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BOA RESPOSTA PRODUTIVA À PODA DE ESQUELETAMENTO EM CAFEZAIS NAS CHAPADAS DA BAHIA J

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Academic year: 2022

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BOA RESPOSTA PRODUTIVA À PODA DE ESQUELETAMENTO EM CAFEZAIS NAS CHAPADAS DA BAHIA

J.B. Matiello – Eng Agr Fundação Procafé, G. Britto – Eng Agr Consultor em Cafeicultura, Acelino Pires de Andrade Netto – Gerente Fda Rio do Barro e Vanderlei Cruz da Silva – Resp. Técnico Fda Vista Bela

A cafeicultura, nas zonas tradicionais de café arábica na Bahia, se desenvolve em micro-climas de altitude elevada, em 3 principais polos neste estado - na Chapadas Diamantina, no Planalto de Conquista e na zona de Itirussu. Nessas áreas o inverno é úmido, com chuvas finas e continuadas entre março e agosto, o que condiciona várias floradas, a colheita em 2-3 passadas e a ocorrência severa de doenças como Phoma/Ascochyta. Alem disso, a pluviosidade total anual é baixa e acarreta stress hídrico aos cafeeiros.

Em trabalhos anteriores os autores mostraram que a adoção de poda por decotes sucessivos, mantendo os cafeeiros mais baixos e, assim, com melhor equilíbrio da parte aérea com seu sistema radicular , que a prática foi adequada para economia de água, as plantas sempre se mantendo mais túrgidas.

O uso de podas de esqueletamento, visando o sistema safra zero, ou, mesmo, apenas para recuperar a ramagem produtiva de cafeeiros, tem crescido bastante nas zonas cafeeiras do centro-sul do país.

Nas chapadas da Bahia, o esqueletamento pode oferecer risco às brotações decorrentes da poda, por serem atacadas por Phoma, função das condições de frio, vento e umidade de inverno.

O presente trabalho objetiva relatar resultados produtivos e observações efetuadas em 5 áreas piloto onde foi feita a introdução, nos 3 últimos anos, da poda de esqueletamento na região cafeeira das Chapadas da Bahia. Foram conduzidos testes em lotes de poda em 4 áreas de lavoura na Chapada Diamantina , no município de Bonito, a cerca de 900 m de altitude e uma no município de Barra do Choça, no Planalto de Vitória da Conquista. As principais características das lavouras esqueletadas estão colocadas na tabela 1.

Resultados e conclusões

Os resultados obtidos de produtividade nas áreas piloto de testagem do esqueletamento, nas diferentes localidades e tipos de lavouras, estão colocados na tabela 1. Verifica-se, tanto nas lavouras adensadas, como nas lavouras renovadas, com espaçamento em renque e, ainda, nas antigas, em espaçamento aberto nas linhas, que os níveis de produtividade alcançados foram dentro das expectativas, em níveis semelhantes aos que são obtidos na cafeicultura do centro sul do país. Mesmo nas áreas de cafezais bem velhos, com espaçamentos mais largos e onde os cafeeiros perderam boa parte da ramagem da saia, a produtividade aumentou bastante, porem não foi tão . Nessas área tem sido observado que, com os ciclos sucessivos de poda e com o aproveitamento de ramos ladrões, selecionados para recomposição da saia, os níveis de produtividade tendem a aumentar.

As observações de campo mostraram que o risco de ataque de Phoma nas brotações, ao contrário do que se imaginava, foi até reduzido, em função, provavelmente, da redução do inoculo da ramagem, e, ainda, pelo maior arejamento dos cafeeiros dentro da lavoura. Alem disso, tratando-se de regiões com menor índice pluviométrico, o risco de stress hídrico foi minimizado, pela redução do porte e pelo melhor equilíbrio entre o sistema radicular e a parte aérea das plantas. O melhor abastecimento hídrico das plantas resultou na observação de cafeeiros sempre mais verdes e mais enfolhados nos lotes esqueletados, em relação ao restante das lavouras não podadas.

Outra verificação de interesse, sobre o uso do esqueletamento, foi que a poda, feita mais cedo, conforme já conhecido, promove maior produtividade na 1ª safra pós-poda, portanto as áreas a serem podadas devem ser colhidas também mais cedo. O uso de variedades de maturação mais precoce facilita esse aspecto na região. Caso a poda seja possível somente mais tarde, o ciclo de esqueletamento se mostrou viável, porem, nesse caso, deve ser aplicado a cada 3 anos, com a colheita de uma safra menor, uma maior e depois podando.

Tabela 1- Caracterização dos lotes de cafeeiros esqueletados e sua produtividade na 1ª safra pós-esqueletamento.

Bonito-BA, 2016.

Local Variedade Espaçamento Idade (anos)

Produtividade na safra pós- esqueletamento (scs/ha)

Bonito- BA Catucai 2,0 x 0,5 m 10 102

Bonito-BA Catucai A 3,6 x 0,5 m 9 95

Bonito-BA Acauã 3,6 x 0,5 m 9 80

Bonito-BA Catuai V 3,6 x 1,5 m 30 65

Bara do Choça-BA Catuai A 3,6 x 1,5 m 22 60

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