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Efeito do processamento da semente de tungue para obtenção do óleo na síntese de biodiesel

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Academic year: 2021

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Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)

32a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

Efeito do processamento da semente de tungue para obtenção do óleo na síntese de biodiesel

Jacqueline Kautz(PG)*, Caroline Da Ros(PG), Marcelo G. Montes D’Oca(PQ), Rosilene Maria Clementin(PQ). jacquelinekautz@yahoo.com.br

Escola de Química e Alimentos, Universidade Federal do Rio Grande - FURG, Av Itália Km 08 s/n, Rio Grande, RS.

Palavras Chave: aleuritis fordii, óleo bruto, óleo refinado, biodiesel etílico.

Introdução

O Brasil possui uma grande diversidade de plantas oleaginosas espalhadas em diferentes regiões do território. Dentre as diversas oleaginosas conhecidas, destaca-se o tungue (aleuritis fordii), cultivado no Rio Grande do Sul, com vantagens tanto em rendimento de óleo como custo de implantação da cultura. O óleo utilizado para a síntese de biodiesel etílico pode ser bruto ou refinado. Assim, o objetivo deste trabalho é desenvolver uma metodologia viável, comparando as diferentes origens de óleo utilizadas na síntese de biodiesel etílico de tungue.

Resultados e Discussão

O estudo foi desenvolvimento utilizando óleo extraído por soxhlet e por trituração em laboratório e óleo refinado, adquirido comercialmente.

Diferentes índices de acidez foram encontrados para o óleo de tungue. Para o óleo bruto, independente da metodologia de extração, o IA encontrado foi 0,6 e para o óleo refinado o IA foi 3,9.

O índice de acidez foi determinado por titulometria de neutralização.

A síntese do biodiesel, foi realizada a partir da reação de transesterificação utilizando óleo de tungue bruto ou refinado com etanol na presença de NaOH como catalisador. A conversão do TG em biodiesel foi acompanhada por cromatografia em camada delgada (CCD), utilizando hexano:éter etílico (8:2) como eluente. Após o término da reação, foi realizada a neutralização estequiométrica do catalisador com a adição de H2SO4. Para a neutralização, a mistura reacional foi mantida sob agitação por 30 minutos a 60°C.

A reação foi então transferida para um funil de decantação e deixada em repouso por 24 h para a separação das fases. Ambas as fases foram filtradas e o álcool evaporado em evaporador rotatório. Para o biodiesel obtido foi determinado o índice de acidez. Os resultados obtidos na síntese de biodiesel utilizando óleo bruto e óleo refinado são mostrados nas Tabelas 1 e 2.

Tabela 1: Rendimentos obtidos na reação de transesterificação do óleo bruto de tungue*.

Catal (%)

Biod (%)

Glicer (g)

Sal (g) I.A.**

1 93,18 3,72 0,49 12,35

1,5 89,34 5,22 0,98 17,06

2 78,** 13,86 1,86 25,63

* Sementes fornecidas pela EMBRAPA – Pelotas/RS

** mg KOH g-1

Tabela 2: Rendimentos obtidos na reação de transesterificação do óleo refinado de tungue*.

Catal (%)

Biod (%)

Glicer (g)

Sal (g) I.A.**

1 73,63 12,17 1,42 9,9 1,5 68,99 17,97 2,27 16,14

2 87,67 9,33 1,68 20,08

*Óleo adquirido da CAMPESTRE – São Bernardo do Campo/SP;

** mg KOH g-1

O valor de IA do biodiesel produzido está acima do valor especificado pela ANP. Este aumento na acidez se deve a formação de sabão no meio reacional, o qual ao ser neutralizado forma o ácido graxo livre, o qual é responsável pelo alto valor observado.

Para diminuir o índice de acidez o biodiesel foi submetido à esterificação catalisada por ácido, obtendo-se ao final da reação um IA de 0,59.

Conclusões

Ao final do estudo, observou-se que para a síntese de biodiesel etílico utilizando óleo com diferentes processamentos, não ocorreram diferenças significativas no comportamento da reação. No entanto, o índice de acidez do óleo menor que 1%, favorece a produção de biodiesel utilizando catálise básica, o que pode ser observado nos rendimentos de biodiesel. Porém faz-se necessário a redução do IA para que este possa estar dentro dos limites exigido pela ANP.

____________________

1Moretto, E; Fett, R; Óleos e Gorduras Vegetais; Editota da UFSC; 2º edição, Florianópolis; 1989.

2 Resolução ANP Nº 42, 24.11.2004 – DOU 9.12.2004 – RET.

DOU 19.4.2005.

3Fukuda, H.; Kondo, A.; Noda, H. Journal of Bioscience and Bioengineering 92 ,2001, 405.

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