

Frequência Respiratória

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Para verificar a quantidade de inspirações por minuto, observa-se movimentos da parede abdominal ou caixa torácica.

Observação:

Não se deve contar ao paciente que estamos verificando a frequência respiratória, pois inconscientemente mudamos nosso padrão respiratório;

Observar presença de dispneia como inspiração/expiração profunda ou arrítmica, pausas, uso de musculatura acessória, retração dos espaços intercostais, fossa supraclavicular ou região epigástrica.

Altura e peso

Importante passo do exame físico geral é a aferição da altura e peso pois poderão identificar a obesidade e desnutrição. Para aferir o peso, deve-se utilizar balancá analítica calibrada e o paciente com os pés descalços, em postura ereta e olhar para o horizonte.

O peso e a altura são importantes para calcular o Índice de Massa Corporal (IMC), classificando o paciente em:

✓ Magreza;

✓ Eutrofia;

✓ Sobrepeso;

✓ Obesidade grau I;

✓ Obesidade grau II.

Circunferência abdominal

A circunferência abdominal é a medida realizada na linha do trocânter maior do fêmur. A circunferência abdominal elevada é proveniente do aumento de gordura visceral e está relacionado com o aumento da resistência à insulina e hipertrigliceridemia, condições essas, que são precipitantes de diabetes, hipertensão arterial, doenças cardíacas e pulmonares.

Como calcular o IMC

O cálculo do IMC deve ser feito usando a seguinte fórmula matemática: Peso ÷ altura x altura. Mas você também pode saber se está dentro do peso ideal utilizando a nossa calculadora online, apenas inserindo seus dados:

Essa fórmula é ideal para calcular o peso de adultos saudáveis. Além disso, também pode ser usado o cálculo da relação cintura-quadril para avaliar o risco de ter doenças cardiovasculares, como diabetes e infarto. Veja como calcular aqui.

O que significam os resultados do IMC

Cada resultado do IMC deve ser avaliado por um profissional de saúde.

A tabela a seguir indica os possíveis resultados do IMC, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, sendo que o IMC entre 18,5 a 24,9 representa o peso ideal e o menor risco de algumas doenças.

Quem não estiver dentro do peso ideal deve adequar a alimentação e fazer exercícios para conseguir atingir o peso mais indicado para sua altura e idade.

IMC O que pode acontecer Muito abaixo

do peso 16 a 16,9

kg/m2 Queda de cabelo, infertilidade, ausência menstrual

Abaixo do peso

17 a 18,4 kg/m2

Fadiga, stress, ansiedade Peso normal 18,5 a 24,9

kg/m2

Menor risco de doenças cardíacas e vasculares Acima do

peso 25 a 29,9

kg/m2 Fadiga, má circulação, varizes

Obesidade

Grau I 30 a 34,9

kg/m2 Diabetes, angina, infarto, aterosclerose

Obesidade

Grau II 35 a 40

kg/m2 Apneia do sono, falta de ar

Obesidade

Grau III maior que

40 kg/m2 Refluxo, dificuldade para se mover, escaras, diabetes, infarto, AVC

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Quando se está abaixo do peso ideal deve-se aumentar o consumo de alimentos ricos em nutrientes para que o corpo tenha o necessário para se proteger de doenças.

Já quem está acima do peso ideal deve consumir menos calorias e fazer algum tipo de atividade física para eliminar os estoques de gordura, que aumenta o risco de doenças cardíacas.

Quando não calcular o IMC

Apesar do IMC ser muito utilizado para verificar se o indivíduo está acima do peso ou não, este método possui algumas falhas e, por isso, recomenda-se que além dele, utilize outros meios de diagnóstico para verificar se o indivíduo está realmente acima ou abaixo do peso ideal, como a medição da prega de gordura, por exemplo.

Assim, o IMC não é o parâmetro ideal para se avaliar o peso ideal em:

Atletas e pessoas muito musculosas: porque não leva em consideração o peso dos músculos. Nesse caso a medida do pescoço é uma melhor opção.

Idosos: porque não leva em consideração a redução natural dos músculos nessas idades;

Durante a gravidez: porque não leva em consideração o crescimento do bebê.

Além disso ele é contraindicado em caso de desnutrição, ascite, edemas e em pacientes acamados.

Um nutricionista poderá pessoalmente fazer todos os cálculos necessários para avaliar seu peso e o quanto precisa engordar ou emagrecer, levando em consideração o estado de saúde geral.

COLOCANDO EM PRÁTICA

Os sinais vitais são indicadores do estado de saúde de uma pessoa dando informações de funcionamento das

funções circulatórias, respiratória, neural e endócrina do corpo possibilitando que o enfermeiro identifique os diagnósticos de enfermagem e planeje a assistência.

OS SINAIS VITAIS IMPORTANTES EM SEMIOLOGIA SÃO:

1. Temperatura;

2. Pressão Arterial;

3. Pulsação;

4. Respiração;

5. Dor.

FATORES QUE PODEM ALTERAR OS VALORES DE SINAIS VITAIS

1. Temperatura ambiental;

2. Sono e repouso;

3. Idade;

4. Uso de medicamentos;

5. Alimentação pesada;

6. Exercícios Exercícios físicos físicos;

7. Fator hormonal;

8. Banhos;

9. Estresse;

OS SINAIS VITAIS DEVEM SER VERIFICADOS QUANDO?

1. Na admissão admissão do paciente;

2. De acordo com a rotina hospitalar ou conforme prescrição médica e/ou de enfermagem;

3. Durante a consulta consulta em ambulatório ou consultório consultório;

4. Antes e depois da realização de procedimentos invasivos ou na administração de medicamentos;

5. Nos períodos períodos pré, intra e pós-operatório operatório.

MATERIAIS PARA VERIFICAÇÃO DOS SINAIS VITAIS

Bandeja contendo:

1. Esfigmomanômetro e estetoscópio.

2. Termômetro analógico.

3. Relógio com ponteiros de segundos.

4. Caneta. ⇒ Recipiente para lixo (frasco de soro vazio cortado).

5. Recipiente com bolas de algodão.

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6. Almotolia com álcool a 70%.

TEMPERATURA Fisiologia

A temperatura é um importante componente da Sinais Vitais que verificamos por meio de um termômetro a medida em graus celsius. No interior do corpo a temperatura pouco varia, porém varia no seu exterior por influências externas como o clima e a vascularização.

Em outras palavras, a temperatura central ou dos tecidos profundos deve ser mantida relativamente constante ao passo que a temperatura superficial pode variar conforme a quantidade de calor perdida para o ambiente e o nível de fluxo sanguíneo periférico mediados pela vasodilatação ou vasoconstricção periférica.

Em ambientes quentes,

1. O ambiente quente leva ao aumento do calor corporal;

2. Receptores térmicos detectam o aumento do calor, e estes enviam sinais ao hipotálamo anterior – Via aferente;

3. O hipotálamo anterior envia Impulsos para a redução da temperatura corporal – Via eferente;

4. Reações fisiológicas são realizadas como a sudorese, vasodilatação e promoção da perda de calor;

Em ambientes frios,

1. O ambiente frio induz á perda de calor do corpo para o ambiente;

2. Receptores térmicos detectam a diminuição do calor corporal, e estes enviam sinais ao hipotálamo posterior – Via aferente;

3. O hipotálamo posterior envia impulsos para reações fisiológicas que irão promover o aumento da temperatura corporal como a vasoconstrição e calafrios.

Esses dois sistemas no agem e promovem um equilíbrio na produção e perda de calor de modo a permitir que a temperatura corporal esteja num nível ideal para o funcionamento corporal, ou seja, normotérmico.

De onde vem o calor do corpo? O calor do corpo é gerado pela metabolização dos alimentos cujas reações químicas levam á produção de ATP

Terminologias

Hipotermia: Temperatura abaixo de 35°C Afebril: 36,1°C a 37,2°C

Febril: 37,3°C a 37,7°C Febre: 37,8°C a 38,9°C Pirexia: 39°C a 40°C

Hiperpirexia: acima de 40°C

Valores de referência para a temperatura Temperatura axilar: 35,8°C a 37°C

Temperatura bucal: 36,3°C a 37,4°C Temperatura retal: 37°C a 38°C

Classificação de Hipotermia Hipotermia branda: 33,1 a 36º C Hipotermia Moderada: 30,1 a 33º C Hipotermia Grave: 27 a 30º C Hipotermia Profunda: <27º C.

5 – Padrões de Febre

Febre Sustentada: Mantida a 38º C

Febre Intermitente: Volta ao nível normal pelo menos 1 vez em 24 horas.

Febre Remitente: A temperatura diminui porém não chega á normotermia.

Febre Recidivante: A temperatura varia entre faixas normais e febris em intervalos maiores de 24 horas.

6 – Locais para aferição da temperatura.

Reto Axila Via Oral Esófago

Artéria Pulmonar Bexiga

Pele

Os locais utilizados para aferir a temperatura são o reto, axila e via oral.

7 – Fatores que afetam a temperatura.

Idade

Neonatos: Apresentam maior superfície corporal em relação ao peso, cabeça maior em relação ao corpo e Pele fina perdendo maior calor para o ambiente;

Idosos: Tem perda de tecido subcutâneo e menor atividade das glândulas sudoríparas.

Exercício: Aumento da metabolismo e consequentemente maior produção de calor.

Nível Hormonal: Fá uma ligeira subida na temperatura corporal, cerca de 0,5ºc provocada pela liberação de

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progesterona para facilitar a implantação e maturação de um possível óvulo fertilizado.

Ciclo Circadiano: A temperatura corporal central praticamente não se altera, permanecendo quase constante, alterando no máximo 0,5ºc a 5ºc durante o ciclo circadiano. Há um pico mais elevado durante o anoitecer, entre as 18 e 22 horas, e uma elevação mais acentuada no começo da manhã, entre 2 e 4 horas. O clico circadiano é o ciclo fisiológico de 24 horas do organismo sendo influenciado por variações da temperatura, luz, fases da lua, ventos entre o dia e a noite e outros.

Ambiente: A transferência de calor ocorre entre corpos com diferença de calor de três formas: condução, convecção e radiação. A radiação é a transferência de calor por meio de ondas eletromagnéticas no vácuo sem necessidade de contato entre os corpos. A condução é transferência de calor pelo contato entre dois corpos sendo um mais quente que o outro.

Convecção através do fluxo de ar quente ou mais frio que o corpo expirado. A convecção envolve transferência de matéria (no caso o ar frio ou quente) e a condução não envolve a transferência da matéria.

Somente do calor.

PULSO

O pulso é um importante componente dos sinais vitais pois ele diz a frequência de batimentos do coração uma vez que ao bater, ele injeta sangue na artéria aorta e desta é feita a transmissão para os vasos periféricos através de distensão súbita, o que caracteriza a pulsação. Esta alteração pode ser verificada quando se palpa uma artéria.

Em outras palavras, o pulso arterial é uma onda de pressão provocada pela ejeção ventricular e, por isso, a análise do pulso arterial oferece dados sobre o funcionamento cardíaco.

Quando o pulso for regular, ou seja, sua frequência não se altera, basta contar o número de pulsações em um período de 30 segundos e multiplicar por 2. No entanto, se há alteração, é necessário contar o número de pulsações em um período de 60 segundos.

A quantidade de sangue bombeada dentro de um período de 60 segundos equivale ao débito cardíaco.

Um pulso filiforme é indicativo de um débito cardíaco insuficiente podendo ser sinal grave como o choque hemorrágico por exemplo.

LOCAIS DE AFERIÇÃO DO PULSO Artéria temporal

Artéria carótida Artéria apical Artéria Braquial Artéria Radial Artéria Ulnar Artéria Femoral Artéria Poplítea Artéria Tibial Posterior Artéria Pediosa

Fatores que influenciam o pulso:

Exercício de curta duração;

Temperatura como a febre e o calor;

Medicamentos como a epinefrina e digitálicos;

Hemorragia;

Alterações Posturais;

Condições Pulmonares.

Terminologia

Pulso normocárdico: Batimento cardíaco normal

Pulso rítmico: os intervalos entre os batimentos são iguais

Pulso arrítmico: os intervalos entre os batimentos são desiguais

Pulso dicrótico: dá impressão de dois batimentos Taquisfigmia: pulso acelerado

Bradisfigmia: frequência abaixo da faixa normal

Pulso filiforme: indica redução da força ou do volume do pulso periférico

Valores de referência para pulsação Adultos – 60 a 100 bpm;

Crianças – 80 a 120 bpm;

Bebês – 100 a 160 bpm.

RESPIRAÇÃO A respiração envolve:

Ventilação: Processo de entrada e saída de ar dos pulmões;

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Difusão: Também chamada de hematose, é a entrada de gás oxigênio pelos alvéolos nos tecidos por difusão, ou seja, transporte de oxigênio do ar que entra nos pulmões, pois tem concentração maior, para o sangue que chega nos alvéolos que tem concentração menor do mesmo gás.

Perfusão: Chegada de oxigênio nos tecidos ou seja, é a perfusão de oxigênio, também por diferença de concentração.

FATORES QUE INFLUENCIAM A RESPIRAÇÃO.

Exercício: O aumento da atividade muscular exige maior metabolismo e consequentemente consumo de oxigênio;

Dor aguda: A presença de dor, ativa o sistema nervoso simpático (respostas de luta e fuga) há o aumento do metabolismo e consequentemente aumento do consumo de oxigênio;

Ansiedade: Também por ativação do sistema nervoso simpático;

Tabagismo: Na respiração, o oxigênio inspirado entra no sangue e o dióxido de carbono (CO2) é expelido, com frequência regular. A troca destes gases ocorre quando o ar chega aos alvéolos pulmonares, que é a parte funcional do pulmão. É nesse processo que o sangue venoso se transforma em sangue arterial. A frequência respiratória em geral é mensurada através da observação da expansão torácica contando o número de inspirações por um minuto.

Terminologia

Eupneia: respiração normal

Dispneia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa.

Ortopneia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta.

Taquipneia: respiração rápida, acima dos valores da normalidade, frequentemente pouco profunda.

Bradipneia: respiração lenta, abaixo da normalidade Apneia: ausência da respiração

Respiração de Cheyne-Stokes: respiração em ciclos, que aumenta e diminui a profundidade, com períodos de apneia. Quase sempre ocorre com a aproximação da morte

Respiração de Kussmaul: inspiração profunda seguida de apneia e expiração suspirante, característica de como diabético.

Respiração de Biot: respirações superficiais durante 2 ou 3 ciclos, seguidos por período irregular de apneia.

Respiração sibilante: sons que se assemelham a assovios

Valores de referência para respiração Adultos – 12 a 20 inspirações/ min;

Crianças – 20 a 25 inspirações/ min;

Bebês – 30 a 60 respirações/ min.

PRESSÃO ARTERIAL

A pressão arterial é o sinal vital expresso pela pressão ou tensão do sangue gerado na parede das artérias provocado pela força de contração do coração, da quantidade de sangue circulante e da resistência dos vasos.

A pressão sistólica é provocado pela contração do ventrículo esquerdo e a pressão diastólica é provocada pelo seu relaxamento.

Terminologia

Hipertensão: PA acima da média Hipotensão: PA inferior à média

Convergente: a sistólica e a diastólica se aproximam Divergente: a sistólica e a diastólica se afastam Valores de referência para pressão arterial Hipotensão – inferior a 100 x 60

Normotensão – 120 x 80 Hipertensão limite – 140 x 90 Hipertensão moderada – 160 x 100 Hipertensão grave – superior a 180 x 110

Referências

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